Sweet escrita por Mari N


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu na audácia de postar, pela primeira vez, um fic de Kyoukai no Kanata :')
Não, eu não curto essa história de incesto, mas é que... Esse dois... Foi inevitável :3
Esses dois lindos e perfeitos, UGH ♥~
Enfim, sei que a tag de Kyoukai no Kanata não é muito frequentada por aqui, mas eu simplesmente preciso postar essa história antes que eu exploda u.u

Bem, nada mais a ser escrito aqui não notas iniciais então... Espero que gostem. Boa leitura (;

* P.s.: Essa capa linda de perfil é um cosplay, sim :3



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Primeiro de tudo, para começar, ela não sabia o porquê de estar ali e nem o que estava fazendo ali exatamente. Certo que sua paixão era a literatura e que era loucamente apaixonada por ler, de tudo, mas ela tinha a estranha e absoluta certeza de que já era hora de ela sair da biblioteca da escola. A qualquer momento algum inspetor poderia aparecer por ali e pegá-la sentada em uma cadeira qualquer com os olhos nas páginas de um livro e sem noção de hora e de lugar. Certo, agora havia chegado a hora de ir para a casa e...

Uma veia saltava subitamente em sua testa. Havia um quesito muito, muito, importante. Hiroomi. Ele já não era uma pessoa muito normal na maior parte do tempo, mas é que agora ela havia ficado insuportável e era extremamente possível que ele quebrasse o espelho se ele se olhasse em um, tamanha era a irritação de Hiroomi. E o motivo poderia até ser explicável já que agora ele representava a família Nase em todos os assuntos. Mas um fato ainda mais verdadeiro é que tudo em seu irmão a irritava. Mitsuki se irritava até com a sombra do mais velho. Assim mesmo, sem motivo algum. Apenas pelo fato de ele respirar. Existir.

Ele a irritava porque era seu irmão. Ele a irritava profundamente porque era impossível de ignorar a presença dele. Ele a irritava porque ele mexia com ela. A níveis alarmantes. A níveis extremos. Em um grau perigoso demais. Se perdera em pensamentos perturbadores demais e agora precisava ir embora, o mais rápido possível.

Os outros três, Hiroomi, Akihito e Mirai, provavelmente estavam na sala do clube ou já haviam ido embora. Mitsuki respirou intensamente, levantou-se da cadeira e dirigiu-se à prateleira para que pudesse devolver o livro ao seu devido lugar. Como o normal a garota trazia na boca um pirulito de sabor delicioso, uva. Sorriu internamente. Uva. Era o sabor preferido de Hiroomi. Ela sabia disso. Colocou o livro no espaço vazio da estante enquanto a mão livre segurava o pirulito por breves instantes enquanto se virava para seguir caminho e ir para casa.

Certo, ela não sabia por qual motivo ela estava ali na biblioteca até aquele presente momento. Mas havia uma outra coisa que ela havia acabado de descobrir que também não sabia, nem o motivo e nem como. Mas ela estava ali, e estava naquele exato instante entre a estante e um corpo masculino. Inspirou fundo. Pelo cheiro ela já sabia de quem se tratava, ao erguer a cabeça apenas confirmou o que já sabia. Ali estava Hiroomi, com seus 1,78 de altura, a olhando de cima. Mitsuki piscou. Sentiu a mão maior envolver seu pulso direito e depois o que viu foi a boca de Hiroomi captar o pirulito que ela segurava. A boca secou e ela sentiu que se esquecera de como respirar por breves segundos.

Aqueles intensos olhos verdes agora olhavam diretamente nos olhos dela. Havia um brilho interessante ali, ela identificou, que escurecia os orbes esverdeados e a intrigava. Ela queria mais. E ela queria o pirulito de volta. Inflou as delicadas bochechas enquanto puxava a mão direito com o intuito de tirar o pirulito da boca do maior. Sem sucesso.

Mitsuki respirou fundo e resolveu soltar de vez o pirulito e ir embora. O que, obviamente, ela não conseguiu fazer, já que Hiroomi fizera questão de não soltar seu pulso. Os lábios masculinos repuxaram-se levemente para o lado enquanto os dentes brancos prendiam o pirulito na boca. Mitsuki corou. Aquele tom rosado adorável que tomava conta das bochechas dela e que ultimamente ela não conseguia esconder. Corava mais que o necessário na presença do mais velho e isso a irritava profundamente. Não queria que ele tivesse esse efeito sobre ela. Eles eram irmãos!

– Uva, Mitsuki?

Por Kami o que era aquilo que ele fazia com ela? Ouvir aquela voz profunda e rouca a deixou completamente arrepiada e por instantes ela se viu em outro lugar que não ali. Hiroomi retirou o pirulito da boca e o levou na direção da boca da menor que, voltando de seus pensamentos duvidosos, abriu a boca para que pudesse habitar novamente a deliciosa guloseima que ela tanto amava.

– Algo de estranho nisso, Hiroomi?

Ele apenas balançou a cabeça levemente de forma negativa enquanto falava um suave “nenhum”. Mitsuki mordeu o pirulito e jogou o cabinho na lixeira que havia próxima. Mastigou e engoliu o que havia em sua boca, passando a língua pelos lábios em seguida, enquanto pensava em passar por Hiroomi e ir direto para a sua casa, porque agora ela precisava de um belo banho.

Apenas pensou. Porque agora via seu corpo sendo deliciosamente prensado entre a estante de livros atrás de si e o corpo firme de Hiroomi, involuntariamente um gemido escapou de seus lábios rosados. O próximo acontecimento foi ainda mais surpreendente que todos os outros, ou não tão surpreendente assim já que ela esperava por aquilo. Ela esperara por aquilo durante tanto tempo...

Seus lábios agora eram esmagados de forma firme, e nada delicada, pelos lábios masculinos. Deliciosos. Aquele beijo seria eternizado pelo sabor de uva. E pelo sabor de sentimentos contidos que estavam explodindo dentro da boca de ambos os jovens. Tudo estava presente naquele beijo. Nos lábios colados, nos corpos tão pertos, nas línguas que se acariciavam e lutavam por domínio. Nas mãos dele que segurava a cintura feminina e erguia o corpo delicado do chão. Agora eram sentimentos, sabor de uva, bocas, línguas. Eram as pernas que envolviam os quadris masculinos. As mãos que acariciam a nuca alheia e puxava alguns fios dos cabelos negros. E agora eram os suspiros que escapavam dos lábios femininos, agora vermelhos e inchados. Tudo sendo causado por um mesmo ser em um mesmo lugar. Hiroomi e a biblioteca da escola.

Mitsuki se sobressaltou e de repente rompeu o beijo enquanto tentava se livrar do abraço forte do maior.

– Hiroomi, essa é a biblioteca da nossa escola!

E então tudo pareceu tomar forma e espaço para ele. Sim, eles estavam na biblioteca da escola, agora ele se lembrava. E ainda bem que ela havia lembrado. Ele respirou fundo. Suspirou. Respirou fundo mais uma vez. Afrouxou os braços da cintura dela e a permitiu voltar ao chão. Ambos respiravam com certa dificuldade devido à intensidade dos acontecimentos. Hiroomi de repente se tornou ciente dos fatos. Surpreendentemente se sentiu envergonhado e abaixou a cabeça.

– Desculpe. – Foi o sussurro que ouviu dos lábios do maior, se não fosse a proximidade de ambos no momento ela não teria sido capaz de ouvir.

Mitsuki se deu conta do que aquilo significava e se sentiu um pouco assustada, mas não tanto quanto imaginava que ficaria. Isso a surpreendeu mais do que o ato em si. E de repente ela já não ligava para coisa alguma e não queria saber do resto. Puxou Hiroomi pela gola da camisa e colou os lábios de ambos mais uma vez. Dessa vez por iniciativa somente dela. E foi a vez do mais velho se sentir absolutamente surpreendido e fora de rota. Mas nem a surpresa do ato dela o impediu de responder à altura.

A mão dele estava na nuca dela, o que o permitia intensificar o beijo e a estimular ao acariciar o local. Sentia que um dos pontos fracos de Mitsuki era naquele local. Pelo menos a intuição dele estava certa. Confirmou isso ao ouvir um som adoravelmente excitante vindo da boca dela. Mordiscou levemente o lábio inferior feminino e encerrou aquele beijo ali, antes que não pudesse mais se controlar.

Olhou intensamente nos olhos dela e viu tudo o que precisava ver. Soube tudo o que precisava saber. Eles não precisariam de palavras ou de declarações, estava tudo nos olhos de ambos. E nos dela também havia o medo. Um medo que ele também tinha, mas que não queria colocar em pauta. A verdade é que tudo o que eles queriam era aproveitar o que haviam acabado de provar por muito mais tempo, o quanto mais durasse melhor. E eles simplesmente fariam durar. Naqueles olhos havia muito mais do que medo. Havia paixão. Havia fome. Havia vontade. Havia desejo. Poderia não haver amor, mas isso era um mero detalhe e não um defeito. Eles se desejavam e eles se teriam.

Porque eles eram doces. Uma mistura de uva e limão. Era uma mistura estranha. Mas era uma mistura única. E era doce.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Amaram? Detestaram? Por favor, reviews (;

Então, classifiquei como +16 por pura precaução e acho que fiz mais do que certo. Melhor prevenir qualquer tipo de advertência. Bem... Espero que tenham gostado. Vejo-lhes nos reviews (?). A opinião de vocês é de extrema importância para a minha pessoa.

E não, essa não é a minha primeira fic de Kyoukai no Kanata, tenho outra já mais que pronta, mas ainda precisa de uns ajustes... E de um título, então... :'D

Obrigada pela atenção e até mais, quem sabe (;