Subimos ao quarto de Erika que estava uma bagunça só, mas eu continuava pensando sem prestar a atenção, eu sempre fui meio assim quando algo eu ficava pensando sem prestar a atenção em nada ao meu redor, mas isso vocês já devem ter percebido. Eu meu sentei em uma cadeira giratória (tipo aquelas de escritório), Maggie sentou na cama e Erika se escorou na parede. A loira começou a falar interrompendo os meus pensamentos:

–- Que saco, hoje o dia tinha tudo para ser perfeito, mas ai vem essa merda de chuva.

–- Veja pelo lado bom....... Ok não tem lado bom. – respondeu Maggie enxugando o cabelo com a mão

–- E pelo o que parece essa chuva não vai embora muito cedo – eu disse desencorajado

–- Quer saber eu secar o meu cabelo – disse Erika indo para o banheiro e ligando um secador.

–- Depois que você terminar eu posso usar? – implorou Maggie.

–- Claro amiga.

Quando o meu relógio marcou meio dia em ponto nos três estávamos batendo altos papos e a chuva continuava com a mesma potencia de sempre, quando lembrei que tinha saído de casa dez e meia comecei a ficar preocupado, a minha mãe já devia ter ligado umas cem vezes, mas o meu celular estava sem bateria. Novamente os meus pensamentos foram interrompidos por um grito do pai de Erika:

–- Venham almoçar

–- Vamos logo quando se trata do almoço o meu pai só dá cinco minutos para chegarmos à mesa se não, não comemos. – Disse Erika descendo as escadas comigo e Maggie logo atrás.

O almoço tinha uma cara estranha, eu nem sabia o nome daquilo, mas mesmo assim me sentei a mesa, a minha cadeira era de frente para Maggie, ela tinha trocado de roupa, agora usava uma saia verde e a blusa amarela (A mesma do Capitulo um) e os seus cabelos ainda estavam molhados. Enquanto engolíamos aquela comida estranha a chuva ia parando do lado de fora da casa. Quando terminamos de almoçar vimos que a chuva tinha parado de vez, então eu subi peguei o meu celular e voltei para ir embora. Quando eu estava saindo Maggie e Erika fizeram sinal de tchau com a mão.

No micro caminho para casa eu voltei a pensar na hora do quase beijo e aquela sensação de derrota voltou como um tapa na minha cara. Ao chegar em casa me deparei co uma cena ridiculamente engraçada, a minha mãe estava ao telefone com a policia no meio da sala de estar. Eu comecei a rir e quando ela me viu desligou o telefone, veio até mim, me abraçou e depois me deu o maior tapa que eu já tinha levado no meu braço:

–- A onde você estava seu maluco – começou o sermão

–- Estava no parque.

–- Até agora???

–- Não, caiu uma chuva e eu fui para a casa de uma amiga minha que eu conheci lá.

–- Sem me avisar!?

–- O celular descarregou.

–- Não me interessa se desligou ou não, só sei que quase mandei cinco viaturas para te procurar por ai.

–- Quer saber, eu vou pro meu quarto tomar um banho e tirar essa água de chuva – eu disse subindo as escadas com raiva.

Tomei o meu banho e vesti uma blusa laranja estampada, um short branco e uma sandália marrom. Desci para a sala não tinha ninguém lá, então fui para a cozinha comer, peguei o ultimo pedaço de bolo e levei para o sofá. Passei os canais aleatoriamente de novo até chegar a um que estava passando um programa culinário, eu adoro ver esses programas já devem saber o porquê. Após horas e horas de televisão a minha mãe grita do quarto de cima:

–- Mike!!

–- O que é?

–- Vai até a padaria e compra doze pães.

–- Por que eu? Por que não a Nikki ou a Melisa?

–- Por que você me deve isso pelo estresse de mais cedo.

–- Que saco!! – eu respondi me levantando do sofá e saindo em direção à padaria que ficava do lado da sorveteria.

No caminho eu vi alguém vindo na minha direção, quando percebi que era Maggie eu fui até ela e a parei. Agora estávamos sozinhos sem a Erika para atrapalhar em nada. Ela começou falando como sempre:

–- O que você está fazendo aqui?

–- Estou indo comprar pão.

–- Eu também, mas estou voltando.— nesse exato momento um vento grande bateu bagunçando o cabelo dela todo e deixando tido na cara dela. Eu ajeitei o cabelo dela e isso a fez ficar vermelha muito mas do que as outras vezes. Ela do nada deu um sorriso saiu correndo da direção a padaria sorrindo com os cabelos de volta na cara por conta do vento, eu entendi o que ela estava fazendo então eu corri atrás dela.

Corremos pela calçada feito duas crianças brincando de pega-pega. Ela parou de costas para um paredão que ficava entre a sorveteria e a padaria. Eu cheguei mais perto dela a fazendo ficar mais uma vez vermelha, mas dessa vez ela sorria disfarçadamente. Eu cheguei mais perto ainda e sem evitar nos nós beijamos ali mesmo encostados na parede. Eu parei e ela olhou para mim ainda sorrindo e disse:

–- Eu tava desde o começo pedindo a deus que você desse a iniciativa.

–- Eu sempre estive tentando mas sempre era interrompido.

–- Então vamos aproveitar enquanto não somos interrompidos por ninguém. – ela disse me puxando para perto de novo e continuando a me beijar. Ela só parou quando o seu celular vibrou no bolso e ela olhou para ver.

–- Está vendo fomos interrompidos – ela disse rindo

–- Quem é?

–- É a Erika perguntando aonde eu estou, pelo visto tenho que voltar, Poe o numero do teu celular ai – Ela disse me dando o seu celular, eu pus o meu numero e ela foi embora.

Voltei para casa com os pães, botei tudo em cima da mesa e subi para o meu quarto. Qundo me deitei na cama o meu celular vibrou, era uma mensagem da Maggie combinado de se encontrar no parque no outro dia sem a Erika. Eu obviamente respondi que sim e voltei a pensar. Eu não tinha começado a namorar com ela foi só uma ficada mais eu não sei por que eu sabia que se eu fosse pelo caminho certo nos íamos virar namorados fácil fácil,mas com o namoro é diferente eu tinha que ser mais cauteloso com ela e tal e claro sempre vai haver algumas brigas por isso queria aproveitar a sua companhia enquanto nada é serio ainda.