Aquele sentimento... escrita por Pedro Fukae


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Hey! Decidi abordar um novo tema pra escrever, será que vão gostar? Espero que sim... E, para os novos (as) leitores (as) sejam bem vindos. o/



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Florence sempre soube que era diferente da maioria das garotas, tinha certeza disso, e não se importava nenhum pouco com isso, mas pelo contrario, gostava bastante. Não era de seu feitio ser igual aos outros... Quanto mais diferente, melhor. Claro, sem exagero, tudo tem seu devido limite. A única coisa que lhe deferência das outras garotas é... Digamos, seu gosto. Enquanto elas gostam de garotos, Florence prefere as garotas. Simples assim, nenhuma coisa de outro mundo. No seu interior sempre soube disso, mas, por algum motivo, não conseguia acreditar naquilo. Até quando aquele dia chegou, depois disso não tinha como mais negar, ela era lésbica e não ia tentar mudar de forma alguma isso.

Aquele dia não foi tão diferente dos outros. Escola, casa, estudo... Todas as obrigações de uma garota que está a ponto de finalmente terminar seu ensino médio. A diferença dos outros dias era que aquele dia era uma sexta, ou seja, iria sair pra algum lugar, como de costume. A noite já começava a pegar e Camila, uma de suas melhores amigas, pediu para que ela fosse a sua casa para lhe ajudar com sua roupa. Florence não conseguia entender a dificuldade que suas amigas tinham pra escolher uma roupa, afinal, é apenas uma roupa! Porque não eram iguais a ela, que abria o armário, olhava por alguns minutos suas escolhas e então pegava algo que combinava? Era tão simples... Depois de arrumada, avisou para a mãe e foi andando para a casa de amiga. Usava um short curto, mas nem tanto, da cor preta e uma blusa branca de seda, apenas com seus documentos e cartões no bolso. Odiava andar com bolsas e afins. Quando chegara ao seu destino, como sempre, apenas abriu o portão e entrou, cumprimentando as pessoas que via pela frente, enquanto ia para o quarto da amiga.

- Então garota, qual é o problema? – Disse, antes mesmo de terminar de abrir a porta do quarto. O que pouparia um pouco a voz, já que Camila ainda estava no banheiro, terminando de tomar seu banho. Florence soltou um suspiro, revirando os olhos em seguida. Nem o banho ela tinha terminado ainda... Sentou-se na cama da amiga e cruzou as pernas, balançado a perna, enquanto esperava pela garota. Escuta a porta do banheiro ser destrancada e então apoia suas mãos na cama e inclina o corpo um pouco para trás. – Já era hora né minha filha?

- Ué, ninguém me avisou que você tinha chegado não, filha. – Disse Camila, que estava com uma toalha enrolada no seu corpo e outra em seu cabelo. – Eu tive que lavar o cabelo, ele tava fedendo...

- Nossa, você ainda vai passar chapinha e essas coisa tudo? – Disse, se levantando, ameaçando ir em direção a porta. – Olha que eu vou embora sem você hein.

- Relaxa menina. Eu vou só secar o cabelo... Vou com ele encaracolado mesmo. Ou você acha melhor ele liso? Porque...

- Encaracolado. Encaracolado!

Ambas riram. Florence voltou a se sentar na cama e sua amiga, depois de trancar a porta de seu quarto, andou até o armário, segurando a toalha pela parte de cima, subindo a mesma de vez em quando. Escolheu algumas peças de roupa e foi jogando tudo em cima da cama, ao lado da garota que lá se encontrava. Quando, enfim, achou que o numero de roupa estava bom para experimentar, se virou com um sorriso simpático para a amiga. Até então aquilo estava sendo mais que o normal e Florence estava com a mesma cara de tédio que sempre ficava em situações como aquela. Até Camila se virar e andar em sua direção. A garota engoliu em seco e arrumou a coluna, sentando de forma ereta na cama. Sua amiga tirou a toalha e a colocou em cima de uma poltrona ali por perto, ficando totalmente nua em sua frente. Seu coração começou a bater mais rapidamente, o que era aquilo? Seus olhos deslizaram por todo corpo da amiga, estavam praticamente arregalados...

-Florence... Que foi? – Perguntou à amiga, achando muito estranho aquela reação, enquanto terminava de secar o cabelo com a toalha.

- Er... Nada, nada. Só acho que isso vai demorar bastante, aff. – Disse, tentando mudar de assunto rapidamente. Não sabia explicar direito, nunca tinha sentido aquilo antes, mas estava desejando tocar no corpo de Camila... – É só impressão ou ficou muito quente de uma hora para outra?

- Acho que é só impressão... Quer que eu ligue o ventilado?

- Não, não precisa.

Florence tentava de todo jeito não ficar encarando os peitos da amiga, o que era uma tarefa um tanto quanto muito difícil para ela, mas estava se esforçando bastante. Tentava arrumar uma maneira de ajudar a amiga sem ficar muito perto da mesma, cuidando para que nem ao menos tocasse nela. Sabia que não conseguiria se conter e isso não seria nada legal. Depois de muito esforço, conseguiu achar a roupa ideal para a amiga, agora só faltava a mesma terminar de passar maquiagem e arrumar o cabelo, ou seja, ainda faltava bastante coisa.

- Como eu imaginei. A gente ta atrasada. – Disse Florence, parada na frente da amiga, cruzando os braços. – Sabe que odeio chegar atrasada nos lugares...

- Relaxa flor, chegar atrasado nem é tão ruim assim... E além do mais a gente nem tá tão atrasadas assim.

- Não, não. Só quinze minutos. Quinze minutos! Ou seja, até a gente chegar lá, vai ser no mínimo meia hora de atraso. Odeio chegar e o lugar ta cheio de gente olhando pra mim.

- Ai, ta bom. Vamos logo então.

O local da festa não ficava tão longe dali, então foram a pé, com a companhia do irmão mais velho de Camila, claro. Afinal, as duas estavam arrumadas, com dinheiro, cartão e era noite... Não preciso explicar mais. Chegaram no lugar e já dava pra escutar a musica alta do lado de fora da casa. Florence tentou imaginar o estado as pessoas que se encontravam lá dentro. Tentaram bater, gritar, mas ninguém apareceu... Claro, nunca conseguiriam ouvi-los com o som daquela altura. Camila pegou o celular e começou a digitar uma mensagem para Carol, que era a dona da casa. Em poucos minutos a mesma apareceu abrindo o portão com um sorriso imenso em seu rosto, abraçando as duas amigas logo em seguida, se despedindo do irmão e fazendo as duas entrarem.

O local não estava tão decorado, até porque não era uma festa muito grande, era apenas para os amigos e alguns amigos dos amigos. Mas enfim. Tinha uma maquina de fumaça e um jogo de luzes, o que já era o suficiente para Florence. Isso sem contar as bebidas, é claro, que não eram poucas. A garota cumprimentos alguns de seus amigos que se encontravam por ali e logo foi em direção às bebidas, passando a língua por entre os lábios. Pegou uma cerveja long neck e, depois de abrir a mesma com a mão, começou a beber da mesma. Não era das melhores, mas era boa. Feito isso andou até a pista de dança e começou a dançar junto com as pessoas ali. Não sabia muito bem que musica era aquela que estava tocando, mas com certeza era uma eletrônica.

Sua noite se resumiu, basicamente, naquilo. Dança, bebidas e “fofocas”. Isso durou até as duas da manha, onde as pessoas começaram a ir embora devido a hora. Tinha em média dezessete anos, tinham hora para voltar pra casa. Florence não, já que iria dormir por ali... Depois que todos saíram, sobraram seis pessoas. Florence, Camila, Carol, Breno, Lilian e Rafael. Ainda estavam bebendo e conversando, apenas escutando a musica, que já não estava tão alta assim. Claro, não queriam que os vizinhos ligassem para a policia, não ia ser nada agradável.

-Gente, tive uma ideia! – Carol começou a falar, de uma hora para outra. – Vamos brincar de verdade ou consequência... Faz tempo que não fazemos isso.

- Tem um motivo pra isso, né Carol... – Disse Florence.

- Ah flor, deixa disso vai. Vamos brincar logo. Vou pegar a garrafa. Sentem ai no chão mesmo. – Florence sabia que aquilo não ia acabar de um jeito bem diferente do jeito que começou, mas ficou quieta. Poderia ser divertido. Sua amiga volta com a garrafa na mão e um sorriso no rosto. – Vale tudo, absolutamente tudo. – Depois de soltar essa “bomba” apenas colocou a garrafa no chão e a girou. – Camila pergunta para Florence.

- Verdade ou consequência? – Sua cabeça estava a mil, não sabia o que escolher, as duas coisas eram muito arriscadas... Mas tinha escolher algo.

- Verdade.

- Porque você ficou toda estranha lá em casa, quando tava me ajudando a escolher minha roupa? – Droga! Tinha que ter escolhido a bendita consequência, sabia que ela faria essa pergunta. Todos os olhos se focaram na menina e, depois de respirar, respondeu.

- Foi a primeira vez que você ficou pela na minha frente né Camila. Como você acha que eu ia agir? – Falou normalmente, sem hesitar nem mesmo uma vez. Os garotos se olharam e riram com a resposta. O resto pareceu engolir a resposta.

- Ok, ok... Minha vez? – Disse, pegando a garrafa e girando a mesma. – Rafael pergunta pra mim. Nem precisa perguntar, escolho consequência, porque eu sou é corajosa. – Disse, por fim, rindo. O garoto pareceu estar pensando em alguma coisa e, depois que olhar para o amigo e soltar um sorriso de lado, voltou o olhar para a garota e começou a falar.

- Como a flor já viu, nada mais justo de todos nós vermos. Então meu desafio é que você fique sem blusa e sem sutiã até amanha. – Ao ouvir, Florence engoliu em seco novamente, será que aquela sensação iria voltar novamente? Camila começou a tirar a roupa e ficar do jeito que tinha que ficar, enquanto isso sua amiga ficava cada vez mais nervosa, levando em conta que estava sentada ao seu lado. – Carol pergunta pra Breno.

- Pode mandar bala na consequência, não tenho medo não.

- Escolha errada, nego... – Disse, com um sorriso em seu rosto. – Mas como não pode mudar, vamos lá... Quero que você dê um beijo de língua no Rafael.

- O QUE? – Disse, arregalando os olhos. – Eu não vou fazer isso mesmo!

- Ah mais vai sim. Você concordou em jogar e disse que não tinha medo de nada. A culpa não é minha você ter escolhido consequência. – Disse, cruzando os braços, com uma voz autoritária. – Agora lide com isso. – O garoto respirou fundo e seu rosto começou a ficar vermelho, só não sabia dizer se era vergonha ou nervosismo. Rafael estava mais do que puto, mas aceitou aquilo calado, não tinha o que fazer. Ambos os garotos ficara se olhando por um tempo. – Andem vocês dois... Não temos todo o tempo do mundo não. Beija logo. – O garoto olhou para Carol com um olhar fulminante e depois voltou o olhar para o amigo. Então ambos se aproximaram e foram fechando os olhos. Finalmente seus lábios se tocaram e então ambos colocaram a língua dentro da boca do outro, de um modo que as garotas pudessem ver a língua, para não mandarem fazer novamente. O beijo foi mais demorado do que o normal, mas as garotas não falaram nada, só se entreolharam e riram.

- Satisfeita? – Disse Breno, se afastando do amigo, passando a palma de sua mão em sua boca. – Eita que você tá lascada comigo mulher.

- Veremos, lindo. – Disse, rindo. – Hm... Breno pergunta pra Lilian. – De todas por ali, Lilian era a que menos falava e a que menos se relacionava com o pessoal. Ela era muito tímida.

- Eu escolho verdade...

- Hum... É verdade que você ainda é virgem? – Não tinha a menor ideia do que perguntar, a única coisa que veio a sua cabeça fora aquilo. Provavelmente já sabia a resposta, mas perguntou de um jeito ou de outro. Depois de um tempo pensando a garota respondeu.

- Não... – Quando ela disse aquilo todos os olhares focaram nela, todos os olhos arregalados. Ninguém estava acreditando naquilo. Como assim Lilian não era mais virgem?

- Pode contar essa história direito garota. – Disse Florence. – Porque não contou isso pra gente antes?

- Ai gente, não é nada demais... Depois a gente fala sobre isso, vai, roda a garrafa. – A garota estava com as bochechas rosadas, nitidamente morrendo de vergonha, o que fez eles rirem daquilo. – Rafael pergunta pra Flor.

- Continuo querendo verdade...

- Ok... É verdade que você ficou com o João Victor? – Ela olhou para Camila e riu com aquilo, se lembrando daquele dia. Não tinha sido aquelas coisas, com certeza aquele menino não sabia beijar, mas claro que não ia falar isso.

- É verdade. Mas ó, não é pra espalhar. Vai, continua... Breno pergunta pra Carol. – Nesse momento todos riram e ficaram esperando ansiosos.

- Eu não tenho medo de você não Breno. Eu escolho consequência. Me mostra o que tem pra mim garoto.

- Eu quero que você passe a língua pelo peito da Camila. – Falo com a maior cara de pau do mundo. A principio não achou que ela iria aceitar, então já estava pensando em outra coisa, mas a garota não disse nada, apenas começou a se aproximar da amiga, que estava com um sorriso no rosto. O garoto arregalou os olhos e, quando Florence viu aquilo, seu coração voltou a disparar novamente e aqueça sensação começou a voltar novamente. Carol colocou a língua para fora e começou a passar em volta da aureola do peito da amiga, lenta e delicadamente. Até chegar no mamilo, onde deu uma leve mordida e sorriu.

- Era isso que você queria? – Disse, voltando o olhar para o garoto, que, juntamente com seu amigo, estava quase babando. Enquanto isso Florence tentava controlar sua respiração para que ninguém percebesse. Ela estava com um desejo de fazer a mesma coisa, mas por bem mais tempo. Mordeu o lábio e voltou a atenção ao jogo.

Depois disso ficaram jogando por bastante tempo, um beijando o outro, um tocando o outro em todas as partes do corpo... Florence sempre se via olhando par aos peitos da amiga, mas sempre tentava desviar, para não chamar atenção a ninguém. O dia começou a amanhecer e todos estavam dormindo no quintal, um no colo do outro, Camila já tinha colocado sua blusa novamente. Depois disso as coisas não foram as mesmas... Florence sabia qual era seu desejo, não podia mais negar aquilo, era bem mais forte que ela. Só não sabia como falar isso para alguém, com medo do que a pessoa iria achar. Mas isso com o tempo, quem sabe ela consiga.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado... Sim, fiz o final de proposito, para ter um gostinho de quero mais. uahsuahsua >