Natural Born Killer escrita por Astéria


Capítulo 1
Die


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e sugiro que leiam ouvindo a música.Link¹:http://www.kboing.com.br/musica-e-letra/avenged-sevenfold/1056313-natural-born-killer/Link²:http://www.youtube.com/watch?v=mvt6E8xYZ-oBoa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/481488/chapter/1

One snap for the dying

( Um passo para a morte )

One click to end the day

( Um clique para terminar um dia )

Another story with a mangled scene

( Outra história com um pecado igual )

It couldn't happen any other way

( Não poderia acontecer de outra maneira )

Alice apertou o pesado casaco de lã sobre o corpo. Alguns poucos flocos de neve, timidamente, caiam do céu e o frio parecia se tornar mais intenso à medida que ela avançava as ruas de Nova York.

Sozinha, a garota tentava não pensar na quão perigosa Nova York àquela hora, especialmente, o beco pelo qual passava. O pensamento de que a maioria ali eram moradores de rua, jovens drogados e prostitutas baratas a confortava de certo modo. Poderia ser assaltada, mas talvez não mais que isso.

Olhou de relance um homem de capuz, excessivamente assustador, no entanto, não pode ver nada além de seu corpo, coberto pela roupa preta e um cigarro habitando o canto de sua boca. O local era escuro demais; apenas silhuetas, nenhum rosto.

Apressou o passo, balançando a cabeça, tentando afastar qualquer pensamento desconfortável. Entretanto, sua mente parecia alertá-la para que ficasse atenta, para que tomasse cuidado. E era o que ela estava fazendo.

Por outro lado, Daniel continuava encostado a parede suja daquele beco. Apreciava o andar sensual de sua amada logo à frente. Gostava do jeito como ela andava. Tudo em Alice para ele era exatamente perfeito. Às vezes ainda podia sentir o calor de sua pele em contato com a dele, os lábios rosados, carnudos sendo pressionados contra os seus.

E pensar que jamais poderia tocar nela novamente o deixava perturbado. A ordem havia sido clara “Mantenha-se a 200 metros de distancia dela” e foi isso que ele fez. Pelo menos nos dois primeiros meses, quando ainda lhe parecia perigoso se aproximar. Mas nas duas ultimas semanas Daniel já estava convencido de que nada, nem ninguém o descobriria. E até que seu plano estivesse completo, ele precisava seguir os passos de Alice. Precisava descobrir o percurso de sua casa até o trabalho. Precisava saber exatamente tudo sobre ela.

Secretamente, ele já estava com seu plano traçado, friamente calculado e só precisava colocá-lo em prática. E era isso que ele faria nesse exato momento, antes que Alice sumisse de vista.

Jogou o cigarro que tinha entre os lábios no chão e apagou com a sola de seu sapato, enquanto preocupava-se em manter o capuz muito bem colocado, protegendo seu rosto de ser descoberto. Saiu, em um rompante, se chocando contra algumas latas de lixo provocando um enorme estrondo.

Seu coração saltou no peito ao ver Alice se virar rapidamente em sua direção e, por uma fração de segundo, pensou que ela o havia descoberto.

A loira virou-se abruptamente. Seu corpo todo em choque, seus sentidos todos aguçados, o pânico quase a preenchendo por completo. Pensou ver um vulto a alguns passos atrás, no entanto não haveria muito que fazer se, de fato, ela estivesse sendo observada, ou seguida.

Balançou a cabeça e voltou a caminhar. A estranha sensação que a preenchia por dentro era tão absurda que se fosse tão persuasiva entraria em pânico.

Daniel respirou fundo antes de voltar a andar. Seus passos eram tão leves e silenciosos quanto uma pluma. Receoso de que fosse descoberto por sua amada. Não tinha intenção de assustá-la, muito pelo contrário, só queria vê-la feliz por encontrá-lo novamente.

Esgueirando-se por entre a escuridão, vencendo os inúmeros obstáculos que o mantinham camuflado pela maior parte do tempo, Daniel conseguiu por fim aproximar-se sem que ela o notasse. Um passo de sua Alice, um passo para sua insanidade esvair-se.

– A-Alice – A loira congelou ao ouvir seu nome. Tomada pela insegurança, ela ponderou se deveria virar-se ou não. Não havia reconhecido a voz, mas já esperava pelo pior. – Alice? – Respirou fundo, antes de olhar para trás.

Piscou algumas vezes, não reconhecendo completamente quem poderia ser. Depois de alguns segundos, Daniel levou as mãos á cabeça, puxando seu capuz para baixo, expondo seu rosto, levemente entristecido.

Em um ímpeto de susto, Alice deixou que sua bolsa fosse ao chão, fazendo um barulho quase mudo. Contribuindo para que o medo dentro dela aumentasse.

– O que está fazendo aqui? – As palavras saíram tão rapidamente, que se embaralhavam ao serem pronunciadas. Daniel avançou, tentando tocar seu rosto, no entanto, ela recuava, como um animal indefeso e assustado.

– Eu só quero conversar.

You wanna talk about it?

(Você quer conversar sobre isso?)

I’m begging you to walk in my shoes any time

(Eu te imploro pra se colocar no meu lugar)

Watch the clock ‘till you unwind

(Olho no relógio até que você se descontraia)

You wanna cry about it?

(Você quer chorar por isso?)

It’s making me just sentimental, lost my mind

(Isso está me fazendo considerar que enlouqueci)

The way I see, you must be blind

( A maneira como eu vejo você deve ser cega)

– Não toque em mim! – Disse rispidamente, quando, novamente, Daniel tentou se aproximar. Estava tentando soar segura perante a ele, não poderia deixar-se intimidar. Sabia que ele era calculista, como um leão, ao perceber o medo nos olhos de sua presa, a atacava selvagemmente. Sem dó. – Vá embora, Daniel.

– Não. Alice me escute. – Alcançou sua bolsa e rapidamente virou-se, tornando a caminhar. Seu corpo estava tremulo e talvez a qualquer momento ele pudesse ir ao chão. Não avançou mais do que três ou quatro passos até que ele a alcançasse.

Segurou-a pelo pulso direito, exercendo o máximo de forma que conseguia para não permiti-la se afastar. Torceu seu braço, até que tocasse suas próprias costas, Alice reprimiu um pequeno grito de dor, enquanto Daniel aproximava-se de seu ouvido, sussurrando suavemente:

– Você tem que me escutar, querida! – Então beijou o pescoço dela, como a muito ansiara. Seu cheiro ainda era o mesmo: doce, intenso, inesquecível – Eu ainda amo você, sabia?!

– Me solte, me solte agora! Você está ficando cada vez mais louco. – Alice tentou mover eu braço, mas foi totalmente em vão. Então, com toda a força que ainda possuía, pressionou a ponta de trás de seu salto em cima do pé de Daniel. Poderia não ser forte o suficiente para que ele afrouxasse seu braço, no entanto, em uma fração de segundo tinha certeza de que ele se perderia um pouco de atenção. E foi a deixa que ela utilizou para se afastar e correr o mais rápido que possuía, tropeçando nos próprios pés.

Ele a alcançou novamente, depois de alguns poucos metros.

– Eu estava tentando ser cuidadoso, Alice. Eu não queria ter que fazer isso, mas você não me deu escolha. – Disse tão inocentemente, e ela só teve tempo de deixar uma única lagrima descer por seu rosto, antes de um lenço úmido ser pressionado contra sua face.

So this is the world you left behind

(Então isto é o que você deixou para trás)

This is the guilt that consumes you

(Este é a culpa que consome você)

Abriu os olhos, devagar, observando ao seu redor. Era tudo lixo. Algumas barras grossas de ferro, galões, provavelmente vazios e carretéis grande de madeira que serviam como mesas improvisadas. O cheiro era ruim, como urina e mofo. Havia algumas escadas nas laterais do galpão, que levavam a passarelas de ferro a poucos metros do chão.

Então ela o avistou, poucos passos a sua frente. Daniel a fitava intensamente, enquanto um leve sorriso sádico pairava ridiculamente sobre seus lábios. Em suas mãos, havia uma pequena adaga, reluzente perante a luz do luar, que entrava timidamente pelos buracos do teto. Havia também uma lanterna, mas esta se focava apenas no arsenal distribuído ordenadamente sobre uma mesa, ao lado dele.

– Demorou a acordar querida.

– Onde estamos? Que lugar é esse? – Perguntou, muito embora estivesse soluçando, aos prantos. Estava tão apavorada, sabia perfeitamente do que Daniel era capaz e sabia ainda, do que Daniel era capaz de fazer por ela, ou com ela.

– Ainda estamos em Nova York – Respondeu tão tranquilamente.

– Por que estou presa, aqui? O que você quer comigo Daniel? – Fungou, enquanto tentava soltar às ataduras que prendiam suas mãos a cadeira. Talvez não houvesse mais saída para ela, mas jamais desistiria. – Por favor, me solte. Por favor, Daniel! – Suplicou em um fio de voz, sentia algo em sua garganta, quase a impossibilitando de falar.

– Chega de perguntas! Cale essa maldita boca, eu não vou soltar você. – Exasperado, chutou uma caixa de madeira. Alice fechou os olhos, mordendo o lábio inferior, quando o viu andando em sua direção. Seu punho fechado sobre o cabo de prata de sua adaga. Preparou-se para o pior, e pensou que aquela seria sua hora derradeira.

Sentiu seu hálito quente contra o rosto. Uma mistura de álcool, cigarro e menta, tão repugnante quanto ele próprio.

Abriu os olhos devagar, encontrando Daniel imóvel, o fitando, centímetros, talvez milímetros impossibilitavam seus lábios de se tocarem. Por um momento ela olhou nos olhos dele, enxergando seu reflexo. Um rosto assustado. A maquiagem dos olhos escorria junto com as lágrimas e ela era puro medo.

Pensou que talvez ele tivesse um pouco mais suscetível, flexível, então tentou mais uma vez.

– Por favor, me solte. Não faça nada comigo, por...

– Eu mandei calar a boca! – Vociferou, enquanto projetava o punho esquerdo fechado, sobre o rosto de Alice.

Cuspiu sangue, assim que ele se afastou. Não tinha certeza, mas talvez algum de seus dentes estivesse ido junto. A dor em seu lábio era latejante, mas sabia que aquilo poderia ser apenas o começo.

So die alone

(Então, morra sozinha)

This is the one thing that I won't do

(Esta é a única coisa que eu quero fazer)

So say your prayers

(Então guarde sua preces)

'Cause I ain't leaving here without you

(Porque eu estou vivendo aqui sem você)

– Você é muito egoísta, sempre foi. – Disse, desprovido de qualquer entusiasmo, enquanto pegava algum de seus objetos e o analisava, como se estivesse escolhendo algum deles, para usar em breve. – Lembra aquela vez, a primeira, em que eu pedi você em namoro? – Assentiu, era o que ela poderia fazer. Gritar não surtiria efeito algum, uma vez que, tinha certeza, ninguém poderia ouvi-la. – Você não aceitou. Só Deus sabe o quão decepcionado eu fiquei. – Observou ele se aproximar, um pequeno lenço dobrado, formando algo como uma fenda em uma de suas mãos, enquanto na outra havia um pequeno alicate. Soluçou alto, e tentou se desvencilhar, quando ele cuidadosamente colocava o pano em sua boca. – Shh, não quero te ouvir gritar. Por enquanto.

Daniel parou as suas costas, amarrou as duas pontas do pedaço de tecido, e então se abaixou, até a altura de suas mãos, presas pela atadura. Apertou a mão gelada de Alice contra as suas e sorriu. Eram tão macias.

– Então é por isso... – Puxou delicadamente o dedo indicador da loira, e colocou sobre o alicate com ambas as extremidades cortantes, abertas. – Que eu... – Ele falava tão suavemente, tentando acalmá-la de alguma forma, mas Alice debatia-se sobre a cadeira. – Fique quieta, só vai doer um pouquinho. - Com um pouco de dificuldade, Daniel conseguiu apertar as duas pontas de sua ferramenta, fechando-a sobre o dedo fino dela. E então, enquanto um grito era reprimido da boca de Alice, ele pegava a ponta dela no chão e a segurava como um troféu. – Vou ficar com um pedaço seu para mim, você sabe... Por aquele dia.

Can't bribe me with money

(Não posso chegar até aqui com dinheiro)

Can't shower me with shame

(Não pode me cobrir de vergonha)

Another killer from a broken home

(Outra chance para o meu lar desfeito)

Until you cover me with maniac fame

(Até você me cobra com sua fama maníaca)

– Não chore querida. – Suavemente, Daniel passou o polegar pelo rosto de Alice, limpando suas lágrimas. – Fique calma. Esta doendo, onde você machucou? – Assentiu um pouco relutante. Não tinha muita força e talvez devesse ceder logo. Tornaria as coisas mais fáceis para ela, também. Entrar no jogo dele, deixá-lo assumir o controle totalmente. – Vou fazer uma atadura, ok? – Assentiu novamente e ele depositou um beijo em sua testa.

E ele, carinhosamente, cuidou dela. Fez o sangue que escorria por suas mãos estacar, muito embora, ela já houvesse perdido uma grande quantidade, formando uma pequena poça no chão.

– Você quer conversar? – Ela assentiu, outra vez. Estava se rendendo. – Então deixarei que você fale! – Ele sorriu, libertando a fenda que cobria sua boca. Chorava copiosamente, era o que poderia fazer naquele momento.

– Por que está fazendo isso? – O fitou tão aterrorizada, que por um momento, só por um momento, Daniel teve pena de sua amada. – Vo-você quer dinheiro, é isso? Vai pedir resgate? Pois o faça.

– Não, eu não quero um dólar sequer. Você não é um produto, você não está à venda. – Explicou-lhe calmamente, enquanto acariciava o rosto dela.

– Então... Por quê? – Ela precisava de uma explicação plausível para tal feito. Embora soubesse perfeitamente de sua obsessão, ainda assim queria ouvi-lo dizer seus motivos.

Daniel era doente; um assassino, no entanto, infelizmente, ela só fora descobrir isso depois que já havia se envolvido com ele. Havia o conhecido em uma festa na escola, era um primo distante de uma de suas amigas, e naquela época, nem mesmo a família sabia sobre os problemas mentais dele. Alice, jamais se envolvia por mais de uma noite com um mesmo garoto, e com ele não haveria de ser diferente, isso é claro, se ele não fosse um maníaco, obsessivo. Daniel passou a persegui-la e então toda a festa a qual ela freqüentava, podia ver o rosto de Daniel observando-a entre a multidão de adolescentes. E isso se estendeu por um longo ano. Então, depois de saber o que Daniel era não houve outra saída a não ser denunciá-lo. E depois de algumas audições com vários juízes, as quais raramente ele comparecera, ficou decretado que ele jamais poderia se aproximar a um raio de 200 metros dela. No entanto, Alice não se sentia segura o suficiente, então, secretamente, mudou-se para Nova York onde, supostamente, estaria a salvo e bem longe dele. Só não compreendia como ele havia descoberto seu refugio.

You wanna know about it?

(Você quer saber sobre isso?)

Well I'mma be fucking with you every time

(Bem, mas eu quero foder com você todo tempo)

Story broken, you're behind

(A tempestade acaba com os olhos)

Yeah when you ask about it?

(E quando você perguntar sobre isso?)

You can rest assured I'll give you my best side

(Você pode conceder a tristeza do outro lado)

Seems we all have friends to find

(Parece que todos nós temos coisas para achar)

– Porque eu amo você! – Disse ele, tristemente. Alice sacudiu a cabeça, e tornou a chorar. Porque ela simplesmente sabia que não haveria volta. – Fique comigo, Alice. Fique só comigo. Para sempre.

– Não, porque eu não te amo, nunca amei, e nunca irei amar. – Gritou o mais alto que podia e esperou a reação dele, que veio logo a seguir.

So this is the hate I've been born to

(Portanto, é isso que você responde)

Full of the tales of the untrue

(Todos os outros falam além)

Daniel a puxou pelos cabelos, a fazendo gemer.

– Me escute! – Vociferou perto a seu ouvido – Se você não for minha, não será de mais ninguém. Me entendeu? – Gritou. – Você me entendeu? – Alice negou, e virou-se a tempo, para que pudesse cuspir bem no rosto de Daniel.

– Você é louco, doente... – Ele respirou fundo, desatou as mãos dela, bufando. Arrastou-a pelos braços e então com toda a força que possuía a jogou de bruços sobre uma pilha de barras de ferro. Alice sentiu algo quente escorrendo por sua testa, e ao levar sua mão até lá, constatou que era sangue. Vermelho vibrante.

Sentiu uma dor latejante em sua perna esquerda, e observou Daniel com uma faca em punho. Não pode reprimir um grito dessa vez. Então mais uma, duas, três facadas, agora em ambas as pernas. Girou-a com o pé e então, mais uma certeira em sua perna, perto a virilha.

Ele riu

– Você fica excitante assim, sabia? Gosto quando fica indefesa! – E então deixou a faca cair ao seu lado, dois metros, talvez não mais do corpo de Alice. Deitou-se sobre ela e a obrigou a encará-lo. – Eu quero beijar você. – Confessou, virando o rosto dela para que parasse de resistir e fosse de encontro ao dele.

– Mas eu não! – E com a força que ainda lhe restara, empurrou o corpo dele para o lado. Arrastou-se até onde podia, tentando alcançar a faca, mas logo foi puxada novamente por ele. Ainda assim, se debateu ora chutando o ar, ora chutando o rosto ou qualquer outra parte do corpo de Daniel.

And I'm waiting

(Eu estou esperando?)

Waiting for the days to slowly pass me by

(and all the promises I'll find)

(Esperando o dia passar lentamente por mim)

(e todas as promessas de lado)

No hesitating

you've pulled the trigger now your story's left behind

(Sem hesitar

você puxa o gatilho e toda a história é deixada para trás)

(I know you want to see me fry

like my soul you won't survive

(eu sei que você quer me ver fritar

Como a minha alma, você não sobreviverá)

Milagrosamente, conseguiu alcançar com a ponta dos três dedos que ainda estavam intactos o cabo da faca, no entanto, só conseguiu fazê-la se afastar ainda mais. Estava quase perdendo suas ultimas forças. Suas pernas estavam quase dormentes, e a dor era cada vez mais terminante.

Daniel a alcançou por completo, e então depositou um soco em seu rosto. Dessa vez, acertou em cheio seu nariz. E um filete de sangue escorreu alcançando quase a boca. Preparou-se para outro, mas Alice havia conseguido alcançar a faca, e então com um movimento rápido, a fincou com força nas costas de Daniel. Seu corpo caiu para o lado, em choque, enquanto ele gritava, tentando puxar a faca, porém só conseguia aprofundá-la ainda mais em sua pele.

Alice levantou-se, mancando, arrastando sua pena ferida, e enquanto Daniel se ocupava em tirar a faca das costas, Alice passou as mãos tremulas sobre as ferramentas de dele. Depois de deixar que a metade fosse ao chão, alcançou uma arma, e fazendo uma prece interna para que estivesse carregada, Alice mirou na direção de Daniel, que ainda estava caído sobre o chão. Limpou as lágrimas que ainda estavam em seu rosto, e o fitou, friamente.

– Por favor, não faça... – Suplicou ele, projetou sua mão a frente, em um gesto para que impedisse ela de atirar, mas Alice estava concentrada demais. Mirou a cabeça e quando apertou o gatilho a bala acertou em cheio, abrindo uma enorme fenda na testa de Daniel.

To die unknown

(Morrer desconhecido)

Would crush the fish lens we all see through

(Nós confiamos nas carnes que vemos)

To kill the glare

(Para levar a culpa)

Expose the ugliness we hold true

(Exponha a sua contemplação)

Isso é por tudo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, favoritem, recomendem, enfim... presico saber se gostaram, ok?!Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Natural Born Killer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.