Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 11
How To Save a Life


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá!
Espero que gostem de mais um capítulo!
Obrigada pelos comentários!



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Wake up, love. Podia ouvir uma voz indistinta acordar-me, a pouco e pouco abri os olhos dando de caras com duas esferas azuis observadoras e um sorriso malandro no rosto.

– Bom dia dorminhoca.

– Hey you. – disse sorrindo. – Já estás acordado à muito tempo?

– Digamos que já fui ao ginásio e voltei e tu ainda te encontravas a dormir. – afirmou acariciando-me a bochecha.

– Ups. – disse rindo. – Devias ir tomar banho estás todo suado.

– Já vou, mas antes o meu beijo de bom dia. – disse antes de se aproximar e me beijar. – Volto já. – e levantou-se da cama indo para o quarto de banho. Deixei-me ficar na cama e olhei o tecto por uns segundos, o sorriso não me saia da cara estava nas nuvens completamente, decidi levantar-me da cama e reparei que vestia uma camisola de Damon que me fica enorme, dirigi-me até à cozinha e comecei a fazer café e umas torradas, enquanto esperava que estas ficassem prontas observava o resto da casa, que para ser de rapaz estava muito bem organizada.

– Pssiu. Em que estavas a pensar? – chamou-me à atenção.

– Em como é bom estar assim. – afirmei afastando uma madeixa de cabelo molhada do seu olho esquerdo.

– Concordo plenamente. Acordar contigo ao meu lado é óptimo... – disse beijando-me de seguida, um beijo calmo mas cheio de desejo.

– Damon... – tentei dizer.

– hmm?

– O pequeno-almoço. – disse rindo da reacção dele após se lembrar das torradas.

– Ainda estão comestiveis. – informou ainda que as fatias de pão estivessem quase totalmente queimadas. – Pensando bem é melhor fazermos outras. – disse gargalhando.

– É, é melhor. – sorri sentando-me no balcão a beber o café.

Após o nosso pequeno-almoço despedi-me de Damon que iria ter folga e dirigi-me a minha casa onde troquei de roupa para o trabalho, optei por umas calças pretas, uma blusa branca e uns sapatos pretos que aguentasse o dia todo.

– Bom dia Dr. Rachel. – cumprimentou-me o Dr.Edwards. – Hoje irei precisar de si numa cirurgia, posso contar consigo?

– Claro! – exclamei, era o sonho de qualquer um participar numa cirurgia principalmente quando se tratava de assistir um dos melhores no ramo.

– Óptimo, vemo-nos às duas da tarde então. – e caminhou em direcção ao seu gabinete.

– Dr. Rachel ainda bem que a encontro! – ouvi alguém dizer.

Mr. Scott o que aconteceu? – perguntei ao pai do meu paciente mais novo Jamie.

– É o Jamie, ele deu entrada ontem nas urgências de madrugada, vim logo com ele aqui mal ele começou a tossir sangue. Até agora os médicos disseram que podia ser apenas uma gripe mal curada e o sangue podia vir derivado da garganta se encontrar inflamada, mas gostava que fosse a doutora a tratá-lo.

– Claro, aliás eu devia ter sido avisada mal ele deu entrada. Deixe-me só ir buscar o ficheiro clínico dele e vou já ter consigo à enfermaria.

– Obrigada. – agradeceu e caminhou em direção à enfermaria das urgências.

Fui até ao meu gabinete e vesti a bata, peguei no meu estetoscópio e no ficheiro de Jamie, o rapazinho adorável que tratara meses antes, só espero que não seja nada de grave.

– Hey Jamie, lembraste de mim? – perguntei assim que encontrei a sua cama e o vi com um ar extremamente cansado.

– Sim, a doutora ofereceu um doce na última consulta. – disse sorrindo um pouco.

– Isso mesmo. Enfermeira Danielle, quem é que ficou encarregue do meu paciente ontem à noite? – questionei enquanto olhava os registos.

– A Dr. White, ela apenas receitou um antibiótico para controlar a gripe e disse que o paciente ficaria em observação até hoje.

– Hum, algo me diz que isto é mais do que uma mera gripe. Vou pedir para fazerem umas análises ao sangue e um raio-X, podes acompanhar o Jamie durante os exames Danielle?

– Claro Rach, eu aviso-te logo que tiver os resultados. – disse retirando sangue de Jamie com cuidado enquanto eu caminhava com o Mr.Scott.

– Doutora acha que é algo mais grave segundo percebi, certo?

– Pode ser só impressão minha, mas acho que o Jamie está com uma pneumonia.

– Isso é tratável? – dava para ver o desespero no olhar do pai de Jamie.

– Sim, mas primeiro esperemos pelos resultados da análises e do raio-x. Volto daqui a uma hora para ver como ele está, ok?

– Obrigada.

– Só estou a fazer o meu trabalho. – sorri.

*

Encontrava-me no meu gabinete a atender um telefonema de um dos meus pacientes quando fui interrompida pelo meu beeper, acabei de lhe aconselhar uns medicamentos e desliguei correndo até à enfermeira Danielle que me entregou logo os resultados das análises e o raio-X que coloquei no quadro luminoso.

– O pulmão esquerdo está sem dúvida que está afetado. E pelos exames ao sangue posso concluir que o sistema imunitário também sem encontra na mesma situação. – afirmei.

– Isso quer dizer que está com uma pneumonia?- perguntou Mr.Scott.

– Sim, vamos administrar-lhe uns antibióticos mais fortes e um antipirético. Ele vai ficar bem Mr. Scott. – disse sorrindo.

– Muito obrigada doutora. – agradeceu.

Dr. Rachel Hayes requisitada no bloco operatório 3.- ouvi chamarem-me.

– Danielle tenho uma cirurgia agora, vai-me actualizando ok? – pedi.

– Claro, boa sorte. – sorriu.

Caminhei em direcção ao vestiário onde coloquei a farda para operar e desinfectei as mãos, depois entrei no bloco onde Dr. Edwards vestia a bata.

– Como está o pequeno? – perguntou.

– Pneumonia em estado avançado mas estou confiante que vai ficar bom logo logo.

– Folgo em saber. Preparada?

– Sempre. – sorri e posicionei-me a seu lado.

A cirurgia iria durar no máximo duas horas, não era difícil e já tinha assistido a um procedimento igual em New York, agora só restava manter a calma e focar-me apenas no paciente que se encontrava na maca sob o efeito da anestesia.

– Vamos começar então. Betadine e bisturi. – dizia o meu chefe dando início ao meu melhor momento no hospital de Londres.

Após retirar o tumor Dr.Edwards deixou-me suturar o paciente e finalizar a cirurgia dando pequenos conselhos para eu aperfeiçoar a minha técnica que segundo ele era quase perfeita.

– Fizeste um bom trabalho. – congratulou-me já fora do bloco operatório.

– Obrigado por esta oportunidade.

– De nada, já sei a quem pedir assistência e a quem deixar as minhas cirurgias quando estiver de férias. – brincou. – Agora vou avisar a família. Vemo-nos por aí.

– E eu vou ver o meu paciente. – ambos sorrimos e desviamos para corredores diferentes.

Assim que cheguei à enfermaria vi Jamie e Mr. Scott ambos a dormirem, observei os sinais vitais e a bolsa do soro que alimentava o rapazinho de cabelos loiros apontando de seguida na ficha cada pormenor.

– Alguma mudança? – ouvi a voz rouca do pai perguntar-me.

– Desculpe se o acordei. – ele negou com a cabeça notava-se que estava exausto. – Até agora nada, mas ainda é cedopara ver alguma mudança, ele agora precisa sobretudo de repouso.

– Somos dois. – disse gargalhando um pouco para tentar aligeirar o ambiente.

– Mr. Scott já comeu alguma coisa desde que chegou aqui?

– Vários cafés e uma sande, o suficiente. – disse dando de ombros.

– Venha comigo e não se preocupe o Jamie está em boas mãos com a enfermeire Danielle. – afirmei incentivando o homem a caminhar comigo até à cantina, onde pedi dois menus de almoço enquanto Mr.Scott se sentava numa mesa à espera, carreguei os dois tabuleiros até lá e ambos iniciamos a refeição apesar de tardia.

*

Passavam treze minutos depois das dez da noite quando finalmente estava a arrumar as coisas para voltar a casa, a exaustão finalmente dava lugar à pouca energia que ainda restava em mim.

Sai do hospital e caminhei sentindo a brisa fresca da noite na minha face, encolhi-me no meu casaco e desci os degraus até à paragem do autocarro onde fiquei dez minutos à espera da minha linha.

Após chegar a casa, tomei um longo banho e abri uma garrafa de vinho antes de ser interrompida por duas batidas na porta, que podia adivinhar de quem seriam.

– Hey. – sussurrou Damon mal abri a porta.

– Hi. – sorri. – Entra.

Damon acompanhou-me até ao sofá onde ambos nos sentamos.

– Dia longo no trabalho?

– Muito e cansativo. – afirmei dando um pequeno gole do vinho do meu copo. – Tive a minha primeira cirurgia... bem na verdade assisti o Dr. Edwards, mas mesmo assim ainda fiz alguma coisa.

– Isso é excelente Rachel! – exclamou. – Não sabes o quão raro é o chefão convidar alguém para o ajudar.

– Ele até disse que o podia fazer mais vezes. Pelo menos tive essa boa notícia. – sorri fracamente.

– Então... o que se passa, love? – questionou fazendo-me olhar nos seus olhos azuis.

– Lembraste de eu te falar do Jamie, um miúdo de seis anos que parecia um adulto durante a consulta?

– Sim, tu ficaste toda babada a falar dele durante o almoço no hospital. – brincou.

– Esse mesmo, bem hoje de manhã encontrei o pai dele, quer dizer ele encontrou-me e veio-me pedir para ir à enfermaria das urgências pediátricas onde o pobre Jamie estava internada. No final após uns exames, ele está com uma pneumonia grave.

– Ei, ele vai ficar bem. Afinal com uma médica como tu nada pode dar errado. – disse acalmando-me com uma carícia no cabelo.

– És o melhor apoio que podia ter neste momento. – afirmei fazendo-o sorrir.

– E eu adoro desempenhar esse papel, principalmente quando te posso ver esse sorriso que tanto gosto nos teus lábios. – disse enquanto observava o sorriso que se formava no meu rosto.

– Até mereces um beijinho só por isso. – brinquei beijando-o suavemente.

– Hmm, tenho que fazer isto mais vezes para ter estas recompensas. – provocou.

– Não precisas disso. – disse pousando o copo no chão e colocando as minhas mãos no seu pescoço beijando-o mais uma vez. Damon passou as mãos à volta da minha cintura e puxou-me para mais perto, acabando mesmo por se deitar sobre mim gentilmente no sofá, onde ficamos a namorar durante um bom bocado até nos despedir-mos e ambos irmos dormir cada um em sua casa.


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