Lembranças escrita por Natalia Beckett


Capítulo 35
Rain


Notas iniciais do capítulo

Oi meus lindos e lindas. Leitoras do meu coração. Tudo bem? Sei que tenho demorado muito pra postar.... Mas além dos meus rolos escolares ainda teve o capítulo de ontem de Castle e graças a end scene eu ainda não to bem. To meio afetada.
Enfim...
Amores quero agradecer e dar boas vindas as novas lindinhas que passaram a acompanhar nossa aventura e favoritaram também. Bem vindas! :D
Boa leitura florzinhas e cravinhos. *-*

Música pra acompanhar: Jason Mraz - The Woman I Love - https://www.youtube.com/watch?v=zkbTp3-zBGg



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Segunda, 6h54min.

– Bom dia! – Assim que reconheci sua voz senti suas mãos envolverem minha cintura. Eu acabava de fechar meu armário.

– Bom dia Rick!

– Estava pensando em te recompensar por ontem à noite. Hoje depois das aulas, que tal?

– Acho uma ótima ideia. Inclusive preciso falar com você.

– Eu também. – Ele sorriu de forma que deixou aqueles olhos azuis pequenininhos. Demos um beijo calmo e fomos para as nossas respectivas salas.

O dia corria normalmente e durante o intervalo ficamos eu, Rick, Espo e Lanie brincando e fazendo possíveis planos com a proximidade das férias de inverno.

Saímos da escola sem ligar para certas nuvens que se formavam no céu. Rick e eu fomos de carro até ao Madison Square Park. É um lugar lindo e diferente do habitual Central Park. As folhas do outono pelo chão faziam o lugar ainda mais bonito e romântico. Sentamos em um banco num local menos movimentado, onde poderíamos conversar em paz.

VISÃO DO BANCO NO PARQUE:

https://www.google.com.br/maps/place/Madison+Square+Park/@40.742063,-73.987922,3a,90y,346.67h,90.03t/data=!3m5!1e1!3m3!1sth398aTyr-YAAAQWjH_LIw!2e0!3e11!4m2!3m1!1s0x89c259a6bd917da7:0x79997d3983197d7c

Antes de trocar qualquer palavra, nossas mãos antes dadas, agora passeavam em direção aos nossos rostos em busca de juntar nossos lábios.

– É incrível como eu sinto sua falta quando não te vejo. – Ele falou isso num tom de desabafo. Eu sorri e o beijei novamente. Depois que nos separamos falamos. Juntos.

– Eu preciso te contar algo! – Sorrimos achando a cena engraçada.

– Primeiro você. – Rick sugeriu.

– Não, primeiro você. Estou curiosa para saber pelo o quê você me trocou ontem. – Arqueei a sobrancelha o encarando.

– Ok, ok... Bom, estou com algo no porta-luvas do carro. – Ele fez uma pausa e me encarou. – São os ingressos para o jogo dos Yankees no sábado!

– Uau! Como você conseguiu tão rápido?

– Eu disse que tinha meus contatos. E esse carro me tem sido útil na hora de agilizar essas coisinhas. – Ele piscou.

– Vai ser tão legal!

– Sim! Vai! São 4 ingressos. Pra área principal. Acho que seu pai agora me aceita de vez. – O olhei com um olhar questionador.

– Hun! Não pense que agradar ao Senhor Beckett é assim tão fácil não hein?

– Veremos... Mas e você? Qual é a novidade?

– Bom... E estou com umas ideias em mente sobre a gente finalizar o que a gente começa e nunca termina. – Eu o olhava de forma sedutora, porém tímida.

– Não me diga que...

– Sim, a gente pode ser jovem Rick, mas a gente não tem todo tempo do mundo. Logo o ano na escola vai acabar e se a resposta de Stanford for positiva estamos aqui perdendo tempo. Perdendo possíveis oportunidades.

– Eu concordo com você Kate. Mas como você pretende fazer isso? O que tem em mente?

– É o seguinte... A princípio precisamos de um lugar onde exista só você e eu e acima de tudo seguro e sem interrupções. Pra isso a gente precisava sumir por um dia inteiro. Meus pais nunca viajam para arriscarmos aquela situação de novo. Sua mãe pelo que me conta é uma caixinha de surpresas... Enfim, pensei em irmos até Coney Island... É uma ideia ruim, mas eu espero que você me ajude... – Ele sorria e isso me constrangia.

– Jura que você pensou nisso?

Não me olhe assim! Eu só...

– Ei, calma! Tudo bem! Eu achei bonitinho. Não imaginei isso de você.

– Rick!

– Ok! Só um pouquinho eu admito. – Cerrei os olhos. – Não faz essa carinha, me escuta. – Ele falou pondo a mão direita em meu queixo e direcionando meu rosto para que meus olhos se encontrassem com os dele.

– O que você tem em mente? – Respondi ainda com certo grau de timidez.

– Podemos ir até Hamptons. Eu tenho uma casa lá. Ainda modesta. Nada muito confortável. Foi comprada há pouco tempo e ainda não foi feita nenhuma reforma. Mas é perto da praia, podemos dar uma volta, relaxar, comer alguma coisa. Depois que mamãe começou esse novo namoro ela nunca mais foi até lá. Não vai sentir a falta se eu pegar a chave amanhã e fizer uma cópia.

– Rick, tem certeza? Se ela desconfiar de alguma coisa nós estamos encrencados.

– Com minha mãe eu me viro Kate, o problema são seus pais. Seu pai muito mais. Como você vai fazer para ficar um dia inteiro longe da vista deles?

– Lanie prometeu me ajudar. Ela vai me encobrir.

– Como?

– Assim, temos a princípio que ir durante o final de semana, porque se matarmos aula o diretor Miller vai nos dedurar para nossos pais na mesma hora. Então podemos ir no sábado próximo. Após esse dos Yankees. Lanie sempre vai até Coney Island por causa da tia avó dela. Você lembra. Uma das vezes você foi. Foi quando tiramos aquela foto no parque de diversão.

– Então você pretende dizer essa mentira para eles?

– Bem, na verdade não é uma mentira. É uma ocultação dos fatos.

– Você tem lido muito os casos jurídicos dos seus pais. – Revirei os olhos.

– Enfim, Lanie ficará de plantão e em vídeo conferência com o FaceTime pra qualquer eventualidade de meus pais me procurarem através dela. Na suposta volta para casa, mamãe e papai ficarão cientes que eu estarei dormindo na casa da Lanie. A mãe dela costuma sair com o namorado na sexta e só aparecer no domingo. Tudo estará nas mãos da Lanie e eu confio nela.

– Mas não corre o risco de seus pais irem atrás de você para te ver?

– Não, mamãe está acostumada às várias vezes que eu durmo na Lanie. Só preciso saber se você não terá problemas com a sua mãe.

– Hun! Richard Alexander Rodgers com problemas com dona Martha? Impossível. Eu sou irresistível. Ela cede a meus caprichos após boa dose de aconchego. Mas nesse caso não será problema. Mamãe é muito liberal. – Eu arqueei a sobrancelha buscando entender. Quer dizer que minha sogra era “liberal”? – Esquece! Pode deixar comigo. Eu me garanto.

– Olha lá hein? Não vá prometer algo que depois você não vai conseguir. Só pra depois eu ter que desmanchar todo meu desdobramento e ouvir minha mãe falar “eu avisei”.

– Caramba! Confia em mim.

– Ok. Fechado então.

– Fechado meu amor. – Nossos lábios se juntaram.

Ficamos ainda ali namorando respeitosamente. Afinal numa praça pública não se pode atentar. Ainda demos uma volta pela praça, abraçados um no outro. A temperatura começava a cair. A proximidade com Novembro tornava os graus mais baixos. E apesar de agasalhados nós sentíamos frio.

Já finalizando a volta para caminharmos para o carro senti algo molhar a ponta do meu nariz. Passei a mão sem entender. Logo percebi Rick olhando para o céu em busca de algo. Assim que encarei a mesma direção que ele, sugeri:

– Rick, vamos correr... É chuva!

Parecíamos meio que loucos de mãos dadas correndo em busca do carro. Assim que cruzamos as cercas do parque a chuva caiu. Sem piedade. Sem dó algum.

– Rick!

– Ah! Não dá... Deixa molhar.

– Vamos morrer de frio... RICK! – Já quase na porta do carro ele escorregou na poça e caiu com tudo no chão.

– AI!

– Você tá bem? – Corri pra ajuda-lo.

– Bem? Bem molhado! – Ele disse gargalhando e a risada dele me convidou a fazer o mesmo.

– Rick... Vem! Vamos, levanta... – Estendi a mão para ele.

– Qual a graça se só eu estou ensopado?

– Como a... Ah! – Ele me puxou me derrubando no chão também. – RICK! EU VOU MATAR VOCÊ! – Ele se levantou abrindo a porta do carro.

– Ok, mas me mata dentro do carro. – Ele abriu a porta do carro dando-me a mão para levantar.

Entramos no carro tremendo. Rick ligou o aquecedor e ficamos tentando nos aquecer o máximo que podíamos.

– Ainda bem que a roupa de dentro ainda tá um pouco seca. – Rick falou tirando o casaco.

– É a minha também. – Tirei o casaco. – Mas eu devia te trancar do lado de fora do carro só por causa da gracinha.

– E perder a chance do meu corpo aquecendo o seu? – Ele então me abraçou buscando aquecimento.

– Não seria o contrário? – Abraçava-o com a mesma intensidade.

– Do que importa? Só sei que abraçar você e sentir seu calor é melhor que qualquer alternativa. – E mais uma vez nossos lábios se encontravam. Agora mais intensamente.

– Rick... – Separei buscando ar. – Acho que podemos ir. Não quero chegar depois dos meus pais em casa. Não quero dar motivo pra nosso plano furar.

– Isso é tão... – Ele cerrou a sobrancelha.

– Eu sei amor. Mas você sabe que está mais perto que longe. – Beijei-o mais uma vez e ao interromper o beijo mordi levemente seu lábio inferior.

– Pelo amor de Deus Kate, me ajuda! – Ele se voltou ao volante. – Você também não me ajuda. Fica cada vez que passa mais difícil!

A forma que ele resmungava era extremamente fofa. Sei que isso era quase um maltrato. Mas vê-lo sofrendo por minha causa, desse jeito, era muito fofo. E não vou negar que me dava satisfação saber minimamente que o pouco que eu fazia com ele, causava tantos efeitos diversos. Sem dúvidas Hamptons seria algo mágico.


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Notas finais do capítulo

E ai galera? Será que esse plano vai dar certo? E essa chuva? Espero que ninguém adoeça. ;)
Comentem amores... Espero vocês. *-*