Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 46
Shinda no sama: luta de deuses


Notas iniciais do capítulo

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu...
Sarah Westphal
Conserve os olhos fixos num ideal sublime, e lute sempre pelo que deseja, pois só os fracos desistem e só quem luta é digno de vida.
Desconhecido
Gostaria que você soubesse que existe dentro de sí uma força capaz de mudar sua vida, basta que lute e aguarde um novo amanhecer.
Margaret Thatcher
A vida espiritual dos homens, os seus impulsos profundos, o seu estímulo à ação são as coisas mais difíceis de prever, mas é justamente delas que depende a morte ou a salvação da humanidade.
Andrei Sakarov



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Fazia duas semanas que Tsukishirou chegara a Soul Society, seus pais já haviam lhe procurado por lá, mas não a encontraram, pois Yuè avisara a Ukitake para deixá-la uns dias em Ugendou. Rukia e Ichigo ficaram uns dias na cola do taichou, na perspectiva dele saber do paradeiro dela, como no passado, mas de nada adiantou, ninguém sequer soubera do paradeiro da menina, decidindo os dois voltarem e continuarem procurando no sekai, Ukitake fora buscar a menina dois dias depois, sendo dolorido para ele, pois a morena tinha se apegado a sua família no curto período que lá permanecera. Com quase um mês treinando somente com o capitão até o alvorecer do dia, Tsukishirou já empunhava sua zampakutou com destreza, além de dominar alguns kidous simples.

– Ohayou gozaimasu Comandante Shunsui, hajimemashite doozo yoroshike, estou muito feliz por integrar o Gotei 13, me chamo Ukitake Tsukishirou! – diz a morena ao ficar perante o comandante.

– Hum?! O, o prazer é todo meu senhorita Ukitake, ou como você quer que a chame. – responde o moreno com cara de bobo, reparando algumas semelhanças da menina.

– É eu sei, ela parece ser bem delicada e frágil, porém é somente aparência, minha Querida é bastante forte e resistente, treinamos somente algumas semanas e ela já domina alguns kidous com maestria! – elucida Ukitake bem orgulhoso ao lado da morena, que sorria tão adorável quanto ele.

Shunsui fica sem graça diante daqueles sorrisos meigos, reparando também no tratamento que seu amigo retribuía à menina, enquanto ela, mesmo com todo respeito a ele atribuído, demonstrava grande carinho, o moreno sorriu: - Então Tsuki-sama, você possui uma zampakutou?

– Claro que sim, senhor! – ela junta as mãos como em oração e quando as separa, como se saísse de dentro de suas palmas, a katana vai surgindo, a lâmina negra com um cabo dourado, cujo formato lembrava um cetro egípcio, com duas fitas de linho que jaziam da ponta: - esta é Shinda no Sama, ainda não sei que habilidades ela possui, mas logo Juu-sama e Yuè-chan me ensinarão como despertar. Não é simplesmente linda?!

O moreno treme ao ouvir o nome da zampakutou, porém vendo a inocência da moça, apenas concorda, mas faz uma pergunta: - Tsuki-sama frequentará a Academia?

– Que absurdo! Claro que não, aquilo não é lugar para uma dama como Tsukishirou, treinará comigo e Yuè. – responde Juushirou ofendido.

– Que pergunta doida a minha, claro que será dessa forma! – sorrir sem graça o moreno ‘ nossa! Ele falando assim, pareceu Kuchiki taichou, mas onde eles acham essas meninas? Queria tanto uma para mim!’

Enquanto isso, na mansão Kuchiki:

– Yuè! Você evitara permanecer na presença do Kurosaki e a Rukia, você não os tolera, por quê?

– Perdoe-me, mas tenho meus motivos! – a alba parece viajar nos próprios pensamentos, e sem perceber deixa escapar algo: - por, por causa deles, eu, eu quase não nasci! Minha mãe, quase, quase me abortou por causa deles! – chora: - meu pai é quem contava, mamãe não gostava de tocar no assunto, eles transformaram a vida dos meus pais num inferno! – grita, levando as mãos à boca logo em seguida, percebendo o seu ato.

– Como assim? O idiota do Kurosaki? Jamais fizera mal a uma mosca muito pelo contrario! E Rukia. digo o mesmo! Mas se estas dizendo, eu ainda não consigo imaginar, quem são seus pais, querida?

– Eu não deveria ter comentado, isso não vem ao caso agora. Sinto muito Bya-kun, mas não convém que o revele, não quero passar por tudo aquilo novamente.

– Como assim? Passar pelo que? Por que me escondes as coisas, talvez se me contares, poderemos evitar certos sofrimentos.

– Se eu revela-los agora, nós sequer nos conheceremos. Você não imagina o que eu passei para casar com você. É uma parte que eu tento esquecer. – diz baixando o rosto triste.

– Agora fiquei mais intrigado ainda. Não irá à parte alguma sem me revelares os motivos dessa raiva pela Rukia e a causa do teu sofrimento para te casares comigo. Sendo que até hoje nada me disseste o teu paradeiro durante tuas saídas diárias. – enfurece-se o Kuchiki.

– me impedirás Byakuya-sama? Então tente. Sabes tu muito bem que não é correto revelar o futuro, por favor, deixe as coisas como estão! – pede a alba suplicante.

– Yuè! Você mesmo disse que somos cúmplice um do outro, agora fica a me esconder os fatos? Que amor é esse, baseado em segredos? Ao menos, me diga, qual a tua filiação? – insiste o moreno.

– Qualquer um com olhos pode ver isso meu senhor! Deixe o tempo correr do seu jeito. – já se levantava e seguia para a porta da sala de jantar.

– Não irá até me dizeres alguma coisa, nem que isso resulte em minha ausência do 6º bantai hoje. – fala o nobre a segurando pelo braço. – irei aonde você for.

– não. Ainda não meu senhor. Eu não pedir para ires me encontrar aquele dia, sabes tu que tenho uma missão, e a irei cumprir custe o que custar! Agora me dei licença. – Yuè preparava-se para teleporta-se.

O nobre sentindo a súbita elevação da reiatsu da alba, imaginou que ela iria se teleportar e para que sua relação não ficasse difícil, puxou a garota para si, dando-lhe um beijo apaixonado, Chiharu ainda tentou se afastar do moreno, mas sem sucesso, lera nos pensamentos do nobre o desejo e o pedido de desculpa, se entregou..

No final daquela manhã, Tsukishirou e Chiharu começavam um árduo treinamento sob a supervisão do meigo taichou. Yuè começara usando kidous, todos atingindo a morena, que mesmo se estatelando no chão, levantavam-se todas às vezes, como se nada tivesse acontecido.

– Hã! Vejo que tu adquiriste resistência! Isso é bom, assim poderei me diverti um pouco. Prepare-se! – grita a prateada:- Hantaa Mün, ban-kai!

Ukitake gelou e a morena até tentou correr, sem êxito algum, a esfera da bankai da lua logo a aprisionara, enquanto as seis esferas lunares rodopiavam em volta de Chiharu:

– Aprenda uma coisa Tsukishirou, o que não te mata, te deixa mais forte! – ela levara a mão À lua nova: - hantaa no tsuka!

A morena grita, tendo seu corpo golpeado por milhares de bumerangues lunares, quando se deu por satisfeita, Yuè a lançara longe e pousa graciosamente no solo. A morena leva alguns minutos para levantar-se com dificuldade, ela olha para Juushirou que a encarava com desprezo:

– Tsukishirou! Não envergonhe nossa família, não deixe que os Kuchikis se elevem sobre nós, nunca finalizei um confronto com o líder deles, porém nunca perdi. Yuè é nossa aliada, mas também é uma Kuchiki. Se não pode vencê-la, ao menos se iguale a ela, não a deixe se sobrepujar sobre você. – o homem a olhava sério.

‘ o que ele estar fazendo, tratando-a dessa forma?!’ se indagava Yuè, até ler a mente do taichou e perceber que ele usava psicologia reversa, instigando a morena a dar seu melhor. Decidindo fazer o mesmo, tocar em sua ferida: - Então! Seus pais estavam certos...

– Certo de quê, Yuè?! – pergunta já um pouco triste com o taichou, tentando se por de pé.

– Ora! De te tratarem como uma menininha indefesa que não sabe se cuidar. Tivemos tanto trabalho para nada, se você quiser, eu a levo de volta e faço você esquecer-se de tudo e você voltará a ser a ‘ bonequinha de louça’ deles! Que deprimente! Um golpe fraco desses e você já estar quase morrendo! Byakuya-sama tem toda razão, um Kuchiki estar acima de todos, principalmente de um Ukitake, você bem merece esse nome.

– Tsukishirou, é assim que você diz honrar minha família? Não me diga que perdi meu tempo com você! – rebatia o capitão, já sentindo a elevação da reiatsu da morena.

– Como ousas... Aaaaa....

Tanken no ame! – Yuè a interrompe com seu ataque, acertando-a em cheio: - Como é fraca, o próximo e eu a mato. Não queres mesmo voltar para o colinho da mamãe? Ser novamente o pet dela? – sorri.

– eu, eu... não serei fraca... eu não voltarei para lá...eu... Aaaaa....

mangtsu no shi! – Chiharu a interrompe novamente, a ferindo ainda mais: - nos equivocamos Ukitake taichou, ela é desprezível e descartável, além de inútil! Realmente, deste seu nome à pessoa errada.

– Como ousas... eu...eu não irei te... te...aaiii... – a menina cai ao chão chorando.

– Eu, não creio que me enganei tanto e que perdi meu tempo, colocando toda minha dedicação, casa e favores nas mãos da pessoa errada! – elucida o homem um tanto preocupado.

– Você é, como digo? Imprestável, somente nasceu para viver na barra da saia da mamãe, sendo prisioneira dela! Detestaria ser sua filha, me envergonharia de você! – continua Chiharu: - Shi no kiri! – lança mais um ataque em Tsukishirou.

Tsukishirou leva algum tempo no chão, demorando alguns minutos para se mexer tenta com toda dificuldade e dor se pôr de pé, doía respirar, sentia as costelas doerem, devia ter quebrado algumas, escorria sangue por todo o corpo, a pele ardia, as roupas aos farrapos, a cabeça latejava, a visão vez ou outra escurecia, quando enfim ficou em pé.

– Sabe, acho que é melhor eu matá-la logo, assim, você não sofre tanto, não volta à sua vidinha patética e deprimente de antes e ainda livro a Família Ukitake de uma vergonha feito você!

– O quê?! Como, como ousas? Eu não sou fraca, não sou inútil! – grita a menina com raiva: - eu não vim para cá à toa, eu jamais envergonharei a família que me acolheu e muito menos decepcionarei o meu benfeitor, nunca perderei para um Kuchikiiii... – grita a morena tomando posição de ataque: - Se eu tenho todo esse poder que vocês me fizeram acreditar, o usarei agora! – começa a aumentar sua pressão espiritual e liberar sua reiatsu rapidamente.

– De nada adiantará esse espirro que tu chamas de reiatsu, nem me fará cócegas!: Do infinito cosmo do universo, onde a eterna noite impera, a lua reina absoluta, iluminando os portões do mundo da morte, apareça luar da meia noite, e revele o que nas trevas é oculto! Tezcatlipoca, senhor do céu noturno, do fogo e da morte, reineee!

Um espelho em forma de lua cheia se forma embaixo de Tsukishirou e começa a soltar fumaça, como se estivesse esquentando, ela grita sentindo seu corpo ser queimado, mesmo em meio a grande dor, ela mantém sua posição, agora não se tratava mostrar apenas sua capacidade, mas de sua sobrevivência, de ter respeito, de sua honra, de seu orgulho: - Ao guardião das sublimes moradas da eternidade, patrono dos embalsamadores, presidente do pavilhão divino, senhor da necrópole, aquele que está em cima da montanha, ao lord do oeste e senhor dos mortos, eu elevo a minha voz, atendei a minha súplica e dai ouvidos ao meu clamor! Anupu, deus chacal, desperteee...

Nesse exato momento, devido as oscilações espirituais na Soul Society, chegam ao local Shunsui, Zaraki e Byakuya, este fica sem entender nada e os outros dois assustados com o que ocorria, duas damas lutando em um duelo mortal e aparentemente sem motivos.

Nesse instante surge em todo seu esplendor o deus egípcio, cuja presença estremece todo o lugar, lançando o espelho fumegante de Yuè para longe, fazendo a alba gelar de temor e fascínio ao contemplar a face do senhor do oeste, despertando ao notar sua deidade enfurecida correndo na direção do deus chacal, deixando-se ver, Tezcatlipoca aparece como um jaguar humanoide com vestuário de guerreiro asteca, com sua lança em mãos, enquanto Anupu ou Anúbis toma posição com seu cajado em mãos. Os dois se confrontaram, durante esse período, com o surgimento de sua divindade a morena tem seu corpo regenerado, podendo lutar de igual para igual com Chiharu, que ainda estava incrédula ao ver os dois deuses lutando ferozmente.

Tsukishirou lançara um kidou nela para que despertasse e se preparasse para a luta que apenas começava. Assim que a prateada voltou a si, elas imitaram seus senhores, então se ouviu pelo campo o tilintar de lâminas, uivos, rosnados e urros altos, além de solo rachando e tremendo, arvores e rochas se desfazendo e intensa luminosidade de encantamentos e kidous. Byakuya ficara preocupado ao ver Chiharu sendo lançada contra algumas pedras e demorar a se levantar, já iria interferir, quando senti um acúleo em sua garganta:

– Não ouses interrompe-las, eu apenas assisti quando sua Pequena subjulgava a minha, pois não poderia fazer nada contra ela sendo a luta delas somente, agora as deixe prosseguir que estão em equidade. Se o fizeres, não responderei por mim. – avisa Juushirou sem olha-lo.

– Como ousas, seu dês... – enfurece-se o nobre.

– Kuchiki taichou, Ukitake taichou tem razão, a luta é delas, não sua, sem contar que suas entidades estão...- Shunsui é interrompido.

– Não são simples entidades, são deidades, deuses pagãos, exilados e renegados, penitenciados a pagar por seus erros pela eternidade. Assim como Órion possuía Apsu, deus do caos e das trevas; Yuè tem Tezcatlipoca, deus da noite, da morte e da feitiçaria; Tsukishirou possui Anupu, deus dos mortos e senhor do além. Deuses inimigos entre si, mas condenados ao mesmo destino. Somente deixarão de lutar agora, quando suas pupilas chegarem aos seus limites e não possuírem reiatsu para mantê-los aqui, o que irá custar! – elucida o meigo taichou sentando-se e observando os mortais duelos ao longe.

– Ah! Desculpem-me os dois, Zaraki taichou e Kuchiki taichou, a bela rival de Yuè-sama é Ukitake Tsukishirou, a mais nova membro do Gotei e, pelo que vejo... senhora de um grande poder! – diz Shunsui assustado. Byakuya teve que conter toda a raiva e apenas observar o duelo incomum, enquanto Zaraki assistia tudo muito alegre e prazeroso.

Contudo, se manter uma simples entidade é custoso, deuses então é quase um suicídio, ainda mais para quem estava iniciando uma nova vida como a morena, que já demonstrava exaustão após algumas horas de luta sem regras. Tsukishirou ofegava, estava trêmula lembrou-se também do seu problema de hipoglicemia, ‘não acredito que até aqui, isso me persegue!’, reuniu o restante de força que ainda tinha: suna no arashi! – uma grande e violenta tempestade de areia se formou acertando Yuè em cheio e a varrendo para longe.

Assim que tudo se acalmou, Tsukishirou jazia no chão inerte, Anúbis não estava mais lutando, enquanto Yuè levantava-se desorientada e procurando sua divindade que já desaparecia praguejando impropérios incompreensíveis. Então ela tenta se aproximar de onde a morena jazia, porém quase tomba ao chão, sentindo o sangue escorrer do seu ombro, se não fosse o nobre a segurá-la: - By... Bya-kun, on-de estar Tsuki-chan?

– Ela, ficará bem, não se preocupe, embora tenhamos muito que conversar. – responde ele sério com ela nos braços.

– Então não será hojeee... – desfalece em seus braços. O nobre some velozmente com a menina.

Enquanto isso, o meigo taichou já estava perto de Tsukishirou a inspecionando, vendo se encontrava algum ferimento que demonstrasse risco, mas descobrindo somente escoriações, os ferimentos mais profundos já haviam se regenerado com o surgimento de sua deidade, pegou sua haori e a envolveu, desaparecendo com sua menina já nos braços, sem dizer nada aos dois que ficavam.

– De onde elas vêm? Pois me lembram de Órion-chan. – pergunta Zaraki.

– Dois que não sabem meu caro, embora com esses novos acontecimentos, nós deveremos esperar por tudo, pois em anos os dois sequer trocavam olhares, ai surge essas meninas e os une novamente, porém continuam a intriga familiar. Seguimo-los, eles devem ter ido para o 4º bantai, isso será noticia.


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Notas finais do capítulo

Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.
John Quincy Adams
Os grandes feitos são conseguidos não pela força, mas pela perseverança.
Samuel Johnson
Se quiser triunfar na vida, faça da perseverança a sua melhor amiga; da experiência, o seu conselheiro; da prudência, o seu irmão mais velho; e da esperança; o seu anjo da guarda.
Joseph Addison
A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.
Oliver Goldsmith
É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca.
Dom Hélder Câmara



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