Doce amor. escrita por Tsukki


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480540/chapter/1

Meu nome é Edward Roberts. Tenho quinze anos. Minha família vai viajar, então eu preciso acordar cedo para irmos. Eram três horas da manhã quando acordei, no frio e com a janela aberta. Levantei-me e fui fecha-la. Quando me deitei de novo, vi que minha mãe estava no cômodo também, ela usava uma roupa calorenta, mesmo no frio.

Ela caminhou até mim e disse: - Hora de levantar, querido. – e me deu um beijo na testa, e continuou – vamos viajar, meu bem.

Levantei, coloquei a calça e uma camiseta, desci e fui para a cozinha. Tinha lavado o rosto, mas ele não estava bem.

Cheguei perto da mesa e todos olharam para mim. Meu padrasto estava com uma cara de desaprovação.

– Demorou muito, senhorzinho. – disse ele com desgosto.

– Maninho, senta aqui. – chamou minha irmã mais nova.

– Rachel, não faz isso! – falou minha mãe para a minha irmã bebê.

– Não grite com a Rachel! – rugiu meu padrasto.

– Vamos maninho, senta aqui. – chamou insistentemente a minha irmã.

Eu me sentei do lado dela, eles estavam brigando de novo. Eu os ignorei de um jeito que eu não pudesse ouvir a discussão. Só notei que estava dormindo quando eu afundei na tigela de cereal.

– Edward! Céus, garoto! – disse minha mãe saindo para pegar um pano para me secar.

Todos estavam rindo, com exceção do meu padrasto que estava de mau humor.

– Acabou o circo? Devemos ir. – anunciou ferozmente meu padrasto.

Minha mãe, e as duas meninas se calaram. Eu já havia feito às malas e as colocado na mala do carro no dia anterior, como todos. A única preocupação era chegar lá primeiro.

Minha mãe falou que ia acompanhar um casal, que ela os conheceu na ioga. Todos consentiram.

Esperamos por mais alguns minutos para dar às quatro horas da madrugada, para o casal chegar. O carro deles ,que era preto, tinha pelo menos umas cinco crianças lá dentro, e não cabia ninguém.

Uma moça alta com o cabelo encaracolado de um tom caramelo, chegou perto da minha mãe e disse algo. Minha mãe aceitou sem pestanejar. A mulher voltou com uma menina da minha idade.

– Ela vai conosco? – perguntou rudemente meu padrasto.

– Claro, o carro deles não cabem mais. – ela respondeu docemente.

– E você acha que aqui vai caber?

– Claro, por isso eu aceitei leva-la conosco.

Eu ouvi meu padrasto rosnar, depois abrir a porta para a menina.

Ela tinha o cabelo preto cortando para um pouco abaixo das orelhas, tinha uma franja. Usava roupas de acampamento. Ela não era bonita, suas unhas estavam roídas até o sabugo. Não usava maquiagem, tinha olheiras profundas. Era impossível acreditar que ela é filha daquele pessoal tão bonito.

Eu devia estar olhando admirado para ela, porque ela virou a cabeça mais e a afundou no vidro da porta do carro.

***

– Robert! Era à esquerda! – gritou minha mãe.

E lá vamos nós, de novo.

– Você me disse a direita, mulher! – gritou meu padrasto.

Você ouviu direita, homem!

– Estamos perdidos? – perguntou minha irmã.

– Não, Lisa, nós não estamos, seu pai só cometeu um pequeno erro. – ela disse isso lançando um olhar hostil para o meu padrasto, o olhar que ele devolveu mil vezes mais ameaçador.

Eu vi a garota dar um pequeno sorriso. Ela se virou para mim e se recostou em mim.

– Posso? É mais confortável. – disse ela.

Eu balancei a cabeça positivamente. O cabelo dela cheirava a morango.

Andamos mais cem metros até o meu padrasto admitir que nós estamos perdidos. Minha mãe buscou seu celular na bolsa, mas logo o devolveu dizendo que estava sem sinal. Meu padrasto caiu do carro e chutou os pneus do carro.

Nesse momento a menina acordou. Seu cabelo estava desgrenhado e seus olhos inchados.

– Chegamos? – perguntou esfregando o sono dos olhos.

– Pelo que sabemos, não estamos nem perto. – minha mãe disse.

Ela suspirou.

– Aliás, qual é seu nome? –continuou minha mãe.

– Eloah. – respondeu ela com uma cara azeda.

– Que nome lindo!

***

Andamos muito até chegar a um hotel. Estava de tarde, mas meu padrasto queria que fossemos deitar enquanto ele reabastecia o carro.

Eu fui explorar o local. Achei uma estranha videira nos fundos. Fui lá ver o que era. As uvas eram imensas! Peguei uma e a mordi. Eram doces e suculentas, peguei mais uma e meu instinto me disse para parar. Aproveitei e peguei uma para Eloah, Rachel, Lisa e para minha mãe.

Voltando, vi uma forma longe de todas as luzes da casa. Fui em direção à pessoa que não me pareceu tão estranha quando me aproximei. Ela estava com a cabeça para cima, vendo aquelas estrelas.

– Eloah? – chamei.

– Aqui. – ela respondeu.

Aproximei-me dela e ofereci uma uva. Ela a pegou e a mordiscou. Depois ela a engoliu apreciando internamente.

– Puxa, elas são uma delicia! – exclamou ela.

– Também achei, tem mais aqui.

Conversamos até o relógio de Eloah dar meia noite. Perguntei-me se ela faz isso todas as noites, o por isso das olheiras.

– Foi legal conversar com você, Edward, eu precisava disso. – ela disse docemente.

– N-não foi nada. – ainda bem que estava escuro ai Eloah não poderia me ver enrubescer.

Acompanhei-a até o seu quarto. Depois fui para o meu. Uma estranha sensação de ansiedade me tomou.

O que era isso? Algo novo.

Eu não tinha certeza, mas a causa era Eloah.

Talvez... eu esteja apaixonado... por Eloah...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce amor." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.