Lovesick escrita por Mary Anne Snow
Notas iniciais do capítulo
Olá Olá!
Espero que gostem de mais um capítulo!
Obrigada pelos comentários!
Wake up, love. Podia ouvir uma voz indistinta acordar-me, a pouco e pouco abri os olhos dando de caras com duas esferas azuis observadoras e um sorriso malandro no rosto.
– Bom dia dorminhoca.
– Hey you. – disse sorrindo. – Já estás acordado à muito tempo?
– Digamos que já fui ao ginásio e voltei e tu ainda te encontravas a dormir. – afirmou acariciando-me a bochecha.
– Ups. – disse rindo. – Devias ir tomar banho estás todo suado.
– Já vou, mas antes o meu beijo de bom dia. – disse antes de se aproximar e me beijar. – Volto já. – e levantou-se da cama indo para o quarto de banho. Deixei-me ficar na cama e olhei o tecto por uns segundos, o sorriso não me saia da cara estava nas nuvens completamente, decidi levantar-me da cama e reparei que vestia uma camisola de Damon que me fica enorme, dirigi-me até à cozinha e comecei a fazer café e umas torradas, enquanto esperava que estas ficassem prontas observava o resto da casa, que para ser de rapaz estava muito bem organizada.
– Pssiu. Em que estavas a pensar? – chamou-me à atenção.
– Em como é bom estar assim. – afirmei afastando uma madeixa de cabelo molhada do seu olho esquerdo.
– Concordo plenamente. Acordar contigo ao meu lado é óptimo... – disse beijando-me de seguida, um beijo calmo mas cheio de desejo.
– Damon... – tentei dizer.
– hmm?
– O pequeno-almoço. – disse rindo da reacção dele após se lembrar das torradas.
– Ainda estão comestiveis. – informou ainda que as fatias de pão estivessem quase totalmente queimadas. – Pensando bem é melhor fazermos outras. – disse gargalhando.
– É, é melhor. – sorri sentando-me no balcão a beber o café.
Após o nosso pequeno-almoço despedi-me de Damon que iria ter folga e dirigi-me a minha casa onde troquei de roupa para o trabalho, optei por umas calças pretas, uma blusa branca e uns sapatos pretos que aguentasse o dia todo.
– Bom dia Dr. Rachel. – cumprimentou-me o Dr.Edwards. – Hoje irei precisar de si numa cirurgia, posso contar consigo?
– Claro! – exclamei, era o sonho de qualquer um participar numa cirurgia principalmente quando se tratava de assistir um dos melhores no ramo.
– Óptimo, vemo-nos às duas da tarde então. – e caminhou em direcção ao seu gabinete.
– Dr. Rachel ainda bem que a encontro! – ouvi alguém dizer.
– Mr. Scott o que aconteceu? – perguntei ao pai do meu paciente mais novo Jamie.
– É o Jamie, ele deu entrada ontem nas urgências de madrugada, vim logo com ele aqui mal ele começou a tossir sangue. Até agora os médicos disseram que podia ser apenas uma gripe mal curada e o sangue podia vir derivado da garganta se encontrar inflamada, mas gostava que fosse a doutora a tratá-lo.
– Claro, aliás eu devia ter sido avisada mal ele deu entrada. Deixe-me só ir buscar o ficheiro clínico dele e vou já ter consigo à enfermaria.
– Obrigada. – agradeceu e caminhou em direção à enfermaria das urgências.
Fui até ao meu gabinete e vesti a bata, peguei no meu estetoscópio e no ficheiro de Jamie, o rapazinho adorável que tratara meses antes, só espero que não seja nada de grave.
– Hey Jamie, lembraste de mim? – perguntei assim que encontrei a sua cama e o vi com um ar extremamente cansado.
– Sim, a doutora ofereceu um doce na última consulta. – disse sorrindo um pouco.
– Isso mesmo. Enfermeira Danielle, quem é que ficou encarregue do meu paciente ontem à noite? – questionei enquanto olhava os registos.
– A Dr. White, ela apenas receitou um antibiótico para controlar a gripe e disse que o paciente ficaria em observação até hoje.
– Hum, algo me diz que isto é mais do que uma mera gripe. Vou pedir para fazerem umas análises ao sangue e um raio-X, podes acompanhar o Jamie durante os exames Danielle?
– Claro Rach, eu aviso-te logo que tiver os resultados. – disse retirando sangue de Jamie com cuidado enquanto eu caminhava com o Mr.Scott.
– Doutora acha que é algo mais grave segundo percebi, certo?
– Pode ser só impressão minha, mas acho que o Jamie está com uma pneumonia.
– Isso é tratável? – dava para ver o desespero no olhar do pai de Jamie.
– Sim, mas primeiro esperemos pelos resultados da análises e do raio-x. Volto daqui a uma hora para ver como ele está, ok?
– Obrigada.
– Só estou a fazer o meu trabalho. – sorri.
*
Encontrava-me no meu gabinete a atender um telefonema de um dos meus pacientes quando fui interrompida pelo meu beeper, acabei de lhe aconselhar uns medicamentos e desliguei correndo até à enfermeira Danielle que me entregou logo os resultados das análises e o raio-X que coloquei no quadro luminoso.
– O pulmão esquerdo está sem dúvida que está afetado. E pelos exames ao sangue posso concluir que o sistema imunitário também sem encontra na mesma situação. – afirmei.
– Isso quer dizer que está com uma pneumonia?- perguntou Mr.Scott.
– Sim, vamos administrar-lhe uns antibióticos mais fortes e um antipirético. Ele vai ficar bem Mr. Scott. – disse sorrindo.
– Muito obrigada doutora. – agradeceu.
– Dr. Rachel Hayes requisitada no bloco operatório 3.- ouvi chamarem-me.
– Danielle tenho uma cirurgia agora, vai-me actualizando ok? – pedi.
– Claro, boa sorte. – sorriu.
Caminhei em direcção ao vestiário onde coloquei a farda para operar e desinfectei as mãos, depois entrei no bloco onde Dr. Edwards vestia a bata.
– Como está o pequeno? – perguntou.
– Pneumonia em estado avançado mas estou confiante que vai ficar bom logo logo.
– Folgo em saber. Preparada?
– Sempre. – sorri e posicionei-me a seu lado.
A cirurgia iria durar no máximo duas horas, não era difícil e já tinha assistido a um procedimento igual em New York, agora só restava manter a calma e focar-me apenas no paciente que se encontrava na maca sob o efeito da anestesia.
– Vamos começar então. Betadine e bisturi. – dizia o meu chefe dando início ao meu melhor momento no hospital de Londres.
Após retirar o tumor Dr.Edwards deixou-me suturar o paciente e finalizar a cirurgia dando pequenos conselhos para eu aperfeiçoar a minha técnica que segundo ele era quase perfeita.
– Fizeste um bom trabalho. – congratulou-me já fora do bloco operatório.
– Obrigado por esta oportunidade.
– De nada, já sei a quem pedir assistência e a quem deixar as minhas cirurgias quando estiver de férias. – brincou. – Agora vou avisar a família. Vemo-nos por aí.
– E eu vou ver o meu paciente. – ambos sorrimos e desviamos para corredores diferentes.
Assim que cheguei à enfermaria vi Jamie e Mr. Scott ambos a dormirem, observei os sinais vitais e a bolsa do soro que alimentava o rapazinho de cabelos loiros apontando de seguida na ficha cada pormenor.
– Alguma mudança? – ouvi a voz rouca do pai perguntar-me.
– Desculpe se o acordei. – ele negou com a cabeça notava-se que estava exausto. – Até agora nada, mas ainda é cedopara ver alguma mudança, ele agora precisa sobretudo de repouso.
– Somos dois. – disse gargalhando um pouco para tentar aligeirar o ambiente.
– Mr. Scott já comeu alguma coisa desde que chegou aqui?
– Vários cafés e uma sande, o suficiente. – disse dando de ombros.
– Venha comigo e não se preocupe o Jamie está em boas mãos com a enfermeire Danielle. – afirmei incentivando o homem a caminhar comigo até à cantina, onde pedi dois menus de almoço enquanto Mr.Scott se sentava numa mesa à espera, carreguei os dois tabuleiros até lá e ambos iniciamos a refeição apesar de tardia.
*
Passavam treze minutos depois das dez da noite quando finalmente estava a arrumar as coisas para voltar a casa, a exaustão finalmente dava lugar à pouca energia que ainda restava em mim.
Sai do hospital e caminhei sentindo a brisa fresca da noite na minha face, encolhi-me no meu casaco e desci os degraus até à paragem do autocarro onde fiquei dez minutos à espera da minha linha.
Após chegar a casa, tomei um longo banho e abri uma garrafa de vinho antes de ser interrompida por duas batidas na porta, que podia adivinhar de quem seriam.
– Hey. – sussurrou Damon mal abri a porta.
– Hi. – sorri. – Entra.
Damon acompanhou-me até ao sofá onde ambos nos sentamos.
– Dia longo no trabalho?
– Muito e cansativo. – afirmei dando um pequeno gole do vinho do meu copo. – Tive a minha primeira cirurgia... bem na verdade assisti o Dr. Edwards, mas mesmo assim ainda fiz alguma coisa.
– Isso é excelente Rachel! – exclamou. – Não sabes o quão raro é o chefão convidar alguém para o ajudar.
– Ele até disse que o podia fazer mais vezes. Pelo menos tive essa boa notícia. – sorri fracamente.
– Então... o que se passa, love? – questionou fazendo-me olhar nos seus olhos azuis.
– Lembraste de eu te falar do Jamie, um miúdo de seis anos que parecia um adulto durante a consulta?
– Sim, tu ficaste toda babada a falar dele durante o almoço no hospital. – brincou.
– Esse mesmo, bem hoje de manhã encontrei o pai dele, quer dizer ele encontrou-me e veio-me pedir para ir à enfermaria das urgências pediátricas onde o pobre Jamie estava internada. No final após uns exames, ele está com uma pneumonia grave.
– Ei, ele vai ficar bem. Afinal com uma médica como tu nada pode dar errado. – disse acalmando-me com uma carícia no cabelo.
– És o melhor apoio que podia ter neste momento. – afirmei fazendo-o sorrir.
– E eu adoro desempenhar esse papel, principalmente quando te posso ver esse sorriso que tanto gosto nos teus lábios. – disse enquanto observava o sorriso que se formava no meu rosto.
– Até mereces um beijinho só por isso. – brinquei beijando-o suavemente.
– Hmm, tenho que fazer isto mais vezes para ter estas recompensas. – provocou.
– Não precisas disso. – disse pousando o copo no chão e colocando as minhas mãos no seu pescoço beijando-o mais uma vez. Damon passou as mãos à volta da minha cintura e puxou-me para mais perto, acabando mesmo por se deitar sobre mim gentilmente no sofá, onde ficamos a namorar durante um bom bocado até nos despedir-mos e ambos irmos dormir cada um em sua casa.
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