Blurred memories of my almost platonic love escrita por Nyanne


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Yo minna~ É a primeira história (verdadeiramente) que eu estou postando aqui xD
Minha intenção inicial era que fosse uma one-shot, mas acabou que eu amei a história e me expandi um pouco q
Bem, só pra aviso, eu ainda estou escrevendo ela, pretendo postar outro capítulo semana que vem ~isso se eu não me atrapalhar com o colégio x.x
Ok, é isso, não vou me expandir de mais aqui... Boa leitura, espero que gostem :3



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Bem, estou aqui outra vez, sentada nesse mesmo banco, olhando as mesmas árvores e esse mesmo chafariz, embora hoje tenham lindas flores, escrevendo meus problemas num pequeno diário que sempre carrego comigo. Eu tinha que deixar de ser tão tonta a ponto de pensar que escrever meus problemas num pedaço de papel idiota vai ajudar em alguma coisa.

Ah, é mesmo, me chamo Lia, Lia Dorahann, e tenho a mania, chata e sem sentido, de pensar que escrevendo minhas frustações e segredos no meu diário eles vão simplesmente fazer *POF* e desaparecer num lugar onde ninguém vai encontrar, nunca, nem eu mesma.

A frustação dessa vez é a mesma de muitas vezes passadas: a minha capacidade maravilhosa de continuar apaixonada pelo menino mais lindo, mais popular, melhor colocado em notas e, também, o maior “galinha” da minha sala! Aí! Dylan Nör, por que eu tenho que gostar tanto assim de você?! Isso não é justo!

Por que o destino insiste em ser tão malvado assim? Sério, não tinha necessidade de fazer a menina que não se encaixa na turma, só por que pensa que não precisa andar como uma “piriguete” para integrar a sociedade e que preferia ficar lendo um bom livro a ir para uma festa, se apaixonar pelo garoto mais popular da sala! Só pode ser ironia dele...

Ok, eu tenho que parar com o melodrama. Já está começando a ficar tarde, não posso demorar muito. Peguei meus fones e já comecei a procurar alguma música no celular. Coloquei a mais dançante que encontrei. Eu precisava me animar um pouco. E o destino resolveu colaborar comigo, pois o parque estava praticamente vazio. Peguei minha mochila e sai dançando no ritmo da música.

Só me deixa lembrar porque eu ainda acredito que o destino vai ser bonzinho comigo, nem que seja uma vez? Ah é, eu ainda acredito naquela história de “a esperança é a última que morre” e coisas do gênero. Pois bem, ele está brincando comigo de novo. Ok, eu sei que sou desastrada de natureza, mas daí a cair no chão, no meio do parque, só porque estava dançando e tropecei nos meus próprios pés, é um pouco demais!

Que droga, eu não consigo me levantar. Meus joelhos estão sangrando. Fora que a vergonha tomou conta de mim. Não quero nem ver se alguém me viu caindo esse tombo ridículo!

- Eu não sabia que podia ser confortável deitar no chão – ouvi alguém falando ironicamente comigo. Ótimo, era só o que faltava.

Levantei meus olhos para o ser que falava comigo. Se eu fiquei irritada por ele “tirar onda” com a minha cara? Não. Eu? Ficar irritada com uma coisa dessas? Imagina!

Mas, acabei me matando em pensamentos, porque, por mais que ele tivesse sido irônico, ele estendia a mão para me ajudar a levantar. Ele estava meio agachado, com uma mão no joelho enquanto me estendia a outra, essa perna em que estava apoiado, na qual, na altura do joelho, sua calça era rasgada, estava em cima de um skate, e ele sorria divertido com a cena em que me encontrava. Devia ser realmente engraçado. Eu estava deitada de bruços, com os fones ainda no ouvido, levantando a cabeça lentamente para olhar para ele. É, se fosse eu também estaria rindo.

- É, te faz ficar com a coluna reta – falei tentando esconder a voz embargada pelo choro, que eu reprimia, enquanto aceitava a ajuda para levantar. Assim que ele pôs os olhos nos meus joelhos, que ainda sangravam, e agora estavam sujos com terra e um pouco de sangue seco nos arredores do machucado. Ele fez uma expressão de dor.

- Você quer ajuda para caminhar ou quer que eu te leve em algum médico? – perguntou o menino, solidarizando comigo – Sei bem como é essa dor, você não precisa se fazer de forte – ele sorriu um pouco mais para mim.

- Se você pudesse me ajudar a caminhar até a minha casa, já estaria ótimo – até porque eu não consigo caminhar sozinha, completei em pensamento.

Notei que as lágrimas, que antes eu trancava, agora escorriam livremente no meu rosto. Que ótimo! Além de cair e ter alguém zoando com a minha cara, agora também estou chorando pela dor, tanto física quanto emocional, na frente dessa mesma pessoa que estava me zoando. Sério destino, eu já disse o quanto eu te amo?

- Pra que lado é? – ele perguntou sério. Como assim? Ele vai mesmo me levar em casa?

- Minha casa? – perguntei meio confusa, começando a limpar as lágrimas com as costas da mão.

- Sim – ele riu divertido – Como vou te levar em casa se eu não sei onde é? – protestou ele, fazendo uma encenação como se estivesse realmente brabo com a situação. É, detesto admitir, mas ele tem razão.

- Por ali – disse apontando a direção – São três quadras daqui – completei, já terminando de limpar meu rosto.

- Ok – ele falou enquanto guardava o skate na mochila – Pronta? – Isso era uma pergunta retórica? Porque ele não me deu tempo de responder e me pegou no colo, estilo noiva.

- O que você está fazendo?! – perguntei exasperada.

- Ué, estou te levando pra casa – ele falou como se fosse a coisa mais natural do mundo. Até porque carregar uma menina que acabasse de conhecer, no colo, até a casa dela não é nem um pouco estranho – Você não pensou que eu iria simplesmente servir de apoio, né? – timidamente, concordei com a cabeça. Ele riu – Eu sei que você não conseguiria caminhar. Caso não tenha percebido, eu ando de skate, e, no início, eu conseguia machucados assim como esses todos os dias – ele falou, com um olhar distante, como se lembrasse de algo – Me avise quando chegarmos – disse, voltando-se novamente para mim e rindo.

- Aviso sim – concordei e me arrumei um pouco. Já que iria ficar no colo dele, pelo menos ficaria confortável. Ele riu um pouco mais com minha atitude e balançou negativamente a cabeça.

Sério, quanto tempo faz que eu não sou carregada assim? A última vez foi meu pai quem me carregou, e isso já faz dez anos. Foi antes daquele acidente idiota. Permiti-me chorar novamente, de olhos fechados. Até porque ele pensará que ainda é pelo machucado. Eu fiquei nessa até que...

- Ei! Acorda, vai – alguém me chamava e me senti balançar um pouco – Se você não acordar e me dizer qual é a sua casa, eu vou te levar comigo pra minha – a voz ameaçou, não uma ameaça intimidadora, e sim, uma daquelas divertidas, como se brincasse comigo.

- Oi? – perguntei, abrindo os olhos e, assim que vi que ainda me encontrava nos braços daquele menino, senti-me corar.

- Ah – fingiu decepção – Não vou poder te levar pra minha casa – e riu – Bem, repetindo a pergunta: Qual é a sua casa? – Você sabia que, não é porque eu dormi, que você tem falar pausadamente assim, né? Olhei em volta e me localizei. Ele estava parado em frente a minha casa. Apontei simplesmente e só aí percebi que já anoitecera.

- Minha mãe deve estar preocupada... – constatei, quase em um sussurro, enquanto ele se aproximava da porta e tocava a campainha.

- É o que vamos descobrir agora – falou e sorriu enquanto minha mãe abria a porta.

- Lia? – minha mãe clamou assim que a porta abriu o suficiente para me enxergar – O que aconteceu com você, querida?

- Só caí... De novo – falei, descendo do colo dele. Como será o nome dele...?

- Ei! – Pude escutá-lo gritar e senti seus braços novamente ao meu redor.

µ

- Ah! Ela está acordando – ouvi minha mãe falar. Mas como assim “acordando”? Eu não me lembro de ter dormido.

- Que bom – é a voz do menino que me ajudou. Ele parece realmente aliviado – É bom saber que ela já acordou e que não foi nada grave – ouvi-o rir, um pouco mais animado – Bem, já está tarde, acho melhor ir agora – senti minha mãe levantando do sofá.

- Muito obrigada por ajudar a Lia, foi muito gentil – a voz dela está se afastando. Deve estar levando ele até a porta.

- Não foi nada – abri os olhos e olhei em direção a onde ele estava. Quando percebeu que eu o olhava, riu e piscou para mim. Tenho certeza que estou corada agora – Bem, boa noite – Porque você fala isso olhando diretamente nos meus olhos?

- Boa noite e, cuide-se no caminho de casa – Minha mãe falou, logo fechando a porta – Querida! Que bom que acordou. Não faça mais isso, mamãe fica preocupada – Ela falou voltando para o meu lado.

- Mas, afinal, o que aconteceu? – transformei meus pensamentos em palavras, enquanto me sentava no sofá. Porque eu estou com tanta dor de cabeça assim? Que maravilha! Além de estar com os joelhos machucados, agora também estou com dor de cabeça. Pois é, o destino me ama, realmente!

- Você não lembra o que aconteceu depois que você chegou em casa? – balancei negativamente a cabeça, ao que ela prosseguiu – Bem, aquele menino trouxe você até aqui no colo – ela parou, parecendo refletir – Quem é ele, falando nisso? – Ela tinha um sorriso estranho no rosto.

- Er.. – comecei sem saber o que falar – Bem, eu não sei quem ele é. – confessei – Ele me ajudou no parque quando eu caí – ri sem graça, coçando um pouco a cabeça.

- Ãhn... Tudo bem, então – ela pareceu meio chocada com o fato de eu não conhecer ele – Ele te trouxe até aqui e, quando você desceu do colo dele, você desmaiou – Ah! Então foi isso?! – Você só não caiu no chão por que ele te segurou – isso explica eu ter sentido alguém me segurando – Então, te trouxemos para dentro – Ela completou simplesmente.

Sério, odeio a época do verão. Embora eu tenha férias, é muito quente à tarde, então, a minha pressão baixa e eu acabo desmaiando, assim como aconteceu hoje.

- Querida – acordei de meus pensamentos quando minha mãe voltou a falar – Coma alguma coisa, limpe esses machucados e vá descansar; amanhã cedo você tem aula.

- Okay – obedeci prontamente, levantando devagar para ter certeza de que não ficaria tonta quando o fizesse. Outro problema de desmaiar, normalmente depois se fica tonto quando se faz qualquer movimento mais brusco com a cabeça.

- Acho melhor limpar isso logo, não quero que esse machucado piore – comentei em pensamento enquanto levantava do sofá – Boa noite, mãe – disse já saindo da sala.

- Boa noite querida – Ouvi-a dizer quando já me aproximava da cozinha.

É melhor eu comer algo antes, não vai ser nada bom se eu desmaiar de novo. Então, o machucado pode esperar mais um pouquinho. O que será que tem de janta? Espero que eu não tenha que fazer algo pra comer.

Por que sempre quando abrimos a geladeira vem àquela vontade de pensar, fora que parece como se você sempre esquecesse o que veio procurar. Pelo menos comigo sempre é assim. Nunca entendi isso.

Mas, quem será que era aquele menino? Isso está me deixando muito curiosa. Não gosto de me sentir assim. A pior coisa é que não sei se vou ver ele de novo pra me apresentar decentemente. O lado bom é que ele me fez esquecer o Dylan. Fiquei o resto da tarde sem pensar nele. Isso não acontecia há um bom tempo.

Fico feliz de saber que eu estou conseguindo superar isso. Não faz bem para mim. Eu não quero ficar minha vida inteira pensando em um menino que não quer saber de mim e ainda por cima é o pior partido para uma menina. Sério, não se faz o que ele faz, e eu sei que é errado, mas não consigo evitar gastar todas as horas do meu dia pensando nele. Não tenho conseguido nem estudar direito por culpa dele.

Esta bem, não é culpa dele, é minha culpa por ser idiota e ter me apaixonado por um idiota que não liga para mim. Mas eu não pude evitar! Não consigo controlar isso. E eu tinha que parar com essas discussões na minha mente, isso não me leva a lugar nenhum, visto que sou eu mesma quem respondo minhas perguntas, que acabam se tornando perguntas retóricas. Ai, ai, isso não é bom.

Ok. O que eu vim fazer na frente da geladeira? Isso aqui não é o lugar certo pra pensar na vida, Lia. Certo, comida. Eu tenho que comer algo e ir dormir. Ah, e limpar esse machucado. Pelo menos tem comida pronta, não vou precisar cozinhar. E é o rocambole de carne da mamãe. Sério, isso é muito bom. Tenho que aprender a fazer qualquer dia desses.

Agora esse machucado. Já estou até vendo que vai doer pra limpar ele. Mas também, o que eu esperava? Eu caio no meio de um parque, com terra no chão, e não queria que fosse doer quando eu o limpasse?! Eu devo estar meio maluca. Só pode ser isso.

Pelo menos eu sei que depois da dor, ele para de doer. Ao menos um pouco e por algum tempo. Ou é o que eu vou falar pra mim mesma. Qual o problema de enganar um pouquinho o subconsciente? Dizem que a dor é psicológica. Se for, vou descobrir agora.

É, até que isso funciona. Mas não pretendo fazer de novo. Como será que aquele menino conseguiu aguentar tantos machucados assim? Eu acho que não conseguiria. Wow! Já são 23 horas. Desse jeito eu não acordo amanhã para o primeiro dia de aula. É bom me apressar.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou levanta a mão! ~cri.. cri.. cri~
Bem, queria deixar por escrito aqui meus mais sinceros agradecimentos à Sammy (antiga samusica aqui do Nyah! e minha melhor amiga RL) que me ajudou com o título e me aturou por vários dias tentando escrever a fic e reclamando por que não daria uma one-shot APOKEOPEAK Well, muito obrigada Sammy-onee-san ;3
Se quiserem deixar reviews, eu ficaria muito agradecida... posso até pensar em escrever mais rápido a fic ...
~Eu, sendo chantagista? Imagina, é coisa da sua cabeça...~
Matta ne~



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