Frozen Guardian escrita por Ann


Capítulo 1
O Antes - Jack Frost


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes É uma história inventada ok? Que contém personagens inventados e não inventados. Espero que gostem



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Toronto. Canadá

Terminei de fechar o zíper do meu casaco e me olhei no espelho do pequeno apartamento, dei um sorriso torto para o reflexo e me sentei na beirada da cama calçando os tênis azuis que Norte me dera. - de acordo com ele, eu parecia ser um adolescente normal de 18 anos indo para uma aula do último ano de um colegial imaginário - Após minha briga matinal com os cadarços me levantei e coloquei o capuz, escondendo uma parte do meu cabelo branco-gelo-neve.

Abri a porta me deparando com a proprietária do meu apartamento - Norte foi tão legal comigo que me deu um apartamento alugado, quem diria que o Papai Noel tem um senso de humor tão grande né?

– Merda. - Murmurei colocando a mão na testa. - Bom dia Sra.Foster. - Disse forçando um sorriso.

–Bom dia Jack, querido. - Ela disse abrindo um sorriso doce, e acredite em mim quando eu digo, de doce aquela velhinha não tinha nada.

Ela era uma senhora de setenta e poucos anos com 1,56 de altura, cabelos branquinhos, olhos amarelados(grandes e assustadores) e uma pele branca enrugada. Ela sempre usava roupas como vestidinhos com chinelos e cachecóis por cima.

– Pra você. - Ela disse entregando-me a correspondência, enxerida não?

Olhei rápido, havia uma carta, que era decorada com desenhos de Ovos de páscoa - Coelhão. - guardo-a no bolso e jogo as outras em qualquer lugar do apartamento, quando estou para sair a Sra.Foster coloca uma papelada em minha cara, a palavra "ATRASADO" está escrito bem grande e com caneta vermelha, suspiro, pego a papelada e jogo dentro do apartamento.

–Quando vai pagar querido? - Ela pergunta docemente.

Finjo olhar num relógio imaginário, obrigada Deus por ela ser meio míope, faço uma cara de desespero e fecho a porta de casa com urgência.

–Sra.Foster tenho que ir, tenho uma revisão de Física e um trabalho de matemática pra entregar - eu não estava de mochila, então esperava que ela caísse. - sem contar que estou achando que vou reprovar nessas matérias. Quando eu voltar - o que não seria cedo. - nós conversamos.

Ignoro-a e desço as escadas fingindo ser um louco.

Depois de sair de vista da janela dela parei e me encostei na parede de um prédio, recebendo olhares por dois motivos, um, estava a menos de dois graus na cidade e eu usava apenas um casaco esportivo, uma calça marrom e tênis, dois, eu tinha corrido quase um quarteirão inteiro e agora, andava pelas ruas como uma pessoa normal, três, eu aparentava ter 18 anos, e garotos da minha idade, não estão andando pela rua nesse horário.

Não sabia porque, mas algo naquela carta do Coelho me fez ficar triste, olho para a calçada de concreto em minha frente, de cabeça baixa, com o capuz quase cobrindo meus olhos, mãos nos bolsos, meus dedos roçam na carta. Paro repentinamente e olho pro céu.

Meus instintos começaram a apitar, no lado oeste da cidade, uma nevasca se formava, sorri, nevasca ventos fortes, ventos fortes, me carregavam pra casa. Voltei a correr, olhando pro céu, esbarrando nas pessoas, coisas e cachorros. Tinha que me encontrar com aquela nevasca, e tinha que fazer isso agora.

Virei em um beco e comecei a correr mais rápido.

E eu que achava que os maiores becos do mundo ficavam em Nova York, parei na metade dele e me encostei na parede ofegante, meus pés doíam e os tênis só pioravam a situação. Me encostei na parede atrás de mim e comecei a brigar com os cadarços, depois de meia hora e muitos palavrões - Que não tenho nem audácia de falar quais. - tirei, joguei-os no chão como se fossem lixo e me senti livre.


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