Beth riu e saiu da barraca.

–Desgraçada... Sussurrei.

–Eu ouvi isso. Ela gritou.

Coloquei minhas mãos sobre a flecha, contei até três e puxei de uma vez. Eu gritei de dor, como não gritar em uma situação como essa?

Tirei a camiseta que John tinha me emprestado e voltei a ficar só de sutiã novamente. Olhei para a ferida e realmente estava muito profunda. Fiquei sem saber o que fazer.

Se eu ficar ali sozinha, vou morrer por causa de uma hemorragia.

Eu apoiei meu braço direito no chão e consegui me levantar, apesar da dor. Peguei a camiseta e coloquei em cima da ferida.

“Essa Beth não é normal” Pensei pra mim mesma.

Sai da barraca e não havia ninguém por perto. Lucca não me mostrou onde era a barraca dele. Então resolvi ir pra mesma barraca onde Lucco colocou a Beth. Se lá fosse algum tipo de “enfermaria” tinha que ter uma enfermeira.

Quando cheguei perto da barraca tinha uma luz dentro dela. Fiquei na esperança de ser alguma enfermeira. Quando eu abri o zíper a única coisa que eu vi era John beijando Beth.

Eu fiquei incrédula da. Antes de eu sair dali, John largou ela e veio até mim.

–Ai meu Deus. O que aconteceu com você? Então ele me ajudou a se deitar na maca.

Beth me olhava assustada, como se dissesse para mim não falar que foi ela.

–Eu deixei uma flecha embaixo de mim sem perceber, e acabou entrando em mim.

–Beth, vai buscar água. E chama o Demon.

Então John foi se morder para me dar seu sangue. E eu neguei com a cabeça.

–Não quero seu sangue. Me dê pontos como um médico normal faria. Por favor, não me de sangue novamente.

–Mais Luna, foi muito fundo. Você pode ter uma hemorragia interna. Falou ele preocupado.

–Acho que já estou tendo uma hemorragia interna. Eu sorri e minha visão ficou escura.

John. Pensamentos.

–Droga, Luna. Acorda. Luna. Eu dei uns tapinhas em seu rosto para ver se ela acordava.

Os batimentos dela estavam desacelerando. Não tive outra opção se não dar meu sangue pra ela.

Peguei uma seringa e tirei um pouco de sangue no meu braço. Logo depois apliquei em seu braço esquerdo.

Seu coração pegou velocidade novamente, mais ela não acordou.

–Ela vai ficar bem. Falou Beth entrando na barraca novamente ao lado de Demon

–Beth me falou o que houve. Falou Demon chegando mais perto do corpo de Luna.

Beth me entregou um pequeno balde com agua e uns panos limpos, eu falei que não precisava mais. E ela jogou no chão e saiu brava da barraca.

–Eu cuido dela. Vou levar ela pra minha barraca. Falou Demon enquanto pegava ela no colo.

–Não. Deixa ela aqui, é melhor. Protestei mais Demon não deu atenção.

–Escuta, sua namoradinha esta brava com você. Sugiro que corra atrás dela. Falou Demon e então saiu da barraca.

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Demon – pensamentos.

Coloquei a Luna deitada no meu colchão e me sentei ao lado dela esperando-a acorda.

Peguei um copo de agua que estava na minha barraca e então molhei um pano e limpei o sangue que estava na barriga dela.

Fui passando o pano suavemente encima de sua ferida já cicatrizada. Seu sangue era um vermelho de tonalidade bem forte.

–O que esta fazendo? Falou Luna me assustando. Eu olhei pra ela e falei:

–Limpando sua ferida.

–Eu não sinto mais dor. Ela acrescentou.

– É porque o John te deu o sangue dele. Falei e ela ficou em silêncio.

–Então, vai me contar o que aconteceu realmente? Perguntei e deixei o pano no chão.

–O-o que esta falando? Eu já disse, apenas dormi em cima de uma flecha. Falou Luna gaguejando.

–Não minta pra mim Luna, eu já estou vivo a bastante tempo pra saber que se você dormisse em cima de uma flecha a ferida não seria tão profunda. Falei e então sorri ironicamente.

–Eu não estou mentindo, já disse.

–Claro que não... Acrescentei ainda irônico. –Você já esta bem, pode voltar para sua barraca. Falei e então levantei para abrir o zíper da minha barraca pra ela.

–Não, espera. Posso dormir essa noite com você? Falou Luna e então se sentou.

–C-claro. Concordei gaguejando. – Mais só tenho um colchão de casal, não dois. Falei para ver a reação dela.

–Sendo assim acho que você vai ter que dividir seu colchão comigo. Ela falou e sorriu.

Ela dormiu do lado esquerdo e eu direito. Não encostei nela, e ela não encostou em mim. Até que eu senti sua mão tocando em minha mão. Quando me virei para olhar ela, ela já estava dormindo. Fui para mais perto dela e abracei sua cintura. O corpo dela era quente. E me dava mais vontade de ficar perto dela. Mais já estava bom assim.

Então voltei a dormir novamente.