POV EDWARD:

— Não! — Praticamente gritei a olhando como se fosse maluca.

— É o que dissemos para ela mas Isabella se culpava todos os dias e quando ficou grávida tudo piorou. Hoje, vejo que realmente foi o melhor pois como Bella cuidaria de duas crianças no estado que se encontrava?

— Então... Não foi uma escolha dela? — Perguntei com dor no peito pensando na possibilidade não ter sido uma vontade da morena.

— Não vou te iludir, Edward. Foi sim uma escolha dela mas depois da morte de Claire eu não a vi mais em seu perfeito estado. — Jane falou na tentativa de me dar um consolo mas não era como se eu precisasse já que fazia tempo que eu já tinha aceitado. Na verdade, isso até era bom porque eu imagino que tirar o filho de uma mãe seja a pior dor possível.

— Só não estou entendendo o por quê dela se considerar uma assassina. — Tentei descobrir mas alguma coisa só que Jane virou o rosto e começou a se mexer nervosamente demostrando que não falaria mais sobre isso.

— Okay, eu entendi mas vou ser sincero com você: Eu não faço a mínima ideia do que tenho que fazer.

— Só... Fique do lado dela. Vai ser difícil quando a mesma descobrir.

— Farei isso mas tem um problema.

— Qual?

— Voltarei para o meu país daqui a dois meses.

— Oh, não!. — Jane exclamou abrindo a boca sem me olhar. — Se Isabella se apegar a você e nas crianças pra depois vocês irem embora, seu estado poderá piorar.

— Mas o que eu faço? — Perguntei começando a ficar nervoso. Não podia deixar Isabella piorar sendo que nem sabia o que ela tinha mas também não poderia parar minha vida.

— Edward, fica, por favor! Eu te ajudo no que precisar. — Ela parecia desesperada e isso quase me fez sorrir já que ela e a Swan não se falavam há anos.

— Eu não vim preparado, vim apenas pra um trabalho. Tudo meu está em New York, a minha vida, a vida dos meus filhos. Se eu fosse sozinho até ficava mas com duas crianças de uma hora pra outra não dá... Tirando que estou morando de favor com meus melhores amigos mas eles vão se casar, será muito chato ficarem morando com um amigo e os filhos dele. — Tentei explicar meu lado.

— Eu te ajudo a arrumar um lugar, sei que o seu problema não é dinheiro. Só escolha um lugar e eu resolvo o resto.— A olhei pensando um pouco nisso e dei um sorriso triste.

— Como eu disse, se fosse só eu, eu ficava. Renesmee se habitua bem aos lugares mas Anthony nem queria vir eu que o obriguei por não querer deixar ele na responsabilidade de outras pessoas. Eu não posso mudar minha vida e dessas crianças tão radicalmente por conta de Isabella. Não me leve a mal, eu a respeito muito mas o único laço que temos são nossos filhos que ELA decidiu não assumir. — Jane ficou parada sem saber o que dizer. Queria poder ficar mas não mudaria meu pensamento. Eu não tinha mais nada com Isabella e tirando o fato de que eu poderia ficar aqui e ela magoar meus filhos, e aí como seria?

— Você tem razão... Me desculpa, eu não pensei nisso. O problema é que ela não parece disposta a esquecer tão fácil assim. — Ia responder mas escutamos uma batida na porta de vidro.

— Já terminaram? Parece que tem alguém com fome. — Isabella olhando com um pouco de nojo Liam que estava todo babado já que mordia as mãos sem parar. Sorri com seu nojo idiota.

— Onw! Vem na mamãe meu amor. — Jane disse pegando o menino no colo.

— Vá alimentar seu filho, nós já vamos. — Disse olhando para Jane e depois para Isabella para ver se a mesma concordava.

— Eu sei que não ajudei tanto mas realmente é pelo bem de vocês. — Jane nos olhou se desculpando. — Eu realmente amei ver os dois.

— Também amei te ver e ver esse bebê lindo. — Disse acariciando rapidamente a cabeça de Liam. — E você nos ajudou muito. Desculpa ter vindo sem avisar.

— Pode ter ajudado o Edward mas a mim... — Isabella sussurrou e eu a olhei de cara feia.

— O que é? Ela ficou conversando só com você. — Deu os ombros como uma criança ciumenta nos fazendo rir.

— Mais uma vez obrigado . — Agradeci esquecendo Isabella.

— Que isso... Espero te ver mais vezes. — Ela disse com um enorme sorriso. Retribui até que senti alguém pegando minha mão. Olhei para Isabella que olhava Jane de um jeito desafiador.

— Vamos logo. Tchau, querida. — Swan disse falsamente para Jane e antes de ir embora beijou Liam. Acenei para a loira e segui Isabella que na hora que saímos da vista de Jane soltou minha mão brutalmente e foi de cara emburrada até o carro batendo a porta ao entrar.

— Que foi agora? — Perguntei a maluca enquanto colocava o cinto e começava a dirigir.

— Ela é casada! E tem um filho. Achei que quem não tinha decência aqui era eu. — Disse cinicamente me olhando por alguns segundo e depois virando o rosto.

— O que? Do que esta falando, sua doida?

— De você, Cullen! De você de conversinhas secretas e sorrisinhos para aquela garota. — Disse visivelmente irritada me fazendo bufar.

— Ah, pelo amor de Deus, Isabella! Nós viemos até aqui porque você me ligou chorando no meio da noite. — Falei irritado também com sua ingratidão.

— Se eu soubesse que em vez de ser uma pessoa que me ajudasse fosse uma loira gostosa que ficasse dando em cima de você eu não teria pedido nada. — O que? De onde Isabella tirou que Jane estava dando em cima de mim? Ela realmente estava malu... Interrompi minha linha de raciocínio com outro pensamento que me fez abrir um enorme sorriso.

— Você está com ciúmes! — Acusei a vendo ficar com mais raiva.

— Babaca, eu não sou lésbica! — Ela disse e eu tentei entender e quando isso aconteceu bufei com sua burrice.

— Não, idiota. Não ciúmes da Jane e sim do gostoso aqui. — Expliquei a vendo corar.

— Claro que não! Só acho que você deveria ter me ajudado e não me mandado ir lá pra fora enquanto ficava de papinho com ela. — Pensei em dizer o que eu e Jane estávamos conversando mas pensei melhor e resolvi guardar para mim.

— Eu não estava de “papinho” com ela. Você é muito ciumenta, Isabella.

— Não é ciúme. — Revirou os olhos com a voz cansada.

— É sim.

— Não é.

— Claro que é.

— Claro que não.

— Sim.

— Não.

— É sim, é sim, é sim.

— É não, é não e não! Para de ser idiota.

— Para de ser infantil e aceita logo. — Disse e ela ficou quieta alguns segundos e de repente virou o corpo todo pra mim.

— Então é. — Disse com firmeza e eu a olhei sem entender.

— É o que?

— Ai, burro! — Bateu a mão na cabeça com impaciência. — Você tem razão, estou com ciúmes. — Ela disse me pagando de surpresa.

— Wow. — Foi a única coisa que consegui dizer.