Pagina 10 escrita por Cold Girl


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Aiin gente vocês não sabem como me fizeram feliz com aqueles comentários. Serio, eu amo vocês!
Eu queria ter postado na sexta-feira esse capítulo como agradecimento, mas a internet decidiu me zoa e só permitiu hoje ¬¬
Enfim, eu espero que vocês gostem.



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Quer dizer, realmente dormimos juntos. Eu adormeci com a mesma roupa que havia usado durante todo o dia, enrolada num Peeta igual: com a mesma roupa de ontem. Acho que o inverno faz com que as pessoas adormeçam sem nem notarem. Uma hora estávamos conversando e depois eu só me lembro de acordar com o barulho de um raio. Abri os olhos contra vontade e me deparei com um temporal do lado de fora. Eu não sei como, mas aquele homem havia alugado um apartamento com uma enorme janela no quarto. Só imagino como deve ser desconfortável dormir até tarde. Soltei-me delicadamente do aperto de Peeta e rolei para a ponta da cama. Pelo relógio em cima do criado-mudo dele, eu estava atrasada. E quando é que não estava? Levantei da cama, beijei Peeta de leve na testa e sai do quarto. Já na sala, tomei um copo de suco e escrevi um bilhete para ele: “Acordei mais cedo que você e fiquei com pena em acordá-lo. Fui buscar Madge. Ligo para você depois. Beijos”. Pus o bilhete do meu lado da cama e saí, tentando fechar a porta sem fazer barulho. Acho que a vizinha rabugenta dele notou que eu usava as mesmas roupas com que havia encontrado ela ontem, já que me olhou dos pés a cabeça. Resolvi ignora-la durante todo o trajeto do elevador. Desci no andar da garagem e passei pela maquina do mal dele, rezando para que um dos raios caísse nela. Praticamente ensopada do meu trajeto pela garagem descoberta até a portaria, pedi um táxi o mais rápido possível.

~

–Katniss!! – Gritou minha amiga no setor de desembarque do aeroporto. Eu corri até aquela desengonçada garota alta de cabelos cacheados loiros. Ela tinha os olhos verdes mais lindos do mundo. Eu amava aqueles olhos.

Quando nossos corpos se chocaram, não pudemos deixar de rir. Quase derrubei sua mala absurda vermelha enquanto tentava me afastar dela, depois de alguns minutos.

–Meu Deus, Madge. Eu não sabia que estava com tanta saudade até agora.

Ela sorriu aquele enorme sorriso que só ela tinha, mostrando todos os dentes. Pegou na minha mão e a entrelaçou ao seu braço, enquanto puxava a mala até o restaurante do aeroporto.

–Nossa, Madge, você anda passando fome? Nem disse oi direito e já está indo comer.

Ela retrucou usando vários argumentos que eu não prestei atenção. No fim eu apenas ri e concordei em almoçar com ela.

–Agora me diz... Por que o seu voo chegou quase uma hora atrasado? – Perguntei depois de pedir ao garçom.

–Ele não chegou. Estava no horário. – Quando a olhei com a testa franzida, ela caiu na gargalhada. Louca. – Eu disse o horário errado pra você porque sabia que você chegaria atrasada.

Eu a olhava incrédula. Eu não sabia se a xingava ou ria por ela me conhecer tão bem. Realmente, eu havia esperado pouco mais de dez minutos antes do avião dela pousar. No fim nem precisei me preocupar em responder já que nossos pratos chegaram super rápido. Não havia quase ninguém no restaurante, então não me incomodei nem um pouco de contar tudo para minha amiga. Riamos alto e falávamos coisas pessoais sem a mínima cerimônia.

–Então aquele tarado filho da mãe terminou de transar comigo, e quando eu estava... digamos “contente” – Ela fez as aspas no ar, com aquele olhar pegando fogo. – Ele me disse que queria terminar por que achava que não aquilo não ia levar a lugar nenhum.

Eu não sabia se a consolava ou ria. Mas sua cara foi demais para meu alto controle e eu gargalhei alto. Ela me olhou rabugenta.

–Claro, claro, claro... Vai rindo da sua amiga. Não é todo mundo que encontra o amor da sua vida no emprego. Isso se eu tivesse a porcaria de um emprego.

–É verdade. – Concordei, imitando uma cara sonhadora dignada de filmes românticos.

Ela riu e me atirou uma batata frita do prato. Está aí a minha mania de atirar coisas nos outros. Muitas horas depois, um ano inteiro narrado e muitas batatas fritas, ligamos para Finn e combinamos de passar o resto daquele domingo chuvoso no cinema. Pensei em convidar Peeta, ou mandar uma mensagem para ele, mas quando Finn apareceu sem Annie, o que nas ultimas semanas tem sido impossível, decidi que seriamos apenas nós três.

–Ah, Finn, você está brincando comigo. Não trouxe a namoradinha? – Madge implicava com ele, arrancando caretas do mesmo. – Isso é quase um milagre. Você está trepando com a mesma garota a mais de seis semanas e nem apresenta pra sua irmãzinha?

Finn revirou os olhos enquanto eu apenas balançava minha cabeça negativamente. Minha amiga era uma grande dama. Depois da fase estranha que é o pós-rompimento, Finn e Madge se tornaram tão amigos que se chamavam de irmãos. Com os cachos quase da mesma cor, era fácil acreditar.

–Desde quando você usa esse vocabulário? – Droga, eu me sentia a minha mãe.

–Desculpe. – Ela riu abafado. – Andrew era meio... sem etiqueta. Fiquei acostumada.

Imitei Finn e revirei os olhos. Optamos por uma sessão que começaria dali a alguns minutos, tendo que nos dividir para comprar docinhos, bebidas e pipoca antes da sessão começar.

~

–Você escolheu o pior filme do mundo! – Reclama Finn com Madge quando saímos da sessão.

Sem querer, Madge escolheu a continuação de um filme que eu e ela já havíamos visto. Só que Finn não, então ele não entendeu quase nada da historia. Eu queria esconder a risada, mas eu sou a Katniss e discrição não se encontra no meu dia-a-dia na maioria das vezes.

–Da próxima vez, eu vou escolher o filme.

Eu ria enquanto Madge passava o braço ao redor do pescoço de Finn, e ele a abraçava. Me lembrou do tempo em que eles estavam juntos. Meu olhar se distrai com um moreno de olhos cinza que me olha do canto do corredor do shopping. Ele está acompanhado de uma loira escultural, com uma roupa apertada demais pro meu gosto. Gale. E ele vem em minha direção com um sorriso.

–Catnip.

Finn e Madge estancam e me olham assustado. Vejo que Madge o olha de cima a baixo. E quando nota a falta dos cabelos loiros e olhos azuis, o olha com interesse. A loira nem se digna a nos olhar, apenas mexe em seu celular.

–Oi Gale. – Ele sorri para mim como se eu fosse sua salvação. – Ah... esses são Finnick e Madge, meus amigos.

Ele os cumprimenta, lançando seu famoso olhar sedutor para Madge. Reviro os olhos sem ser notada.

–Prazer. Está é Melinda.

A tal Melinda apenas abana com a mão e saí de perto, indo atender o celular. Gale parece nem notar, pois continua a olhar para Madge. Ah não.

–Eu estava indo para a sua casa agora... – Ele diz pra mim assim que desvia o olhar.

–Para minha casa?

–Sim. Iremos jantar hoje, não?

Droga. Eu havia esquecido que marquei tudo no mesmo dia.

–Ah, Gale. Desculpe, eu me esqueci completamente. É que Madge chegou hoje e prometi ficar com ela.

–Não tem problema. – Ele sorri para mim. – Podemos levar a sua amiga. E... – Seu olhar parece que finalmente cai sobre o braço de Finn envolta de Madge. – E Finnick.

Madge aceita mais rápido do que eu quando aceitei almoçar com Peeta naquele primeiro dia. Suspiro. Isso não vai terminar bem. Finn parece notar meu pedido desesperado de ajuda silencioso. Mas o ignora. Sorri e diz que já tem compromisso com a namorada.

–Ah, é verdade. Sabia que o conhecia de algum lugar. Você namora Annie Cresta, certo?

Ele concorda com a cabeça e se despede de nós, antes mesmo que eu pudesse pensar em alguma coisa. Madge quase não nota o braço de Finn quando ele a abraça para despedir-se. Quando ele passa por mim o ameaço discretamente no ouvido. Ele ri e saí, em direção as escadas rolantes.

–Mas e a sua acompanhante? – Pergunto.

Antes mesmo que Gale olhe em sua direção a mesma volta de sua ligação e diz que “pintou” um compromisso. Realmente, quem é que com mais de quinze anos hoje em dia diz “pintou”? Ele se oferece para levá-la, mas ela diz um nome insignificante, afirmando que já tem carona. Ele sorri e abana enquanto ela vai pela mesma direção que Finn.

–Então vamos?

Céus, só podia ser carma. Logo hoje Gale Hawthorne me arranja uma ficante que não quer ir para a casa dele.

–Podemos passar lá em casa primeiro? Gostaria de trocar de roupa. - Digo, tentando impedir que notem o vermelho que lentamente se instala no alto de minhas bochechas.

Minha amiga dá de ombros enquanto Gale avalia meu suéter cor-de-rosa claro com a calça jeans escura. E chega a maldita conclusão.

–Ei, essa não é a mesma roupa que... – Ele não termina a sentença. Não sei se com medo da minha reação, da resposta que eu daria ou que eu morresse em combustão espontânea pelo vermelhão que meu rosto adquiriu.

Madge parece confusa, mas eu apenas digo que não é nada. Gale sorri e confirma. Não me lança o olhar malicioso que eu já esperava. Agradeço-o com o olhar e ele confirma com a cabeça. Como agradecimento, deixo Madge passar na frente e sussurro em sua direção.

–Melhor limpar a marca cor-de-rosa do batom da sua acompanhante antes que Madge perceba.

Ele revira os olhos e limpa discretamente a mancha no pescoço. Sorrio para ele, afirmando que sumirá o vestígio do beijo. Ele parece aliviado e se lança numa conversa animada com minha amiga. Fico de vela, entediada no carro de Gale enquanto os dois vão na frente e conversam sobre basquete. Realmente, eu duvido que ela saiba algo sobre. Pego meu celular pela milésima vez e vejo que chegou uma mensagem. De Peeta. Da hora em que entramos no cinema: “Divirta-se com sua amiga. Mal posso esperar para conhecê-la. Já sinto sua falta. Com amor, Peeta” Penso em convidá-lo para jantar, já que não estou a fim de ficar sobrando, mas me lembro da reação dele ao simples telefonema de Gale e descarto a ideia. Mando simplesmente uma mensagem e antes de enviá-la me lembro de adicionar a nova frase: com amor, Katniss.


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Notas finais do capítulo

E aí gente, o que acharam?
Eu quero muito e muito comentários, viu? Sou chata sim.
Estamos nós encaminhando para o meio da historia onde haverá muitos conflitos para nossa Katniss.
Então, até a próxima.



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