Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 69
Oddments of a soul, who am I?


Notas iniciais do capítulo

Das Utopias
"Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.

Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo..."


"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!"


"Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."
Mario Quintana



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Byakuya continuava a procurar sua menina, sem êxito algum, com ele três fukutaichous, Yuè, Rei e Renji, o nobre estava apreensivo, impaciente e irritadiço com todos, começava a achar que não fora boa ideia trazê-los, nem mesmo Chiharu que poderia rastrear sua Órion, porém somente se a morena liberasse o mínimo de poder espiritual, como Shouri não o fazia, Yuè seria inútil para aquilo, Rei e Renji viviam discutindo. Não suportando mais aquela situação:

– Retornem os três imediatamente. Não sei por que os trouxe comigo.

– Como assim Kuchiki taichou?! Eu vim porque posso rastrear Órion-chan. – responde Chiharu surpresa.

– Mas taichou nós estamos a dias do Seireitei e somente agora o senhor decide isso?

– Kuchiki taichou eu vim por experiência contra esses hollows e outras coisas. – responde Rei.

– Mas agora, após suportá-los todos esses dias e analisar a situação, vocês não são necessários, este assunto é de família, não pertinente ao Gotei 13, por isso retornem agora é uma ordem.

– Byakuya-sama?! Eu sou amiga de Órion-chan e...e... Crescemos juntas e ainda somos parentes...

– Não, não são, você é neta de Rukia, mas assim como ela não possui sangue Kuchiki, agora retorne imediatamente, não quero problemas com Tsukishirou se te acontecer algo, não me faça repeti e do mesmo jeito você não se mostrou eficiente no que veio fazer.

Yuè se entristece, abaixa a cabeça quase chorando: - Hai Kuchiki taichou, vamos Rei-chan, o assunto não diz respeito a pessoas de classes baixas somente a pessoas da alta nobreza. – diz fazendo gestos com ironia: - mamãe tem razão quando diz que o senhor nunca mudará.

– O senhor a magoou Taichou. – elucida Renji seguindo as duas.

.........

– Hããã...?! Onde estou?! Que lugar é este?! – assusta-se uma jovem morena olhando para todos os lados desorientada, tenta levantar-se, mas tudo gira à sua volta.

– Shouri! Shouri estar tudo bem com você?! – Hakurei pousa à sua frente ferido e muito preocupado.

A menina mira em todas as direções, procurando por quem ele chamava, sem entender nada: - Você é...é...é...quem mesmo?

– Nani?! A velha diaba te acertou com força mesmo para você nem lembrar-se do seu nome e nem me reconhecer! – ele ajoelha-se ao lado dela: - Hakurei, criatura, recordou agora? Deveras, você não deve estar bem, pois levaste alguns minutos desacordados, confesso que me deixou preocupado.

– Ha...Ha-ku-rei?! – assusta-se, porém franze o cenho: - o que tu fazes aqui? Desde quando você luta, acaso sabes tu empunhar uma zampakutou ou qualquer outra arma?

– O caso é sério! Shouri! Agindo assim, arrogante e altiva até parece a primeira Kuchiki Órion.

“ Primeira?! Será que voltei como outra pessoa? Porque ele estar comigo? Onde estar By-sama?”: - Acaso existe outra além de mim, velho infame! – ela o olha de forma desdenhosa e agressiva.

O homem arqueia uma sobrancelha com uma expressão de terror: - Você não é a doce Shouri! Essa forma arrogante e altiva pertence somente a duas pessoas, uma é o líder do Clã Kuchiki, a outra é... não pode ser... Kuchiki Órion?! – assusta-se.

– Primeira e única, creio que não faz tanto tempo assim que morri para você já estar gagá Hakurei-dono. – ela sorrir ironicamente.

– Mas onde estar Kuchiki Órion Shouri?!

– Creio que seja eu mesma, porém antes de despertar minhas memórias passadas. O que fazemos aqui?

– Estou confuso, como assim um corpo e duas personalidades?!

– Continua idiota como sempre! Sempre fui eu, só que com outro comportamento até eu despertar minha consciência e os conhecimentos de minhas vidas passadas, Apsu levou-me para seus domínios a fim de proteger-me de Sora e do seu irmão, os quais vêm tentando obter o meu poder todo esse tempo e ela tem me iludido a muito tampo.

Órion tentou andar, mas fica tonta e é amparada por Hakurei, nesse momento a Arrankar levanta-se furiosa e lança um cero na jovem, mas o homem a protege, caindo inconsciente. A morena arma o Kyudo, porém cambaleia, acertando a hollow no flanco esquerdo a jogando longe. Com o restante de reiatsu que possuía a jovem se teleporta com o nobre para longe do covil da bruxa que começava a desmoronar.

.........

– Essa energia espiritual?! É Órion sem dúvidas, mas estar muito longe e fraca. – nesse momento Yorukami, que o nobre taichou trazia consigo começa a oscilar freneticamente, o moreno acelerou o passo ansiosamente.

........

Após a desastrosa luta contra Sora, uma jovem garota trazia um homem nos ombros, as lagrimas desciam pelo rosto escoriado, fora um fiasco o combate, o nobre quase morre e ela não fora apta para confrontar a velha Arrankar que a muito vem tirando a paz do seu Clã, fazendo o ser a quem ela mais amava sofrer, somente conseguira usar o Kyudo por três vezes e na ultima errou o alvo, acertando o flanco esquerdo da bruxa, a ferindo gravemente, mas não o suficiente para matá-la, tendo que fugir com o homem que agonizava, não poderia deixá-lo morrer, pois era o ultimo de uma família nobre,

Cambaleou, quase caindo, reabrindo o ferimento que tinha nas costas, o qual dera tanto trabalho para estancar, apoiou-se numa rocha, amparando o moribundo nela, a visão embaçou, ainda não estava preparada o suficiente para usar o arco em uma batalha, talvez fosse esse o motivo dos Hakureis nunca tê-lo usado e como explicar a Byakuya sua forma de tomoyo rubra, o símbolo daquela família, antes estava disposta a comprar briga com seu ‘otou’ para levar o fajuto noivado adiante, mas agora era diferente, também não estava pronta para um possível compromisso e já não queria afrontar o nobre, sua razão, seu...ainda mais, após recordar depois de tantos anos os objetivos de sua missão e despertar aquele sentimento esquecido, seria complicado e até macabro explicar tudo aquilo.

– Hakurei-dono!!! Hakurei-dono acordeeee... – grita uma voz em um descampado.

Era Órion com Hakurei apoiado numa rocha se sentando ao seu lado. Estava ferida, o belo rosto lavado de sangue, com um grande ferimento nas costas. Encolheu as pernas e se pôs a olhar o céu, relembrando tudo que acontecera ao absorver as memórias da Arrankar, as lágrimas escorriam como não desconfiou de nada antes, era tudo tão óbvio:

– Como nunca percebi nada! Logo eu que muito me considerei inteligente para minha idade. Então tudo isso começou por um amor rejeitado?! Aquela mulher maldita destruiu a minha vida, fez, fez meu By-sama sofrer tanto!!! Desviou-me dos meus objetivos, fazendo-me esquecer de minha missão, criou para mim um futuro que nunca existiu, um parentesco que jamais houve,ao menos, não no grau de pai e filha, pelo contrario. Eu irei matá-la, eu juro que a matarei. By-sama sofreu tanto com tudo isso, perdeu sua primeira esposa, depois conheceu um novo amor, muito mais puro, porém mais intenso e forte que qualquer coisa que sentira antes, ele me amou, mas ela não gostou disso e inventou tudo aquilo para me afastar dele. Dizendo que eu seria filha dele com Tsukishirou.

Ela respira fundo ao sentir doer os ferimentos, olha para o lado vendo o homem desmaiado: - pena que estou conversando só, mas ai veio Yuè Chiharu, a mesma jovem Yuè, tenente do 13° bantai, a verdadeira filha de Tsukishirou, jamais fora minha mãe realmente, sendo somente mãe da Ária, mas não esta Yuè, pois a Kuchiki Yuè Chiharu pertence a outra linha de tempo, um futuro alternativo, não é a que conheci, esta jamais foi uma Kuchiki. – ela sorrir fitando o moribundo ao seu lado: - quem diria?! Caminhos tão diferentes e logo se tornarão um! O que marcou a união de minha referida mãe e meu...meu... By-sama no futuro de Yuè, nunca aconteceu nesta época. Se eu nunca fui filha de Kuchiki Byakuya e muito menos de Yuè, se eu nunca existi! Quem sou eu? O que o nobre líder é realmente para mim? Para o que eu nasci? Porque eu estou ligada a este homem?! Aquela desgraçada teve que despertar no momento que sondaria estas respostas. – ela tenta levantar, o consegue com muita dificuldade: - eu sinto muito Hakurei-dono, jamais poderemos ter algum tipo de compromisso, mesmo que seja de mentira, depois destes fatos, estou interligada com Kuchiki Byakuya, eu já tentei um relacionamento fugaz com Ukitake Juushirou, porém morri em seguida e pelo jeito meu By-sama também não nasceu para viver um amor duradouro, creio que eu seja assim também, minha felicidade deve ser ao lado dele, agora de que forma eu não sei, eu não lembro dessa parte da missão, mas tem algo a ver com continuação do Clã.... – chora.

Ela olha para todos os lados, tentando escolher qual caminho seguir: - se By-sama estivesse aqui, saberia o que fazer, mas como levarei Hakurei-dono? – abaixa o rosto chorando.

Alguém a avista ao longe e põe a chamá-la: - Órion! Órion...

– Hãã...?! By-By-samaaa... – ela grita a plenos pulmões com os olhos marejados, agora de alegria, tentou correr, mas as pernas fraquejaram e quando quase tocava o chão, alguém a ampara, ela ergue o olhar e ver seu maior desejo realizado: - By-sama...gomen...gomen nasa... – a voz esmorece aos poucos assim como a menina esvanecia nos braços do líder.

– Ó-Ó-Órionnn?!!! – expressa o nobre abismado ao ouvir By-sama, porém a abraça fortemente: - Esse doce olhar, essa forma de tratamento é de...

– Órion! Isso mesmo Byakuya-dono. – responde Hakurei despertando nesse momento e tentando levantar-se: - espero que esteja preparado para fortes revelações assim que a jovem Kuchiki Órion, primeira e única acordar.

– Como assim?! Tenho que levá-los para o Gote...

– Tenho uma casa não muito distante daqui com uma excelente curandeira, o Gotei 13 fica há semanas daqui e a jovem Kuchiki precisa de cuidados urgentes, lá lhe digo o que sei e como a encontrei.

O nobre concorda, estava ansioso e apreensivo com aquilo tudo.

...........

O nobre e orgulhoso líder olhava fixadamente para a jovem adormecida no futon, estava impressionado com a rápida regeneração da moça, há dois dias estava com o corpo totalmente enfaixado, agora somente o tórax devido ao ferimento profundo na costa, porém a velha Kenkai havia lhe dito que já estaria devidamente cicatrizado no outro dia:

– De fato é a verdadeira Órion, se ainda fosses Shouri, não se recuperaria tão rápido sem kidous! – ele lhe segurava a mão esquerda, em cuja estava o bracelete do Raitei no Kyudo, olhou a tomoyo rubra e sentiu uma pontada no coração, misturado à raiva e ciúmes, contudo acalmou-se em seguida ao lembrar-se das explicações de Hakurei, não passava nada além de um grande equivoco, sorriu ao recordar-se do passado, quando sua vida girava em torno dela e seu mundo somente havia os dois e nada mais: - jamais lhe entregarei a outro homem, não haverá outro além de mim em tua vida, se nasceste por mim e viste por minha causa, comigo ficarás para sempre. – ele acaricia o rosto sereno da garota: - estou tão ansioso para saber toda verdade sobre tua origem, qual a nossa ligação, a tua missão! – ele direciona o olhar para a varanda que dava para o jardim interno: - creio que será um tanto esquisito nossa relação daqui em diante, pois te criei como filha, mas algo mudou quando ouvi você me chamar de...

– By...By-sama... – impõe-se uma voz tremula, mas suave.

Ele olha rapidamente e depara-se com um belo rosto feminino triste e grandes e marejados olhos glaucos: - então você voltou mesmo para mim?! – elucida sorrindo.

– Gomen...gomen nasai...por fazê-lo sofrer tanto... – as lagrimas caem desesperadamente.


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Notas finais do capítulo

Muitas vezes a vida é generosa demais convosco; de repente tudo aquilo que vos foi dado, vos foi tirado. Deveis vos perguntar: Fui generoso e humilde o suficiente para merecer o que me foi proporcionado? Ou fui egoísta e cruel para com a vida e os meus semelhantes? A vida faz justiça.
Rita Padoin - Extraído do livro "O Despertar do Silëncio".
Despertar sentimentos de paixão, de desejo,
de interesse em alguém é coisa muito fácil.
Difícil, mesmo, é conquistar esta pessoa
a ponto de viver com ela um grande amor...
Augusto Branco



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