Era para ser apenas mais um dia comum de aula. Um chuvoso dia comum de aula, eu estava reunido com a minha turma na sala de aula, nós havíamos planejado nos esconder e ficar na escola a noite inteira contando histórias e nos divertindo. Foi bem fácil nos escondermos, nossa turma era de apenas vinte alunos então conseguimos nos esconder em vários locais da escola, esperamos todos irem embora e depois saímos de nossos esconderijos.

A noite estava seguindo muito bem, trouxemos tudo que era necessário para uma pequena diversão entre amigos. Havia comida, refrigerantes e muitas histórias de terror. Essa seria a noite perfeita para todos nós, após rirmos bastante dos contos bobos de alguns e tremer um pouco dos contos de outros, uma de nossas colegas começou o conto principal da noite.

O conto era sobre a antiga escola que exista antes da nossa, o nome da escola era Academia Sukuyomi, ela começou a contar sobre alguns casos estranhos que ocorriam nessa escola, ao que parecia o diretor da escola estuprava e depois matava alunos durante o horário da saída. A polícia investigou o caso por meses e finalmente descobriram que o professor era o culpado, mas antes que pudessem prendê-lo ele se matou e nunca revelou a localização dos corpos. Dizem que os corpos desaparecidos nunca foram encontrados mesmo após meses de buscas e que os espíritos das crianças mortas ainda estão presos nessa escola sem poderem se libertar por seus corpos nunca terem recebido o digno descanso.

Após esse conto que devo admitir que assustou a todos nós, decidimos que seria melhor irmos embora, juntamos nossas coisas e seguimos para a porta de saída da escola. Naquele momento todos nós percebemos como fomos idiotas, a porta da escola estava trancada. Como nós podíamos ser tão tapados! Esquecemos de uma coisa tão simples! O diretor sempre tranca o portão da escola depois que todos os funcionários vão embora.

Mesmo frustrados concluímos que deveríamos passar o resto da noite na escola e assim que os portões fossem abertos nós iríamos explicar ao diretor e receber nosso castigo. Voltamos para a sala de aula e nos deparamos com algo que realmente nos assustou, no quadro negro da sala estava escrito “Que comece o jogo” em vermelho.

Aquilo realmente nos assustou de inicio, mas logo todos começaram a discutir querendo saber quem havia escrito aquela mensagem. Enquanto o grupo discutia me aproximei do quadro para analisar a mensagem, descobri que a mensagem havia sido escrita com uma espécie de liquido e ao sentir o cheiro da substancia senti meu corpo arrepiar. Aquilo... Aquilo era sangue! Eu avisei a todos do grupo, mas eles não acreditaram. Disseram que eu estava brincando, mas após se aproximarem da mensagem perceberam que eu estava certo.

Não demorou nem um minuto para todos entrarem em desespero, alguns alunos tentaram abrir as janelas, outros tentavam arrombar a porta de entrada, mas nada. As janelas pareciam mais como pinturas, pois não abriam e nem quebravam quando batemos nelas, aqueles que tentaram arrombar a porta apenas conseguiram ficar com os braços e ombros doloridos.

Era uma situação confusa, ninguém estava entendendo nada, enquanto tentávamos nos acalmar algo começava a ser escrito no quadro, porem ninguém estava lá, era como se uma força invisível escrevesse aquilo. Era com uma lista de regras e as seguintes “regras” estavam escritas no quadro.

- Ninguém pode sair do local antes do jogo acabar.

- Para sobreviver ao jogo é necessário cumprir as regras e os desafios impostos.

- Todo o dia haverá um desafio que será enviado a todos os participantes do jogo por uma mensagem.

- Os envolvidos no desafio devem cumprir a ordem antes da meia noite.

- Caso o desafio não seja cumprido um aluno será escolhido aleatoriamente para ser punido.

- O tempo para a finalização do jogo é indeterminado.

- Aquele que desrespeitar qualquer regra do jogo será punido imediatamente.

Por fim estava escrito uma ultima frase após as regras.

- Vocês agora estão em outro mundo, um mundo de dor e sofrimento chamado Academia Sukuyomi.

Essas eram as regras do jogo, após a leitura daquelas regras muitos de nós ficamos desesperados outros ficaram com raiva. Não podia julgá-los, aquilo não era normal, aquilo era um absurdo. Mas uma coisa era certa, precisávamos achar uma maneira de sair desse local e até lá, era melhor cumprir todas as regras, afinal não sabíamos o que poderia ser aquela punição.

Se aquela história for verdade então os espíritos dos adolescentes mortos provavelmente estão aqui e com toda a certeza isso não é um bom sinal. As coisas a partir de agora vão ficar cada vez piores provavelmente. Enquanto eu pensava sobre esse assunto eu vi um dos alunos gritar de forma desesperada, aquele era Edward Sheergold, ele sempre foi um aluno super animado e que gostava de se divertir, provavelmente essa situação deve ter deixado ele histérico. Edward correu para fora da sala, alguns de nós tentamos alcançá-lo, mas falhamos. Ele não estava em nenhuma das salas da escola então alguns dos homens do grupo foram no banheiro e logo pudemos os ouvir gritarem, quando cheguei ao local fiquei horrorizado, Edward havia se enforcado. Todos estavam perplexos, alguns de nós até mesmo acabaram vomitando ao ver aquela cena. Então era assim que o jogo começaria, a pressão, o desespero, o medo. Tudo isso reunido faria pouco a pouco nós perdermos nossa sanidade.

E assim uma simples diversão junto de meus melhores amigos mudou para uma prisão onde estaremos forçados a jogar um jogo onde nossas vidas são a aposta mais alta. Tudo que podemos fazer agora é torcer para sairmos daqui não apenas vivos, mas ainda com um mínimo da nossa sanidade

Quem sou eu? Meu nome é Akatsuki Moritaka. Aluno do segundo ano do ensino médio da classe 2-A. Tenho uma altura mediana e notas medianas. Sou o número cinco da lista da chamada da sala, não sou um aluno muito popular, mas tenho bons amigos.

Estatos atuais: Preso em um mundo paralelo onde estarei lutando pela minha própria vida.