Juste Attendre-I escrita por Melissa França


Capítulo 5
Le Coeur Brisé


Notas iniciais do capítulo

Os comentários tem me animado tento que estou pensando seriamente em fazer uma segunda temporada da fic, muito obrigada.

O capítulo não ficou tão grande como eu queria, para ser sincera ficou até pequeno, mas eu não podia acrescentar nada nele, tudo que acontece é para um bem maior, mas mesmo assim quebrou um pouquinho meu coração. Boa leitura!



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O sol nasceu lentamente naquela manhã, parecia estar com tanta preguiça quanto os recém-casados. Belle mesmo estando cansada acordou antes do marido e correu para o quarto da pequena Alexandra. Sorriu ao ver a menina dormindo profundamente, percorreu o rosto delicado dela com as mãos e depositou um beijo suave no alto da testa. Foi até o armário da criança e tirou as roupas que não serviam mais, há cada minuto que passava ela ficava maior e logo teria que ir embora.


Todos os dias que se seguiram a imagem dos pais da garotinha vinham mais e mais na cabeça da princesa. Belle sabia que quanto mais ficasse com Alex, mais difícil seria a separação, no entanto pediu para Rumple um pouco de tempo para se acostumar com a ideia. Ela teve dois anos e meio para fazer isso, mas aqueles meses pareciam esensiais para ter o que poderia-se chamar de despedida da menina. O prazo acabaria no aniversário da pequena, quanto mais a data se aproximava, mais Belle temia pela separação.


A magia de Rumple se fazia de forma diferente, antes ela era dada por raiva, remorso, solidão e medo. Agora vinha com sentimentos tanto de proteção, como de amor. Quando percebeu que realmente podia controlar sua magia, ou ao menos parte dela, já era véspera do aniversário de Alexandra. Caminhou até o quarto dele e de Belle e viu sua mulher lendo um livro infantil para a pequena. A menina já falava poucas palavras, então espontaneamente virou-se para mãe e indagou:


– O que é esta tal neve, mamãe?


– Como é minha princesinha? - Belle não conseguiu entender a pergunta repentina da menina.


– Na história... A moça está brincando na neve. O que é isto?


– Bom... São pequenos floquinhos brancos que caem do céu e vem parar aqui na terra. - Belle fez uma brincadeira com a mão imitando a neve caindo e levou até a palma da menina que gargalhou.


– Por que eu nuca vi?


– Porque a última vez que isso ocorreu aqui você era muito pequenina, não se lembra.


– Por que eu não me lembro?


– Acho que está na hora da senhorita dormir, não achas?


– Não. Quero saber mais sobre a neve, no castelo só tem flores, a senhora podia me levar em um lugar que...?


– Quem sabe, minha pequena? Talvez o papai te leve para um lugar repleto dela um dia... - Belle sorriu com o entusiasmo da pequena, mas já era tarde e elas precisavam dormir, o próximo dia seria complicado e doloroso.


Não demorou para as duas pegarem no sono. Era incrível como a menina lembrava a morena em tudo, desde o modo de como se portar, até as preferências. No caso delas o sangue realmente não importava. Rumpelstiltiskin já sabia exatamente qual seria seu presente de aniversário para Alex. Na manhã seguinte Belle tentava ficar por mais um tempo na cama, mas isso foi praticamente impossível. Seu marido vinha com Alex no colo enquanto a pequena sorria para mãe de modo encantador.


O coração da princesa se apertou ao lembrar, seria exatamente aquele dia que a menina teria que partir. Mal olhou-a e as lágrimas brotaram em seus olhos. O Senhor das Trevas apraximou-se dela e com um toque suave limpou a única gota que escorria por seu rosto.


– Não fique assim, Belle. Vamos aproveitar enquanto ela está aqui, além do mais o presente da Alex está lá fora. Por que não abres a janela?


A morena ainda confusa acariciou o rosto de Alexandra e caminhou para abrir a cortina dos aposentos. Uma visão tão encantadora a fez esquecer-se por alguns minutos a dor. Cada árvore, cada pedacinho do chão, tudo estava coberto por neve. Não demorou para sentirem frio, mas isso não foi problema algum, não impediu eles de correrem até o jardim do castelo. Belle agasalhou bem a pequena, o frio não a estava incomodando.


Brincaram tanto, fizeram um lindo boneco de neve, anjos com o próprio corpo, tudo lembrava Belle o curto espaço de tempo que passara com a mãe, elas sempre se divertiam na neve. As memória de Elsa a fizeram se emocionar, mas logo a pequena despertava ela de seus devaneios.


– Mamãe, olhe que lindo!


Alex tinha um floco de neve nas mãos, ele era realmente encantador, em uma forma exata. O sol foi se pondo e ela sabia que a hora tinha chegado, como explicar à uma criança que tudo o que ela viveu era uma mentira? Ela só não sabia que Rumple tinha uma solução para isso. Ele daria novas memórias à menina e aos pais, apagaria da mente de cada um que um dia ela foi levada e de quem mais tivesse contato com a famíla. Cinderella e o Príncipe Tomas nunca teriam perdido a filha.


Rum também queria apagar os três últimos anos da cabeça de Belle, mas ela não podia simplesmente deixar a dor de lado. Aceitou que era o melhor para Alex e os pais, não para ela. Aquilo já fazia parte dela e por mais que machucasse a tornava tudo que ela era. Olhou pela última vez a menina que dormia, a abraçou o mais forte que podia, retirou a gargantilha que tinha no pescoço e pendurou no da menininha.


– Para ela ter um pouquinho de mim. - Chorou e sorriu. Sorriu, pois aquela era a melhor chance da princesinha.


Observou Rumple se afastar aos poucos com a menina nos braços, eles resolveram que um teletransporte não seria bom para uma criança, demoraria alguns dias para chegar ao castelo do Príncipe, mas para voltar não teria o mesmo problema. Belle subiu até o quarto da menina, logo ele não existiria mais, um pedaço de seu coração havia sido arrancado, esmagado. Quando já não existiam mais lágrimas para escorrer ela finalmente adormeceu.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse antes ele ficou pequeno, mas prometo que o próximo será maior. Tem coisas que quebram nosso coração, mas por alguma razão tem que acontecer. Não juguem a atitude do Rum de levar a menina, pois tem coisas por vir. Bjos...



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