You belong to me escrita por Brave


Capítulo 49
Histórias




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Posso dizer que sua morte foi lenta, saboreei cada instante de agonia. Não me orgulho do que fiz, porém não me arrependo, foi necessário e caso tivesse que repetir essa loucura faria novamente.

Todos estavam na delegacia. Santana achou aquilo um absurdo, porém foi contra a vontade prestar depoimento, afinal a morena tinha sido vista ameaçando o falecido em plena luz do dia no meio da rua. Ela contou sua versão da história e comprovou que estava fora da cidade, suas provas eram Carole e as passagens de ida e volta para Ohio.

Santana: - Posso ir agora?

Delegado: - Pode, estou satisfeito com seu depoimento

Santana: - Ótimo, eu já estava pensando que teria que dormir aqui

Delegado: - Por qual motivo?

Santana:– Não sei, vai que o senhor quer ficar ouvindo minha voz repetindo a mesma história mil vezes

Delegado:– Presta atenção mocinha, eu precisava ter certeza que você não estava mentindo

Santana:– Tudo ok, é seu trabalho, eu não me meto

Delegado: - Melhor assim
Santana aperta a mão do delegado e faz condolências. O delegado pede que ela se retire e chame a próxima pessoa para depor. Ao sair da sala do delegado Santana caminha até Rachel, que estava encostada na parede com a cabeça baixa.

Santana: - Hey, a próxima é você

Rachel:– Eu o que?

Santana:– Você acha que foi chamada aqui para passeio? O delegado quer seu depoimento

Rachel:– Por que? Ele suspeita de mim? Que bobagem

Santana:– Ele precisa do depoimento de todos que estiveram com o diretor nas ultimas 24 horas e seja sincera comigo, ele deve ter suspeitas de você?

Rachel:– Claro que não

Santana:– Então me diz o que você estava fazendo hoje a noite e onde você conseguiu esses ferimentos nas costas

Rachel: - Fale baixo! Não quero que saibam que estou com as costas assim

Santana: - Quem muito esconde Rachel é quem muito deve

Rachel: - Confie em mim ok?! Eu não fiz nada demais

Santana:– Olha a evolução!! Você já está admitindo que vez algo, me conte o que é e deixe eu ajudar você, somos ou não um casal?

Rachel:– Só confie em mim
A morena pega as mãos de Rach e encara a moça.

Santana:– Eu preciso que você me conte toda a verdade amor, por favor. Se você fez algo podemos concertar juntas
Quando a pequena abre a boca para responder é interrompida pelos pedidos de socorro de Kurt, o rapaz estava sendo conduzido por policias para a sala do delegado, Rach correu para tentar ajudar o amigo.

Rachel:– Deixem ele, ele não fez nada

Kurt: - Por favor não deixe eles me prederem, eu te juro que não fiz nada

Rachel:– Amigo calma, eu acredito em você

Kurt:– Eu estive lá, mas eu não matei o diretor, não matei!

Rachel:– Kurt...
Hummel é jogado para dentro da sala e a porta é trancada, Rachel ainda bate algumas vezes na tentativa de entrar para acompanhar o amigo, mas é tudo em vão. Santana por sua vez tenta apoiar a namorada.

Santana:– Se ele não fez nada daqui a pouco será liberado, fique calma

Rachel:– Eu tenho certeza que ele não tem culpa de nada

Santana:– Hmm, eu deveria achar isso bom ou ruim?

Rachel:– Não comece de novo, vai me pressionar até quando

Santana:– Eu não vou mais te perguntar nada, eu sei que você não me dirá

Rachel:– Mô na hora certa você vai saber de tudo

Santana:– Fique tranquila, eu já começo a imaginar qual é a verdade

Rachel:– E qual seria?
Santana morde a boca e dá as costas para Rach, caminha para uma cadeira e fica lá sentada. A pequena cruza os braços e fica na porta da sala, ela queria noticias de Kurt. Lá dentro, Hummel tremia e chorava, seu medo era evidente.

Delegado:– Rapaz se recomponha e comece a falar, onde você esteve durante essa noite?

Kurt:– Eu estive em muitos lugares

Delegado:– Seja direto, sem gracinhas ou as coisas podem piorar para você

Kurt:– Eu fui tomar um café, depois andei um pouco pelo parque

Delegado:– E foi só?

Kurt: - Aham, apenas

Delegado:– Não é isso que uma testemunha me disse, pelo que me consta você foi até a residência da vitima

Kurt:– Fui lá, mas não demorei nem 30 minutos, quando sai aquele canalha ainda estava vivo

Delegado: - Então realmente você esteve lá. O que você fez enquanto esteve lá? Me conte detalhe por detalhe

Kurt:– Eu...
Um flash back surgiu na mente de Kurt e ele reviveu cada passo da sua passagem pela casa do ex diretor de funny girl.

Eu não tinha aceitado o modo como aquele monstro tinha tratado Santana e Rachel, pior ainda como prometeu bater no Bryan. Eu queria surpreender minhas amigas e ser um homem de atitude, por isso resolvi tirar satisfações com ele. Quando cheguei na casa dele, o cínico me recebeu educadamente, porém soltando piadas.

Diretor:– Não posso crer que você esteja aqui, que prazer recebe-ló

Kurt:– Eu vou ser direto contigo, estou aqui para te deixar em alerta

Diretor:– Sobre o que meu querido?

Kurt:– Não mexa com minhas amigas, tenha respeito com elas

Diretor:– Quem vai me obrigar? Você? Um gay imundo

Kurt:– Sim, gay com muito orgulho. Diferente de você que vive encubado

Diretor:– Eu? Que absurdo, sou muito homem

Kurt:– Tão homem que na estreia de Funny Girl me paquerou a noite toda ou você pensa que eu não percebi? Fui indiferente por ter meu namorado

Diretor:– Nunca mais diga isso! Eu já me curei dessa doença

Kurt: - Você é gay! Mais gay do que eu e qualquer outro gay dessa cidade!!
Então ele veio para cima de mim, me segurou com brutalidade e quando pensei que ele me bateria ou me jogaria na rua... Ele simplesmente me beijou (Kurt mostra para o delegado seu lábio ferido) foi ruim, pois ele me mordia e ao mesmo tempo tentava me obrigar a retribuir o beijo. Fui forçado a empurra-ló e dei um tapa no rosto dele.

Kurt:– Como você pode fazer isso? Jamais ouse me tocar de novo

Diretor:– Você gostou que eu sei, vem aqui

Kurt:– Não estou brincando, se você chegar perto de mim vai levar uma pancada na cabeça

Diretor:– Não sou bonito o suficiente para você? Podemos manter um caso, eu me mantenho homem e você traí seu namoradinho, ele nunca suspeitaria de nós

Kurt:– Você é mais perturbado do que eu imaginava

Diretor:– Vem logo aqui seu boiola!
Ele correu em minha direção e minha reação foi fugir. Fiquei horas caminhando pela cidade, queria recuperar meu equilibrio, pois tenho certeza que meu marido iria perceber que algo estava errado. Se eu contasse para ele o que tinha acontecido eu não sei qual seria a reação dele. O delegado faz algumas anotações e encara Kurt.

Delegado:– Você tem certeza que foi apenas isso?

Kurt:– Eu tenho, juro para o senhor!
Batendo o pé no chão, olhando para o teto estava Santana, ela não aguentava mais esperar, ainda mais por que Rachel não tinha contado nada. A pequena percebendo a aflição da namorada resolveu se aproximar.

Rachel:– Posso sentar aqui contigo? Cansei de esperar em pé

Santana:– Sente, não tem problema algum

Rachel:– Obrigada amor, eu pensei que estava brava comigo

Santana:– Eu tenho todos os motivos para estar, mas vou fingir que não tenho

Rachel:– Quero que saiba que confio em você e que te amo

Santana:– Estou adorando a forma como você está me provando isso

Rachel:– Santana por favor, eu não sei por onde começar a falar

Santana:– Tente pelo começo, é tão simples (a morena entorta a boca em um sorriso forçado) garanto que não vai doer

Rachel:– Ok, se eu falar você promete acreditar?

Santana:– Eu confio em você, fale e tire essa agonia de mim
Rachel suspira, a pequena está procurando uma forma de falar o que tinha feito durante a noite.

Rachel:– Vamos lá... Eu estive com o diretor hoje a noite

Santana:– Como assim? O que você estava fazendo com esse homem Rachel?

Rachel:– Você disse que não iria fazer mais perguntas, então me deixe falar

Santana:– Droga, tudo bem. Fale

Rachel:– Eu fui na casa dele tirar satisfações. Quando cheguei lá ele mandou a babá levar Bryan para dar um passeio e ironicamente disse que a noite dele estava cheia de visitas inesperadas. Fui direta com ele, falei que tomaria a guarda de Bryan e que ele não era o pai. Do nada ele me empurrou e eu cai em cima da mesa de centro, me cortei inteira, pois a mesa era de vidro. Aquele canalha não teve nem a decência de me ajudar a levantar, ele só gritava muito.

Diretor:– Eu não vou permitir que você e sua namoradinha fiquem com a criança, mesmo ele não sendo meu filho

Rachel:– Vamos provar que você não é o pai, ele voltará para Santana, ouviu bem? Seu perdedor

Diretor: - Você quer levar uma surra também? Com o Bryan está funcionando

Rachel:– Se você levantar a mão para me bater será um homem morto

Diretor:– Pago para ver minha querida Rachel
Ele então se aproximou de mim e me pegou pelos cabelos, me jogando para o sofá. Eu o chutei e taquei um vaso na cabeça dele, eu precisava me proteger. Ele caiu no chão, mas eu tenho certeza que ele estava vivo amor! Pois quando eu dei as costas ele me disse que aquela conversa não estava terminada e que eu pagaria caro.

Santana estava de boca aberta, ela não conseguia imaginar tudo aquilo em apenas uma noite.

Santana:– Por isso dos ferimentos nas suas costas

Rachel:– Sim amor, eu não queria que você soubesse, pois sei que iria lá tirar satisfações e seria bem pior

Santana:– Que pena que alguém o matou antes, porque minha vontade agora é de estraçalhar aquele homem

Rachel:– Agora não podemos fazer nada, ele está morto

Santana:– Quem pode ter matado ele?

Rachel:– Juro que não sei amor, mas acredite que não foi eu

Santana:– Claro que acredito amor e não vou deixar que nada te aconteça. Da próxima vez não faça mais essas coisas e muito menos esconda de mim

Rachel:– Não farei mais, me desculpa

Santana:– Já passou, agora vamos esperar sua vez de entrar na sala e conte tudo ao delegado ok?!

Rachel: - Ele não irá acreditar

Santana:– Amor mentir será pior, diga toda a verdade

Rachel:– Vou seguir seu conselho

Santana:– Eu te amo muito
As duas trocam selinhos e se abraçam.

Rachel:– E eu te amo bem mais
Kurt aparece no corredor, com cara de alivio. As garotas olham para ele.

Rachel:– Como foi amigo?

Kurt: - Bem, o delegado acreditou na minha história

Santana:– Vai me dizer que também foi na casa do diretor e tentou pagar de herói

Kurt:– Fui lá pela sua honra e pela da Rach

Santana: - Eu deveria matar os dois

Rachel:– Amor ele fez por amizade, assim como eu fiz por amor

Kurt:– O que você fez Rach?

Santana:– Eu te conto o que ela fez...
Antes da garota terminar a frase um policial veio chamar Rachel, os três se olharam.

Santana:– Amor vai tranquila

Rachel:– Pode deixar, eu estou
Era a vez da pequena contar ao delegado o que tinha acabado de contar para sua namorada. O importante agora era saber se o delegado acreditaria na versão de Rachel.
No abrigo para crianças estava Dilan, o viúvo de Quinn tinha ido buscar o pequeno Bryan, mas ele não tinha dito para Santana que naquela noite era impossível retirar o loirinho de lá? O que Dilan estaria aprontando?


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