O Último Mago das Sombras escrita por QueenOfLetters


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, nesse capítulo vocês vão conhecer mais a Mildred e vai acontecer uma coisa que muda completamente o rumo da vida da Katherine. Eu fiquei em dúvida se devia fazer isso tão rápido, mas não sou boa enrolando.
Boa leitura ^_^



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Estava andando calmamente em um campo. A grama estava bem verde e várias flores coloridas se espalhavam para todo lado. Vi uma grande árvore e andei em sua direção. Um casal apaixonado estava deitado sob sua sombra aproveitando o clima agradável.

– Não acho que isso esteja certo... - disse a garota com um pouco de medo na voz. - Você sabe... nossos pais não concordam com isso.

– Não me importo. Eu te amo, Margareth. É isso que importa. - Disse o garoto. Ele parecia o homem que sempre aparecia em seus sonhos, porém mais jovem, provavelmente com apenas 15 anos de idade. Possuía os mesmos olhos castanho-avermelhados, os cabelos castanhos e o nariz avantajado. Mas não usava a sua típica capa preta.

– Mas...

– Pare de se preocupar, querida. Que mal isso pode trazer?

Minha visão ficou turva e tudo girou. Quando parou, estava sentada em uma floresta densa e escura. Poucos raios de sol entravam pelas folhas e eu escutava passos. Levantei-me rapidamente e vi o mesmo garoto do sonho anterior andando preocupado. O segui até uma clareira onde os raios dourados do sol, no fim da tarde, iluminavam o lugar. Ali era realmente lindo e o chão estava todo enfeitado por belas flores coloridas.

Uma jovem estava no centro da clareira visivelmente preocupada, era a mesma do sonho anterior, mas parecia cansada. Seus olhos estavam fundos e ela tinha grandes olheiras. Sua pele, pálida e tinha a sensação de que a garota desmaiaria a qualquer instante.

– O que houve, querida? - disse o jovem que entrara correndo, abraçando-a.

– O-Ontem - gaguejou fraca - fui até Ainsworth, o oráculo, pois estava doente e não sabia o que fazer. E-Ele disse que estou g-grávida - dizendo isso ela se caiu no colo do jovem.

– Oh, Margareth... - ele respondeu surpreso e preocupado.

– Isso é horrível! Sabia que era uma má idéia, mas o que faremos agora? Não sou casada. Serei apedrejada!

– Isso não irá acontecer. Vou te proteger, Margareth.

– E tem mais. - ela disse, recompondo-se. - Ainsworth disse que nosso filho será um mago das sombras terrível, e que o reino sofrerá com seu nascimento.

– Oh, céus. Não podemos deixar isso acontecer.

– O que vamos fazer, querido?

– Não se preocupe. Darei um jeito nisso.

Acordei com Mildred me chamando. Todas as outras garotas já haviam levantado, elas se trocavam ou penteavam seus cabelos. Suor frio molhava minha testa e sentia uma dor de cabeça insuportável. Esses sonhos sempre traziam isso. Sai da cama, ainda sonolenta, cambaleando. Fui até o armário e peguei um simples vestido vermelho e bege e o coloquei apressadamente. Peguei uma escova e penteei meus cabelos de forma desleixada e fui em direção a porta. Quando já estava com um pé fora escutei Mildred pigarreando.

– Está doente, Mildred?

– Sem gracinhas, Katherine. Onde você pensa que vai desse jeito? - respondeu séria me olhando de cima a baixo.

– Desse jeito como? - Mildred deu um sorriso como se apreciasse a situação e pegou meu braço.

– Você não toma jeito, hein? - perguntou sorrindo divertida. A freira sentou-se na cama e disse - Venha, vou arrumar seu cabelo.

Revirei os olhos e seu sorriso se alargou ainda mais. Ela penteava meus cabelos de forma calma e carinhosa. Comecei a ficar com sono e me segurei para não dormir sentada. Ela colocou a escova na cama com cuidado e começou a fazer uma trança em meus. Quando terminou, prendeu-a com uma fita branca que se destacava na cor deles.

Ela virou meu rosto para o seu e deu um sorriso carinhoso.

–Bem melhor! Está maravilhosa, Katherine. - bufei.

– Não sei pra que isso. Não faz diferença alguma! Por que preciso me arrumar?

Ela riu e saiu do quarto. Caminhei atrás dela calmamente, mas parei na porta do aposento e fiquei encarando-o. A parede clara estava um pouco mofada e possuía algumas rachaduras. As dez camas, cinco encostadas em cada parede, ficavam bem perto umas das outras, para caberem no aposento não muito grande. Três guarda-roupas grandes de madeira escura estavam apoiados na parede perto das camas e uma grande janela na parede paralela a porta deixava a luz entrar e tornando o clima agradável.

– Você não vem, Katherine? - disse Mildred esperando-me do outro lado da porta.

– Já vou. - fechei a porta e me virei para Mildred no corredor. - Estou com fome.

– Péssima hora para isso, você sabe, ainda vai ter meia hora de missa antes do café da manha.

Fiz uma cara sofrida e fomos para o refeitório, onde aconteceria a missa e, logo depois, o café da manha. Mas uma frase do meu sonho não saia da minha cabeça: "Ainsworth disse que nosso filho será um mago das sombras terrível, e que o reino sofrerá com seu nascimento. " O que era aquilo? Magos não existem e como uma criança pode ser perigosa para o mundo? Quem diabos era Ainsworth e como ele sabia disso? Mas minha mente estava cansada e doente para me preocupar com isso, acabei me conformando com o fato de que nunca receberia as respostas.

Passei a cerimônia inteira tossindo, tremendo e sentindo meu estômago roncar. Quando acabou, mal me aguentava em pé. Sentia fome e estava fraca. Sentia frio e não parava de tremer, mesmo estando um dia ensolarado. Quando comi meu pedaço de pão, bebi leite e comi algumas frutas já senti um certo alívio, porém o frio ainda me perturbava e uma dor de cabeçaque estava acabando comigo. Comi um último pedaço de maçã e caí desmaiada no chão.

Estava em uma floresta na porta de uma caverna e podia ouvir gritos vindos dela. Corri até lá e pude ver a garota dos sonhos passados, Margareth, se não me engano, em trabalho de parto. Um homem entrou correndo na caverna. Era ele.

– Querida, desculpe a demora.

Ela não o respondeu, apenas soltou mais um grito de dor e lançou-lhe um olhar ameaçador. O garoto pareceu não se importar e examinou cada canto da escura caverna. Ela estava deitada em uma cama de palha improvisada e na parede direita haviam alguns livros, cobertores e vestidos. A jovem usava um vestido branco, agora vermelho, devido ao sangue, e seu rosto se contorcia de dor. Uma senhora mais velha, baixa e com olhos miúdos, ajudava-a no parto. Usava um traje simples de lã sujo de terra e sangue.

O jovem parecia impassível e pude notar uma espada na bainha. Ele segurava uma espécie de cajado incrustado de pedras coloridas. Notara também um parecido jogado junto aos livros, mas apenas com rubis.

O bebê nasceu e possuía olhos e cabelos negros como ébano. Eu possuía essas mesmas características. Completamente negro, ouvira, uma vez, as outras órfãs do convento dizendo que era estranho e medonho. Mas gostava daquilo, era diferente e misterioso. Intimidador.

A mãe o pegou no colo e ao ver os olhos do bebê levou um susto, sua boca abriu em um "O" perfeito e ela começou a chorar. O pai o olhava de perto com tanto desprezo e insensibilidade que chegava a ser assustador. A parteira, logo depois de entregá-lo a mãe saiu correndo para a floresta.

– Vamos, entregue-me o bebê. Vou fazer o que tem de ser feito.

– Não. Deixe que faço isso.

– Você está fraca, Margareth.

– Não me importo. - ela se levantou.

Sangue escorria por suas pernas e ela carregava o bebê com tristeza. Ela não parava de chorar e o carregava pela floresta. Sussurrava para o filho coisas que eu não conseguia ouvir. E a cada palavra ela chorava ainda mais.

Então ela chegou a um rio, pegou algumas folhas grandes e trançou-as para fazer um berço. Colocou a criança dentro e deu-lhe beijo em sua testa.

– Adeus, meu filho.

Então, chorando, ela o pôs no leito do rio e com um leve toque na água a correnteza o levou para longe.

Acordei deitada em uma cama cercada por velas e freiras rezando. Sentei-me e tossi. Mildred veio correndo me deu um abraço.

– Ela acordou! Graças a Deus!

– Estou bem, não preciso disso tudo. - disse as freiras ao meu redor.

– Podem ir, - disse Mildred gentilmente. - ela precisa descansar. Está com fome, Katherine?

– Sim, um pouco. - respondi entre tosses.

– Marilyn, você pode pegar uma sopa para ela da cozinha? - Ela assentiu e saiu.

– Que horas são?

– Acabamos de jantar. O sol se pôs já faz bastante tempo.

– Eu dormi tanto assim? - tossi. - Droga, isso não vai parar?

Ela riu.

– Descanse um pouco, querida.

– Obrigada por tudo, Mildred. Você é como uma irmã pra mim. - disse com sinceridade e vi seus olhos se encherem de lágrimas e suas bochechas corarem.

– O-Obrigada. Você também é como uma irmãzinha pra mim. Marilyn está demorando, não? Vou ver o que houve com sua sopa.

Não pude evitar um sorriso. Conhecia Mildred. Ela ia chorar.

– Aqui está. - Disse Marilyn, que entrava no quarto com uma sopa.

– Muito obrigada, Marilyn. Pode ir, não quero mais incomodar.

Ela saiu e Mildred entrou com os olhos inchados e o rosto vermelho.

– Vim te dar boa noite, querida. Preciso ir. Você sabe, amanhã acordo cedo.

– Aaah, como é bom estar doente. - brinquei e ela riu. Beijou minha testa e saiu calmamente do quarto apagando as velas ao meu redor.

Quando ela saiu percebi. Não estava no meu quarto. Não escutava a leve respiração das outras garotas dormindo ou os cochichos de outras que demoravam a dormir. Estava na enfermaria. A sala estava escura e eu só conseguia ver uma pequena mesa ao lado da janela graças à lua. Estava deitada em uma pequena cama de palha e podia sentir o cheiro de fumaça das velas que até pouco tempo estavam acesas.

Sentia medo de dormir. O último sonho me perturbara. Como uma mãe abandona um filho daquele jeito? O que será que viria agora? Meu corpo acabou saindo de controle e dormi sem meu consentimento.

Estava em frente a uma cabana. A cabana do homem dos meus sonhos. Podia ouvir gritos de uma discussão lá dentro. Curiosa, abri a porta e entrei. Desejei não ter feito isso no mesmo instante. O lugar estava uma bagunça. Potes quebrados e substâncias coloridas espalhadas pelo chão - incluindo café.

– Você é louco! - gritava Margareth irada. - Acha que com essas palavras ridículas vai apagar tudo o que aconteceu? Você me separou de meus pais e me fez mentir para eles, me jogou em uma floresta escura para esperar um bebê amaldiçoado e depois ainda me obriga a matar meu filho?

– Ah, por favor, não me coloque como o vilão da história! Você se afastou da sua família, pois ela não aceitaria um filho meu. Ficou na floresta, porque não tinha outro lugar. E o bebê morreu para nós salvar! Você sabe que se não fosse isso várias pessoas morreriam.

Ela bufou de raiva.

– Está bem. Participo da Ordem. Mas pelo bem de todos. Nossa relação será estritamente profissional, senhor Edwin.

– Que seja. - respondeu com desdém.

Margareth lançou-lhe um olhar penetrante e saiu batendo o pé. Ele sentou-se a mesa e tomou um gole de café. Seus olhos avermelhados ferviam de raiva.

– Bom dia, Katherine! - dizia Mildred com um prato e um copo com leite me acordando. - Por que não come algo?

– Obrigada. - estava morrendo de fome.

Ela acariciou meus cabelos e sorriu.

– Sabe, eu fiquei bem preocupada quando desmaiou no refeitório. Senti muito medo, pensei que... - ela soltou um riso seco e sem humor, pude ver lágrimas se formando, mas logo em seguida me deu um abraço e abriu um largo sorriso. - Mas isso não aconteceu. Você está aqui, inteira. Ao meu lado. - ela sorria e me apertava, mal conseguia respirar. Podia apostar que estava chorando.

– Calma, Mildred. Eu estou bem, você que vai me matar se continuar me abraçando desse jeito.

A freira riu e me soltou, limpando discretamente as lágrimas. Agora sei porque as chamam de irmãs. Elas cuidam de nós como se realmente fossem, bem, pelo menos Mildred. Elas abriam mão da vida para ajudar o próximo e orar. Nunca fui alguém que rezasse com fé, mas se um dia fizer isso, com certeza será para elas.

– Já está pronta para voltar a suas tarefas?

– De forma alguma. - forcei uma tosse falsa. - ainda estou muito mal, não sei se me aguento em pé.

Ela me laçou um olhar desaprovador, mas depois riu e deu uma piscadinha cúmplice.

– Ok, dessa vez eu deixo passar. Mas na próxima você não escapa!

Minha "irmã" saiu do quarto me deixando sozinha. Pulei para o chão e fui até a janela. Estava um dia lindo. O sol iluminava cada canto e eu podia senti-lo esquentando meus braços debruçados no parapeito. A grama estava verde e as árvores com vários pontinhos coloridos anunciando a Primavera. Porém, algo destoava a paisagem paradisíaca, um homem com uma carroça subia a montanha do convento. Ele usava uma capa preta e parecia assustador.

Ele parou e entrou na construção. Continuei por alguns minutos olhando seus cavalos se mexerem e escutando seus relinchos.

Então me lembrei do sonho. Quem era aquele garoto? Por que a mãe o abandonou? O que era aquela tal "Ordem"? Por que eu tinha aqueles sonhos? Isso não saía da minha cabeça. Eles disseram algo sobre ter um filho mago algum tempo atrás, mas o que aquilo significava? Claro, não existe isso de magos, bruxos ou feiticeiros. Tinha de parar de pensar nisso e viver minha vida, ou enlouqueceria. Mas a curiosidade era mais forte e eu não conseguia mais controlá-la. Aqueles sonhos malditos sempre me perturbaram sem eu saber a razão.

– Katherine, Madre Hyma quer falar com você. - disse Eva, uma velha arrogante e seca, com desprezo.

Eu podia até gostar das freiras, mas por ela eu sentia quase aversão. Sinceramente, aquele não parecia ser o lugar certo para ela.

– Já vou. - respondi secamente.

Madre Hyma, cuidava da administração do convento. Quando alguma das órfãs era chamada lá estava realmente encrencada, mas não conseguia me lembrar de nada de errado que fizera e isso fazia com que uma pequena chama de esperança e medo crescesse em meu peito. Será que ela descobriu que não acredito em Deus e vai me expulsar?

A cada passo naquele corredor eu ficava ainda mais insegura. O que era? Vou ganhar uma bronca ou a liberdade? Meu maior sonho sempre foi sair desse convento, não quero apodrecer lavando roupa no rio e indo a missas sobre coisas que eu não acredito. Tendo que suportar pessoas como Eva e Beryl. Sendo alvo de olhares com desprezo das outras órfãs. A única pessoa que compensava era Mildred.

Cheguei à porta da sala e bati a porta. O barulho ecoou pelo corredor e uma voz triste e preocupada veio de dentro da sala.

– Entre, querida.

Quando entrei na sala, senti meu sangue gelar. Todas as minhas esperanças de uma vida melhor de foram. O homem que vira chegando estava em frente da mesa de Madre Hyma. Agora podia ver seu rosto com mais clareza, seus olhos castanho-avermelhados eram misteriosos e me davam medo. Seu nariz era grande e torto, parecia que levara um soco. Ele usava uma capa preta até os joelhos, com capuz que deixava a mostra apenas seus olhos medonhos e seu nariz avantajado. Ele jogou o que cobria o rosto para trás e pude ver suas feições com mais clareza. Seus cabelos castanhos estavam quase completamente grisalhos. Ele apertava a boca levemente rosada, como se tentasse esconder a pequena cicatriz em seus lábios. Seu rosto era familiar, o que não fazia sentido, porque o único homem que realmente vira era Sebastian, o padre de setenta e cinco anos que ia ao convento todo ano na Páscoa e no Natal.

A senhora sentada à mesa, parecia minúscula perto dele, não que ele fosse muito alto, mas ela se encolhia na cadeira. Parecia com medo embora não quisesse demonstra-lo. Ela se acertou na cadeira e arrumou o pano que cobria sua cabeça. Pigarreou e disse:

– Bem, querida. Esse é o senhor...

– Auden. Me chame de Auden.

– Pois bem, esse é Auden. Ele veio buscá-la.

– Você não é meio velho para querer adotar alguém? - deixei escapar, pois estava com raiva desde que entrara. Como as freiras deixariam esse louco me levar?

– Katherine! - repreendeu Hyma.

– Você não é meio velha para querer ser adotada? - o homem misterioso retrucou com um olhar frio e penetrante que me fez encolher. - Mas minha intenção não é essa, quero que venha comigo para ser minha aprendiz.

– E por que aceitaria isso? - indaguei tentando recuperar minha honra.

– Porque você odeia esse lugar e essa é a sua única chance de sair daqui. A menos que queira continuar aqui e apodrecer ouvindo baboseiras.

– Senhor, não admito que continue a falar dessa forma sobre meu convento. - disse a freira com raiva se levantando. Auden a lança um olhar repreendedor e ela se encolhe amedrontada.

– Eu vou com você. - disse interrompendo o que poderia virar uma discussão.

Hyma me olhou com pena e Auden se virou para a porta e com um olhar impassível disse:

– Ótimo. Venho te buscar amanhã ao nascer do sol. É melhor estar pronta. - acrescentou a última frase com um olhar ameaçador e saiu da sala me deixando sozinha com a freira.

Ela apoiou o cotovelo na mesa e o rosto em sua mão como se estivesse arrependida. Acenou para que fosse embora. Sai um pouco abalada da sala, mas quando me virei para fechar a porta a vi fazendo o sinal da cruz e foi aí que o medo tomou conta de mim. O que estava fazendo? Quem era ele?


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Notas finais do capítulo

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