A Thousand Years escrita por Serena


Capítulo 31
Capitulo 30: Um grito


Notas iniciais do capítulo

Bora ler que a ação ta boa!



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Capitulo 30: Um grito

Klaus narrando:

Caroline ainda estava imersa em meus braços.Minha delicada loira adormecida, como a mais bela das obras de arte.                                                                              

Eu não sabia sobre o que ela estava falando antes de desmaiar.Não tinha ideia de quem era esse vampiro Enzo com quem ela estava dançando,e porque ele parecia saber exatamente ao que ela se referia ao falar de ‘’Charlotte’’.

Me recuso a aceitar que ela tenha contado algo aquele cara e não a mim.Não é uma coisa na qual eu goste de pensar.

Já se aproximava da meia-noite,logo os fogos de artificio seriam queimados.                                                                  

E tudo o que eu tinha era a mulher que eu amava desmaiada em meu colo,e um estranho vampiro nos observando apreensivo.

Uma coisa eu deixaria bem claro.Não gostava dele.                      

Não o queria perto da minha mulher,nem mesmo respirando o mesmo ar que ela.

Espera minha mulher?Quando foi que me tornei tão possessivo?

Bem dane-se.Caroline era sim minha mulher,e aquele tal de Enzo não ia chegar nem um centímetro perto dela novamente.E iria me explicar detalhadamente de que diabos eles dois estavam falando.

Um vento forte ronronou ao redor da grande e densa floresta que cobria a antiga vila onde a festa estava acontecendo.Bagunçando alguns fios loiros que caiam do coque que Caroline usava,e esvoaçando partes do vestido longo vermelho que caiam por seu corpo.

Fitei a bela mulher em meus braços,esquecendo por alguns instantes ate mesmo de quem eu era.Apenas para contempla-la em toda a sua beleza e esplendor.                                            

Sentindo meu coração reviver em meu peito a simples visão de seu rosto.

Sim. A visão dela era um como um sopro de vida em um corpo morto, meu corpo morto.

Eu nunca quis nada como a queria.Nunca amei ninguém como a ela.

Caroline parecia uma musa prestes a posar para um pintor.Alguém que conhecia seu corpo como a própria alma.Que sabia cada segredo escondido em cada curva sinuosa de sua silhueta.Um homem que amava cada pequena parte sua,sem enxergar qualquer defeito.

Como pude sobreviver durante três dias sem a percepção de sua pele queimando sob meu toque?

Ali estava minha bela loira,e tudo o que eu sentia era como aquele espaço ocupado por seu corpo entre meus braços,era o seu lugar certo no mundo.                                             

Exatamente onde deveria estar.Presa em meu corpo,com a cabeça pressionando meu coração,que talvez fosse mais dela do que meu.

Inalei o ar noturno sentindo todos os aromas que perpetuavam aquele lugar,notando o mais doce e suave deles,provindo de Caroline.                                

Relembrando como ela havia sofrido por minha culpa desde que nos conhecemos.Ate mesmo minha vingança fora capaz de me cegar ao ponto de eu quase matar Bonnie Bennett,a melhor amiga dela.

Ate onde eu iria por vingança,sangue e poder?Valeria o preço?Seria o suficiente para me satisfazer,sabendo que eu a perderia?

Não. Não. E não...

Nada no universo valeria a satisfação de ter Caroline ao meu alcance.  

Da ultima vez que eu a deixei partir ela desapareceu sem rumo e quase foi morta por Mikael.

Ainda me recordo bem de como fora um inferno vê-la presa aquelas correntes,ferida.Ouvir seu coração quase parando dentro de seu peito,em um sussurro cruel me dizendo adeus.

O que seria de mim se ela realmente tivesse partido naquele dia?Sobraria muito se agora eu a perdesse por meus erros?

Não sobraria nada.

Analisando tudo isso,e tendo o risco de perde-la sobre minha cabeça.                                 

Eu finalmente percebo que tudo o que ganhei nestes mil anos.Cada morte,vingança,sangue,minha família.

Nenhuma dessas coisas importaria.Não seriam o bastante para aplacar a dor de não tê-la mais comigo.Tudo o que eu achei ser importante em toda a minha existência,se tornava fumaça perto da dimensão do que seria um segundo sem ela.

Por isso eu não podia perde-la.Nunca mais eu  a magoaria ou mentiria para ela.Dane-se a vingança contra as Bennetts.

Eu imploraria o seu perdão e seria tudo o que ela precisasse que eu fosse.

Expressaria cada sentimento que arde dentro de mim,sem me conter.                                                            

A amaria com cada pedaço meu e lhe diria todos os dias ‘’eu amo você’’.                                                          

Nunca foi fácil para alguém como eu amar ou ter emoções,mas Caroline me invadiu com sua doçura e teimosia.Arrancando do meu coração coisas que eu nem sabia que ainda estavam ali.

Se beber sangue pela primeira vez foi uma experiência sobrehumana,quase inexplicável. A forma como me apaixonei por ela supera ate mesmo isso.                            

O mais sublime e incomparável ápice meu,é quase nada perto do prazer de beijar seus lábios.

Eu achava que estava vivendo quando me tornei vampiro e consequentemente hibrido. Porem eu era apenas um marco do próprio tempo,correndo pelos anos,transformando uma existência inútil em algo que julgava interessante.                                

Mas o que eu tinha? Pelo o que estava vivendo?

E hoje ate mesmo o bater acelerado de meu coração,cada segmento sincronizado é feito por ela. Para ela...

Observei seu rosto delicado me perdendo em cada detalhe traçado com tanto apreço.Sentindo meu peito inchar com a dimensão do sentimento que me consumia,vendo no belo ser em meu colo,toda a razão da minha eternidade.

Para faze-la feliz eu mataria,morreria,viveria.Seria alguém melhor.

O ciúmes ainda me corta só de lembrar que ela estava nos braços deste vampiro imundo,mas a preocupação aplaca qualquer coisa.

Ela estava desacordada,com a cabeça sangrando como se tivesse recebido algum tipo de feitiço maluco.

A tantas coisas da quais não tenho ideia,porem tudo o que quero saber agora é o que esta acontecendo com ela.Uma sensação nada boa me invade vibrando cada osso e ligamento.

Algo de muito errado esta acontecendo aqui.Sinto isso no ar.

Começo a me locomover em meio a multidão de pessoas virando bruscamente na direção do tal Enzo e agarrando com a mão livre o colarinho de seu terno.

—Você vai me seguir e depois vai me contar o que esta acontecendo._ordenei hipnotizando-o.

Sua expressão ficou vazia enquanto ele repetia minha ordem,e me seguia abismado.

—Você acabou de me hipnotizar?

Ignorei sua existência,me concentrando em me afastar daquele aglomerado de pessoas com Caroline nos braços.

A cada segundo eu lhe dava uma checada,prestando atenção em seu rosto.Me amaldiçoando por ter demorado tanto tempo para lhe dizer que a amava.                                            

Por ter deixado ela pensar que não passava de uma distração para mim.Por permitir que ela fosse embora achando que tinha sido usada.

Era o melhor para ela,e vê-la defendendo a amiga Bonnie e se voltando contra mim fora um golpe doloroso.Ela sempre foi a primeira a acreditar nas minhas melhores qualidades,quando nem mesmo eu tinha fé em minha alma ela acreditou por nos dois.

Estou cansado de ser a ultima opção das pessoas,o bicho-papão que vai comer as criancinhas durante o sono.É divertido ser temido,e sim eu sou mal.Mas ainda tenho sentimentos,e ela foi a única que viu mais do que a casca grossa que eu exibia.Eu só não consegui suportar vê-la me odiando,dizendo que tinha se enganado ao meu respeito.

E reagi da forma como sempre ajo quando sou ferido.                

Machuco mais forte e de forma pior quem me magoou.

Depois que a poeira baixou e a dor da sua ausência fora tudo o que me cercava,eu entendi que por mais doído que tenha sido ouvi-la falar aquelas coisas,ficar longe dela era ainda mais doloroso.

Um dia depois Elijah me contatou comunicando desesperado o sumiço de Hayley,seguido da ligação do bruxo Oliver que tinha novidades sobre os pesadelos de Caroline.

Imediatamente voei para lá,não sem antes passar na casa de Caroline e observa-la dormindo.

A primeira coisa que fiz quando voltei foi ir vê-la beber de sua beleza depois de dois dias distante fora demais para mim.Mas eu havia prometido partir de Mystic falls e deixa-la em paz.

É as vezes quando se ama, aprendemos a abrir mão da pessoa amada,se isso significar que ela estará feliz.

Caroline merecia alguém melhor do que eu,e infelizmente ela parecia finalmente ter entendido isso.

Porem com o desaparecimento de Rebekah e agora essa estranha coisa com a duplicata Elena,começo a ficar irritado.Pois meus instintos me dizem que tudo isto esta interligado e não é nada bom.

Encontro Elijah no começo da festa onde alguns carros estão parados.                                                               

Ele me fita sem entender nada,enquanto caminho com Caroline no colo e abro a porta da minha lanborguini,acomodando-a ali dentro.

Retiro meu terno cobrindo seu corpo delicado com ele, em seguida beijo sua testa.Me afasto deixando a porta aberta e encaro brevemente meu irmão,focando em seguida no vampiro Enzo que continuava me seguindo.

—Comece do começo._ exigi zangado._ Porque estava com Caroline,do que ela estava falando e o que fazia aqui esta noite?

E então ele derramou sobre mim toda a historia que ouvira da boca de Damon.Sob o efeito da hipnose sem chance de mentiras.

Me contou sobre a avó lunática de Caroline que planejava me matar com a ajuda da minha mãe e o antigo clã que eu tinha dizimado cem anos antes.                                                                                               

Que Caroline fazia parte desse plano louco e aparentemente estávamos certos quando dissemos que ela era algum tipo de ser sobrenatural raro.                                                      

Resumidamente me chocou dizendo que a mulher que eu amava e eu estávamos ligados de alma e sangue por um feitiço.E que ela se recusou a participar do plano daquelas loucas por amor a mim.Estava ali aquela noite por suspeitar que ‘’Charlotte’’ pretendia concluir seu planinho na festa.

Quando Enzo terminou de falar o silencio reinou entre nos.            

Troquei um rápido olhar com Elijah,que parecia entender bem minha linha de pensamento inaudível.

Não me surpreendia Esther estar tentando me destruir,ela sempre tentou.Nem mesmo a ameaça daquele antigo clã e toda aquela coisa de Fênix me assustava.                                 

Mil anos de vida me deram muitas experiências.Eu já vi de tudo por ai,estive em vários cantos deste planeta,conheci diversos  seres sobrenaturais e suas lendas.                                                                           

Ter alguém querendo arrancar minha cabeça,um clã inteiro e minha mãe atrás de mim,uma maldição centenária sob minha pele...                            

Isso era um dia comum da minha vida.

Bufei revirando os olhos,enquanto pensava em todas as maneiras conhecidas para assassinar aquelas desgraçadas.

—No que esta pensando,Niklaus?

Levantei minha cabeça fitando Elijah olhos nos olhos.

—Vamos queimar cada uma delas.

Um sorriso maldoso despontou em meus lábios,ao mesmo tempo que Elijah refletia meu olhar sádico no seu.

—Quando encontrarmos essas bruxas vamos lembrar a elas quem nós somos.E o que acontece quando ameaçam nossa família._afirmou ele em seu tom polidamente educado, rasgando ódio.

Mandei uma mensagem de texto para Kol avisando da mudança de planos,sem me esquecer de que ele sabia de tudo o que estava acontecendo ali e se quer havia me contado.Mais tarde nos dois teríamos uma bela conversa sobre aquilo.

Guardei o celular de volta no bolso me virando rapidamente na direção de Caroline,para me certificar de que ela estava bem.

Me aproximei de Enzo que ainda estava parado ali nos olhando.                                                                         

E toquei seu ombro,apertando com certa força o músculo entre meus dedos.

—Você vai encontrar seus amigos e traze-los ate aqui._murmurei hipnotizando-o.

Antes que ele saísse para ir atrás dos outros,eu fitei seus olhos mais uma vez.

—E nunca, jamais, em nenhuma hipótese você vai chegar perto de novo da minha mulher.

O ouvi repetir o que eu havia acabado de mandar e em seguida fiz um sinal com a cabeça para que ele fosse obedecer minha primeira ordem.                              

—Parece que finalmente esta admitindo.

Me virei para Elijah que estava parado ao meu lado,com ambas as mãos nos bolsos da calça,me fitando como se soubesse o segredo do mundo.

—Não sei do que esta falando.

—Negue o quanto quiser.Mas depois de mil anos você apreendeu o que é amar alguém.Se apaixonou talvez como nunca antes._disse serio.

Desviei meus olhos ate a parte traseira do carro onde Caroline permanecia desacordada,olhando-a com adoração.

—Você sabe o que é amar uma pessoa e perceber que sem ela nada na vida tem valor.                            

—E é assim que se sente com Caroline?_quis saber.

Assenti compenetrado em admirar o rosto da mulher que eu amava.

—É exatamente assim. É por ela que eu vivo._murmurei._ eu existi mil anos esperando por ela,e agora ama-la é tudo o que mais me importa.

Levantei meus olhos trocando um rápido olhar com ele,que sorriu satisfeito.

Quando o silencio nos golpeou,enquanto esperávamos por Kol e os outros.Me senti feliz comigo mesmo,por enfim alcançar as expectativas de Elijah sobre ter emoções.E estranhamente me vi alegre por saber que todos os sentimentos antes repugnantes aos meus olhos,hoje bombardeavam meu peito como fogos de artificio.                         

E tudo isto graças a Caroline.

Caroline narrando:

Suspirei alto sentindo meu cérebro doer dentro da minha cabeça.Pisquei varias vezes tentando forçar meus olhos a se abrirem, impulsionar uma força interior que os fizesse me obedecer.

Quando finalmente consegui abri-los as luzes fortes e quentes me cegaram por alguns segundos.Fitei o fogo a minha frente confusa,sentindo a cabeça girar.                                                           

Me mexi notando que eu estava de alguma forma, deitada em algo duro e frio.Uma ruga se formou em minha testa enquanto eu buscava entender como havia ido parar deitada sabe lá onde.

A ultima coisa de que me lembrava era de estar com Klaus quando Enzo chegou anunciando que haviam levado Elena.E ai eu senti uma vertigem terrível,percebendo que aquilo era uma reação do corpo de Bonnie,que em algum lugar daquela festa estava sendo atacada.

Depois eu acabei desmaiando e perdendo qualquer noção de tempo.                                                                                       

Me contorço mais uma vez,tentando descobrir onde diabos estou quando sinto as correntes de ferro prendendo meus tornozelos e pulsos.Assustada me movo com mais afinco,ouvindo o ranger do ferro enferrujado raspando contra a superfície em que estou deitada.

Solto um pequeno arquejo ouvindo meu coração bater rápido e uma sensação ruim se aglomerar dentro do meu peito. Algo esta muito errado aqui..

Chacoalho meu corpo como uma cobra na areia quente,tentando forçar aquelas correntes grossas,em uma tentativa tola de fugir.                                                                                                                 

Elevo minha cabeça notando que estou deitada de barriga pra cima sobre um chão de pedra.Preciso esticar meu pescoço para conseguir enxergar melhor as hastes nos meus tornozelos e pulsos, que estão unidos em cima do meu estomago.

Acima de mim tudo o que existe é apenas um céu negro sombrio com nuvens pesadas como chumbo.Posso ver algumas copas de arvores grossas e densas,porem não mais que isso.Seja onde for que eu esteja parece ser uma clareira antiga no meio da floresta,composta por enormes pilastras de rocha pura,como se sustentassem moradias antigas,e tivessem sido tudo o que sobrou com o passar dos anos.

Ainda estou usando meu vestido longo vermelho sangue,o que me faz questionar quem me trouxe para este lugar.

Virei minha cabeça para o lado soprando alguns fios de cabelo que foram jogados contra meu rosto,tentando ver mais além daquele ângulo.                                                        

E é ai que minha respiração congela dentro dos meus pulmões.

Estou deitada no chão de pedra em uma parte frontal da clareira,como se estivesse no centro de alguma coisa.

A um metro de distância posso ver duas garotas desacordadas e também amarradas no concreto.Arregalo meus olhos ao reconhecer os cabelos longos e castanhos de Elena e os fios curtos quase negros de Bonnie.

Ambas estão jogadas, próximo a mim de olhos fechados.Sufoco um grito de pavor,buscando ter controle para poder ajuda-las.                                                                  

Verifico cada centímetro do corpo das duas,notando a testa de Bonnie sangrando.Elena por outro lado estava sem nenhum ferimento exceto o posicionamento de seu pescoço,o que revela que para domina-la alguém havia quebrado seu pescoço,como vampira ela ficaria desacordada por algum tempo.

Forcei meu corpo a girar de lado para vê-las melhor notando que as duas estavam deitadas no chão dentro de uma espécie de triangulo desenhado com sal.                                                                            

Cada uma delas estava dentro de um desses enormes símbolos,desmaiadas quase na mesma posição de barriga pra cima e com ambos os braços esticados para os lados ao invés de atados juntos, como os meus.

Crispei minhas sobrancelhas confusa,nada estava fora do lugar exceto pelo fato de que provavelmente aqueles desenhos eram parte de algum feitiço.

Arregaleis os olhos ao imaginar que se as duas estavam ali, Rebekah e Hayley também estariam.

Rolei para o me lado direito ralando minimamente meu rosto no chão de pedra,enquanto buscava ver se as duas estavam ali como eu pensava.                                    

E sim,ambas estavam do meu outro lado, também presas dentro daqueles triângulos enormes feitos de sal,com os braços esticados igual Elena e Bonnie,totalmente desmaiadas.

Havia alguns ferimentos em um dos olhos de Hayley e um corte profundo em seu lábio inferior.Já Rebekah estava com a pele toda cinza como se tivesse morrido,com uma estaca de madeira enfiada em seu coração.

Fiquei assustada ao ver o estado da original, mas me lembrei que ela só podia ser morta com uma estaca do carvalho branco  e se assim feito,seu corpo queimaria no mesmo instante.

Fitei as duas me sentindo culpada por cada uma delas estarem ali.Se eu tivesse contado a eles sobre a ameaça de Charlotte nada daquilo estaria acontecendo.

Reprimi um choro tentando ser forte por minhas amigas que estavam indefesas e desacordadas.Seu eu não lutasse nenhuma delas sairia viva naquele noite horrível.                                                  

Forcei novamente minhas mãos enquanto buscava me libertar,conseguindo apenas ferir meus pulsos.

Algo no chão próximo ao meu rosto chamou minha atenção.Eu não tinha reparado antes,mas existia uma linha branca que descia por todo o comprimento do meu corpo.

E só foi ai que me dei conta: Eu também estava presa dentro de um triangulo de sal semelhante aos que circulavam minhas amigas.

De olhos bem abertos, novamente eu fitei ao redor tentando compreender o que estava acontecendo.

Fazíamos parte de algum tipo de ritual?

Klaus narrando:

Joguei aquela ruiva vadia contra uma das velhas paredes de pedra,agarrando seu pescoço pálido com uma das mãos lhe sufocando.  

Rosnei perto de seu rosto polidamente perfeito,tirando seus pés do chão.Ela apenas ria de minha fúria,disfarçando o incomodo que meus dedos estavam causando em seu sistema respiratório.

Esganei-a com mais persistência vendo-a começar a tossir diante de mim.                                            

Aurora me conhecia bem o suficiente para saber que não era bom me ver irritado.

E aquela vampira cínica havia detonado qualquer chances de me manter calmo.Havia aparecido mais cedo na mansão num dos meus piores dias,prometendo me ajudar a encontrar Rebekah-sua criadora.

Há muitos séculos ela havia sido minha namorada.Eu ate podia dizer que gostava dela,no entanto o sangue e o poder eram muito mais importantes.

Nunca mais havíamos nos visto,eu segui com minha vida e esqueci de sua existência.Porem hoje subestimei suas intenções, julgando-a a mesma moça ingênua que era apaixonada por mim.E que jamais faria qualquer coisa para me ferir,uma amiga com muitas utilidades.

O bruxo Oliver havia tentado fazer um feitiço localizador para encontrar Rebekah.Não achamos a localização precisa,mas sabia-se que ela estava em algum lugar no raio da antiga vila de Midllen onde acontecia o baile Escarlate esta noite.

Prontamente Aurora se ofereceu para ir comigo,e eu aceitei por desejar uma distração.                                  

Contudo olha só a grande surpresa.A vadia estava de complô com a tal Charlotte, Esther e as outras bruxas.

Enquanto eu acabei me distraindo ao ver Caroline ali com aquele tal de Enzo,ela aproveitou a chance para atacar meu irmão Kol de surpresa e levar a bruxinha Bonnie Bennett.

Com ela haviam alguns outros vampiros que foram logo dizimados por Elijah, Kol, Damon Salvatore, o professor de historia Alaric e o insuportável Enzo.

 Assim que eles chegaram eu pedi a Stefan que cuidasse de Caroline,ele era o único que eu confiava para isso,além de meus irmãos.                                                                      

Deixei com ele alguns vampiros que estavam comigo aquela noite,e segui com os outros atrás de Aurora.

Se havia alguém que nos diria como encontrar aquelas bruxas,seria ela.

—Vai me torturar como nos velhos tempos,meu amor?_provocou com a voz arrastada.

Havia um brilho selvagem e cruel em seus olhos verdes,que não remetiam metade da minha raiva.

—Não tenho tempo pra isso,querida._respondi displicente._Por isso vamos ser diretos,onde esta Charlotte?

Com um puxão embrenhei meu punho dentro de seu peito,rasgando o tecido de seu vestido vermelho,sua carne e alguns músculos.

Agarrando com peripécia seu coração que batia alto.

Ela arregalou os olhos ao sentir minha mão presa em seu órgão vital.Pude ver um contraste de medo perpassar seu olhar por breves segundos,seguido pela magoa.

—Depois de tudo o que vivemos,vai me matar por uma humana qualquer?

Sua voz era apenas um sussurro sobrecarregado de nostalgia,quando sorri maldoso.

—O que você denomina como tudo,não é nada comparado a cada segundo que vivi com ela.

Algumas pequenas gotículas de água começaram a se formar em seus olhos,porem seu ódio ainda era ferino.

—Fico feliz. _disse sombria. _será mais doloroso conviver com a morte dela,depois que ela se for._um sorriso desenhou-se em seus lábios,enquanto eu engolia em seco.

Sentindo a fúria voltar com mais velocidade para dentro de mim.Esmaguei seu coração entre meus dedos,mantendo minha outra mão firme em seu pescoço.

—Do que esta falando?

Minha voz não passava de um rosnado baixo e ameaçador,quando ela sorriu mais amplamente.

—Eu não sei onde as bruxas estão.Tudo isso não passou de um plano para te distrair.Elas precisavam que estivessem longe da garota,para assim pega-la.

Não consegui controlar o arfar surpreso que saiu por minha boca,sacando cada detalhe.As bruxas sabiam que eu iria atrás dela primeiro,premeditando que Aurora nos levaria ate elas. No entanto,tudo o que queriam era simplesmente que eu me afastasse de Caroline, deixando-a desprotegida.

—O que querem com ela?_perguntou Elijah,que estava parado quase ao meu lado.

Aurora virou seu rosto para mim me fitando vitoriosa.

—Sua humana terá que fazer o ritual,querendo ou não. Ela não tem alternativa.

No mesmo segundo puxei minha mão de dentro de seu interior, arrancando se coração venenoso e jogando-o em qualquer canto.Um urro de raiva me atravessou enquanto seu corpo sem vida despencava no piso de pedra.

Minha mente trabalhando a mil segundos, raciocinando o que havia acabado de ouvir.As bruxas cumpririam seu intento aquela noite e então matariam Caroline.                                                   

Por ter me escolhido.

Um grito tenebroso inundou minha audição me arrepiando todo.Reconheci no mesmo segundo a voz de Caroline,vinda de algum lugar ali.                                                                   

Apurei meus ouvidos buscando encontrar seu paradeiro,quando ouvi novamente.Corri na direção que viera o som, sendo seguido pelos outros.

Ela estava gritando. Não por socorro ou medo.E sim como se estivesse sentindo dor.

Alguém estava ferindo-a.

Continua...                           


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Notas finais do capítulo

Logo os outros caps saem,Bjs.



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