Pedro Pettigrew

Sexta chegou lentamente.

Quarta e quinta passaram tão devagar que pareciam ter mais que vinte e quatro horas.

Ashley junto das outras meninas já tinham percebido que estávamos muito ansiosos e dávamos a desculpa de que estamos preparando uma grande pegadinha.

Elas pareciam ter acreditado em nossa desculpa, pois pararam de fazer perguntas, menos é claro, Lily.

Sempre que nos encontrava, junto ou sozinhos ela vinha com sermão.

Remus e James eram os que mais sofriam, Aluado por ser monitor tinha que dar o exemplo, segundo Lily. E James por ser o namorado dela, sempre escutava.

Sinceramente Lily estava me dando nos nervos. Eu tinha ate cogitado a ideia de contar a verdade para ela, mas achei estupidez, uma vez que teria que revelar toda a historia nos mínimos detalhes.

–Cara você ouviu alguma coisa que eu falei? – Sirius pergunta irritado e eu volto minha atenção para ele e nego.

–Pelo amor de Merlin Wormtail! – diz erguendo as mãos em um sinal dramático, típico dele, segurei a risada – Eu estou falando que temos que arrumar nossas mochilas e que não podemos levar muitas coisas.

– Legal, mas qual é a novidade? – pergunto afinal de contas passamos os últimos dois dias apenas discutindo o que levaremos. Já que não sabemos para onde vamos e quanto tempo ficaremos, e muito menos o que vamos precisar.

–Eu ia chegar lá – Sirius diz e James, Remus e eu reviramos os olhos, Pads só enrola – Não podemos levar aquelas mochilas que os trouxas usam para acampamentos porque seria um exagero.

–E aonde você quer chegar Almofadinhas? – Remus pergunta.

–Eu achei uma solução para o nosso problema – ele fala e então eu realmente presto atenção no que Sirius diz – Eu ouvi uma lufana conversando com a amiga sobre como colocou um feitiço de expansão na bolsa para poder carregar aquelas coisas de meninas, mas isso não é importante – Sirius diz e então sorri satisfeito – Eu perguntei para o professor Flitwick sobre esse feitiço e ele me ensinou. O feitiço em si é muito simples e não sei como não pensamos nele antes.

–Realmente é uma ótima solução – falo – Mesmo que eu não goste de amaciar o seu ego enorme devo dizer que essa foi a melhor conversar que você já escutou.

Todos riem.

–Até parece Wormtail, outro dia eu escutei umas corvinas comentando o que o Diggory anda fazendo nos armários de vassouras sem que sua namorada saiba.

–Misericórdia Sirius ta pior que a fofoqueira da Skeeter! – James diz.

–O sujo falando do mal lavado – comento e recebo um empurrão de ombros que me faz bater contra a parede do corredor, onde estamos.

Empurro James com força o fazendo quase cair e corri indo para a Torre da Grifinoria, ouvi os passos atrás de mim e aumentei a velocidade.

–Volta aqui seu miserável – James grita rindo – Quando eu te pegar te jogo da Torre!!

–Não corram crianças! – ouvimos Remus gritar risonho.

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Chegamos a Torre de Astronomia pouco depois da meia noite.

Dumbledore já nos esperava.

Ele observava a paisagem oferecida pela Torre.

–Diretor – James chama sua atenção.

–Ahh vocês chegaram – ele diz se virando para nos – Vamos então?

–Senhor como vamos aparatar dentro dos terrenos de Hogwarts? Achei que fosse impossível? – questiono e o diretor ri.

–Tudo é possivel se você conhece o feitiço certo – ele diz piscando um dos orbes azuis para nos.

Nos damos as mãos e então sinto a típica sensação de aparatação.

Num piscar de olhos saímos de Hogwarts e fomos parar num terreno aberto onde ao longe se via uma floresta.

Começamos caminhar na direção da floresta em silencio, que logo acabou.

–Será que a cabana esta mesmo abandonada? – Sirius pergunta.

Eu dou de ombros.

–Andei pesquisando um pouco mais sobre a família Gaunt e posso confirmar que a anos a cabana não é habitada – Dumbledore fala.

–E se tiver algum comensal de vigia? – James pergunta.

–Acho que devemos usar feitiços desilusorios – Remus sugere – Por segurança.

–Bem pensado senhor Lupin – lançamos os feitiços uns nos outros e entramos na floresta.

Caminhamos durante alguns minutos e chegamos a uma clareira onde havia uma pequena cabana caindo aos pedaços.

Com cautela caminhamos ate ela e entramos.

–Procurem por todos os lugares imagináveis – Dumbledore diz assim que passamos pelo que deveria ter sido a porta.

A cabana parecia abandonada há muito tempo. E seu estado interior era melhor que o externo.

Ela também é maior por dentro, assim como as barracas mágicas.

Separamos-nos e começamos a vasculhar os cômodos.

Eu fiquei com a antiga sala, revirei tudo. Desde a estante capenga ate dentro do sofá embolorado.

Dumbledore tinha nos falado que feitiços de convocação são inúteis e isso só tornava nosso trabalho mais demorado e ate cansativo.

Passamos varias horas revistando o lugar até que um grito foi ouvido.

–Eu achei! Eu achei! – James se esgoelava enquanto vinha pulando ate a sala, Sirius, Dumbledore e Remus também vieram ate a sala.

–Mas é um veado mesmo – Sirius comenta assim que viu James chegando sorridente.

Prongs estava tão feliz por ter achado a Horcrux que nem lhe deu atenção.

O anel era prata com uma pedra cinzenta, parecia muito simples. Facilmente ignorável até.

Eu nunca pensaria que um pedaço da alma de Voldemort o habitava.

–Muito bem James – Dumbledore fala – Agora temos que destruí-lo.

–E como faremos isso? – pergunto.

–Eu trouxe a espada comigo – o diretor fala e então coloca uma mão nas vestes, em um bolso que eu num reparei, e tira a espada dali.

–Acho que devemos separar a Pedra da Ressurreição do anel primeiro – Remus diz e todos concordamos.

James tenta retirar a pedra, mas nem com magia ela sai do anel.

–Pelo visto a pedra só sairá so anel depois que matarmos a pedaço da alma de Voldemort – Sirius diz.

–O senhor Black esta certo – Dumbledore fala – Acho mais do que justo deixar que James destrua a Horcrux já que ele a encontrou – concordamos novamente – Mas tome cuidado, o pedaço da alma de Voldemort que o anel guarda tentará se proteger de qualquer maneira. E para isso ele usará os seus medos contra você.

–Tudo bem diretor – James pega a espada.

Ele coloca o anel sobre a mesa da cozinha.

James ergue a espada e rapidamente a abaixa para dar um golpe certeiro no anel.

Mas como se sentisse que seu fim se aproxima, uma fumaça preta sai do mesmo e começa a mostrar varias imagens para James, que é o único que parece ouvi-las falando.

Vi os pais de James duas vezes.

Na primeira imagem eles tinham os rostos decepcionados e lhe viravam as costas, na segunda eles estavam deitados em caixões.

–Não..não – James sussurrava abalado.

–James isso não é real – insistimos, mas ele não nos ouvia.

Então Lily apareceu, falou com Prongs e lhe virou as costas também.

Antes que outra imagem aparecesse James gritou e deu um golpe no anel. Que vôo longe.

A fumaça sumiu no mesmo instante e James caiu de joelhos no chão.

–Não se deixe abalar por essas imagens – Dumbledore fala colocando uma mão no ombro direito de James – Elas não são reais.

Ele concorda, mas não se levanta.

Remus se aproxima dele com algo na mão.

–Cara isso vai te ajudar, coma – Aluado lhe entrega um pedaço de chocolate.

–Hey eu também quero! – exclamo os fazendo sorrir.

Dumbledore pega o anel e retira a Pedra da Ressurreição dele.

–Acho que já podemos voltar para o colégio – ele fala e nos concordamos.

Ela sai primeiro da cabana, deixando-nos para trás.

Me aproximo de Remus.

–Cara eu tava falando serio – digo e ele me olha confuso – Eu também quero chocolate.

Remus ri.

–Você não tem jeito Wormtail – ele diz, mas me da um pedaço de chocolate.

Saímos da cabana e tudo parecia incrivelmente claro.

Ficamos procurando a Horcrux por tantas horas que já tinha amanhecido e nem nos damos conta.

Assim que saímos da floresta damos as mãos novamente e aparatamos para Hogwarts.

Dumbledore foi para sua sala e nos para o nosso dormitório.

–Caraca eu estou morrendo de sono – digo no meio de um bocejo.

Jogo-me na cama seguindo o exemplo dos outros três.

Logo caio na inconsciência.