Demigods escrita por Catherine Malfoy


Capítulo 2
Problemas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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May White

Eu corria sem parar, e estava quase sem folego.

Assim que Megan entrou na sala da diretora, os professores se revelaram verdadeiros monstros. A diretora e a professora de Álgebra fizeram seus casacos cafonas virarem asas bizarras. Elas tinham presas e garras gigantes e ameaçadoras. Elas ficaram carecas e quase sem carne, apenas osso. O professor de Educação Física era um tipo de gigante deformado de um olho só. Ele segurava bolas de ferro que pareciam bolas de queimada e que realmente pareciam que seriam usadas para isso. Mas quem seria queimada era eu. O professor de Gramática ficou meio humano e meio leão. Mas seu rabo tinha espinhos e era pontudo; dele saiam flechas envenenadas.

Eu, Katherine, Megan e Grover começamos a correr. Já conseguimos ir até o pátio da escola, que ficava a alguns poucos dez metros da entrada. Ainda no pátio, os professores começaram a nos alcançar.

–O que está acontecendo?- gritou Katherine

–Eu explico tudo assim que conseguirmos os despistar!- gritou Grover.

A porta estava a menos de cinco metros, agora. E os quatro monstros quase nos alcançavam. Eu tive que desviar das flechas vindas do manticore várias vezes.

–Temos que fazer uma coisa- eu disse- Se não vamos acabar morrendo!

Já havíamos ultrapassado os portões do colégio, e os monstros não paravam. Katherine fechou os portões de vidro e os trancou com a chave, parando por um minuto para respirar.

–Precisamos de alguma ideia. Isso não vai segurar eles por muito tempo;

Grover pegou uma flauta de madeira e começou a tocar alguma música que eu não identifiquei. Isso fez com que as plantas que estavam na entrada do colégio começassem a se mover e a fazer um tipo de barreira viva.

–O que...

–Não temos tempo para isso- disse Grover- eles serão distraídos por alguns minutos, mas são quatro! Temos que ir rápido.

–Por que não chamamos um taxi, então?- perguntou Megan- Esses saltos estão me matando!

–Você devia ter ido vestida para a escola, não para um desfile- resmungou Katherine - Fresca.

–Sua...!- começou Megan

–Meninas!- gritei- não podemos discutir agora, sendo que estamos perseguidos por quatro monstros. Literalmente!!

–Isso me deu uma ideia- murmurou Grover. Ele tateou os bolsos por alguns momentos até achar uma moeda grande e dourada. Gritou alguma coisa em uma língua que não entendi direito de primeira, mas que imaginei ser “Pare, carruagem da danação!”. E depois jogou a moeda. Mas ao invés dela cair no asfalto, foi engolida pelo chão. O lugar em que ela desapareceu ficou todo preto, como lodo, e um carro emergiu dali.

Grover correu para dentro o taxi, enquanto nos encaramos. Resolvi entrar e as outras me seguiram.

Katherine Black

Estávamos no carro há menos de cinco minutos, e eu já queria me jogar no asfalto para sair dali.

Além de estar espremida no banco, entre May e Megan, as três mulheres que dirigiam só tinham um olho para dividir entre si. E elas andavam tão rápido que tudo a minha volta parecia ser um borrão gigante. E eu perdi a conta de quantas vezes bati a cabeça no teto do carro, tanto que pus o cinto para ver se melhorava um pouco. O cinto não era muito forte, mas segurava um pouco.

Elas pararam de repente, e Grover, May e Megan bateram a cabeça no banco da frente. Agradeci mentalmente por ter colocado o cinto, e todos me olharam com uma careta, como se eu tivesse dito em voz alta. Saímos do carro, e vi que teríamos que escalar uma enorme colina para ir a um lugar que eu nem conhecia. E nem sabia onde ou o que era.

–Não vou subir –isso disse Megan, encarando a colina- Eu ainda estou de salto, se vocês não perceberam. E não tenho nenhum sapato extra na mochila. Apenas maquiagem.

–Nossa- resmunguei, e olhei ao redor- Ali tem uma lojinha de beira de estrada, olha- aponto para uma loja, que estava há meros 100 metros daqui- chegaremos lá em uns cinco minutos, compramos um tênis para você e vamos logo para o lugar que o Grover disse. E você- aponto para Grover- É bom explicar logo o que está acontecendo e para onde vamos!

Andamos em silencio por alguns minutos, e como eu tinha previsto, a lojinha estava aberta. Entramos nela e percebi que ali haviam algumas roupas mas provavelmente nada que Megan usaria. Acho que vou comprar uma jaqueta. Só de ver aquela colina, percebo que provavelmente viraremos a noite no meio daquele mato todo.

A loja era maior do que o imaginado. No meio, havia algumas revistas e algumas coisas idiotas. O lado esquerdo tinha paredes rosas e ali ficavam algumas roupas; o lado esquerdo era branco e tinha sapatos e mais algumas baboseiras. Não pude deixar de notar que o cheiro era horrivelmente forte ali. E eu não conseguia identificar direito do que ele vinha.

–Sejam bem vindos a loja Siren’s Shop.- disse uma menina. Ela tinha cabelos ruivos de dar inveja e olhos... Bem, ela usava óculos escuros, então era difícil de saber.- Precisam de alguma coisa?

–Imagine- resmungou Megan- Vou ir para aquele lado. – disse apontando pro lado dos sapatos- Acho que vi alguma coisa aceitável ali.

–Você tem jaquetas aqui?- perguntou May.

–Sim, mas apenas no estoque- disse, como se lamentasse o fato- Você poderia ir buscar para mim?- perguntou com um sorrisinho para Grover. Ele assentiu, e abriu uma porta, que ela disse ser o depósito. Assim que ele entrou lá, ela pegou uma chave e o trancou ali.

–O que você ‘tá fazendo?- perguntou May, preocupada.

–Solta ele!- exclamei. Já estávamos no meio do nada, e Grover era o único que conhecia o lugar.

–Ih, justo semideusas petulantes? Não abri minha loja aqui para “clientes” como vocês...

–Quem é você?- perguntei, dando um passo para trás. Não somos semideusas. Por que isso?

–Ah, semideusas desorientadas. Assim é melhor- disse ela, parecendo estar se divertindo.

Ela saltou o balcão e puxou o próprio cabelo com força. Ele saiu e revelou cobras cinzas que se moviam ferozmente.

–Medusa?- perguntou May, confusa.

–Sirena- disse ela, retirando os óculos. Os olhos não me transformaram em pedra, então deduzi que ela era quase igual a Medusa exceto pelos olhos que não petrificavam. E pelo fato de seu cabelo ser bem maior, indo até um pouco além da cintura. Como ela havia pulado o balcão, estava a poucos passos de nós. As cobras nos ameaçavam.

–Estou ficando louca...

–Pode ser, mesmo- disse Sirena, divertida.

Ela se aproximou de mim, os olhos azuis ficando mais escuros, quase negros, e hipnotizantes. Além disso, eu não conseguia me mexer. Olhei para meus pés, e vi que eu estava sendo transformada em pedra.

Rose Allen

Clarisse avançou em mim, tentando me acertar um soco.

Tudo isso apenas por que eu joguei aquele escudo no chão e ele se quebrou em vários pedaços e também porque a lança estava no escudo, e ela também se quebrou.

Ela tentou me dar o soco, mas consegui desviar e dei uma rasteira nela, que me deu um soco na perna, fazendo com que eu quase caísse.

–Parem com isso, as duas!- gritou Quíron, avançando na multidão, até nós duas.

Me levantei e fiquei reta, olhando para Quíron apreensiva. Aposto que ele vai cancelar o meu presente de aniversário depois disso. Odeio a Clarisse, definitivamente.

–As duas, para a enfermaria- disse ele- Estou decepcionado com as duas.

Abaixei a cabeça e segui par a enfermaria.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu queria que vocês comentassem mais, já que a fic tem uns cinco leitores, e apenas uma comenta...
Bem, espero que tenham gostado!
Duvidas? Pergunta nos comentários c:
-May



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