Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 85
Caminhos unidos, assuntos mal resolvidos.


Notas iniciais do capítulo

afrontas e desavenças passadas, sentimentos retidos, corações feridos.



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No Hueco Mundo, dois shinigamis andavam por corredores infindáveis, do outrora forte da Zona de Penumbra da falecida bruxa arrankar, ora a garota tropeçava em alguma pedra, ora topava numa parede, as vezes o homem que a seguia esbarrava nela:

— Assim não dará certo! – Irritava-se a garota.

— Não consigo enxergar no escuro, minha há... – o homem gela ao escutar a garota sibilando para ele em desaprovação.

Sem ele ver o que a moça fazia, Miyoshi, com alguns movimentos exóticos, declama:

 “Na aurora do amanhecer e no cume do crepúsculo, pintando de dourado o céu de sangue banhado, com suas asas de brisas e plumas, suave e delicada como são nas ondas, a espuma: Awai chou!”

Nesse momento surge resplandecente, uma grande borboleta dourada, que iluminou todo o lugar.

— Esse eu não conhecia! – Admira-se Ukitake: - Como você sabe usar esses encantos, mas Shouri não o sabe?

— É melhor você voltar, desse jeito somente irá me atrapalhar. – fala irritada a jovem hashiseki.

— Irás me mandar para casa? – sorri irônico o homem.

— Se fores para enfadar, minha senhora, é melhor leva-lo de volta Ukitake taichou. – Jibrail surge de um canto escuro e se enrola no capitão.

— Jibrail?! Até onde sei, eu não sou mais tua senhora! – rebate a jovem apática.

— Também pensava assim, até você evocar tua zampakutou Akumu no Sama, outrora chamada Akumu no sekai sama, e usar encantamentos de Chous, coisa que a minha outra ama, não sabe fazer, algo inerente da avatar do grande Apsu! – elucida Jibrail, apertando o laço em torno de Ukitake, que meio sufocava.

— Algo tão simples! E uma zampakutou não pode ser comandado por dois shinigamis. – retruca gélida.

— Não há somente uma, agora existem duas: Akumu no sama e Yorusama, agora sirvo duas senhoras, o que não deveria acontecer, porém qual das duas, será a verdadeira avatar? Será que, minha senhora, hoje de nome Miyoshi, poderá se transformar? – Sorri a negra serpente.

Miyoshi, apenas o fitava sem demonstrar emoções, apática e gélida, arqueando uma sobrancelha ao ver a serpente sorrindo: - posso sela-lo novamente, Mensageiro! Isso responde tuas interrogativas. – O ameaça.

Jibrail tremeu: - Não nega ser a legitima filha do nobre taichou! Levarei Ukitake Juushirou, porém já providenciei outra companhia. Sayonara Órion-sama, se precisar, é somente me chamar! – elucida o mensageiro desaparecendo com Ukitake, que não pode se despedir da garota.

Miyoshi continuou sua caminhada, apenas em companhia de sua chou brilhante.

........

Enquanto isso, em algum dos inúmeros corredores, um homem de porte majestoso, mas totalmente bravo, soltava impropérios lutando com um Gillia:

— Maldito, miserável Jibrail, mensageiro dos infernos, me joga aqui nesse buraco sem me dar explicações, deve ser coisa daquela Diaba de menina, por essa ela me paga! Ahhhh.... – Grita possesso ao liquidar o hollow.

.....

Na mansão Kuchiki:

Assim que os representantes do Clã Kasumioji, se retiram, Ária adentra a sala alegre e elucida alto:

— Quando otou-san irá buscar Órion-nee-chan e trazê-la para casa?! Quero muito conhece-la. – Inocente e saltitante.

Órion a segue correndo e gela ao ouvi-la anunciar para todos na sala: - Ária,nã....o.

Arina não entende: - Querida! Tua irmã estar ai do teu lado!

— Não falo desta nee-chan, me refiro a primeira Kuchiki Órion, que estar vi... – Ária tem a boca tapada por Shouri. E as duas caem no chão.

 Todos os anciãos e criados contemplam a cena, depois fitam o nobre líder, em interrogação. Byakuya separa as duas garotas e as mantém suspensas, pelas obes dos vestidos: - Vocês já não estão grandes para isso, já não bastasse o vexame diante das visitas? Você contou a ela, Órion?

Órion se emburra cruzando os braços: - Irás pagar caro, por esta humilhação, Kuchiki Byakuya.- àquela situação cômica.

— Vocês ousariam esconder a nee-chan, assim que a trouxessem? E antes que alguém pense que estou em outra crise febril, meus senhores, papai e nee-chan descobriram que Kuchiki Órion estar viva e irão atrás dela, pronto falei, pode me colocar de castigo.  – Amua-se a alba: - Já até me acostumei.

— Cale-se Ária, senão fosse este acordo, a mandaria para um internato hoje mesmo. – fala friamente o nobre.

— Mas, mas...e Hakurei-san, eu pensei... – tenta argumentar triste. – e a nee-chan? – aponta para Shouri.

— Você ainda acha que tem como comparar um simples nobre de renome e um herdeiro de um dos quatro grandes Clãs, que entre um Hakurei e um Kasumioji, eu escolheria quem mais para dá-la como esposa? E Shouri estar fora de questão, e isso tu bem o sabes? E neste Clã, não se casa a mais nova antes da mais velha – Responde o nobre pondo-as no chão.

Ária chora: - Isso é uma injustiça, eu sei que fui disciplinada a minha vida toda para isso, mas porque eu não posso escolher meu pretendente, mas a nee-chan pode.

— Quem disse que eu escolhi?! – Esclarece Órion, olhando para longe: - assim como você, foi-me imposto, quando eu ainda era uma criança. Minha própria mãe. By-sama teve sorte quando recobrei minha consciência passada, do contrário, estaria noiva ou casada agora. E jamais casaria com um homem que não empunha uma zampakutou.

Uma veia pulsa na testa do nobre:  - Você acha que permitiria você casar com aquele homem? Como ousas me falar isso assim e na frente de todos?!

— Todos aqui na sala, sabem muito bem que não sou tua filha, que vim de uma época 300 anos no futuro, que minha mãe é Kuchiki Yuna, que fui feita por Mayuri taichou com a ajuda de Apsu, com seus genes e de outros shinigamis que não vêm ao caso. E para todos saberem, realmente achamos a primeira Kuchiki Órion, tua filha de verdade, ela retornou e não sabemos como. E que o ilustre Conselho achava que eu dava tanto problema antes, que já estavam escolhendo pretendentes para mim, e antes que isso acontecesse eu escolheria ‘aquele homem’. – Responde Órion alterada.

Byakuya fica estático, depois fuzila o conselho do Clã com olhar mortal: - É verdade isso? Pretendiam noivar Órion, sem eu saber?

— Is-isso era antes de sabermos quem era ela e de quem era filha. Não, não queríamos importunar o meu senhor, com isso, até a hora da apresentação dos pretendentes. Nem passou por nossas mentes que não se casa a mais nova antes da mais velha, e foi uma proposta de Ária-sama – Responde Hokudo trêmulo dentre os anciões.

Byakuya e Órion fitam Ária...

— Nani, nani?!! Eu ainda iria me dar mal do mesmo jeito, se isso acontecesse!! - responde Ária, tentando acalmar o nobre e sua irmã.

.........

No Hueco Mundo:

Hakurei estava sentado sobre uma rocha talhada, meditando em como sair daquele lugar: - Maldito Jibrail! Como sairei desse lugar inóspito e escuro, somente não estou na escuridão total devido este punhal que emite esta tênue luz oscilante, nem ao menos sei onde estou... – fala admirando um luxuoso punhal em sua mão, quando escuta um barulho alto acima de sua cabeça.

Um pedaço do teto desmorona, e uma luz irradiando de cima, ele ouve um grito feminino e corre para amparar a moça, que por pouco não se estatela no chão.

— Você estar bem senhorita? – indaga com a mulher nos braços. Reparando os longos caracóis verdes.

— Arigatoo, acho que sim! – responde a jovem trêmula pelo susto.

— Hum?! Essa, essa voz... – o grande homem levanta a garota na sua frente como se pegasse uma boneca: - não pode ser?!!!

A menina levanta o rosto e contempla a face do seu salvador, deixando os orbes vermelhos bem aparentes, ao reconhecer aquela fisionomia: - Ohayo, Ha-hakurei-san!

— Como isso é possível?! – assusta-se o homem caindo com a menina ao colo.

Miyoshi cai debruçada sobre o nobre espantado, seu rosto apenas a alguns centímetros do masculino, sentia a respiração ofegante e acelerada do homem, com o coração palpitando no tórax masculino logo abaixo dosa seus seios. Seus orbes vermelhos fixos nos orbes azul celeste, que se demonstravam incrédulos:

 - Des-desculpe-me por cair sobre você, Hakurei-san. – inicia a conversa sentando sobre o abdome masculino, espalmando suas delicadas mãos no peitoral viril, tentando levantar-se.

— B-bem! Foi assim que nos encontramos a primeira vez, se você for quem eu acho quem é? E foi eu quem escorregou com você nos braços. – responde o homem, com as mãos em sua cintura, a impedindo de levantar-se: - Como devo chama-la agora?

— Miyoshi! Sou eu mesma, eu sei que estás confuso, há outra Kuchiki Órion no Seireitei. Foi você quem Jibrail mandou para me ajudar?

O homem levanta-se e põe a garota no chão, apreensivo e hesitante, vai soltando lentamente a estreita cintura: - Será que é uma alucinação?!

— Porque dúvidas? Acaso não estou eu, aqui em tua frente? Jibrail se enganou, ao manda-lo, embora você tenha bons reflexos, até onde tuasei,  família não luta. – elucida confusa.

— Porque? Achas que não sei empunhar uma katana? Deveras não me agrade as mesmas, prefiro uma alabada. – dessa vez, solta a garota por completo: - o que fazes aqui, sozinha e como é possível existir duas de você? Estás diferente, mas tua fisionomia e voz são as mesmas. Isso me acontece logo agora!– o nobre senta-se pensativo e triste.

— Então Mayuri-sama me falou a verdade, que você escondia teus talentos de guerreiro e maneja com destreza essa arma que poucos ousam pegar. – Admira-se a jovem.

— Então, é esse cientista louco que estar por trás disso? Ele tinha que trazê-la de volta logo agora! Logo agora que eu estava me curando de você! – elucida Hakurei sem se dar conta do que falou.

— Porque falas isso, se curando de mim? Eu nunca fui uma doença! – Emburra-se a jovem em sua frente. – E Mayuri-sama não é louco, só é mal compreendido.

— Para mim você foi. mesmo me esnobando, me ignorando, eu não conseguia deixar de gostar de você, e depois escolheste aquele taichou idiota?! Não imaginas o quanto sofri! - deixa escapar triste.

Miyoshi cai sentada ao seu lado diante da revelação: - Me perdoe, não imaginava que você...gostava de mim de verdade... – Ela levou a mão para pegar uma das mãos masculinas, porém.

O homem puxa suas mãos, evitando o toque feminino: - Não passarei por isso novamente! O que procuras aqui, Miyoshi? – explana levantando-se e fechando o cenho.

A jovem abaixa o rosto triste, juntando as mãos diante de si, apenas responde: - Procuro um artefato mágico. – levanta-se devagar.

— E como seria tal artefato?  - indaga ríspido, porém pensativo.

— Um punhal negro, com cabo em forma de garra de três dedos, feito de opala e obsidiana. – responde sem encara-lo.

— Há,há,há.... – Sorri alto o nobre: - por acaso seria este?- fala, mostrando o artefato.

— Não acredito, onde, meu senhor, o encontrou? – seus olhos brilhavam, foi pegá-lo das mãos masculinas, porem.

O homem o puxa e o guarda dentro do seu kimono: - encontrei num piso inferior, estava sendo guardado por um gillia. Não será assim tão fácil, Kuchiki Órion Miyoshi!

— Eu me chamo Kurotsuchi Miyoshi! – irrita-se a jovem.

— Não! Se você tem a fisionomia, a aparência e voz, as lembranças, você pode ser somente um clone dela feito por Mayuri, porém, continua sendo uma Kuchiki, e pelo que você sabe, você tem mais da primeira Kuchiki Órion, do que a própria Shouri.

— Eu fui incumbida de recuperar este artefato e levá-lo ao seu destinatário, não será você que me impedirá. – irrita-se a jovem: - tenho ordens de eliminar qualquer um que se oponha.

— Então tente tirá-lo à força de mim, se conseguir deixo-a em paz e estarei sob tuas ordens, caso contrário, será sob minhas condições. – sorri malicioso, evocando sua grande alabada.

 - Que assim seja! – responde a jovem conjurando sua zampakutou. – Como consegues conjurar tua arma? – indaga admirada.

— Há muita coisa que não sabes sobre mim, Pequena! – responde avançando em direção à garota.

Mas nesse momento, o restante do teto começa a desabar, o nobre salta em cima da jovem protegendo-a dos escombros que caíam, este apenas cerra os dentes sob o impacto. Hakurei sem muito pensar, toma-a nos braços e corre desviando das rochas e pedaços do teto que continuavam a desmoronar. Assim que Miyoshi refaz-se do susto, pega sua zampakutou e grita:

Akumu no sekai no pôtaru ga hiraki, soshite watashitachi o ie ni tsuretekaeru.’

Desaparecendo ambos, instantes antes das catacumbas do antigo forte desmoronarem por completo restando apenas uma extensa nuvem de poeira.

............

De volta a mansão dos Kuchiki.

— o que estás pensando querida? - interroga o nobre se pondo ao lado de Órion, numa varanda.

— será que Órion, ainda quer voltar para cá?

— Talvez, ela não se lembre quem realmente ela é? Do contrário, conhecendo minha Menina, ela já estaria conosco. - responde Byakuya em um torno sereno.

Shouri observou, que quando falava de Órion, o nobre mudava, ficava sereno, doce, terno. Ela achou aquilo lindo e o abraçou forte.

 


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