Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli
Notas iniciais do capítulo
No Japão e na China, estas flores que parecem delicadas à primeira vista, possuem o símbolo da persistência e obstinação por florescerem ainda no inverno, quando seus galhos ainda estão repletos de neve. Seu desabrochar é sinônimo de bom prenúncio pois anuncia o fim dos dias de frio rigoroso do inverno e a chegada do calor aconchegante da primavera.
Por serem resistentes ao frio, são consideradas uma dos "Três amigos do inverno", junto com o bambu e o pinheiro.
Byakuya havia chegado do Rokubantai há apenas meia hora, já presenciando uma rotineira discussão das jovens Kuchikis:
— Ária, pensei que já estaria pronta para ir no jantar beneficente das famílias nobres. – elucida Byakuya.
A alba para seu debate com a mais nova: - O senhor e a nee-chan não irão?
— Não, e você vai acompanhando teu noivo, a pedido dele e como parte do teu castigo. – fala Byakuya gélido.
— Como?! Eu deveria ir com Hakurei-san, pelo menos ainda mais uma última vez em sua companhia! – elucida triste: - Ele havia me convidado! E otou-san ainda não formalizamos meu compromisso com o Kasumioji! – emburra-se a mais velha.
— Cê está surda? Não ouviu By-sama falar que é parte do teu castigo! Bem feito!!! – chacota Órion de sua irmã, Seguindo para próximo do nobre líder o abraçando.
Nesse momento um criado entra na sala e anuncia: - Com sua permissão Byakuya-sama.
— Fale. - ordena o nobre sem se voltar para o mordomo, mantendo seu olhar na morena.
Antes do criado falar alguma coisa, Shouri virou-se para o criado e silvou alto, perguntando: - O que ela quer?
O criado estremecera e apenas responde: - Hi-hikari taichou pede para falar com Byakuya-sama e as senhoritas.
O nobre fecha o cenho, apenas responde: - o que essa mulher quer aqui?! Fale a esta pessoa que já iremos. – dispensa o criado.
Ária estremeceu, será que ela havia descoberto de sua proposta à Ukitake?! Porém tentou manter a calma.
Nesse momento Yui entra e anuncia: - Ária, Hasumioji-sama estar a tua espera.
— Nani?! Nani?! Notícias ruins chegam no mesmo momento! Hã?! Nee-chan o que foi? – pergunta reparando o jeito de Órion.
— Teremos problemas! – responde a morena séria.
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Próximo à Montanha da Neblina:
—O que você estar olhando? – interroga a jovem de cachos verdes fitando um homem em sua frente, no salão de jantar da pequena estalagem.
— A senhorita é muito bela, mesmo com seu pequeno tamanho, sua beleza ofusca qualquer uma outra mulher de longe. – Queres companhia linda dama? – fala o homem rude fitando pervertidamente Miyoshi.
Esta já avançava para mandar o pobre desavisado pelos ares quando...
— Ei, ei, me soltaaa! – grita o homem sendo alçado do chão, sendo segurado pela obe do seu quimono.
— Querida, este miserável estar te aborrecendo? – interroga Hakurei com cara de maus amores fitando o homem, segurando o pobre com a mão esquerda, e uma farta bandeja com a direita.
— Claro que não senhor, apenas elogiava a sua jovem e bela esposa, com todo respeito. – explica o homem chorando.
— Eu perguntei para ela e não para você. Aliás, você sabe quem sou eu? – Hakurei franze ainda mais o cenho, balançando o homem com força.
— Se-sei sim senhor, Ha-Hakurei Mikaido-sama, apenas não sabia que a jovem dama fo-fosse su-sua companheira, gomen nasai, gomen nasai... eu tenho esposa e filhos, me deixe ir por favor. – chora o homem aos berros.
Miyoshi suspira alto e fala: - Deixa esse pobre coitado ir... ele fala a verdade sobre ter esposa e filhos, é um idiota, mas é um bom pai e pelo jeito péssimo marido. – fala a jovem olhares de tédio.
Hakurei solta o homem que se esborracha no chão e desaparece em um piscar de olhos: - Como você sabe que ele fala a verdade? – admirou-se o nobre sentando na cadeira a frente da jovem.
— Hump?! Li sua mente! – responde nostálgica.
— Então já recordaste de toda tua vida passada? – indaga o homem um pouco triste: - então irás embora.
Ela sorri docemente ao fitar o homem de olhos azul celeste: - ainda não lembro de tudo, e mesmo que o fizesse...não teria eu tanta emoção e aventura...se retornar para o 12ª bantai ou para os Kuchikis, mesmo amando muito meu querido By-sama, ainda não deverei retornar.
- Se não soubesse o que ele é para você! Ficaria com muito ciúme, ainda tu terias que enfrentares Shouri. – Sorri o homem, agora mais calmo.
— Essas duas são minhas irmãs?! Hump! – pergunta Miyoshi confusa, explanando a mente masculina.
— Você vai ficar lendo minha mente todo instante? Então, não irás gostar do que estou pensando agora. – sorri malicioso.
— Seu bakaa!!! – amua-se a jovem corada.
— Me perdoe. – diz o nobre melancólico.
— Por essa idiotice que pensastes? – indaga a jovem confusa.
— Não.- ele suspira: - pelas grosserias que falei para você mais cedo, sei que fui um rude, idiota e até mesquinho, sei que a magoei.
— Não se preocupe, aprendi com Nemu nee-chan a não guardar rancor, amarga a vida, fere a alma, destrói o espirito e contamina o coração. – responde a jovem com os olhos marejados.
— Isso é bem profundo Você realmente éum ser bem evoluido. Ei, você não vai chorar agora?! – desespera-se Hakurei.
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Na ‘humilde’ residência Kuchiki:
— Como assim?! Eu jamais poderei casar-me?! – chora Ária
— Isso mesmo que vocês ouviram, Ária não pode se casar, ela é consagrada a Anupu, foi a forma que achei de salvar sua vida, com essa condição. – grita Tsukishirou.
— Fale baixo aqui, você não salvou minha irmã! Você condenou ela a uma vida de enfermidades e solidão. Segundo relatos da senhora Yui, ‘mamãe’ dizia que Ária teria uma reiatsu invejável, e minha irmã nascera normal e com a saúde frágil. – Retruca Órion diante da pequena taichou
— Eu somente vim avisar isso, não importa com quem, mas Ária jamais poderá casar-se, a menos que se faça um acordo com Anupu, e vocês sabem muito bem: uma alma por outra! – Fala a taichou, encarando agora Byakuya.
— Este Clã já é protegido por um deus, não se precisa de outro. – esclarece o nobre.
— Então minhas dúvidas foram confirmadas, este clã realmente é regido pelo deus corrupto?! Agora entendo porque Yuè partira tão cedo, ela jamais poderia pertencer de fato a este Clã, já que seu deus-guardião é Tezcatlipoca. – fala a taichou, agora se aproximando de Órion.
— Você estar com raiva porque seus planos ou os de Anupu não deram certo, pois não tens controle do poder que estar sob nossa guarda. – Elucida Órion a fitando com ódio.
— Bem, isso não vem ao caso agora! Vocês já estão avisados. – responde a taichou seguindo em direção à saída. “Ela não estar aqui também! Mas tudo indica que já despertou, mas ela estará aonde? Ao que deu para entender, nem mesmo eles sabem dela ainda! ”
Após alguns minutos que Tsukishirou se retirou:
— O que farei, eu jamais poderei casar-me?! O, o jantar social, Shingi?! – Ária desespera-se.
— Acalme-se Ária, vá prepare-se e segue para o jantar com o teu pretendente. Eu e Órion procuraremos uma forma de resolver isso. Agora recomponha-te. – ordena o nobre gélido.
— By-sama?! Ela não veio aqui apenas para falar isso. Ela procurava algo, ou melhor dizendo alguém. – observa Órion, quando.
— Gomen nasai senhores, mas a fukutaichou Nemu, estar à porta. –anuncia um criado.
— Oh?! Noite agitada nesta casa?! Irei me arrumar, Shingi-san já deve ter criado raízes de tanto me esperar, o que não seria tão ruim assim se ele virasse uma arvore, aí eu poderia mandar corta-lo!! – elucida Ária saindo da sala, meio que desvairando.
— Aria, que coisa horrível de se dizer! - Órion surpreende-se com a irmã que sai correndo pelos corredores, Shouri sorri - Então foi ele que a trouxe de volta! Bem, deveríamos ter desconfiado desde o começo, não é By-sama? By-sama?!
— Aquele desgraçado ousa usar DNA Kuchiki em seus experimentos, principalmente o de minha pequena Órion sem meu consentimento. Aquele maldito deverá ter um bom álibi se não quiser morrer ainda hoje! – esclarece o nobre possesso.
........
Pela manhã ao pé da Montanha da Neblina:
— Onde estão teus ferimentos? – surpreende-se Hakurei
— Para tua informação, eu me curo rápido, foi uma das melhorias que Mayuri-sama fez. – responde Miyoshi segurando os longos cachos e mirando-se com uma delicada rotação na frente do grande nobre.
Hakurei deixou uma ‘babinha’ escorrer pelo canto da boca, ficando corado: - você quer parar com isso?! – grita virando o rosto: - Tem como você nos levar para casa?
— Agora posso nos levar para qualquer lugar! – responde sorrindo: - Tua casa fica aonde?
— Veja em meus pensamentos. É assim que funciona, certo? – elucida o homem.
— Deverei fazer algo antes: - diz a menina fazendo alguns gestos com a mão, estendeu o mimoso pé direito para frente, e deu três leves batidas com a ponta, no chão, chamando: - Jibrail, mensageiro da noite, apareça!
A grande serpente surge na frente de sua senhora um pouco mal-humorada: - preferia quando, minha senhora, entoava meu cântico. Se pensas em retornar para o gotei 13, afirmo não ser uma boa ideia.
— Não reclama mensageiro. Hum?! Porque não devo retornar? – indaga a garota confusa.
— Alguém estar a tua procura, e não seria para fazer o bem. Os Kuchikis e Mayuri já estão cientes do teu retorno por completo e que ficarás longe por algum tempo. – responde Jibrail preguiçosamente.
—É, é ela, não é? Aquela que um dia chamaria de Mãe! – fala Miyoshi com lagrimas nos olhos.
— Então iremos para minha casa aqui mesmo em Rukongai, não a deixarei só. – elucida Hakurei lhe enxugando as lagrimas que rolavam pelo rosto alvo e delicado.
— Todos que me prometeram isso, não cumpriram suas palavras. – ela responde chorando e abraçando o próprio corpo.
— Eu não sou nenhum deles. Eu cumpro o que prometo. – Hakurei a abraça forte. Pega de dentro do seu quimono o místico punhal: - tome, leve-o para quem o solicitou. – entrega-o para o mensageiro.
— Até mais, minha senhora, logo trarei notícias. E arigato Hakurei-sama, a partir de hoje. Tornaste-te digno de minha estima e respeito. – a negra serpente faz reverência e desaparece.
— Vamos para casa, se me permite. – fala Hakurei lhe segurando na estreita cintura.
Miyoshi fica rubra e sorri docemente. Depois evoca sua zampakutou:
Akumu no shihai-sha, nemuri no iriguchi o hiraki, sore ga jikan to kūkan o mazeawa se, soshite ume no hana ga kunrin suru basho e to watashitachi o tsurete ikimasu.
Ambos desaparecem da entrada da pacata vila, deixando alguns transeuntes boquiabertos com a cena.
Instantes depois na Casa de Hakurei em um distrito de Rukongai, ao pé de uma majestosa ameixeira, por onde passava um pequeno riacho, rodeado de narcisos e lírios do rio. Surge um homem que tomba dentro córrego e...
— Porque sempre agua? – indaga Hakurei levantando-se irritado. Este procura a jovem: - nani?! Nani?! Aonde você estar? – indaga mirando em todas as direções.
— Da última vez foi primeiro barranco, e depois agua. – Responde a jovem de cima da frondosa arvore, segurando-se em um dos seus galhos floridos: - Dessa vez, somente o senhor caiu na agua.
Hakurei sorri docemente, mesmo encharcado: - venha, desça daí eu a amparo. – fala o homem erguendo os braços.
Mas, Miyoshi plana delicadamente até o chão, deixando o homem perplexo.
Nesse momento chega Aiko e saúda alegremente seu senhor: - Bem-vindo de volta, meu senhor! Não sabia que chegarias hoje! – faz reverencia: - e que é a adorável senhorita que...
— Ohayo senhora Aiko, como a senhora estar!! – cumprimenta um alegre e gentil voz.
Aiko arregala bem os olhos incrédula: - Senhorita Ó-Ó-Órion, é você..... – a criada desmaia, sendo amparada por Hakurei.
— De onde você conhece Aiko?! – interroga Hakurei confuso.
— É uma longa história. – responde a jovem sorrindo.
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a flor da ameixeira é mais um dos belos símbolos do Japão. Cheia de significados profundos para essa maravilhosa cultura, seu florescer nos traz a certeza de que um novo ciclo se inicia, além de sua beleza estonteante que agrada a todos.