A Thousand Years escrita por Serena


Capítulo 19
Capitulo 18:Chamas


Notas iniciais do capítulo

Bonjuor cherrys!
Voltei um pouco + rápido,msmo estando triste com o caimento dos rewins.
Sei q as vezes demoro séculos,e n é obrigação de vcs esperar.
Por tanto,mesmo estando desanimada,vim postar este cap.
Enfim,borá ler..



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Capitulo 18: Chamas

Caroline narrando:

Acordei pela manha sentindo uma brisa leve e agradável acariciar gentilmente o meu rosto.

A luz do sol aquecia a minha pele de uma forma gostosa e sutil,me fazendo suspirar alto.

Abri meus olhos bem lentamente,me acostumando com a claridade que enchia de luz o quarto,sentindo os lençóis macios embaixo de mim.Estava enrolada em um outro tecido de cor branca,sem nenhuma outra peça de roupa cobrindo minhas partes intimas.

Remexi-me um pouco tonta,tentando me lembrar direito do que acontecera.

E então senti um braço grande e musculoso contornar minha cintura,me puxando para mais perto de seu corpo quente e forte.

Eu que estava de costas,me virei fitando aquele lindo anjo mau que era capaz de despertar em mim os sentimentos mais bons e ruins ao mesmo tempo,mas que também mexia comigo de uma forma que ninguém jamais havia conseguido.

Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios,enquanto eu o observava dormindo angelicalmente,nem de longe lembrava aquele hibrido bipolar e briguento.Seus olhos estavam fechados,e sua respiração era calma e tranqüila.

Fazendo seu peitoral másculo subir e descer de vagar,arrancando de mim um olhar de pura admiração.

Fiquei ali alguns segundos o observando dormir tão serenamente,segundos estes que pareceram eternos.

Perdida em minhas próprias reflexões,com um turbilhão de pensamentos e questionamentos.

Mas também sentindo meu peito se estufar,como se estivesse transbordando.

Meu corpo inteiro mais uma vez estava entorpecido,e os mais diversos sentimentos me tomavam.

Alegria

Paixão

Luxuria

Medo

Amor..

Nunca havia estado tão confusa e atordoada como naquela manhã,mas ainda sim eu me sentia completa, de uma estranha maneira.Mesmo sabendo as conseqüências daquela noite,e tendo a certeza de que nada seria fácil depois que eu saísse daquela pequena bolha criada por nos dois.Nada conosco era simples ou fácil,sempre seriamos complicados.

Por isso era tão difícil que aqueles sentimentos novos e intensos que eu nutria por ele,pudessem ter alguma chance de se tornarem algo maior.

Fui despertada de meus devaneios,ao ouvir uma baixa e rouca risada próximo a mim.

Virei me fitando o hibrido mais irritante e lindo de todo o planeta,e pude notá-lo ainda de olhos fechados, com um sorriso divertido em seus lábios avermelhados e tentadores.

Sem querer eu acabei sorrindo em resposta,enquanto ele abria aquelas orbes verdes encantadoras,e me olhava profundamente.

Havia um brilho novo e belo em seu olhar, e uma expressão plácida em seu rosto. Ate parecia que depois de tantos séculos,tantas mortes e problemas,em que sua alma se tornara tão perturbada,agora enfim ela transparecia um pouco mais de calma e tranqüilidade.Vê-lo ali deitado naquela cama,tão perto de mim,com o lençol cobrindo só da cintura pra baixo,sem nenhum resquícios de raiva ou ódio,o fazia parecer ate uma pessoa pacifica.

Ri de meu próprio pensamento,Klaus jamais seria uma pessoa pacifica.

Eu no entanto sempre fui tão altruísta e bondosa,colocando todos acima de mim.

Mimada eu sempre fui e isso não era novidade,mas eu nunca deixei de ter um bom coração.

Seu braço ainda estava ao redor de minha cintura,quando me virei ficando de frente para ele,e o fitei feliz.

Sua outra mão,que antes estava encostada ao lado de seu corpo,contornou delicadamente meus ombros,pescoço, chegando ao meu rosto,o qual ele afagou de leve.Uma mecha de meus cabelos loiros cairá,tapando meus olhos,a qual carinhosamente, ele pegou e pós atrás de uma de minhas orelhas.

Klaus me observava em silencio,com um olhar doce e vibrante.Parecia não acreditar no que via,ou não querer parar de me fitar,como se a qualquer instante eu fosse desaparecer como fumaça.

Havia também certo fascínio e veneração,como se nunca houvesse visto algo mais belo em sua vida.

Corei de imediato,com o seu olhar penetrante, que jamais se desviava de mim.

E com isso um lindo sorriso se desenhou em seu rosto perfeito.Ele parecia tão bem e leve naquela manhã.

Alias nos dois parecíamos ate outras pessoas,era estranho como mesmo sendo tão opostos,ainda sim sempre conseguíamos encher de luz a vida um do outro.Como o sol e a chuva,tão diferentes,mas que não eram capazes de viver um sem o outro.

Um de seus dedos se enrolou em um dos pequenos cachos,que naquela manha estavam mais encorpados.

E permanecemos assim,por alguns minutos,ambos calados, apenas apreciando a presença um do outro.

Ate eu me tocar de que estávamos em um quarto na casa de Tyler,que por acaso era meu namorado!

Alem do fato de que,eu deveria estar toda descabelada.

Comecei a arrumar alguns fios expostos de meu cabelo,o enrolando em um coque básico.

Enquanto ele me olhava ainda com um sorriso contente,e ao mesmo tempo balançava a cabeça em negação.

_sweet você esta linda._afirmou docemente,me fazendo corar ruidosamente.

_você esta tão gentil e de bom humor.Parece que teve uma noite de sono ótima._comentei sugestiva,mudando o foco da conversa,e ganhando um sorriso malicioso dele.

_não me lembro de ter dormido.Tudo o que consigo me recordar,e de você gemendo meu nome desesperadamente._disse ele com um grande sorriso torto,em um tom inocente.

Estreitei meus olhos,o observando em um falso ar de irritação.

Podendo vê-lo, continuar mantendo aquele maldito sorriso convencido em sua face,mesmo com a expressão ‘’ameaçadora’’ que eu estava fazendo.

_não fui a única,nik._respondi com a voz sedutora._eu me lembro bem,da pressa que você estava e de como perdeu o controle quando eu o toquei mais intimamente._completei me sentando na cama,e deslizando uma de minhas mãos por seu peito largo.

Seus olhos acompanhavam cada movimento meu,cheios de desejo.

Já não existia mais nenhum sorriso em sua face,somente um olhar feroz,e uma energia extremamente gostosa rodeando-o.

Ele me puxou bruscamente,colando seu corpo musculoso em meu corpo,e me colocando em seu colo.

Suas mãos grandes e frias contornaram a curva do meu pescoço,descendo possessivamente por toda a extensão da minha coluna,serpenteando por minha espinha e me fazendo arrepiar no mesmo instante.

Seu toque quente,se espalhava por meu corpo como fogo em uma floresta.

Me despertando de qualquer distração ou pensamento,e tomando toda a minha atenção.

Meu coração batia cada vez mais descompassado em meu peito,meu corpo reagia ao seu toque, quase que naturalmente,como se sempre tivesse lhe pertencido.

Senti me tremula,quando suas mãos enfim, rodearam minha cintura de uma forma exigente.

Eu já não era mais capaz de desviar meus olhos dos seus,não me lembrava mais das minhas duvidas de segundos atrás.

Tudo o que eu via,tudo o que eu queria, se resumia em um único e exclusivo nome: Klaus.

E mais uma vez,eu me perdi sem saber onde e quando.

Simplesmente porque senti seus lábios rudes e saborosos se encostarem nos meus,me beijando apaixonadamente.

De um forma tão boa e gostosa,que me fazia sentir como se estivesse flutuando na mais alta nuvem.

Sua boca parecia faminta.Ele me lembrava uma fera vários dias sem se alimentar,e que quando enfim conseguia comer,atacava sua presa violentamente,a devorando.

Fechei meus olhos instantaneamente,grudando minhas mãos sem seus cabelos loiros.

Enquanto entrelaçava minha língua na sua,em deliciosos movimentos circulares,não me importando com mais nada.

O mundo poderia acabar naquele exato momento,que eu não ligaria.

Tudo o que me importava era aquele hibrido,com os lábios colados aos meus,que me beijava de um jeito voraz.

Nossas línguas dançando uma dança tão saborosa e intima,que as vezes parecia que já estavam programadas para aquilo.

Como se conhecêssemos cada canto da boca um do outro,e houvéssemos sido feitos para complementar o que faltava ali.

De uma forma estranha e ate totalmente absurda,havia instantes em que parecia que Klaus, era uma parte de mim,um pedaço de minha alma que se perdera durante o tempo,e que agora finalmente eu reencontrara.

Aos poucos,me senti ser deitada na cama por ele, que cobrira meu corpo com o seu.

Sua pele se encostando na minha,em uma incrível combustão,como se fosse puro fogo e gelo.

Seus dedos apertando firmemente,minha carne por toda a parte em que tocava.

Sua boca insaciável,consumindo a minha de uma forma intensa e avassaladora.

Nossos corpos unidos e colados um no outro,cada vez com um espaço menor entre ambos.

Já que para nos dois,nunca parecia ser o bastante o quão próximo estávamos.

Sempre iríamos querer grudar mais nossas peles,destruir qualquer distancia,mesmo que pequena,que nos afastasse.

Só que infelizmente,o ar nos era necessário.E por isso interrompemos o beijo,separando nossos lábios um do outro lentamente.

Ainda nos mantendo de olhos fechados,e testas encostadas uma na outra.

Minha respiração estava rápida e ofegante.

E era tudo o que eu precisava para perder o fôlego,um mero e simples beijo seu.

Abri meus olhos,e fitei aquele belíssimo mar verde me perdendo em tamanha imensidão.

Vendo-o retribuir ao meu olhar sem se desviar, por nenhum instante.

Eu podia sentir meu peito se inchar daqueles sentimentos tão inóspitos e diferentes.

Das mais diversas sensações e emoções,ser tocada por ele era tão maravilhoso e ao mesmo tempo tão complicado.

Não dava para por em palavras tantas coisas,as vezes parecia uma queima de fogos de artifício no céu escuro sem estrelas.

Vários modelos distintos de cores e formatos que preenchiam o vazio que ali havia,enchendo de luz.

E causando os mais inexplicáveis anseios e sentimentos,fazendo o coração tamborilar e quase sair pela boca.

A mente travar,a fala cessar e nosso corpo todo ser tomado pelas mais belas alegrias,que nunca chegaríamos a acreditar que existiam.

Eu ainda estava deitada sobre os lençóis macios e fofos,com ele por cima de mim.

Meus braços contornavam seus ombros e seu pescoço,como uma ata que jamais o libertaria.

Os seus entretanto,estavam sustentando o peso de seu corpo,ainda sim desenhando minha cintura.

Enquanto ele me observava,como que tentando gravar cada detalhe de meu rosto,ou como se tentasse não se esquecer daqueles momentos únicos que vivíamos juntos.

Não demorou muito,para que ele voltasse a aproximar vagarosamente, sua boca da minha,sem tirar seus olhos dos meus.

Sua respiração quente, com um revigorante cheiro de hortelã,batia de encontro com o meu rosto.

Meus lábios estavam entre abertos a espera daquela tão extraordinária sensação,que sempre me tomava quando ele me beijava.

E estávamos quase chegando aquela momento.

Eu conseguia sentir seus lábios avermelhados,a uma mera distancia dos meus,cada vez mais próximo,vindo sorrateiramente.

Poucos centímetros,e logo meros milímetros..

Mas o meu celular tocou anunciando uma ligação de uma pessoa bem impertinente.

Ignoramos o toque irritante e estridente em cima de uma cômoda qualquer,como se ele nunca houvesse existido.

E foi quando senti sua boca extremamente faminta tomar a minha em um outro beijo mais ardente,do que o anterior.

O puxei para mim ansiosa,arranhando sua pele com minhas unhas,enquanto nos beijávamos famintos por mais.

Nisso o maldito celular enfim parara de tocar,caindo na caixa postal,só que em seu lugar,surgira a voz de minha melhor amiga,repleta de preocupação.

_Caroline onde você esta?Porque não atende?Você sumiu ontem no meio da festa,e sua mãe disse que você não dormiu em casa.

Pelo amor de Deus,você ficou um mês inteiro sumida,acabamos de te encontrar faz um dia e meio.

Me ligue,estamos aflitos.A xerife esta quase tendo um enfarto,espero que esteja bem._foi a ultima coisa que ouvi Elena dizer,antes da gravação ser finalizada.

Naquele instante,meus olhos já estavam abertos e eu havia parado completamente de beijar Klaus.

Tentei me desvencilhar dele,numa tentativa frustrada de pegar o celular, na cômoda ao lado da cabeceira da cama.

Mas ele não me permitiu,me agarrando no meio do caminho e mordiscando meu pescoço.

_Klaus eu preciso ligar pra eles.Avisar que estou bem._tentei explicar,ficando de joelhos sobre a cama,segurando o lençol contra mim,enquanto ficava de costas para ele,que por sua vez,havia grudado seu peitoral forte nas minhas costas.

Envolvendo-me com seus braços,e não me permitindo chegar ate a cômoda.

Tentei protestar,mas ele parecia não estar me escutando,simplesmente jogou um pouco de meus cabelos para o lado,e vagarosamente deslizou sua boca por meu ombro,subindo pela curvatura do meu pescoço,deixando meus pelos eriçados.

_hum adoro o cheiro da sua pele._murmurou baixo próximo ao meu ouvido,respirando profundamente.

Conseguia senti-lo de olhos fechados,inalando o meu perfume,como se estivesse em um jardim maravilhoso.

Involuntariamente deixei um sorriso doce se desenhar em meus lábios,enquanto também,fechava meus olhos,e apoiava minha cabeça em seu ombro desnudo.

_Nik_ choraminguei,já sentindo meu corpo inteiro se acender,com os seus lábios carnudos traçando beijos quentes em minha garganta.

_tudo bem.Mas depois, eu quero você só pra mim._respondeu soltando um suspiro frustrado.

Sendo substituído logo depois, por um sorriso torto magnífico.

Me virei ficando de frente para ele,enlaçando meus braços ao redor de seu pescoço,e o beijei apaixonadamente.

Alguns minutos depois,o celular dele também tocou apitando o nome de Kol.

Impaciente,ele se afastou de mim,desligando o aparelho.

_parece que eu também preciso ir._comentou enigmático.

_ta.Eu tenho que me preparar, pra encarar uma casa cheia de seres sobrenaturais,que querem a minha cabeça._falei em tom de piada com certo fundo de verdade,vendo-o assentir,meio chateado.

Minutos depois nos dois estávamos revirando o quarto atrás de nossas roupas,encontrei meu vestido vermelho jogado em cima de uma mesinha com um vaso,e bufei me lembrando de que minha calcinha tinha sido transformada em tiras de tecido,sem qualquer utilidade.Vesti-o e peguei minha sandálias na mão,juntamente com a mascara.Podendo ver Klaus já todo vestido,o único item que faltava era a gravata,que ele parecia não fazer questão de usar.

_não gosto de te ver por ai,andando sem calcinha._comentou estreitando os olhos,com cara de poucos amigos.

Um sorriso divertido se desenhou em minha face,ao notar que ele parecia estar com ciúmes.

_a culpa é toda sua.Foi você quem a rasgou ontem.

_aqui use pra se cobrir,pelo menos um pouco mais._murmurou contrariado,me entregando seu blazer,o qual eu vesti.

_isso por acaso seria ciúmes?_perguntei como quem não queria nada.

Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada,enquanto abria a porta do quarto,e me dava passagem para sair.

_a que se refere,amor?_disse fingindo não saber do que eu falava.

_sua implicância com a minha roupa._comentei o acompanhando,e atravessando o hall da porta.

Ele se manteve em silencio,escrevendo alguma coisa no celular,que eu não pude ver bem o que era.

Logo nos dois acabamos passando por um corredor,que dava para o estacionamento,que ficava na parte de trás da casa dos Lockwods.O vi guardar o aparelho dentro do bolso da calça,e abrir outro pequeno portão que dava acesso ao estacionamento.

_não é implicância,apenas cuidado._respondeu-me dando de ombros.

_não sabia que Niklaus Mikaelson era tão possessivo._provoquei me divertindo com aquilo.

_costumo ser com quem me importo._afirmou serio,me lançando um olhar intenso.

Minhas pernas vacilaram com suas palavras,que me acertaram em cheio,como uma flecha certeira.

Fiquei alguns segundos calada,absorvendo sua resposta.Enquanto o via fazer sinal para que eu o acompanhasse,pelo grande estacionamento,rumando para fora da propriedade de Tyler.

Nem sei quantos minutos,se passaram.

Apenas sei,que logo já estávamos na frente da mansão da prefeita,e uma larborguini prateada estava estacionada ali.

Logo um homem desceu da mesma,ao notar a nossa presença,jogando as chaves do carro para Klaus.

_como?_perguntei parada próxima ao automóvel,não entendendo,quando ele havia pedido para alguém, levar aquele carro ate ali.

Klaus que estava parado a poucos centímetros de mim,destravou o carro e abriu a porta para que eu entrasse,como um perfeito cavaleiro,que ele sempre era.

Um sorriso contente surgiu em meus lábios,sem que eu se quer me desse conta.

Enquanto eu entrava no carro,e me acomodava,sentindo o couro macio e cheiroso abaixo de mim se afundar um pouco.

Logo depois,ele fechou a porta do lado do passageiro,e andou ate o outro lado do carro,entrando em seguida.

E não demorou muito,para que ele rodasse a chave, e começasse a correr pelas ruas de Mystic falls velozmente.

Não levamos nem dez minutos para chegar a mansão Salvatore,expliquei á ele que queria passar por lá,antes de voltar para casa.

Alem do mais,aquela hora do dia minha mãe provavelmente estaria na delegacia.

O percurso que fizemos,fora feito em silencio.Não um silencio incomodo,ou constrangedor.

Mas sim,um leve e aconchegante momento.

Sem ser quebrado por qualquer tipo de palavra ou ação impensada.

Quando ele parou o carro em frente á grande casa,sua mão que estava no volante,descansou sobre sua perna direita.

E seus olhos se voltaram para mim,questionadores.

Ele havia notado o meu silencio,e o meu repentino distanciamento de tudo.

Talvez pensasse que eu estava zangada com ele,ou que tivesse me arrependido da noite anterior.

Mas eu apenas estava, completamente confusa com aquele dia,aquele mês.

Desde que nos conhecemos fomos de extremo a extremo,sempre brigando,nunca nos entendendo ou compreendendo um ao outro.

Sem saber como agir,ou o que pensar.Com vontade de correr para o mais longe possível,daquela atração que nos acorrentava.

Já havíamos nos odiado,ficado próximos, quase amigos.Depois nos afastamos e surtamos com algumas ações feitas pelo outro,nos amamos e quase nos separamos para sempre.

Ele fazia coisas que eu não aprovava e jamais concordaria,e eu era tão altruísta e correta.

Tão diferentes e contrários,não deveríamos nunca nos acertar.

Mas no entanto,sempre nos encontrávamos na mesma situação,correndo de volta para os braços um do outro.

Eu não sabia o que ele sentia por mim,se era o mesmo que eu sentia por ele.

Tinha mais duvidas e perguntas do que em qualquer outra época de minha vida.

Simplesmente porque,mesmo que eu sentisse algum tipo de sentimento por ele,como eu já tinha certeza que sim.

E as vezes ele me mostrasse que também poderia me retribuir,quem poderia me garantir isso?

Ele sempre seria Klaus,o ser mais antigo e odioso do mundo.

Um homem que não pensava duas vezes antes de fazer as coisas mais desprezíveis e erradas possíveis.

Que não precisava de motivos para matar,sua própria vontade era o suficiente.

Alguém que não importava o quanto pudesse parecer gentil e encantador,ainda sim,sempre seria o vilão no fim do dia.

Estaria eu apta para lidar com tudo isto?

Haveria mesmo algum sentimento bom dentro de si,quando ele passara, a vida inteira com as emoções desligadas?

Havia tantas questões e porquês rodando minha cabeça,que me deixavam tonta.

_chegamos._afirmou com uma expressão indecifrável.

Fitei-o enfim saindo daquele vulcão aquecido que estava minha mente,e fiz menção de abrir minha boca,para dizer algo.

Iria contar a ele sobre minhas frustrações e temores,que estava realmente assustada com a nossa ‘’relação’’ e que tinha medo de me permitir ir mais alem.

Só que o barulho da porta da mansão Salvatore sendo aberta,chamou nossa atenção.

Virei minha cabeça,dando de encontro com Stefan,que observara por um segundo e depois sumira de meu campo de visão.

Parecia ter entendido que eu precisava ficar alguns minutos a sós com Klaus,para poder colocar pelo menos metade de todo aquele turbilhão de coisas para fora.

_seus amigos estão lhe esperando._disse Klaus frio,não parecendo em nada, com o Klaus de alguns minutos atrás.

Abaixei minha cabeça,olhando para minhas próprias mãos.

Este era o nosso maior problema,nunca daríamos certo.

Sempre haveria um problema,um porem.

_obrigado pela carona._falei qualquer coisa,entristecida com sua reação.

Ele nunca me permitia me aproximar mais do que aquilo.

Parecia que quando eu estava ultrapassando as muralhas de seu terrível castelo,e encontrando o verdadeiro Klaus,ele me obrigava a voltar.Me expulsava de perto dele,me afastava.

Escondia-se em sua maldade e crueldade,não me permitindo chegar mais perto.

Abri a porta do carro,e coloquei um pé de cada vez no chão.

Depois bati a porta do mesmo com força,não olhando para trás,não olhando para ele.

Comecei a andar para longe do veiculo,quando ouvi a porta ser batida,e meu nome ser chamado.

_Caroline

Me virei para ele,o fitando curiosa e ao mesmo tempo magoada com sua indiferença.

_aqui esta._disse andando ate mim tranquilamente,e me entregando um cartão.

Peguei o pequeno papel de sua mão,e li rapidamente, confusa.

Ali constava o endereço de uma das propriedades em Mystic falls,na área residencial mais luxuosa e afastada.

Olhei-o investigativa,a espera de uma explicação.

_eu comprei uma casa aqui na cidade,caso queira entrar em contato comigo._murmurou cuidadoso,laçando-me um sorriso rápido.

Observei-o por um segundo e depois o pequeno cartão.

Sentindo em mim toda aquela explosão de emoções surgirem novamente,que pareciam querer sempre me engolir.

Havia tantos pros e contras naquele relacionamento nosso,e ele era sempre tão difícil.

Com sua bipolaridade,uma hora estava me tratando bem outra hora sua frieza dava as caras.

Mas parecia ser impossível resistir á ele,me afastar daqueles loucos sentimentos,e esquecer de vez aquele um mês que passamos juntos.

_sim.Eu vou entrar agora,mas mais tarde estarei livre._comentei sem jeito,com um sorriso nervoso e ao mesmo tempo contente.

Talvez fosse porque,agora eu soubesse que ele ia ficar mais algum tempo na cidade.

Afinal ele havia ate comprado uma casa,sinal claro de que, pretendia ficar por mais alguns dias,ou talvez meses.

_isso significa que poderei te ver depois?_perguntou não disfarçando o sorriso imenso,que brincava em seu rosto perfeito.

_ate mais tarde,Klaus._respondi com um sorriso despreocupado.

Me aproximando dele,e lhe dando um selinho demorado em seus lábios tentadores,pegando-o totalmente desprevenido.

Em seguida eu me afastei,rumando em direção a entrada da mansão Salvatore,podendo vê-lo sorrir minimamente,antes de entrar no carro e sair cantando pneu.

Nem reparei o sorriso bobo que ilustrava meu rosto,somente quando vi Elena parada na porta,com ambas as mãos na cintura,foi que percebi que estava fora da orbita da terra,ate aquele instante.Klaus tinha o poder de me fazer sentir daquele jeito,como se estivesse voando,mesmo sem tirar os pés do chão.

_pode começar do inicio._alertou em um tom serio,que chegou a dar medo.

Passei por ela,entrando na mansão,e logo me sentei no grande sofá da sala,dobrando uma de minhas pernas,e quase me sentando sobre a mesma.Enquanto via Elena,fechar a porta delicadamente,e se sentar ao meu lado.

Seus olhos grandes castanhos me estudavam,buscando respostas,imaginei.

Seu braço estava apoiado, no antebraço do sofá,e sua mão sustentava uma de suas bochechas rosadas.

Ela inclinará a cabeça milimetricamente,me olhando a espera de uma ‘’explicação’’.

Pelo visto ela havia visto o beijo casto e curto que eu havia dado em Klaus,e agora tentava entender tudo aquilo.

_o que quer eu diga?_falei deixando meus ombros caírem um pouco,em um sinal claro de cansaço.

Eu sabia que quando saísse daquele quarto enfrentaria um monte de perguntas,e teria que contar a verdade para aqueles que eu amava.Seria julgada por eles,que jamais iriam entender minhas razões para ter,me deixado ir tão longe,naquela atração insana por Klaus.Nem eu mesma me entendia,como eles poderiam?

_o que houve entre vocês?_perguntou ela simplesmente, afastando sua mão de seu rosto,e ficando ereta.

Seu olhar transmitia compreensão e certo apoio.

Contei tudo á ela,desde o começo.

Cada detalhe sobre nosso primeiro encontro na cripta,como havia me sentido naquele momento.Sobre as viagens que fizemos,os momentos bons,as brigas,nosso primeiro beijo na floresta cheia de neve,nossa primeira noite de amor,o seqüestro de Mikael,nosso reencontro.Falei sobre minhas duvidas e como estava perdida em relação ao que sentia por ele,de como tinha medo do que estava sentindo.Quando enfim terminei,senti me mais leve.

Era exaustivo demais, guardar tudo aquilo só para mim.

Busquei o olhar de minha melhor amiga,esperando ouvir diversos sermões,sobre o quão errado era tudo aquilo.

Mas apenas encontrei um sorriso meigo e sincero,e uma tranqüilidade imensurável.

_sabe que ele é psicopata,não sabe?

Assenti,abaixando minha cabeça e me sentindo envergonhada.

_não vou lhe julgar Care._afirmou me fazendo levantar a cabeça para olhá-la._só te peço que tenha cuidado.Não sou nenhum exemplo de amor,veja, eu me apaixonei por um dos caras mais cruéis e sádicos que já existiram._continuou,tentando fazer piada de sua atual relação.E arrancado de mim uma risada,rimos juntas,para depois nos abraçarmos e chorarmos.

Por sentir falta de momentos como aquele,falta de estar uma com a outra,mesmo que fosse simplesmente, pra chorar por alguma coisa.

_que tal estourarmos um monte de pipoca,chamar a Bonn e ficar assistindo filme ate tarde?E depois podemos falar sobre nossos romances terríveis._disse ela animada,me deixando elétrica no mesmo segundo.

E não demorou muito para que nos duas organizássemos tudo.

Enquanto ela ligava para Bonnie,eu tomava um banho rápido e trocava de roupa.

Não havia encontrado Stefan em lugar algum,Elena me falara que ele tinha dito, que ia se encontrar com a sua ex namorada,que por acaso era nada mais,nada menos do que Rebekah Mikaelson.

Parecia que os dois haviam tido um relacionamento curto, mais intenso, em Chicago nos anos 20.

Quando eu já estava tomada banho e vestida com roupas limpas,que peguei emprestadas de Elena.

Pude ouvir minhas duas amigas no andar de baixo,conversando e rindo de alguma piada boba.

Pelo visto,Elena se encarregara de deixar Bonnie a par de meu relacionamento/guerra com Klaus.

Logo nos três estávamos jogadas no meio da sala,assistindo a uma comedia romântica qualquer,comendo pipoca e chorando por qualquer coisa.Assistimos Recém-casados,Jogo de amor em Las Vegas,e o lindo P.S Eu te amo.

Finalmente quando o ultimo filme terminou,já era quase a noite.Nos três organizamos toda a bagunça que fizemos,e nos sentamos em circulo,como fazíamos quando éramos crianças.Era uma espécie de ritual para contar segredos umas para as outras.

_e então o que vocês andaram aprontando na minha ausência?

_como assim?Ficamos te procurando,ora._respondeu Elena,ficando de repente, extremamente ruborizada.

_sei.Eu não sabia que estava perdida na cama do Damon._comentei maliciosamente,vendo-a abrir a boca e fechar varias vezes.

_do que esta falando?Enquanto a gente estava aqui morrendo de preocupação,você estava viajando o mundo,e aproveitando o Klaus._alfinetou Elena,caindo na risada,ao me ver ficar vermelha.

No instante seguinte,começamos uma batalha infantil de travesseiros,enquanto riamos uma da outra.

_eu no entanto,acabei descobrindo que o cara perfeito,na verdade era um mentiroso._sussurrou Bonnie,nos fazendo parar a batalha de travesseiros, no mesmo momento.

_eu sinto muito,Bonn._afirmei pegando sua mão,e dando um leve aperto.

_eu também,mesmo que o Jeremy seja meu irmão.O que ele fez,não tem nome._completou Elena,se sentindo meio culpada pelas burradas do irmão.

Houve uma longa pausa,enquanto olhávamos Bonnie meio que com pena,e de certa forma compreendendo sua situação.

_tudo bem,Lena.Eu vou superar.Alguém me disse uma vez que só existe uma pessoa que pode acabar com todo esse sofrimento,e essa pessoa sou eu mesma._disse Bonnie decidida,me fazendo sorrir ao vê-la tão bem._portanto,não se preocupe.

Jeremy não é o ultimo homem do mundo._terminou brincalhona,fazendo-nos rir junto com ela.

_e ai já resolveu o que vai fazer com os seus namorados?_disse Bonnie de repente,em meio a nossa conversa.

_namorados?_perguntei duvidosa.

_é, ou já se esqueceu que o Tyler continua sendo seu namorado,e agora com o seu relacionamento com o Klaus._completou Elena,deixando a ultima parte da frase se perder no ar.

Ate aquele instante,eu nem se quer havia pensado nisso.Em outra palavras,eu tinha me esquecido completamente de meu relacionamento com Tyler,ainda mais com a minha conturbada convivência com Klaus,e meus sentimentos fora do comum por ele.

E já estava mais do que na hora de resolver tudo aquilo.

Mas uma certeza me atingiu,quase me derrubando no chão.

Em todo aquele mês em que eu estava sumida,mergulhada no mundo sobrenatural e perdida em Klaus,eu fiz coisas com ele que não devia.Na noite passada mesmo,eu tinha dormido com Klaus,quando deveria estar com Tyler.

Eu estava o traindo!!

Coloquei uma de minhas mãos sobre a boca,para conter um grito de pavor, misturado com culpa,que pretendia sair por meus lábios.

Enquanto sentia meu olhos ficarem úmidos,e meu coração se apertar.

Não acreditava que tinha sido capaz daquilo,eu que sempre condenei esse tipo de coisa.

Agora havia acabado de constatar,que tinha traído meu então namorado,por quase um mês inteiro,enquanto ele sofria preocupado comigo.

Meu estomago se revirou enjoado,e eu senti o mundo rodar ao meu redor.

Meu Deus,quando eu pensava que as coisas já estavam difíceis,nem sabia metade da historia.

_Care voce esta pálida.Esta se sentindo bem?_perguntou Bonnie preocupada.

_eu trai o Tyler._conclui em pânico.

Ambas me olharam de olhos arregalados,e com um pouco de pena.

Mas suas expressões faciais também continham algo,que eu não soube distinguir.

_Caroline temos algo muito importante para te contar._disse Elena se levantando e sentando-se ao meu lado, passando logo em seguida seu braço ao redor dos meus ombros,enquanto Bonnie se acomodara do outro lado.Fitei-as perdida,tentando entender do que se tratava,ate que Bonnie começou a falar.

_Tyler andou tendo alguns casinhos por ai,enquanto você estava sumida.

As duas permaneceram caladas,esperando eu absorver aquela informação.

_então ele também me traiu?!_perguntei em um misto de surpresa e contentação.

Vi as duas assentirem, estranhando minha reação.

_ficamos sabendo sobre ele e a Vick,algumas outras meninas também.

_e ontem depois que você sumiu,eu o vi com a Sophie._disse Elena revirando os olhos.

Respirei aliviada,me jogando sobre o sofá de olhos fechados,podendo ver as duas me fitarem sem entender nada.

_eu jurava que quando você ficasse sabendo disso,iria ter um troço._comentou Bonnie abismada comigo.

_é obvio que não.Tyler e eu nunca demos certo._falei desacreditada, que elas pudessem pensar aquilo de mim.

_que bom.Agora mudando de assunto,eu espero que vocês duas durmam aqui hoje._começou Elena seria,fazendo Bonnie e eu trocarmos olhares.

_e o Damon?_perguntei querendo atentá-la.

_o que tem?

_não tem espaço pra nos duas na cama,com você e ele._disse Bonnie rindo da cara de ofendida, que Elena fizera ao ouvir sua resposta,á minha pergunta.

_ah é,então você pensam isso de mim._disse a morena entre dentes,fingindo ter se zangado,enquanto pegava o travesseiro,e dava uma travesseirada em nos duas.

Não muito depois,nos três estávamos correndo uma atrás da outra,cada uma com um travesseiro em mãos,tacando na outra.

E assim o começo da noite se sucedeu,comigo e minhas amigas nos divertindo como quando éramos crianças.

Alheias aos problemas,e esquecendo de nossas vidas conturbadas e cheias de problemas.

A lua do lado de fora da mansão brilhava no alto,iluminando tudo embaixo de si.

Preenchendo de luz as ruas e avenidas,encantando os casais e as pessoas que passavam,e demonstrando que aquela noite tinha tudo para ser ótima.

*******Autora narrando******

Já se passavam das dez horas da noite,e as três garotas estavam cada uma jogada em algum canto da grande sala de star dos Salvatore dormindo profundamente.O dois grandes sofás marrom escuro,bem no centro do cômodo,acolhia duas das moças,que tinham travesseiros abaixo de si,que deixava seus corpos aparentemente desconfortáveis,naquelas posições.

Bonnie estava deitada no sofá do lado direito,de barriga para cima,e abraçada a uma das almofadas verde-esmeralda.

Sua cabeça descansava no braço do sofá,e parte de seus cabelos negros e curtos,se encontravam espalhados por seu rosto.

No chão,sobre o tapete antigo persa,Elena se encontrava enfiada, em um emaranhado de almofadas,travesseiros e um ededrom Pink.Deitada de lado,tendo seus cabelos longos e castanhos, deslizando como um véu por sobre o travesseiro de algodão,com fronha branca.Uma de suas mãos repousava próxima ao seu rosto,enquanto a outra estava encolhida na lateral de sua silueta.

E no outro sofá,do lado esquerdo,próximo a porta de entrada da mansão,estava Caroline dormindo tranquilamente.

Sua respiração estava calma e leve,seu rosto esboçava serenidade.

Estava com o corpo debruçado sobre uma pequena montanha de almofadas,que faziam seu pequeno corpo ficar parcialmente de bruço.Ela estava na beirada do sofá,com um braço embaixo de sua cabeça,e o outro caindo para fora do móvel.

Com a cabeça virada de lado,e uma das pernas envolvendo um travesseiro,enquanto a outra ficava meio esticada.

Seus cabelos loiros e enrolados em pequenos cachos,desenhavam-se em suas costas,deixando uma mecha caída próxima a sua bochecha.

Tudo estava quieto e silencioso aquela hora na mansão,Damon havia saído muito cedo,com a desculpa básica de ir ao grill tomar alguns drinks, ate tarde mais Ric.Stefan deveria estar perdido,ate aquela hora,em meio aos lençóis e Rebekah.

Era bem improvável,de voltar para casa naquela noite.

Ninguém tinha idéia de onde ou o que Jeremy estava fazendo,só sabiam que ele estava em algum lugar daquela cidade com Liv.

A ultima vez em que um deles tivera noticias suas,fora quando Matt ligara avisando,que ele iria passar uma temporada em sua casa.

Elijah e Hayley naquele instante deveriam estar bem longe de Mystic falls,indo viver suas vidas,e curtir seu casamento.

Klaus e Kol eram os únicos que estavam sozinhos, aquela hora da noite,cada qual preso em seus próprios martírios.

O caçula dos Mikaelson,estava naquele momento trancado em seu quarto,se enchendo de Bourbon e sangue.

Atormentado pela imagem da bela bruxa,vestida tão elegantemente naquele vestido negro,que parecia ter sido desenhado para ela.

Com a mascara que se encaixava em seu rosto,dando um brilho maior a seus olhos verdes,que os tornava tão misteriosos.

Ele tentava entender sua obsessão por aquela garota,e ao mesmo tempo tentava lutar contra a alegria, que sentira ao dançar com ela no baile de mascaras.Buscando arrancar de dentro de si,aquela terrível dor de concluir, que ela nunca o veria com outros olhos.

Entretanto,a alma de seu irmão se encontrava de uma forma muito diferente da sua.

Klaus sentia-se leve e contente,como a séculos não se sentira.Este sentimento,só lhe fora proporcionado, depois que conhecera Caroline,naquela cripta.Estava extasiado e transbordando felicidade,não conseguia entender bem porque,mas sabia que tudo aquilo envolvia ela.

A outra parte de si mesmo,o ser mais lindo e perfeito que preenchera o vazio de seu coração.

Não sabia dizer,o que era mais belo na linda mortal.

Seu sorriso doce e angelicó,seus olhos azuis profundos e determinados,seus cabelos loiros e encantadores.

Seu corpo curvilíneo e exímio,sua voz meiga e suave,ora tranqüila,ora mandona.

Estar com ela na noite anterior,poder amá-la tão intensamente,fora tão bom e inexplicavelmente único que talvez ele jamais conseguisse por em palavras.Cada toque,cada beijo,cada gemido e expressão eram como uma incrível sinfonia,criada só para os dois.Exclusivamente seu e dela,não pertencia a mais ninguém.Não poderiam,nunca compartilhar com outra pessoa.

Talvez esta fosse, a grandiosidade e a formosura do amor,no fim das contas.

Era um sentimento puro e sincero,que quando dividido com alguém,jamais poderia ser vivido por outros amantes.

Ele pertencia somente á ele e á ela,e separados era como um pedaço de espelho quebrado.

Que para ser remontado,precisa de sua parte original e verdadeira,se não de nada adianta tentar usar,partes de outro espelho qualquer.Nunca ira voltar a sua forma autêntica,sempre vai estar de alguma forma errado e faltando uma parte.

O hibrido estava naquele instante,em seu ateliê na mansão de Kol.

Fazendo diversos desenhos,retratos e rascunhos do rosto de Caroline.

Perdido em um mar de sentimentos,que o inundava como um tsunami invasivo e arrebatador.

Que dominava cada espaçinho que encontrava,e que engolia e devorava tudo o que via.

Era uma sensação boa,mas ao mesmo tempo aterrorizante.Pois ele não sabia bem como lidar com aquilo,só sabia que necessitava de tê-la.Precisava estar com ela,a queria com todas as suas forças,e sabia que o sentimento era recíproco.

Não fazia idéia de como seriam as coisas entre ambos,e do que o futuro reservava,mas tinha certeza de que já não era capaz,de simplesmente não tentar descobrir.

Enquanto ela,mesmo mergulhada em um sono denso e longo,ainda sim se via perdidamente apaixonada por ele.

Ate mesmo em seus mais simples e curtos sonhos,devaneios ou aspirações,Klaus sempre estava lá.

Ocupando todo o espaço em sua mente,a cada segundo,a cada hora,a cada dia,mais e mais.

Como naquele exato segundo,Caroline se encontrava em um sonho bonito e singelo de ambos.

Estava em uma linda colina,no cume de uma alta montanha,a relva tinha no mínimo dez centímetros de comprimento,tamanho suficiente para que o vento a balançasse,e fizesse ir e vir em uma só direção.De um verde claro e chamativo,os finos ramos,se remexiam parecendo estar seguindo algum tipo de dança,ou coreografia,abaixo de seus pés.

Ela usava um vestidinho leve rodado branco de alcinhas curtas,sapatilha e os cabelos soltos,sendo envolvidos pela forte ventania,que percorria aquela extensa área verde,livre de arvores.Uma legitima campina,com algumas flores espalhadas periodicamente por entre o verde,que mais predominava.

A garota sorria suavemente,assistindo o vento forte soprar ao seu redor,com um sorriso imenso,ela começou a rodopiar sozinha pelo lugar,abrindo os braços totalmente,a cabeça inclinada para trás,e com os olhos fechados.Um sorriso prazeroso se desenhava em seus lábios rosados,ela se sentia livre ali naquele lugar,de certa forma se encontrava em paz.

Sentindo o calor do sol,aquecendo-lhe a pele pálida,causando aquela sensação quentinha e tão conhecida de aconchego.

E então,mãos grandes e macias abraçaram sua cintura,enlaçando-a e puxando-a em uma direção a qual seus olhos fechados,não lhe permitia enxergar,mas seu corpo parecia conhecer bem.E sem hesitar,ela fora de bom grado.

Sentindo-se ser chocada contra um peitoral másculo,tendo braços fortes contornando sua cintura,e mesmo antes de abrir os olhos,ela já sabia quem era,e não escondia o sorriso alegre e apaixonado em seu rosto,ao abrir vagarosamente seus olhos azuis,e dar de cara com aqueles olhos verdes,terrivelmente lindos e que sempre a olhavam com tanto fascínio,como se ela fosse a mais bela das criaturas já criada.

Klaus,estava ali abraçando-a carinhosamente,com seus corpos colados e tão próximos,quase sem distancia alguma entre um e o outro.Com uma de suas mãos na cintura de Caroline,e a outra atrás de suas costas.

Um sorriso radiante enfeitando sua boca,e aquele brilho perfeito e fantástico em seu olhar,o brilho de quem ama.

Um segundo apenas,ele puxou seu braço lentamente para a frente de seu corpo, revelando um lindo lírio branco,que estava escondido em suas costas.

Logo em seguida,ao ver a flor, o rosto de Caroline se iluminou belamente,enquanto ela pegava a formosa flor,e retribuía aquele gesto tão simples e tão significativo,com um beijo comprido e encantadoramente extasiante.

Caroline sorriu ainda perdida em seu sonho,longe do mundo atual.Se sentindo feliz com aquele sonho maravilhoso e meigo,se remexeu meramente,soltando um suspiro apaixonado e contente,enquanto continuava navegando por aqueles sonhos seus.

Mas de repente,todo aquele momento deslumbrante e especial se transformara em um estranho e conhecido pesadelo.

Ela estava ali de volta aquela casa,onde Mikael a torturara,na mesma sala de star velha e empoeirada.

Naquele exato momento em que ela começara a chamar a atenção dele para ela,quando ele tentava enfiar a estaca de carvalho branco no coração de Klaus,e matá-lo.

Só que diferentemente,da outra vez,agora quem estava fazendo aquela careta de dor,enquanto ela sentia um estranho poder dominá-la,era Klaus e não Mikael.Ela estava parada em pé diante dele,que começava a se contorcer de agonia,e depois simplesmente caia de joelhos a sua frente.O vento ricocheteava seus cabelos loiros,tudo ao redor parecia querer explodir como uma bomba.

Um rosnado alto e doloroso escapou pelos belos lábios do hibrido,que outrora ela beijara e ansiara encostar os seus.

E então os olhos verdes começaram a sangrar sinistramente,ela tentara gritar apavorada vendo a cena,mas parecia ter perdido sua voz em algum lugar,pois não era ouvida.Depois o nariz,a boca e ouvidos,era um horroroso rio de sangue vermelho sem fim.

Só que a pior parte ainda estava por vir,ela sabia o que viria a seguir.

Caroline sentia e conhecia aquilo,porque fora ela quem fizera aquilo tudo acontecer,sairá de dentro dela aquela tortura.

Klaus começou a tremer,enquanto chamas grandes e furiosas queimavam cada pedaço de carne de seu corpo,mas ele não parecia conseguir se levantar do chão,estava de alguma forma atado ali,e naturalmente obrigado a agonizar em meio as labaredas.

Cada vez mais o fogo consumia-o,destruindo cada membro de seu corpo,o matando.

Caroline não sabia dizer,se era mais aterrorizante vê-lo pegar fogo ate virar cinzas ou ouvi-lo gritar e não poder ajudá-lo.

Seu corpo inteiro paralisou,e ela chorou amargamente,fechando seus olhos com força,quando o ouviu gritar uma ultima vez.

Porque ela havia sentido tudo aquilo e visto,mas mais ainda,ela não pudera fazer nada para impedir.

Tudo o que lhe restara fora assistir,ela mesma matando aquele que mais lhe importava,e chorar tristemente,tendo um buraco imensamente grande arrebentando seu peito.

Caroline acordou aos gritos em meio a um choro soluçado,seu corpo estava todo suado e sua respiração estava entrecortada.

Elena,Bonnie e Damon que havia chegado pouco antes,olhavam-na confusos e preocupados.

Mas ao pior havia acontecido,enquanto ela estava presa ao pesadelo insano.

A jovem Bennett havia se levantado para tomar um copo de água,deixando a sala por alguns minutos,ao voltar pode ouvir a porta sendo destrancada e a figura de Damon passar por ali.

Mas o que mais assustou ambos,fora que não muito depois,Caroline começara a se debater e gritar chorosa,mergulhada em um sonho ruim,e no mesmo lugar onde Bonnie dormia minutos antes,de repente um fogo irreal começara a surgir.

O sofá da sala dos Salvatore,estava em chamas diante dos olhos do vampiro e da bruxa,e logo de Elena que também acordara sobressaltada.O fogo que surgira do nada,engolia a camada de couro e almofadas do sofá marrom,causando labaredas meio altas e quentes.O moreno atordoado, correu em sua velocidade vampiresca para pegar um extintor de incêndio e apagar as chamas,nisso Elena,e Bonnie acordaram a loira.

Quando o fogo já estava quase controlado,Caroline despertou enfim,assombrada de seu pesadelo.

Olhando para seus amigos alarmada,que também fitavam na perdidos.

Enquanto tentavam entender,o que diabos tinha acontecido ali.

Continua..


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Notas finais do capítulo

Não sei se alguém se interessou pelo grupo da fic no whatsapp,mas vou continuar divulgando só pra lembrar.
Bjs e ate breve..
#jesusamavcs!




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