Us Against The World escrita por Bia Benson


Capítulo 4
Capítulo 3 - Friends Are The Family You Choose


Notas iniciais do capítulo

Tatiana Carina: "Eu acabei de ler os 3 capitulos e devo dizer q estou A M A N D O mas fiquei um pouco confusa agora com vc dizendo q Derek n morreu, vc pretende coloca-lo como fantasma? Pq eu realmente estava achando interessante ve-lo morto" - Acho que fantasma realmente seria uma boa ideia, risos. Mas, se vocês querem um spoiler, a ideia da fic é mostrar a Meredith lutando para permanecer firme apesar do Derek ter morrido. Mas, como eu disse, o Derek não morreu. Então, cabe a vocês esperarem para ver o que vai acontecer.
The Gladiator: "Eu juro que ia parar de ler a fic por motivos de raiva, mas ai eu li as nota finais então eu acho mt bom Derek tá vivinho da silva!!" - O Derek está vivinho da silva, sim. Então, esperem que ele vai reaperecer, risos.
Enjoy *-*



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Amigos são a família que escolhemos. É a verdade nua e crua. Não podemos escolher a família que temos, temos que aceitar a família que recebemos, gostando dela ou não. E quando essa família nos desaponta, é aí que os amigos entram.

Mas, quando os amigos também nos desapontam, temos que voltar para a família. Podemos dizer que ficamos trocando de um para o outro. E no final do dia, a única coisa com que podemos contar é com nós mesmos.

E juntos com esses amigos, com essa família, é suposto que nós sejamos felizes.

Quando crianças, nos dizem para sorrir, sermos alegres e colocarmos uma cara feliz no rosto. Quando adultos, nos dizem para olhar pelo lado positivo, fazer limonada bebê-la em copos metade cheios.

Mas, às vezes, a realidade nos faz fingir essa felicidade. Esperança pode falhar. Amor pode desaparecer. Amigos e família podem desapontar...

... Ou até mesmo morrer.
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"Eu preciso vê-lo" Meredith praticamente exigiu para Owen Hunt.

"Meredith, eu não acho que você tem capacidade física ou emocional para vê-lo"

Ela ergueu uma sobrancelha. "Você está dizendo que sou muito fraca para ver o corpo do meu marido morto?" Owen abriu a boca para dizer algo, mas ela continuou a falar: "Pois adivinhe!Eu sou! Mas isso não muda o fato de que eu preciso ver Derek uma última vez, que eu preciso ao menos ter a chance de dizer adeus"

Se não fosse pelo bebê em seus braços, ela provavelmente teria dito essas palavras mais alto, talvez até mesmo gritadas. Bailey nunca gostou de barulhos muitos altos, eles apenas o fazia ficar irritado. Era só um deles acontecer que a criança começava a chorar. E Meredith realmente não queria irritá-lo. Derek era o único que conseguia acalmá-lo em situações como essa, e ele não estava mais aqui para acalmá-lo.

"Tudo bem, eu vou levá-la até ele" ele consentiu e ela agradeceu com os olhos.

Fazia aproximadamente seis horas. Seis horas desde que Meredith virou uma viúva, e acima de tudo, uma mãe solteira. E sinceramente, ela não estava tendo muitas facilidades com isso.

Zola tinha ido para a creche com Sofia, mas o berçário estava cheio e isso significava que Bailey tinha que ficar com ela o dia todo. Meredith o amava acima de tudo, claro, ele era seu filho, mas ele era um menino muito ativo, e conseguir cuidar de uma criança assim com apenas um braço, já que seu outro estava engessado, era praticamente impossível.

Hunt disse-lhe que enviaria alguém para levá-la ao corpo de seu marido em alguns minutos, e Meredith estava tentando se preparar emocionalmente para o que veria. Talvez até se arrependeria de seu pedido a Hunt, mas precisava ver seu rosto uma última vez, e não simplesmente a memória de seu rosto.

Cristina, uma outra vez, assistia sua amiga de longe. Via como ela lutava para manter-se forte em frente de seu filho, mesmo que ele não conseguisse entender o que acontecia.

Owen aproximou-se dela. "Você deveria ir falar com ela"

"Ela não quer falar comigo. Seu marido morreu em minhas mãos"

"Meredith não sabe que foi você quem realizou a cirurgia de Derek, e mesmo se soubesse, duvido que a culparia. Então você deve parar de culpar-se também"

"O quê? Você não lhe contou?"

"Tudo que estou dizendo é para que você perdoe a si mesmo" ele lhe disse. "Olhe, Cristina, eu sei que vocês não estão passando por bons momentos, mas você sente sua falta, e ela sente a sua falta também"

"Yeah" ela disse, ainda não se entregando. "Se ela quiser falar comigo, me bipe" mais uma vez, caminhou para longe.

Sabendo que Meredith esperava por alguém para levá-la até seu marido, Hunt chamou pela Dra. Bailey.

"Grey, como você está?" Bailey entrou no quarto, perguntando.

Meredith revirou os olhos. Estava cansada de todos perguntarem como ela estava se sentindo. Não não estava nada bem, e ter todos ao seu redor perguntando-lhe isso, não a faria ficar melhor.

Bailey pegou o bebê de seus braços e ajudou-a a sentar-se na cadeira de rodas. Meredith esperou para que ela lhe entregasse o bebê de volta, mas Bailey disse: "Você teve cirurgia algumas horas atrás, está em dor e cansada. There's no way in hell I'm giving you this baby back"

Ela então a levou para o cômodo onde mantinham o corpo de Derek Shepherd. Meredith sentiu as lágrimas atingirem seus olhos quando mais se aproximavam. "Você não precisa fazer isso, Meredith"

"Não" ela interviu. "Eu preciso fazer isso"

Bailey deixou-a lá e saiu para dar-lhe um pouco de privacidade. Meredith pegou sua mão, que estava gelada como gelo, e olhou para seu rosto pálido. Seus olhos estavam fechados, e pensar que nunca mais veria seus olhos, faz-a-ia querer chorar ainda mais.

Passou a mão por seu cabelo "Derek..." chorou e pôs sua cabeça sobre seu peito.

Era um costume que ela tinha, deitar sua cabeça em seu peito após um longo dia de trabalho e ficar apenas escutando seu coração bater. E agora, seu coração não batia mais, e isso era constrangemente devastador.

Suas últimas palavras para ele foram: você vai ficar bem. Nem sequer foram um "por favor, não morra" ou mesmo um "eu te amo", foram "você vai ficar bem", e olhe agora onde ele estava. Deitado em uma mesa fria.

"I love you too, Derek" ela disse, e inclinou-se para dar um beijo, um último beijo, em seus lábios frios e sem vida - como a morte.

Com um último olhar, criou coragem e saiu do quarto. "Leve-me de volta para meu quarto" disse para Bailey, sem fazer contato visual com ela.

"Meredith? Está tudo bem?"

"Apenas me leve para meu quarto, por favor, Bailey" implorou.

Quando chegou de volta em seu quarto, não deitou-se em sua cama como suposto. Foi e trancou-se no banheiro, onde foi até a parede mais próxima e desceu até o chão.

Ela tentou estabilizar sua respiração, mas não conseguia. O único que jamais conseguiu acalmá-la era Derek, e ele não estava mais lá para ela. Lembrava-se da primeira vez que ele a acalmou. Ainda era casado com Addison, não que esse casamento os impedia de se amarem a distância. Naquele dia, ele a viu entrar em um dos armários do hospital e seguiu-a. Lá, ele a confortou sobre sua mãe, e este foi um dos momentos que ainda se amavam.

"Meredith! Abra a porta!" Miranda Bailey gritou, batendo incansavelmente na porta.

Ela continuou em silêncio.

"Vamos, Grey! Bailey provavelmente quer sua mãe!" Bailey referiu-se ao outro Bailey.

Ainda, Meredith não disse nada. Amava seu bebê, obviamente, mas se começasse a chorar, era certo que quereria seu pai, e não sua mãe.

"Eu te imploro, Grey, abra a porta"

Como não conseguiu nenhuma resposta dela, fez a única coisa que sabia fazer: bipou Cristina, quem chegou em questão de minutos.

"O que está acontecendo?" ela perguntou.

"Ela se trancou no banheiro e não quer sair" Bailey começou a explicar. "Eu sei que vocês duas estão em brigas constantes, mas eu peço-lhe por favor para superar isso e ir ajudá-la"

"Ela pediu por mim?" indagou.

"Não, mas-"

"Então eu não posso fazer nada" respondeu. "Se ela não me quer com ela-"

"Cristina, eu sei que você é orgulhosa demais para ser a primeira a fazer as pazes, mas não acha que ela precisa de você?"

Cristina finalmente cedeu e foi para a porta do banheiro. "Meredith, sou eu, abra a porta"

Quando ouviu a voz de sua amiga, ela se sentiu um pouco melhor. Sabia que provavelmente Cristina precisou ser convencida a vir falar com ela, mas ao menos sabia que agora tinha sua amiga ao seu lado. Levantou-se, destrancou a porta e voltou para onde estava sentada.

Cristina virou-se para Bailey, dizendo: "I got it from here" então entrou no banheiro.

Sentou-se ao lado de Meredith, onde as duas ficaram cabisbaixas, sem dizer nada. Havia um ar tenso entre as duas, mas ainda sim, era confortante ter a presença uma da outra.

"Eu não..." Meredith começou a dizer, mas sua voz começou a falhar "Eu não posso continuar com isso"

"Okay" Cristina assentiu, ainda sem fazer contato visual com sua amiga.

"Você e meus filhos são tudo que tenho. Eu, hoje, perdi meu marido, o amor da minha vida. Eu não posso perder você também"

Cristina pegou sua mão de leve. "Você não vai. I'm sorry"

"I'm sorry too" Meredith disse, então deitou sua cabeça no ombro da mulher que ela chamava de 'sua pessoa'.

"Você vai passar por isso, Mer. Nós vamos passar por isso, juntas"

Ela limpou uma lágrima que caiu de seu olhou. "Você realmente acha que... eu vou superar a morte de Derek, um dia?"

Olhou pela primeira vez em seus olhos "Eu não sei... Mas eu estarei com você a cada passo"

E é em situações como essa que descobrimos que nos momentos de dificuldade, os amigos estarão lá com você, não importa o quê.


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Notas finais do capítulo

Mertina is back, yay!
Reviews *-*