A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 20
Ah, droga! Ela tem cheiro de jasmim!


Notas iniciais do capítulo

Eu não tava conseguindo colocar as notas. Simplesmente cortava minha nota ao meio! Era incrível! Mas okay! Tudo bem! Respira...

Então. É. Eu não postei ontem. Vou explicar o motivo. Eu escrevi sim, o capítulo ontem, mas eu não postei por um motivo. Eu costumo pedir a opinião da minha melhor amiga que se mudou (mando a fic por email), pro meu namorado que é o meu melhor amigo, então ele me dá dicas desde o início da história, até mesmo quando não namorávamos, e para a minha irmã de quinze anos. E ambos os três falaram que se eu escrevesse daquele jeito, fugiria muito da personagem. Claro, que eles tiveram jeitos diferentes de falar.

Minha melhor amiga: Lice... Assim... Eu não gostei muito. A escrita está boa, mas eu acho que se você escrever assim, vai fugir muito do que a Lawren é, sabe? Vai ficar muito... Fofo? - opinião aceita com sucesso.

Meu namorado: assim amor... Eu acho que se você postar assim, não vai diminuir o amor que seus leitores tem por você. Mas eu acho que a Lawren está fugindo um pouquinho da personagem. Ela está muito dócil! Se ela simplesmente aceitar o beijo do Draco e disser que amou, vai ficar muito estranho e vai fugir do que ela é. Mas a fic é sua, amor. Faça o que achar melhor. - opinião aceita Nick ♥

Minha irmã: Cruuuzes! Que porcaria é essa? Que coisa mais melada! Isso aqui não é fabricação de Mel não! Isso é uma fanfic! Conhece? Credo! Odiei! Por mim botava no lixo! Leva essa porcaria daqui e saia desse corpo que não te pertence. - obrigada maninha. Também te amo ♥.

Mas enfim. Vamos aos avisos!

*Obrigada pelos comentários gente. Apesar de que a maioria os comentários foram mais ou menos gritos (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH), foi como o mundo para mim. Obrigada ^^

* Esse capítulo era para ser engraçado. Mas ele ficou meio dramático. Aliás. Muito dramático.

* Próximo capítulo: Halloween! Corra, fuja, se esconda. O monstro está vindo atrás de você!

* Então. Depois desse capítulo, eu vou tentar pular o mais rápido o possível para o natal, porque ainda tem muita coisa que eu preciso escrever, e se eu escrever do jeito que estou escrevendo, vou acabar no capítulo oitenta!

* Escrevi esse capítulo ouvindo Give Me Love do Ed Sheeran. Só uma dica!

Dica útil: reparem nas tonalidades do cabelo da Carrie nos próximos capítulos e tirem suas conclusões.

Beijoooooos!



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Lawrence não podia negar que Draco beijava sim, muito bem. Nunca havia beijado muitos caras na vida. Na verdade, somente um, e não fora o melhor dos beijos. O cara estava nervoso, tremendo e babava toda hora. Sem falar que só o beijara por uma aposta. Que infelizmente ela fora muito impulsiva e acabara perdendo. Mas o beijo de Draco era muito diferente. Era quase necessitado. Ela somente não sabia de onde vinha tanta necessidade. Nunca imaginara a si mesma beijando-o.

E mesmo assim, ainda havia aquela sensação de fazer algo errado. Como se simplesmente beijá-lo fosse a coisa mais errada a ser feita. Como se Draco já tivesse outra pessoa. Simplesmente uma luta. De um lado: ela. Do outro lado: ela mesma. Quem perderia?

O beijo de Draco era calmo, e logo ela decidira que sim, poderia encostar-se a seu cabelo. Não que realmente havia pensado nisso. Fora um ato qualquer, que ela quis fazer e fez. Todas as coisas que ela queria argumentar, para parar o beijo, simplesmente eram irrelevantes.

O Malfoy tinha um cheiro de menta e de maçã. Ah, ela realmente gostava de maçã. Pensou em rir do que acabara de pensar. Mas tudo ficara meio tenso. Estavam ficando sem ar, e ela não queria ter que parar o beijo por falta de ar. Ela queria mostrar que não queria beijo algum. Afinal, o que ela viera fazer ali era se vingar de Harry, e não beijar garotos.

Fora o que precisara para parar imediatamente o beijo. Somente em pensar no nome Harry Potter seu estômago revirava. Um beijo significava ser fraco. Ser fraco significava adeus vingança. Ela não queria um adeus vingança. Por isso, assim que notou o que fazia, afastou Draco com toda força que achara, e o empurrou para o lado, limpando a boca com as mãos.

– Você é um babaca! – gritou, se levantando perante o olhar assustado de Draco, que se levantava do mesmo jeito – Por que fez isso, seu estúpido! – apontou um dedo em seu rosto, com muita raiva.

– Eu não estou entenden...

– Você simplesmente se aproveitou de mim em um momento em que estava fraca e vulnerável! Isso é repugnante, Malfoy! – falou, logo bufando e se virando. Logo sentiu os braços serem presos por Draco e a virarem. Ele tinha uma expressão divertida, mas ainda sim indignada.

– Calma aí, sua ruiva desmiolada! Vai se acalmando que a Lawren que eu conheço é bem mais calma que isso aqui que estou vendo na minha frente. – ele disse rindo ao ver a cara da Potter – Que cabelo mais desgrenhado! Não vai querer entrar no castelo assim, vai? Sem falar que essa blusa não foi uma boa ideia. – a ruiva olhou para baixo vendo sua blusa um pouco mais curta que o normal, logo a ajeitando – Para começar, Lawren, eu não fiz nada que você não queria. Você gostou do beijo! – ele falou bem mais sério – Se não tivesse gostado, não teria retribuído. Sem falar que aquela mão no meu cabelo foi, ó, uma pegada bem boa! – sussurrou no ouvido da menina que já se encontrava de costas para ele.

– Eu não gostei do beijo. – falou calma, ainda de costas. O loiro sorriu.

– You’re a liar! – ele disse parecendo bravo – Digo você é uma mentirosa. Mas soa tão mais dramático se for como os filmes em que a mulher grita histérica. – ele logo completou rindo.

– Eu não estou rindo! – ela se virou, muito vermelha. De raiva – Eu não sou uma mentirosa! E eu nunca vi um filme assim!

– Ótimo. Olhe nos meus olhos e diga que não gostou. – desafiou – Sem mentir.

Ela sorriu simplesmente. Revirou os olhos, como se o que o garoto pedisse fosse a coisa mais boba e fácil do mundo. Deu uma risada pelas narinas, e direcionou suas íris verdes em direção aos olhos cinzentos dele. Sussurrou, ainda com um leve sorriso nos lábios:

– Eu não gostei do beijo. – os olhos do loiro pareceram surpresos – Mas eu gosto de você, Draco. Então podemos simplesmente esquecer o que acabou de acontecer e continuarmos sendo amigos completamente normais. – ela completou já se virando.

– Tudo bem. Você ganhou dessa vez. Vamos esquecer, então. – ele disse calmo, com um sorriso – Mas na próxima vez que for falar para mim que não gostou do beijo, e for mentir, tente não se preocupar com os olhos que desviam. E sim com as mãos nas costas. – sussurrou no ouvido dela – Pessoas que colocam as mãos nas costas quando estão falando, é porque estão mentindo. Ou seja, você gostou. – e passou na frente do corpo imóvel da garota, e depois de alguns passos se virou – E então, caçulinha? Você vem?

A ruiva somente revirou os olhos e deu um sorriso, andando até o garoto que por uma vez conseguiu decifrar sua mentira. Ele estava convivendo demais com ela. Mas a verdade, é que ela gostava.

***

Quando Daniel viu a sua melhor amiga errar mais uma vez, seu corpo esquentou. Ele começou sentir a impaciência de olhar os resmungos de Lawren ao não conseguir mais uma vez, e o rosto calmo de Draco comendo uma maçã. Sem falar que estava com muita fome.

– Ah, me poupe Lawren. Sou seu amigo, te adoro, sou muito leal, mas eu quero café da manhã. Estou com fome! Estamos aqui há três horas, e não conseguimos formar nem mesmo um leve brilho que possa indicar uma leve faísca! Eu vou para dentro. – falou Daniel, se virando apressadamente e estressado, e andando em direção ao salão principal.

Pudera ficar lá por mais um tempo. Acabou por presenciar não a cena mais feliz de seu mundo. Carrie caída na escadaria que levava até a porta de entrada de Hogwarts. Não estava desmaiada. Estava somente de joelhos, reprimindo um grito de agonia, e com algumas lágrimas que se recusavam a cair dos olhos. Ela segurava a mão fortemente, fechava e abria como se estivesse com muita dor.

– Algum problema McSimmons? – perguntou descontraído, mesmo estando levemente preocupado. Tinha quase certeza de ser coisa da Umbridge, mas não poderia demonstrar nada além de interesse particular na sua mão.

A morena ergueu os olhos de sua mão, e logo limpou com a manga da blusa, o rosto que deixara uma ou duas lágrimas escaparem. Mas ela não parecia chorar por causa da dor, pois assim que vira o loiro, simplesmente ignorara a mão ensanguentada, e fez uma expressão indiferente.

– Não, Surrey. – falou com o peito estufado, tentando ao máximo falar com clareza – Está tudo perfeitamente bem. – falou se levantando e andando para dentro do castelo, indo em direção às masmorras. Daniel a seguiu apressadamente.

– Ninguém chora quando tudo está perfeitamente bem. – ele insistiu.

– Talvez de emoção. Felicidade. – disse se virando, esbarrando com o garoto que não conseguira frear a tempo.

– Me poupe. Eu particularmente não ficaria muito feliz se minha mão estivesse sangrando. Eu ficaria no mínimo... Dolorido? – ele perguntou, arrancando um leve sorriso da garota – Deixe-me ver essa mão.

A morena ficou séria novamente. Escondeu a mão atrás das costas e negou, andando de costas, lentamente, enquanto o outro se aproximava.

– Olha... Não quero me gabar nem nada... Mas... Eu sou bem mais alto bem mais forte e bem mais rápido que você. Eu poderia pegar a sua mão agora, mas não quero machuca-la...

– Ah, então é isso que pensa sobre a minha pessoa? – falou indignada – Pois bem. Não sou mais alta, mas posso ficar em um movimento de varinha – pegou a varinha dos bolsos, e a movimentou, trocando o All Star pelo salto – Posso muito bem ser mais forte – o empurrou na parede, fazendo este cair no chão – E muito, mas muito mais rápida. – sibilou, dando um giro, pegando a varinha do menino, que caíra no chão. Ao ver o loiro se levantando, deu outro giro, e o prensou na parede, fincando uma adaga sob a pele do pescoço – E faço tudo isso com muita delicadeza. – sussurrou.

– Por que eu tenho a impressão que essas garotas de Boston têm treinamento militar, Merlin? Por quê? – murmurou choroso, Daniel – Para alguém que estava muito assustada pela morte da Amanda, você parece bem confiante. E vejo que conseguiu uma adaga. – falou calmo, sendo mais prensado contra a parede. A morena aproximou ainda mais seu rosto zangado do dele, e parou a centímetros. E ele sentiu o cheiro de... Jasmim? Ela cheirava a jasmins? Fala sério! Ele sempre pensou nela com uma colônia de rosas ou algo assim... Não que Daniel pensasse muito nela enquanto estava no banho... Digo cama... Digo aula! Isso. Aula. Nada de pensamentos sobre Carrie no banho ou na cama!

– Eu... Poderia... Matar você. – ela sibilou com o objeto quase entrando no pescoço do loiro, e os cabelos mudando a tonalidade drasticamente, para um azul bem claro – Mas não sou uma assassina. E de alguma forma... Não tenho coragem. – ela falou, e soltou o menino.

– O que... O que... Uou! – ele disse com a boca em formato de “O”- O que houve com o seu cabelo? – perguntou se levantando animado, e tocando o cabelo da garota, que o olhou carrancuda.

– Meu pai era um metamorfomago. – murmurou, ficando um pouco mais baixinha por ter tirado os saltos e recolocado o All Star – Não adquiri o dom dele por inteiro, mas às vezes quando sinto muito medo, raiva, ou qualquer outro sentimento intenso, meu cabelo muda de cor. Que cor ele está hoje? – perguntou, pois tinha o cabelo amarrado e agarrado por Daniel.

– Azul. Um azul bem claro. – ele falou com os olhos brilhando – Isso é tão incrível. Nunca tive a oportunidade de conhecer um metamorfomago. Se um dia puder me apresentar o seu pai, eu ficaria...

– Se você conseguir marcar um encontro com ele em uma lanchonete do paraíso, perfeito. – ela falou meio magoada – Se o céu tiver telefone, diga a ele que estou com saudade. – falou, andando apressadamente para o fim do corredor, e logo se virando. Os cabelos ficando levemente prateados, e os olhos ficando escuros e opacos, transbordando algumas lágrimas – E diga a ele que quando eu estava mal, a solução parecia ser um bom filme da Disney – agora ela chorava de verdade – Mas se dar ao luxo de pensar assim agora é fraqueza. – falou arrancando uma pulseira do pulso, e jogando no chão, pisando em cima – E não se esqueça de dizer que... – ela caiu no chão novamente, como estava antes na entrada, e Daniel correu até a menina que deu um leve grito, apertando a mão – Não chegue perto! – ela tentou gritar, mas colocou a mão na cabeça logo em seguida, como se tivesse uma grande dor de cabeça. Logo então desmaiou, com algumas lágrimas escorrendo de seus olhos. O loiro suspirou meio nervoso. Olhou para os lados para pedir alguma ajuda, mas não tinha ninguém.

Pisou em alguma coisa, e a pegou no chão então. O leve cheiro de jasmim veio as suas narinas. A pulseira que Carrie pisava estava com a corda arrebentada, e o pingente de metal estava partido ao meio. Algo escrito nas partes, que juntas, formavam a frase: Hakuna Matata.

Lema do rei leão? Por que Carrie andava com o lema do rei leão no pulso? Colocou a pulseira no bolso, e andou até a garota. Os cabelos estavam voltando levemente até o tom normal, e a respiração dela estava calma. Muito calma. Calma até demais.

O garoto começou a arfar. Pegou o pulso da menina, mas estava ensanguentado. Ela estava sangrando muito pelo pulso. Olhou que corte fazia a vida dela ir terminando aos poucos, tremendo. No pulso, abaixo de todo o sangue, uma palavra reescrevia-se repetidamente em seu pulso. Como aquela mágica da Umbridge. Mas ela não estava escrevendo, então como... Como faziam aquilo?

Arfou e se encaminhou rapidamente até o outro pulso. Pegou, e tentou checar os batimentos por minutos.

“Um... Dois... Três... Três... Três...”.

– Ah, não! Socorro! Alguém me ajude aqui! – gritou o loiro – Ajuda! Ajuda! – estava sem a varinha. Carrie colocara do outro lado do corredor assim que pegara. Ao longe, a professora McGonagall apareceu. Saiu correndo em direção os dois apressadamente assim que os viu. Enquanto ela não chegava, Daniel decidiu checar o pulso mais uma vez.

Ele até conseguia ouvir aquele zumbido da máquina hospitalar que controlava os batimentos cardíacos. Aquele “tu tu tu” típico de batimentos normais. Mas o zumbido que ele conseguia ouvir era outro quando checou o pulso da morena. Era um “tu” contínuo. Batimentos que não existiam mais.

Carrie McSimmons morrera, não? Estava morta. Sem batimentos. Sem respiração. Ele ouviu os gritos da professora chegando, enquanto sentia as lágrimas no seu rosto. Não fizera nada. Como não fizera nada? Estúpido. A garota estava morta ali. Deveria de ter ajudado. Por que não ajudara? Porque a palavra que brilhava em seu pulso deixava tudo muito diferente. O deixava receoso em suas ações. Aquela palavra mudava toda a situação. Mudava todo caráter de Carrie.

Por que ajudaria uma garota assassina?

Por um só motivo: ele não acreditava nisso.


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Notas finais do capítulo

Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=121468773&.locale=pt-br

Beijos!