Nothing Left To Say escrita por Rhiannon


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hey, capitulo cocô pra vcs :D Titulo tem nada haver, mas é isso.
Nos vemos lá em baixo. LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Jason

–Isso é mesmo necessário? – Perguntei, as pessoas não eram nada discretas. Tudo bem que meu pai é o todo poderoso Zeus, mas precisam mesmo cochichar entre si? Eu conseguia ouvir algumas perguntando se aquele era mesmo Sam Walker. Afundei da cadeira, odeio que fiquem me olhando, odeio a atenção exagerada que dão para a mesa o qual estou sentado e principalmente odeio que cochichem.

–Eu já tinha me esquecido como é isso – Zeus murmurou – Talvez vir até aqui não tenha sido uma ideia tão boa assim, quem sabe lidar com tudo isso é Poseidon – Ele olhou diretamente para a mesa, parecia querer sumir dali – Mas pelo lado bom vou poder rever eles.

Bufei, estava começando a ficar irritado com tudo aquilo. O motivo pelo qual viemos até essa cidade é que minha mãe está enterrada aqui, onde nasceu. Agora ela é somente um monte de ossos se decompondo a sete palmos do chão, uma vez que os vermes já devoraram sua carne. Faz cinco anos dês da sua morte, então achei que seria uma boa ideia vir visita-la, estamos na cidade há uma semana e conforme o tempo vai passando eu fico cada fez mais certo que papai vai querer ficar aqui. Eu não me importo, talvez até seja melhor. Pelo menos vou poder ver meus avós.

Quando eu estava quase morrendo de tédio ali, percebi que alguns olhares antes destinados para meu pai agora eram dirigidos para alguém que acabara de chegar. Papai murmurou algo e eu compreendi que aquele devia ser Hades, ao seu lado estava um garoto, moreno, pálido, bonito, usava um terno preto. Eu o reconheci na hora. O “Moreno Pervertido” da loja de discos.

Nossos olhares se encontraram por um momento, suas bochechas estavam levemente coradas, o que eu achei muito fofo. Dei um sorriso malicioso, ao meu lado Hades e Zeus se cumprimentavam de forma bem intima, mas minha atenção estava voltada para o moreno na minha frente que parecia querer morrer.

–Você deve ser Jason – Ele murmurou, meio constrangido.

–Você deve ser Nico.

–Já se conhecem? – Hades perguntou, franzindo o cenho.

–Não, não nos conhecemos – Falei sem tirar os olhos de Nico.

–Lá está Poseidon.

Segui o olhar de meu pai e vi. O homem parecia ter a mesma idade de Hades, seus cabelos eram negros, olhos verdes e tinha um sorriso no rosto, usava um terno, ao seu lado estava uma mulher que deduzi ser Sally Jackson, ela usava um vestido azul até a altura dos joelhos, era incrivelmente bonita, seus olhos eram castanhos e seus cabelos negros estavam soltos, falava com um menino ao seu lado que aparentava ter 8 anos, puxei a memória lembrando do que meu pai falou mais cedo, o nome dele era Tyson, havia também outro menino, com uns 17 anos, olhos verdes como o mar, cabelos negros, tinha uma expressão um tanto irritada. Aquele devia ser Percy.

Depois de todos se cumprimentarem, e chamarem mais atenção que o necessário, cada um escolheu seu lugar na mesa. Eu fiquei entre Nico e Percy. Depois de pedir o que queria comer, eu notei que Nico parecia um pouco nervoso ao meu lado.

–Você está bem? – Perguntei para ele.

O moreno olhou para os lados, Hades e Poseidon pareciam entretidos conversando sobre alguma coisa enquanto Zeus falava com Sally, Percy e Tyson falavam baixinho entre si.

–Pare de me olhar assim – Nico sussurrou.

–Por que? Vai fazer aquela parada do pirulito de novo? – Provoquei.

Ele deu um sorriso malicioso que revelou suas covinhas, de repente parecia que nós dois já éramos bons amigos.

–No momento eu estou com vontade de chupar outra coisa – Disse baixinho.

Eu devo ter corado, porque ele riu. Garoto abusado, a cada segundo que eu passo ao lado dele duvido mais ainda da minha sexualidade. Okay, talvez eu tenha beijado alguns caras na minha vida, mas nunca passou disso e além do mais eu tenho namorada. Ou melhor, ex-namorada. Eu precisava mesmo terminar com Piper.

Piper sempre foi minha amiga, mas é do tipo de garota que não vai até a padaria sem um quilo de maquiagem na cara, nosso namoro começou do nada, quando eu percebi já estava com uma aliança no dedo e uma namorada muito, mas muito ciumenta. No começo eu realmente gostava dela mas depois comecei a me sentir sufocado, todo momento ela dizia como eu era maravilhoso e não desgrudava de mim por nada. É irritante. O problema é que eu não sei como é que se termina um namoro. E nem como eu vou dizer para Piper, ou mesmo para meu pai, que eu estou sentindo atração por homens. Talvez eu devesse falar com Nico, ele é claramente gay, pelo menos eu cheguei a essa conclusão, quer dizer, está na cara. Na verdade ele é o gay mais hétero que eu já vi, não que eu veja muitos gays.

Enquanto eu estava perdido em meus devaneios, o assunto da mesa se tornou um tanto constrangedor. Namoradas. Sim, meu pai perguntou a Nico como vão as namoradas. Parecia aquela tia velha e chata que mora sozinha com 89 gatos e aparece todo natal na sua casa com a mesma pergunta constrangedora.

Eu quase não segurei o riso, Nico pareceu nervoso com aquela pergunta. É, ele é mesmo gay, e seu pai não sabe disso, só isso explica seu desconforto com a pergunta repentina.

–Ahn, não, eu não tenho namorada – Respondeu Nico, encarando a toalha da mesa. Não sei se foi coisa da minha cabeça, mas a palavra “namorada” soou um tanto irônica.

–E você, Jason? – Sally perguntou, sorrindo – Tem namorada?

–Não – Respondi, meio incerto.

Meu pai franziu o cenho.

–E Piper? Vocês já terminaram? Deuses, como esses adolescentes são complicados.

E quando eu percebi eles já estavam falando da sua juventude. Como velhos amigos que eram. Mas não antes de chegarem a perguntar para Percy, este deu um meio sorriso ao ouvir a pergunta de meu pai.

–Sim, eu tenho namorada. Ela se chama Annabeth.

Não pude deixar de revirar os olhos, o modo como ele falou “Annabeth” era meloso demais.

Meu celular vibrou em meu bolso, era uma ligação de Piper, fiquei olhando para sua foto da tela do aparelho. Ela sorria para mim, seu cabelo castanho escuro estava preso em uma trança, estava com maquiagem demais, mas era mesmo bonita. Como se lesse meus pensamentos Nico falou:

–Ela é bonita - O moreno olhava descaradamente para meu celular – Por que terminou com ela?

Guardei o celular no bolso, pensando na resposta. Se eu fosse sincero seria algo do tipo “Porque na última vez que transamos eu fingi um orgasmo, ela é ciumenta demais e eu estou sentindo atração por homens”

–Não terminamos, eu vou terminar, mas não sei como – Falei por fim.

Ele soltou uma risada abafada.

–O que foi? – Perguntei confuso.

Nico me olhou bem nos olhos.

–Você não está decidido, não é?

–Como?

–Sabe do que eu estou falando.

Me perguntei se ele podia ler mentes, ou se eu estava transparecendo meu lado gay. Quero dizer, eu não sou exatamente um cara que transborda testosterona.

–Como você... – Comecei, mas Nico me interrompeu.

–Fala sério, você tem a maior cara de passivo.

O encarei, sentindo meu rosto esquentar.

–Brincadeira, não precisa fazer essa cara – Ele falou, rindo.

Murmurei um “Vá se foder” pra ele. Nada educado.

Comecei a encarar meu prato, ainda vazio, igual meu estomago.

Pelo canto do olho observei Nico, ele tinha um sorriso no rosto enquanto ouvia a conversa de Zeus e Tyson, algo sobre basquete.

Algo muito interessante sobre mim é que eu tenho um super poder, não como Wolverine ou o Homem Aranha, meu super poder é ler as pessoas. O comportamento humano é muito interessante. Nico é interessante, algo nele me perturbava. Ele estava ali, com um sorriso estampado na cara, mas era só isso, ele apenas movimentava 12 músculos da face. Há uma grande diferença entre estar feliz e apenas sorrir, eu entendo isso. E algo me dizia que Nico não estava feliz. Seus lábios demonstravam que estava contente em estar ali, mas seu olhar dizia completamente o contrário.

Sabe aquela frase “Os olhos são o espelho da alma”? então, ela é completamente verdade. Os olhos de Nico revelavam toda a dor que sentia. Lembrei do que meu pai disse mais cedo, aquele garoto havia perdido a mãe e visto as duas irmãs morrerem, sua dor tinha explicação.

Comecei a formular mentalmente uma hipótese para isso tudo. Nico parecia do tipo que guardava toda sua dor e sofrimento para si próprio, não queria que os outros se preocupassem com ele, isso não é bom, não é nada bom, porque isso significa que ele fica remoendo todo seu passado e todas as coisas que poderiam ter acontecido de forma diferente.

Mas, por outro lado, ele parecia ser uma boa pessoa, do tipo que você confiaria para contar até seus segredos mais obscuros, e sorria todo momento.

“As pessoas que mais sorriem são as que mais sofrem”


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Notas finais do capítulo

É minha gente, Jay não é bem resolvido. Nico terá que mostrar o lado gay dele -qq
Eu queria pedir pra vocês comentarem sugestões D: eu tenho passado por uma crise de falta de criatividade. Tipo, eu sei o que eu quero que aconteça, mas o problema é que tem coisas que tem que acontecer nesse meio tempo, tipo eu quero criar um laço de amizade entre os dois, deu pra intender? Não quero escrever uma coisa do tipo: Eles se conhecem, é amor a primeira vista, se casam tem dois filhos chamados Mirosmar e Josvelino e vivem felizes para sempre pq odeio isso ¬¬' então, como leitores divosos que vocês são, deem sugestões de cenas que querem que apareça, por exemplo eles assistindo um filme, patinando no gelo, dai rola um clima, ou o Jay ajuda o Nico com algo, ou vice-versa coisas assim :D Obg, dnd.
Ps: Diz a lenda que quem comenta nessa fic ganha um beijo do Nico ou do Jason.



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