Nothing Left To Say escrita por Rhiannon


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Heeey brother! Postei outra fanfic, se alguém se interessar: http://fanfiction.com.br/historia/489688/Radioactive/
Boa Leitura, nos vemos lá embaixo.



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Nico

–Aham – Murmurei sem ao menos saber do que Thalia estava falando.

Dei uma tragada no cigarro olhando para as nuvens. Estávamos sentados em um banco da praça, ela falava alguma coisa que não era do meu interesse enquanto comia batata fritas que havia comprado no McDonald´s. Estiquei o braço e roubei uma batata dela.

–Eca, Nico – Thalia murmurou com a boca cheia de comida quando traguei mais uma vez – Você parece uma chaminé.

Dei uma risada e dessa vez soltei a fumaça na cara dela.

Thalia bufou e voltou a atenção para suas batatas.

Fazia frio, o vento batia no meu rosto causando calafrios, as pessoas escondiam seus rostos atrás das tocas e casacos grossos numa tentativa de superar o frio. Eu não, pra mim inverno é uma das 7 maravilhas do mundo.

Um garoto moreno andava ao lado de uma menina loura, seus olhos verdes me eram vagamente familiar. Puxei um pouco na memória e então me lembrei. Jantar.

Me virei para Thalia.

–Tá vendo aquele menino de olhos verdes andando com a vadia loira?

Ela vagou o olhar até encontrar o tal menino.

–Sim.

–Percy Jackson.

Thalia encarou o menino.

–Ele se parece muito com Poseidon – Senti que ela analisava Percy, voltei a observá-los. A garota ao seu lado devia ser Annabeth – Embora eu ache que seria muito melhor encontrar Poseidon. Será que ele pode me conseguir um autografo?

–Ah, merda – murmurei.

Percy havia me visto e falado algo com a menina ao seu lado, eles estavam caminhado ao meu encontro. Eu não o via há uma semana, desde o jantar e não era como se eu quisesse falar com ele novamente, na verdade nós mal trocamos meia dúzia de palavras.

Deslizei o cigarro e o joguei no chão, pisoteando com o pé.

Dei um sorriso que dizia “Estou tentando ser gentil, mas você seria mais gentil se fosse embora” quando os dois chegaram perto.

–Oi Nico – Percy falou, pela sua cara ele também não queria muito ter vindo até aqui – Essa é Annabeth, minha namorada – Disse confirmando o que eu havia pensado.

Os dois estavam de mão dada. Ele usava uma calça jeans, botas militares e um casaco grosso azul marinho, ela por outro lado, não parecia sentir muito frio, vestia uma calça jeans bem colada no corpo, botas com salto – Me surpreendi com o tamanho daquele salto e como ela ainda não tinha caído – Uma blusa preta bem colada no corpo que espremia seus peitos anormalmente grandes e, por fim uma jaqueta fina demais para o frio que fazia.

O comprimente com um aceno.

–Essa é Thalia - falei

Notei que Thalia encarava Annabeth de um jeito muito estranho.

–Você fuma? – Annabeth falou, sua voz soou fina e irritante aos meus ouvidos, meu cérebro levou menos de quatro segundos para decidir que eu não gostava dela – Sabe dos riscos e das consequências que...

–Sim, eu sei das consequências – A interrompi – E quer saber? Foda-se elas

Thalia deu uma risada ao meu lado.

–Ele é tipo um bad boy.

Sorri. E então uma pergunta surgiu em minha mente.

–Tem visto Jason? – Dirigi a pergunta a Percy, queria saber onde o loiro andava e pelo que sabia os dois eram primos.

–Claro, agora que moramos juntos – Respondeu – Mas não nos falamos muito. Se quiser eu posso te passar o número do celular dele.

–Seria ótimo – falei com um sorriso de canto.

–Então você está morando aqui? – Perguntei quando ele me passou o número de Jason.

–É – Percy respondeu vagamente – mas não sei quanto tempo Jason vai ficar. De qualquer jeito, precisamos ir – Ele olhou para Annabeth que parecia ter uma discussão silenciosa com Thalia.

A loira deu um sorriso um tanto exagerado e os dois foram embora.

–Vadia – Thalia murmurou, fuzilando as costas de Annabeth – Viu os peitos dela? – Olhou para mim, aparentemente esperando uma resposta – É claro que não, seu viado – Riu – Mas parecia que aquele par de melões pulariam na minha cara.

Eu ri, Thalia havia chegado a mesma conclusão que eu; Não gostamos de Annabeth.

–Vamos indo – Ela disse e se levantou – Ou minha mãe vai me matar.

Assenti e me levantei também, sei da relação complicada que Thalia tem com os pais.

–O que vai fazer agora que tem o número do Loiro Com a Bunda Gostosa? – Perguntou ela enquanto jogava o saco de batatas fritas numa dessas lixeiras que tem espalhadas pela cidade.

–Não sei – Confessei – Tecnicamente ele tem namorada.

Andamos mais alguns metros em que eu observei Thalia.

Não sou bom em analisar as pessoas, na verdade eu evito o máximo de contato humano possível, mas conheço Thalia, e pelo modo como ela colocava as mãos nos bolsos e mexia no cabelo eu sabia que algo estava errado.

–Vamos lá – Falei passando as mãos no meu cabelo igual a ela – Diga logo o que quer falar.

Ela parou de mexer no cabelo.

–Eu vou terminar com Luke – Soltou como se estivesse revelando um segredo.

–Espere – Parei de andar e a segurei pelo braço – Primeiro: Porque você continua com ele se só se veem uma vez por mês as escondidas e segundo: Porque vai terminar com ele? Ele te fez alguma coisa?

–Não – Thalia mordeu o lábio inferior – Eu só... – Bufou – É exatamente por isso! Eu o vejo muito pouco, não sei o que ele tá fazendo, não sei nada. E ainda tem aquela família implicante dele.

Pus as mãos nos seus ombros e a olhei bem nos olhos, ela desviou o olhar.

–Tha...

–Eu acho que ele tá me traindo – Sussurrou.

–Oque?! – Praticamente gritei. Eu já conhecia Luke, o vi algumas vezes, ele é um cara legal, ou era.

–Eu não sei, e ele fala algumas coisas as vezes que me deixa meio mal e eu quero dizer pra ele mais...

Thalia olhou para o chão.

Soltei um suspiro, tive vontade de bater em Luke por deixa-la assim.

–Faça isso – Murmurei, ela me encarou – Isso mesmo garota, mostre quem manda. Mas não termine o namoro assim. Sei lá, não sou bom com isso, diga algo do tipo: Ou conta sobre nós para a sua família idiota ou me esqueça.

Os lábios de Thalia se curvaram num sorriso, aparentemente eu havia falado a coisa certa, ou quase isso.

–Quem diria que você é um conselheiro amoroso.

–Ah, cale a boca e caminhe.

Dei meia volta, estava pronto para caminhar quando senti que algo prendia minha jaqueta. Thalia me segurava pela barra da jaqueta e me encarava com uma expressão que sugeria que ela iria dizer algo que há muito queria dizer.

–Não é só eu que tenho que contar algo pra alguém.

–Como é?

Ela colocou as mãos nos bolsos da calça jeans e me encarou, seus cabelos negros voavam ao vento deixando-a um pouco mais assustadora que o normal.

–Diga para seu pai que você é gay – Falou em tom autoritário.

Arregalei os olhos, por essa eu não esperava.

–Isso mesmo – Continuou Thalia – Aliás, eu nunca entendi bem o porquê de você esconder isso dele, seu pai é um cara legal, compreensivo e tudo mais.

–Olha – Falei – Eu sou o único filho dele que sobrou, eu sei que meu pai não é preconceituoso nem nada, mas isso é o que a maioria diz, que não tem problema com a homossexualidade, que não é homofobico, mas quando vê um gay na rua age como se fosse uma doença. E- eu não sei qual vai ser a reação dele – Olhei para seus olhos azuis e percebi que ela compreendia – Não quero decepciona-lo.

–Você não vai decepcionar ele.

Desviei o olhar.

–Porque isso agora?

–Não é você que diz que odeia mentiras? Então pare de mentir.

Passei a mão pela nuca, ela tinha razão.

–Tá, tá. Eu vou falar com ele.

Thalia deu um sorriso aprovador.

–Mas só se você falar com Luke – Disse eu.

Ela tirou a mão do bolso.

–Juramento de dedo mindinho.

E nós juramos.

...

Fui invadido por uma sensação de calor quando cheguei em casa. O aroma de bolo de chocolate invadia minhas narinas, fui direto para a cozinha. Roubei um pedaço do bolo, Jeanine não estava ali, graças aos deuses. Aquela mulher é braba.

Abri a geladeira e tomei suco direto da jarra. Era involuntário, mas eu estava nervoso. Meu pai devia estar lá em cima, na minha cabeça eu já tinha planejado tudo, como contaria e o que diria caso a reação dele não fosse das melhores, o que eu duvidava um pouco, mas Thalia tinha razão, eu não podia continuar mentindo para ele.

Todo meu nervosismo passou quando eu vi uma cabeça loira. Jason estava sentado no sofá da sala com os cotovelos apoiados no joelho, encarava a tela do celular com o cenho franzido. Não pude deixar de notar seus músculos que se mostravam embaixo da regata branca meio colada no corpo que ele usava. Sorri e me joguei no sofá ao seu lado.

Ele quase pulou de susto, mas quando viu que era eu sua expressão se tornou novamente irritada.

–Você viu isso aqui? – Jason falou, esfregando a tela do celular na minha cara, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

–Que?

Peguei o celular e olhei, era uma reportagem com o título “Blood Of Death irá renascer das cinzas?” percorri os olhos pelo texto. Basicamente dizia que “fontes confiáveis” revelaram a banda iria retornar a fazer shows pelo mundo, e que já havia uma turnê programada pela América, no final tinha uma imagem do jantar na semana passada onde inclusive eu aparecia.

–Que monte de merda – Falei.

–Fizeram todo esse alvoroço só por causa de um jantar imagine se fosse mesmo re... Ei! devolva meu celular!

Eu ri, a imagem da reportagem havia sumido e no lugar uma menina morena com tranças no cabelo sorria para mim, na tela tinha o nome “Piper”

–Você não ia terminar com ela? – Falei em tom divertido, dando um passo para trás, me distanciando de Jason.

–Devolva!

Deslizei o dedo pela tela atendendo a ligação e levei o celular até a orelha.

Uma voz feminina falou:

Jason! Por que não atende minhas ligações seu canalha?!

Sufoquei uma risada e pus a mão do peito de Jason, o impedindo de pegar o celular.

–Quem é você que fica ligando pro celular do meu namorado? – Falei com a voz grossa.

A expressão de Jason foi a mais engraçada possível, seus olhos se arregalaram em pânico. Ele esticou o braço tentando pegar o aparelho, mas eu o impedi.

O que? – A voz no outro lado da linha veio repleta de confusão – Namorado? Mas que porra? Cadê o Jason? Quem é você?

–Isso mesmo, sua vadia. Na-mo-ra-do – Soletrei a palavra fingindo irritação – Se você ligar mais uma vez para o celular do meu Jason eu vou arrancar esses seus cabelos de vadia Cherokee e enfiar na sua... – Fui interrompido quando Jason finalmente conseguiu pegar o celular de volta.

–Piper! – Ele falou com o aparelho na orelha – Pip...Seu idiota! – Me encarou irritado, não consegui segurar uma gargalhada – Ela desligou na minha cara!

–Você não disse que não sabia como terminar com ela? – Perguntei, ainda rindo – Então, acho que não vai precisar mais fazer isso.

Jason ainda parecia meio irritado, mas seus lábios se curvavam num pequeno sorriso. Ele abriu a boca pra dizer alguma coisa mas foi interrompido quando Hades e Zeus desceram as escadas, meio correndo.

–Jason, você vai passar a noite aqui tudo bem? – Zeus perguntou para Jason – Ótimo – Não esperou resposta – Vou ter que sair, volto mais tarde.

Dizendo isso ele simplesmente saiu pela sala em direção a porta, meu pai vestia uma jaqueta de couro e falou apressadamente:

–Vou ir junto com ele – Olhou para mim – Se comportem – Disse antes de sair pela porta, deixando Jason e eu confusos pela aquela saída repentina dos dois.

O loiro me encarou. Dei um sorriso um tanto malicioso.

–Parece que seremos só nós dois essa noite.

Ele sorriu minimamente. Ao longe o som de um trovão soou, uma tempestade estava a caminho.


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Notas finais do capítulo

E aí? Ficou legalzinho? Gente, eu 'tô pensando muito em excluir essa fanfic. Não 'to gostando do rumo das coisas e acho a maneira que eu escrevo muito...eca, mas sei lá DD:
Prévia do próximo cap:
"-Porra! – Ouvi Nico resmungar ao meu lado.

—Porra – Concordei – O que vai fazer agora? Me estuprar no escuro?

—Tentador..."



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