Mas e Agora?! Você é Mamãe e Ele Papai escrita por ELa


Capítulo 44
Elijah Foxx




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/48021/chapter/44

13 ANOS DE IDADE


 

-Por Favor!

Eu implorava, detalhe (de joelhos), para não ir para a escola. Por que tipo assim:

QUEM EM SÃ CONSCIENCIA ACORDA ÀS 7 HORAS?

Não respondam.

-Pela ultima vez vá tomar banho.

Mamãe disse enquanto colocava seu blazer (só no estilo, acho que vou ser promotora também).

Bufei.

Levantei-me e fui para o meu quarto.

Fechei a porta em um baque monstruoso.

-CAMERON!

Mamãe gritou.

-Desculpe.

Falei abrindo a porta e colocando a cabeça para fora.

Tornei a fechá-la e fui para o banheiro. Fiz o possível para demorar no banho.

Mas foi impossível.

-CAMERON!

Novamente a voz da minha mãe soou.

-Droga.

Falei baixinho.

Peguei uma toalha e me enrolei. Assim que abri o Box percebi que o banheiro estava enevoado e o espelho embaçado.

Sai do banheiro e segui para o closet.

-Uniforme ridículo.

Observei a figura parada a frente do espelho que não tinha NADA a ver comigo.

O uniforme da minha escola, Horacio Academy, era cinza e branco! CINZA!

Parece que eu vou é pra um velório e não uma escola. Se bem que escola é a mesma coisa que cemitério. (pelo menos para 99,9% dos estudantes)

Peguei minha mochila e comecei a descer as escadas.

Mamãe mexia em uns papeis em cima da mesa e meu pai, bom ele já estava no hospital. (novidade)

-Seja rápida. Você já esta atrasada.

Ela falou guardando os papeis em sua bolsa.

Fui para a sala de jantar. E eu me pergunto por que sala de jantar? Tipo, eu tomo café e almoço na sala de jantar. Ela poderia também ser chamada de sala de café e sala de almoço.

AH CAMERON ME POUPE.

Dei uma olhada na mesa. Nada que me agradasse (na verdade tinha, mas eu não queria comer nada que estava ali).

Fui pra cozinha, abri a geladeira e peguei um yogurt.

-Estou pronta.

Falei pra mamãe

-Vai tomar só isso?

Perguntou olhando para as minhas mãos.

-Estou sem fome.

FELIZMENTE, da minha casa ate a escola o percurso é um pouco, mas só um pouco, demorado.

Assim que a mãe estacionou senti uma áurea negativa baixar.

-Tchau.

Ela falou olhando sugestivamente para mim.

-Tchau.

Falei sem me mover.

-Maddie?

Ela apontou para a porta

-A senhora esta me expulsando?

Perguntei fingindo ofensa.

-Sim. Tchau.

Affer. Que mãezona.

-Tchau.

Dei-me por vencida. SACANAGEM!

Passando pelos corredores peguei meu horário.

-YES!

Gritei sem querer. Algumas pessoas olharam para mim. Acho que estão me achando louca.

-O que foi?

Perguntei IGNORANTEMENTE para uma menina que parou em minha frente e ficou me analisando.

Logo ela saiu.

Eu tinha aula do Drake. GATO E GOSTOSO professor de Química.

Sim eu sei, a matéria é podre, mas o professor.

Assim que entrei na sala dei de cara com Jenny.

-Maddie.

Ela balançou os braços freneticamente.

Acompanhei o movimento, já ficando tonta.

-Oi.

Falei enfim, abaixando os braços dela.

-Oi. Ela sorriu

-Por acaso você bebeu?

Perguntei baixinho.

Ela gargalhou.

MEU DEUS ELA VEIO BEBADA PARA A ESCOLA.

-Segredinho.

Ela disse colocando o dedo na boca.

-Claro.

Sim esta é uma das minhas melhores amigas. Mas a outra não é como ela. Ao contrario isso sim.

Puxei Jenny para uma mesa e tentei a todo custo fazer com que ela passasse despercebida. Mas foi tipo IMPOSSIVEL! –-‘

-Olha Maddie. Ela esta usando saia.

Ela disse apontando para uma aluna que tinha acabado de entrar.

Sorri para a menina.

-Jenny nós todas estamos usando saia.

-Hei. Matthew a Maddie disse que você esta usando saia.

Ela gritou.

PQP.

-Esquece Matthew.

Tentei contorna a situação.

O professor entrou na sala logo em seguida.

-Bom Dia Classe.

Cumprimentou

-Bom Dia. Sorri

Com certeza o meu bom dia se sobressaiu.

-O quê já é dia?

Jenny perguntou confusa. Todos olharam para ela.

-Ela que saber se é dia de entregar os trabalhos.

Falei

O professor me olhou desconfiado, mas cedeu.

-Próxima semana srta. Cullen.

Sorri.

Ele começou a explicar um monte de coisa.

Não prestei atenção pela primeira vez no professor, pois estava cuidado da Jenny.

Mas não demorou para ela cair no sono e ela ta babando.

-ECA!

Gritei me levantando

-Algum problema srta. Cullen?

O professor gato e gostoso perguntou.

-Hum. Professor é que a Jenny não esta muito bem. Posso levá-la a enfermaria.

Perguntei mordendo os lábios (sinal OBVIO de que estou mentindo).

-Claro.

O professor disse depois, o que pareceu para mim, milênios.

-Vamos Jenny.

A cutuquei.

-O que?

Ela perguntou sonolenta.

-Acabou a aula.

Falei baixinha. Ela levantou rapidamente.

Escorada em mim saímos da sala, só que nem pirando eu vou levá-la para a enfermaria. A levei para o banheiro.

-Por favor, Jenny. Se recomponha para pelo menos você fingir que esta passando mal.

Falei.

-A é.

Ela disse sem entender nada.

Bufei

-Jenny, por favor.

Supliquei.

Fiquei com ela no banheiro ate o primeiro sinal tocar.

Ela molhou o rosto e levemente tornou a si. Ela ligou para os pais e disse que não estava bem. Então a acompanhei ate a enfermaria, porém não entrei.

Agora eu teria aula da Sra. Godof.

Nem louca eu vou assistir a esta aula. Corri ate o estacionamento e de lá fui para o campo. Assim que estava subindo a arquibancada senti alguém tocar meu ombro.

Me virei lentamente, desejando que não fosse o inspetor ou ate mesmo algum funcionário.

-Oi.

Dei de cara com um menino eu já o tinha visto antes. Obviamente. AI que lindo.

-Oi.

Respondi

-O que faz por aqui?

Ele perguntou sorrindo.

-Talvez o mesmo que você.

Gargalhei.

-Bom. Eu sou Elijah Foxx.

Ele estendeu a mão.

-Cameron Cullen.

Apertei sua mão.

Ficamos algum tempo assim.

-Vamos?

Ele perguntou

-Vamos?

Perguntei confusa.

E então ele gesticulou para a arquibancada.

-Ah claro.

Baixei a cabeça e comecei a subir.

Sentamos no ultimo banco.

-Você deveria estar assistindo que aula?

Elijah perguntou

-Da sra. Godof.

-Ow. Eu deveria estar assistindo de Nelman.

-Qual é o pior?

Perguntei sorrindo.

-Acho que estão no mesmo nível.

-Não. Eu acho que minhocas da terra perdem para o Romanticismo.

Argumentei.

-Talvez.

Ele concordou

-Você faz a 7ª serie?

Analisei seu físico.

-Não. A 8ª.

Respondeu.

-Hum. Claro.

Ficamos conversando por um bom tempo. Talvez nem tudo na escola seja ruim.

-Já esta na hora de voltarmos. Se quisermos assistir ao terceiro período.

Ele se levantou. Acompanhei seu movimento.

E foi então que aconteceu (não ele não me beijou).

Meu pé ficou preso na alça da minha mochila que estava no banco abaixo do meu e quando eu a puxei me desequilibrei. Elijah tentando me segurar acabou caindo junto comigo e então rolamos a arquibancada.

-AU!

Gritei sentindo minha cabeça bater na arquibancada. Cortou.

Senti uma pontada no braço e minhas costas doíam a cada banco que passava.

Assim que chegamos ao chão senti a forte dor no braço esquerdo.

-AI DROGA!

Gritei segurando ele e sentindo algo escorrer pelo meu rosto.

-Você esta...

Elijah parou a pergunta assim que olhou para mim.

-Acho que não.

Ele respondeu.

-Muito ruim?

Perguntei apertando o braço para a dor cessar.

-Você tem um corte na testa.

-E eu acho que um braço quebrado.

Falei gemendo.

-Você esta bem?

Perguntei para ele.

-Acho que sim. Apenas alguns arranhões.

Ele falou olhando seu corpo.

-Vamos para a enfermaria.

Ele se levantou

-Esta maluco? O que vamos falar?

Perguntei

-Isto é o de menos.

Ele me ajudou a levantar e então seguimos para a enfermaria.

-OH MEU DEUS!

Foi a primeira coisa que a enfermeira falou ao nos ver.

-Ela caiu.

Elijah explicou.

Depois que a enfermeira deu uma olhada no corte e falou que não era profundo e que o meu braço estava quebrado ela chamou o diretor.

O mesmo ligou para o meu pai já que ele é medico.

-Onde vocês estavam?

O diretor perguntou para mim e Elijah logo em seguida.

Ficamos em silencio.

-Estavam matando aula?

Perguntou de novo.

Eu simplesmente não tinha nenhuma idéia na cabeça já que eu estava com dor de cabeça. A aspirina não fez efeito.

-Estou esperando uma resposta.

Mordi o lábio.

Elijah me olhou. Suspirei.

-Sim. Estávamos.

Falei derrotada.

O diretor nos analisou.

-Como você caiu srta Cullen.

-Rolei a arquibancada. Junto com Elijah.

O diretor arregalou os olhos e então tivemos que contar tudo.

Resumindo levamos advertência.

Meu pai entrou na enfermaria de uma vez. Ainda de jaleco.

-Como isso aconteceu?

Ele perguntou se aproximando de mim. Elijah se afastou. Meu pai deu uma olhada significativa para ele.

Droga! Estou com um corte na cabeça, o braço quebrado, levei advertência e meu pai vai me matar (exagero).

-A sua filha Dr. Cullen estava matando aula. Ela e o senhor Foxx. Os dois caíram da arquibancada.

O diretor que-não-foi-chamado-na-conversa falou.

Papai arqueou a sobrancelha e olhou para o Elijah. Este encolheu.

-Os dois?

Papai gesticulou apontando para mim e Elijah.

MERDA!

-Sim.

O diretor confirmou (DESGRAÇADO)

Papai olhou para mim.

-Vamos.

Ele me ajudou a sair da maca e pegou minha mochila.

-Dr Cullen.

O diretor intrometido-que-não-foi-chamado-na-conversa e desgraçado chamou

-Sim?

Papai virou-se.

-Mais uma advertência sua filha vai ser suspensa.

DROGA!

-Isto com certeza não vai se repetir. Não é Cameron?

(olhar fulminante do meu pai)

-Claro.

Concordei. Ainda não irei suicida.

Fomos para o estacionamento e papai acionou o alarme do Volvo.

Ele abriu a porta de trás para colocar minha mochila e seguiu para a do motorista. Eu já estava sentada esperando a bronca.

Assim que ele entrou respirou fundo e então começou a falar.

-OK! Me responde uma coisa. O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO COM AQUELE MENINO?

Nossa! Ele respirou fundo não foi para tipo, se acalmar? Ou foi para tomar fôlego e gritar? Tentando descobrir e eu acabei demorando a dar uma resposta para ele e ó então eu percebi o olhar psicótico dele. Eu heim!

-É bem. Nos encontramos. Conheci ele hoje.

Me defendi de primeira. Ele pareceu acreditar e então ligou o carro.

-Cameron. Por que estava matando aula?

-Humpf! Aquela professora é um saco.

Falei cruzando os braços, só depois me dando conta da besteira que eu fiz.

-AAAH!

Gritei de dor.

-Certo. Vamos dar um jeito no seu braço.

Suspirou.

Assim que entramos no hospital muitas pessoas olharam para a gente.

Qual é nunca me virão não? Affer.

Fomos para a sala do papai. A porta de madeira com uma fresta de vidro tinha uma placa que dizia: Dr. Edward Cullen, Neurologista e Neurocirurgião.

A sala do papai tinha estilo. A parede a frente era apenas de vidro e a paisagem era o quintal belo do hospital. Tinha dois sofás de cor preta e de couro e uma mesa de vidro no centro. A mesa de madeira (de longe se percebia que era cara) que continha diversos papeis, o PC e três porta retratos – um era eu pequena e nua eu deveria ter por volta de 6 anos, como ele coloca uma foto dessa?  A outra era eu de novo, porém recente e a ultima era ele e a mamãe. Na frente da mesa tinha duas poltronas. E tinha a poltrona de couro preto dele atrás da mesa e uma estante que pegava toda a parede e nesta estante tinha de tudo. Porta retratos – a maioria meus-(me gabei) um micro som digital, livros, dicionários e outro monte de coisa. No outro extremo da sala tinha uma porta (o banheiro).

-Sente-se aqui.

Papai apontou para o sofá.

Primeiro ele deu uma olhada em meu corte e disse que iria fazer uma tomografia por causa da pancada. Tentei argumentar falando que era besteira e ele disse “coisa de pai”, preferi aproveitar o momento doce.

E depois tivemos que ir para outra sala para que ele pudesse engessar meu braço.

Durante toda a minha vida eu só tive um médico. Meu pai. Ele sempre cuidou de tudo (tudo bem, nem tudo. Desde o dia que eu mestruei comecei a ir a uma ginecologista).

Eu sabia que o momento ternurinha não iria durar para sempre.

-Vamos comer algo.

Não disse? Ele falou assim que terminou de colocar o gesso. Esta é uma forma pratica de dizer “vamos para seu castigo”

-Maddie.

Uma enfermeira me cumprimentou enquanto passávamos pelo corredor.

Sei, ela ta de olho é no meu pai. TODO MUNDO TA DE OLHO NO MEU PAI CARA! O QUE ELAS VEEM NELE? (tudo bem, também não precisam dizer).

Chegamos na lanchonete. E enquanto aguardávamos nosso pedido ele começou a falar.

-Você esta de castigo ate o fim do mês. E se receber mais uma advertêcia, o que eu sei que não vai acontecer. Eu vou te bater tanto que você não vai mais conseguir nem sentar.

Arregalei os olhos. Que sutil.

-Entendido?

-Claro.

Com uma ameaça dessa. E para vocês verem o meu castigo é dado de forma formal. Como se ele estivesse me contando que iria viajar. Depois ele comeu tranqüilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mas e Agora?! Você é Mamãe e Ele Papai" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.