Narradora:

Dezembro chegou rápido e num piscar de olhos os dez amigos estavam no Expresso de Hogwarts voltando para suas respectivas casas.

–James não esquece que dia 26 vai ter O almoço em casa – Lily fala para o namorado que conversava animadamente com certo cachorro.

–Claro amor – ele fala e então parece se lembrar de algo importante – Pessoal eu já estava me esquecendo, mas minha mãe vai fazer um ‘jantar’ de natal e falou para eu convidar vocês e suas famílias.

–Como assim?! – exclama Sirius chocado- Eu não fiquei sabendo de nada. Por que mamãe contou só pra você?

Todos riem de seu pequeno ataque de pelanca.

– Tudo isso é ciúmes Pads?- Remus pergunta risonho.

–É claro que sim, fiquei magoado poxa- ele fala fazendo bico.

E foi então que todos riram com vontade.

Combinaram todos os detalhes durante a longa viagem de volta. Todos queriam ir, as festas organizadas por Dorea Potter sempre são magníficas, e fariam o possivel para convencer os familiares.

Quando finalmente chegaram à Estação King’s Cross o sol já estava se pondo. Todos se despediram e foram atrás de suas famílias, que lhes esperavam saudosos.

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Tarde da Véspera de Natal.

Pettigrew’s house.

Pedro Pettigrew:

–Manheee cadê aquela camisa que você me deu ontem? – gritei pela fresta da porta do meu quarto.

Ela não me respondeu, mas depois de um tempo ouvi sua voz.

–Abra a porta Pedro- ela disse.

–Eu to pelado mãe - respondi, o que não é verdade, estou so com uma bermuda .

–E eu te vi nascer, agora abra a porta tenho que falar com você – Ela parecia estar brava então a deixei entrar.

–O que aconteceu?- perguntei me sentando na cama e ela se sentou ao meu lado.

–Seu pai – ela suspirou – ele não quer ir conhecer a família de Ashley.

Nossa que surpresa, pensei.

–Porque?- mesmo já sabendo o motivo perguntei.

–Por eles serem bruxos- ela fala.

–Eu vou falar com ele – digo me levantando rapidamente e saindo do quarto, antes peguei uma blusa, encontrei meu pai no escritório, ele estava mexendo em algumas plantas de prédios.

–Não tem educação mais não, acho que você aprendeu que deve bater na porta – ele fala serio.

–Me desculpe, eu só vim aqui saber por que você não quer conhecer a família da minha namorada? Você não percebe que é um momento importante para mim? Eu queria a minha família toda reunida quando chegasse a hora- Não consegui me controlar e despejei tudo rapidamente.

Meu pai me encarou por um segundo e logo desviou o olhar.

–Você não entende o meu lado e pelo jeito nunca vai entender- ele diz.

–Se você pudesse me explicar o seu lado eu poderia tentar te entender pai – falo suspirando e me sentando na poltrona que fica em frente a sua mesa.

–Certo – ele fala se sentando também- Eu já me cansei de tudo mesmo. Entenda Pedro eu nunca consegui me acostumar em ter um filho bruxo, um bruxo, isso é tão surreal que as vezes eu acordo de manha e penso que andei sonhando. Se fosse você no meu lugar, se você fosse normal e então se casa, e para sua alegria sua mulher fica grávida e é um menino, um menininho, o seu primogênito, o que vai herdar tudo o que você conquistar na vida, tudo para ele. E então depois de dez anos de alegria coisas estranhas começam a acontecer com o seu menino, você pensa que pode perdê-lo e entra em desespero.

"E para piorar depois de um tempo ele recebe um carta falando que ele é um bruxo e que terá que estudar longe, muito longe, num colégio que segundo a carta é o melhor para pessoas como ele. Então o seu primogênito vai embora, e quando volta não quer mais jogar uma partida de futebol com você, não quer mais ir aos jogos com você, não quer mais ficar perto de você. Parece que Ele não te quer na vida nova e maravilhosa dele. Eu não sei o que você faria Pedro, mas eu só pude dar o que parecia que você queria, distancia. Eu não fugi de você, foi você que me afastou da sua vida. Você pode não ver dessa forma, mas é assim que eu vejo".

–Pai...

–Não, so escute – ele continua falando – Eu sei que você cresceu isso é obvio, alguma coisa aconteceu contigo e lhe fez mudar, não sei se foi algo bom, mas aconteceu. Você mudou tanto garoto, e agora tem ate uma namorada, parabéns meu filho – ele suspira- Agora você vem, diz que me quer presente novamente na sua vida, mas eu não sei se consigo, eu fui desligado da função de pai por seis anos, seis longos anos.

–Pai por favor me deixe falar- peço quando vejo que ele quer retornar a falar- Você disse tantas coisas, eu só quero que saiba que eu me arrependo de tudo o que aconteceu entre nos dois, se eu soubesse como você se sentia desde o inicio tanta coisa seria evitada, tanto sofrimento. Eu te peço desculpas meu pai, por lhe afastar da família, por ser um idiota durante seis anos, por pensar que você me odiava, por todas as coisas estúpidas que eu fiz ou falei pra ti.

"Peço também uma nova chance para recomeçar, para mim e você, não quero que você se obrigue a isso, é só um pedido, e se você estiver disposto a esquecer o passado e aceitar a minha proposta de recomeço, peço que vá comigo para a casa da minha namorada".

Depois que terminei de falar sai do escritório o deixando sozinho e subi para o quarto, pensando em tudo o que ele me falou.

Eu era uma criança muito idiota mesmo, me tornar um comensal da morte me fez outra pessoa, uma melhor que a antiga. Acho que o ditado que a vovó sempre falava era verídico:

Há males que vem para o bem.

Noite da Véspera de Natal.

Mozart’s house.

Ashley Mozart:

–Ash eu achei seu brinco – Minha irmã grita do quarto dela e eu vou correndo pra lá, entro sem bater na porta.

–Achou ou lembrou que ele estava com você? – perguntei pegando os brincos de perolas que Aurora me estendia.

Aurora e uma entre os meus três irmãos, ela tem quinze anos e estuda em Beauxbatons. Meu irmão mais velho se chama Austin e tem vinte e um, se formou em Durmstrang. E o caçula e pestinha da casa é o Adrian ele tem so quatro anos mais vive falando que quer estudar em Hogwarts.

–Obrigada Al – falei colocando os brincos – Como eu estou? –perguntei dando uma voltinha pra mostrar a roupa toda.

–Linda – ela fala.

Nos descemos para a sala, onde papai estava sentado com Adrian no sofá, os dois estavam tendo uma conversa bem seria, não conseguimos ouvir tudo mais peguei o finalzinho e ele dizia:

–..... e se você não se comportar como prometeu amanha não vai na casa dos Potter’s e sim pra casa da tia Lou.

–Ahh pai a casa da tia Lou não – Adrian fala manhoso – eu prometo que vou ficar quietinho.

Meu pai não viu porque Adrian estava virado de costas para a escada, mas o pestinha cruzou os dedos.

–Pai cadê a mamãe? – Al pergunta os interrompendo.

–Na cozinha com Austin e Flink – meu pai, Nathaniel, fala nos olhando rapidamente – Vocês estão lindas meninas.

–Obrigada pai- falo rumando para a cozinha junto de Aurora.

–Mas mãe você tem que entender o meu lado, eu tenho vinte e um, não posso ficar pra sempre aqui – Ouço Austin reclamando novamente.

–Não pode, mas vai – minha mãe, Melody, respondia.

–Mãe pare de prender o Tim aqui, você não vê que ele quer uma casa so dele para ele poder ficar em paz com a namorada – Al responde sorrindo sapeca e sobressaltando os dois que conversavam antes.

–Continua abrindo o bico Aurora que quando eu fizer as minhas festas eu não te convido – Tim fala rindo também.

–Ainda bem que eu não falei nada – falo e Tim e Al riem enquanto mamãe segurava o sorriso – Pode rir mãe eu deixo.

–Como ela ta engraçadinha hoje- mamãe fala sorrindo.

–Obrigada mãe.

Nos ficamos ali na cozinha conversando e ajudando Flink, a elfa domestica, a fazer as coisas. Ate que Flink aparata para atender a porta.

–Eles chegaram!!!!- exclamo sorridente para todos.

–Vamos pra sala – Tim fala indo na frente deixando apenas as mulheres na cozinha.

–Mãe eu to nervosa – falei.

–Calma queria, vai dar tudo certo – ela fala depositando um beijo na minha bochecha e indo para a sala, Al me estende a mão e então vamos as duas ao encontro do meu namorado e sua família.