Skinny Love escrita por Aravis


Capítulo 4
Could we freeze this?


Notas iniciais do capítulo

Capítulos grandes de novo! Yaaay!



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Percy P.O.V

O Sol se levantava preguiçosamente. Já era hora de levantar. Tyson estava dormindo feito um bebê na cama de cima do beliche ao lado. Tinha conseguido férias de 1 ano e meio. Como? Nem eu sei....

Me levantei, fui para o banheiro, tomei banho e me vesti. Enquanto tomava banho fiquei disposto a retomar minha vida. Não era porque ela tinha partido que eu precisava chorar o dia inteiro na minha cama a ponto de quase me auto-mutilar. Não era mais uma questão de precisar, agora eu simplesmente não podia! Nico estava com a cabeça fodida por minha causa, era minha obrigação cuidar dele, mesmo que ele recusasse.

Fui para o refeitório, lá já estavam postos alguns pratos de comida diferenciados. Peguei algumas fatias de peito de peru e dois pães. Coloquei um pão e duas fatias de peru no braseiro e me sentei na mesa do Chalé. Sozinho. Não sozinho apenas na mesa, mas no ambiente também. Não havia um semideus acordado, pelo menos eu achava que não.

Terminei de comer e fui para a enfermaria ver Nico. Tinham três macas ocupadas, em duas delas haviam um menino e uma menina em coma ou dormindo, não sabia ao certo. E na última estava ele, dormindo feito um anjo.

Aparentemente Sophia tinha passado a noite aqui. Estava sentada ao lado dele com a cabeça na maca, o cabelo caindo no rosto e quase caindo da cadeira. Me aproximei dela calmamente para não assustá-la.

"Sophia..." Balancei ela de leve e ela acordou. Eita sono leve. "Vai pro chalé dormir direito. Eu tenho certeza absoluta que essa posição não é muito confortável"

"Ah... okay. Obrigada Percy. Tchau!" Ela se levantou e saiu rumo ao Chalé 13. Me sentei tomando o seu lugar. A cabeça dele já parecia melhor. Isso era bom.

Depois de umas 3 horas ele finalmente acordou. Ele era extremamente fofo e lindo ao acordar. Espera, fofo e lindo? Eu tinha certeza absoluta de que não era gay ou bi. Não ia ser agora que eu ia começar a beijar e a transar com garotos.

"Bom dia, Percy..." Ele sorriu, ele era tão amável.

"Bom dia Nico. Como está se sentindo?"

"Bem, eu acho. Onde está Sophia?"

"Foi pro Chalé 13. Ela estava exausta coitada."

"Ah sim. Tem alguma ideia de quando eu saio daqui?"

"Hoje à tarde."

"Obrigada."

E o silêncio tomou conta. Foi se apossando de cada micro espaço. Se não fosse pelo barulho que estava entrando pela a janela seria constrangedor.

Finalmente Nico saiu de lá. Já deveriam ser umas 3 da tarde quando ele saiu. Não, não aconteceu nada de mais em 6 horas. Ficamos jogando papo fora, dormimos, comemos. Um tédio desgraçado.

Nico falou que queria me levar a um lugar para fazer alguma coisa que eu não fazia ideia do que era. Quando tiraram a faixa da cabeça dele deu para perceber que rasparam parte de seu cabelo para costurarem o lugar que tinha aberto. A sorte dele era que, como o cabelo dele era relativamente comprido, dava para pentear de um jeito que o cabelo cobrisse a parte careca.

Fomos até o Chalé 13 para ele trocar de roupa e me levar até o tal lugar. Trocou a calça praticamente colada e suja por uma folgada do mesmo tom de preto, e com um cheiro de amaciante que dava para sentir de longe.

"Bom, vamos?" A voz dele me arrancou de meus pensamentos. Rouca como sempre, era de encher qualquer garota de tesão. Como eu sei disso? Já ouvi garotas que precisaram de um "momento a sós", se é que me entende, depois de passar 1 hora conversando com ele ou menos.

"Vamos"

Ele foi me guiando até a floresta e depois por dentro dela, até chegarmos em uma cachoeira. Eu tinha vindo uma vez até aqui a uns anos, junto com Annabeth. Pelo o que me lembro o lugar não parecia muito diferente. Uma das únicas coisas diferentes era que agora algumas árvores estavam parcialmente torradas.

"Vai querer entrar?" Disse nico já tirando os sapatos, a camisa e as calças.

"Vou." Disse tirando os sapatos e a camisa. "Você vai mesmo ficar apenas de cueca em um lugar onde, literalmente, as árvores tem ouvidos e olhos?"

"Vou. Algum problema? Se elas começarem a falar merda jogo todas no Tártaro. Sinta-se a vontade para tirar as calças para não molhá-las."

Bom, eu realmente confiava no Nico, e se alguma daquelas fofoqueiras desgraçadas falarem alguma merda eu tinha certeza que daria um murro na cara de cada uma. Não, eu não era violento, até o momento em que algum filho da puta vinha me encher o saco. Então eu simplesmente tirei as calças e entrei na água junto com Nico.

"Percy, o que eu vou te falar agora pode te deixar completamente puto ou não. Não sei... Mas em fim. Desde que era pequeno eu achava que sentia algo pela Annabeth, talvez ciúmes por não conseguir ter ela. Em partes eu estava certo, era ciúmes, mas não era dela, era de você! Percy, eu te amo e eu realmente não sei como expressar isso direito. Não há um dia em que você não ocupe meus pensamentos. E, você pode sair correndo agora e tentar se jogar do penhasco por achar que isso tudo é ridículo e que nenhuma garota nunca, jamais, vá te amar tanto quanto ela. Mas eu quero que você saiba que eu amo. Talvez até mais do que ela."

Ele corou. Eu corei. Ele se aproximou. Eu não recuei. Ele segurou em minha nuca e me beijou! Um beijo de verdade, nos lábios. Um momento super embaraçoso para ambos, ele estava, notoriamente, constrangido. Suas bochechas pálidas ficaram tão vermelhas que pareciam que tinham dois vagalumes com a luz vermelha dentro de sua boca.

O beijo fez parecer que havia um bicho, acho que um macaco, dando cambalhotas e piruetas dentro de mim. Meu corpo pedia mais, porém meu subconsciente dizia que isso era errado e que eu não deveria em respeito a Annabeth.

“Percy... me desculpe. Eu sou um pouco impulsivo de vez em quando.”

“De vez em sempre você quis dizer né?” Ri anasalado, aquela cena dele constrangido, todo sem graça, me divertia. Ele era como uma pequena menina indefesa.

“Viu, agora você vai ficar tirando sarro de mim!”

“Eu não disse isso.” Ele virou as costas e começou a caminhas na direção de ruas roupas. “Ei! A onde o senhor pensa que vai desse jeito?”

Dei uma corridinha e segurei seu braço, o fazendo se virar para mim contra sua vontade. “Você não a lugar algum.”

Passei meus dedos incrivelmente finos em seu rosto e comecei a me aproximar. Cada vez mais perto. Nossas respirações se uniram, se tornando uma só. Meus lábios se uniram ao dele, causando uma sensação ótima e prazerosa. Um beijo, desejado pelas duas partes, se deu início. E não importava mais o que iam pensar ou o quão ofensivo isso soasse para a alma de Annabeth. Era isso oque eu queria, eu queria ele todos os dias em minha cama, eu queria poder tocá-lo sem me sentir culpado. Eu o queria, eu o desejava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3
Sim, é só isso. Eu sou um desastre total narrando a vida romântica de dois personagens, eu acho que isso está, particularmente, bom.
(E também o flop foi grande demais)



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