Insanity escrita por Petrova


Capítulo 17
Está Pronta?


Notas iniciais do capítulo

eu estava caçando algo para fazer durante o jogo porque eu não queria assisti e sofrer (o que acabou acontecendo de qualquer maneira), então abri o world de insanity e comecei a escrever, tanto é que terminei e resolvi postar agora para vcs, já que minhas aulas começam semana que vem então nao sabia se ia atualizar todas as minhas fics com rapidez, então decidi adiantar insanity, espero que gostem insanas
ignorem os erros, não corrigi ainda



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Está Pronta?

Sr. Agirre estava falando sobre a reunião das Organizações Unidas que ocorreu esta manhã quando o relógio deu onze e quarenta. As revistas, os jornais, os programas, as maioria comentavam sobre a importância de falar sobre a paz no oriente médio, mas eu estava muito longe da guerra da Palestina nesse exato momento. Eu podia até estar em paz, mas eu estava fervendo, a ansiedade fazendo cócegas na boca do meu estomago e meus pensamentos girando em torno de algumas palavras sussurradas:

Eu vou te apresentar a minha casa.

Por que isso deixava meus pensamentos distantes da realidade? Eu tinha que me concentrar no Sr. Agirre, e não no Landom. Landom James Bale, pelo jeito. Eu ainda estava furiosa por ele ter me escondido que seria meu tutor, mas sua explicação tinham feito meu coração se esquentar. Ele escolheu a tutoria por minha causa, ele queria dar uma chance a mim, mesmo que fosse direcionando nosso relacionamento a ser basicamente amigável, o que não deu muito certo.

– Eu vou cortar a garganta daquela garota. – Kayle confessou inclinando-se para meu lado.

Eu estava entre ele e America, mas Kayle era o único que tinha o braço em cima da minha carteira e o corpo apoiado nela.

– Que? – eu me virei para ele, tentando captar o que eu perdi.

– Quando sua inimiga começa a sussurrar coisas e rir enquanto joga o cabelo para trás dando-lhe olhadas rápidas, isso quer dizer que ela está falando sobre você – sua voz suou amarga e baixa.

– Esqueça ela. – murmurei.

– Ou podemos pegar ela na saída. – eu olhei para Kayle e seus olhos brilharam.

– Não invente nad... Kayle! – eu pestanejei, como eu não tinha notado isso antes? – Você tirou suas luzes, você tirou suas mechas do cabelo!

Kayle fez um sinal de silencio para mim, depois fez sua cara de quem sabia que tinha feito algo errado.

– As luzes eram gay. – ele murmurou.

– Elas deixavam você lindo, único. Gay te deixa único, Kayle, não essa droga de aposta.

– Não fique com raiva, Lady Bella. – ele implorou.

– Mas eu já estou. Vocês estão indo longe demais, sem contar que você irá partir o coração da Hearth, Kayle, pense nisso, ela é muito legal.

– Eu posso me apaixonar por ela. – Kayle deu um sorriso amarelo.

– Engraçadinho.

– Desculpa. – Kayle deu um sorrisinho mostrando leves covinhas na sua bochecha. – Prometo quando tudo terminar, irei pedir desculpas para Hearth e falar que eu achei que poderia me apaixonar por uma garota, mas eu não consegui.

– Não se preocupe, você não vai perder a aposta. – eu disse para ele.

– Não?

– Não, porque você já está agindo como um homem. Não um homem de verdade, mas como esses imbecis que iludem garotas e quebram seus corações. Você está uma copia perfeita deles.

– Bella...

No mesmo momento Sr. Agirre encerrou a aula e eu me levantei.

– Você mereceu, Kayle. – America se levantou também e arqueou as sobrancelhas para Kayle, repreendendo-o.

Eu e America deixamos Kayle para trás e andamos em direção ao refeitório. Ele, Paul e Tate teriam serviços para fazer, como Kayle dar sua primeira investida em Hearth com Paul e Tate como testemunhas, e eu, nem America, nem Candice e Sierra estávamos com vontade de presenciar essa cena.

Allison passou por nós como um furacão, sorrindo e conversando com as gêmeas enquanto passeavam pelo corredor como se estampasse algum comercial de TV. Eu já tinha superado toda a minha raiva em relação a ela, era como se Allison fosse apenas alguém que eu deveria evitar, não porque ela me tira do sério, mas porque ela era insignificante demais para que eu a levasse a sério. Faltavam quinze minutos para o meio dia e meia hora para as portas do refeitório se fecharem para os lanche da tarde e não mais para o almoço. America engatou uma conversa divertida sobre sua experiência na fazenda do seu avô quando chegamos no refeitório e Sierra e Candice já estavam posicionadas na nossa mesa de costume.

Não demorou muito para que eu pegasse a fila com America, decidindo sobre o que íamos escolher e eu relembrando meu medo de cavalos enquanto America falava sobre seu sentimento de liberdade quando montava neles na fazenda.

– Não olhe. – ela disse de repente, interrompendo-se. – Trey está vindo.

– O quê? – eu reclamei baixinho, era uma péssima hora para Trey engatar uma conversa comigo sendo que Landom poderia estar ainda vagando na escola.

Houve alguns segundos para sentir um toque na região das costas e me virar para encontrar o Trey. Ele estava de uma blusa branca gola V e jeans, seu cabelo loiro bem alinhado e um sorriso cortes nos lábios.

– Hey, Bella. Por onde andou? – ele se inclinou e me abraçou. Foi constrangedor.

– Oi, Trey. – eu sorri timidamente depois de me afastar dos seus braços.

Trey acenou para America que apenas retribuiu com um sorriso. Ela ainda guardava ressentimentos do que ele tinha a feito passar no colegial, eu não podia discordar, eu ainda olhava para o Trey e o via me agarrando num daqueles quartos escuros, isso me dava enjôo.

– Você sumiu esses últimos dias.

– Estava estudando. – o que não deixava de ser verdade, mas eu também estava tentando evitar contato com ele.

– Ah, sim. – Trey coçou a nuca enquanto pensava. – Deu certo o lance da tutoria?

– Sim, sim, deu certo, Sr. Forward foi bem atencioso comigo.

– Claro, ele é bem justo. Você já sabe quem será seu tutor?

Eu congelei. Ele não devia saber sobre o Landom, afinal, ele nunca tinha sido tutor antes.

– Sei, ahm – pigarreie. – é um tal de James.

Sua testa franziu.

– Hm, James? Não conheço.

– Eu também não, Sr. Forward disse que ele é novo nisso. – completei, tentando não esperar mais um bombardeio de perguntas.

Como se ouvisse as minhas preces, a fila andou um pouco e eu e America tínhamos que nos mover também.

– É nossa vez, - eu disse acenado para a fila. – foi legal falar com você.

– É, eu também. A gente se ver por aí. – ele acenou para mim e se afastou. – Tchau America.

– Tchau. – ela acenou para ele sem muita vontade.

Trey estava longe o suficiente para que eu me voltasse para o balcão e suspirasse de alivio por estar finalmente livre, principalmente do seu turbilhão de perguntas. Dentre as opções no balcão, eu escolhi lasanha e um pote de suco de laranja enquanto America ficou também com a lasanha, mas além disso, ainda colocou batata frita e purê. Eu já deveria ter ressaltado que America tem uma compulsão por massas e qualquer coisa derivada de batata, então enquanto alguns comem barras compulsivamente de chocolate, ela come purê. Nós saímos da fila e caminhamos em direção a nossa mesa. Allison estava sentada na sua mesa de costume para onde Trey tinha se movido também, felizmente ela não manteve contato algum comigo, parece que eu não era a única que estava levando a sério fingir que ela não existe. Quando Sierra se afastou para me sentar perto dela, Candice se sentava na ponta e America no seu lugar de sempre.

– Ahh, purê! – Candice gemeu de satisfação quando reparou no prato de America. – Eu não tinha visto.

– É porque você estava correndo para não parecer nervosa com a chegada do Thomas. – Sierra deixou escapar.

– Thomas? – America e eu falamos ao mesmo tempo.

– Um cara de química. – Can murmurou, baixando sua cabeça e seus cabelos ruivos tampando nossa visão.

– Um cara qualquer não, el chico era una delicia. – Sierra completou enfatizando com seu sotaque espanhol.

– Cala a boca, Sierra.

Candice estava vermelha quando olhou furiosamente para Sierra e depois voltou a sua prisão temporária atrás dos seus cabelos vermelhos.

– Você gosta dele, então. – America a cutucou com a ponta do seu pé. – Vai, diz para gente.

– Sem chance. – ela bufou.

– Se Tate souber disso, ele vai ficar com ciúmes. – eu disse, sorrindo abobalhada.

– Tate? – Sierra arregalou os olhos.

Candice levantou a cabeça rapidamente, agora interessada. Seus cabelos ruivos estavam um pouco fora de ordem, uns fios sobressaindo os outros, mas ela parecia mais selvagem sexy do que uma frustrada.

– O que tem o Tate? – ela me perguntou, seus olhos me estudando.

– Ah, vocês nunca perceberam? – eu fiquei surpresa. Olhei uma por uma até pairar meus olhos em Candice. – Eles vivem discutindo, sem contar que o Tate fica com os olhos brilhando quando fala com a Candice. – eu mordisquei minha lasanha enquanto falava.

– Eu nunca vi isso. – America respondeu, sua expressão pensativa. – Vou investigar.

– Tate não gosta de mim. – Candice enrugou a testa e se enterrou novamente na sua comida light. – E mesmo se gostasse, eu não me importo.

Eu não retruquei, mas sabia agora mais do que nunca que Candice tinha uma atração por Tate, mesmo reprimida e escondida a sete chaves, ela não o repudiava, agora eu tinha que me esforçar para descobrir se era recíproco esses sentimentos.

– Nós podemos perguntar a ele, o que acharam? – Sierra opinou.

– Claro que não. – Candice pestanejou. – Nem pensem nisso, por favor.

– Can... – America implorou.

– Nem venha, America. Me prometam que não vão fazer nada, que não vão falar com ele.

Houve um longo segundo para nós três concordássemos.

– Ótimo. Agora vamos mudar de assunto. – Can não parecia aliviada, mas seu quase ataque do coração tinha passado. Ela não queria ser a garota que gostava do garoto que não tinha os mesmos sentimentos.

Eu podia entendê-la, ela estava com medo de que não fosse recíproco, que no fim, ela iria acabar sofrendo por isso. Era uma forma de não ter o coração partido.

– Falando em um novo assunto, - America apontou seu garfo na minha direção. – você disse para o Trey que não havia conhecido seu tutor.

Ela me pegou de surpresa. Eu tinha me esquecido completamente que quando America estava me esperando na porta da minha sala com Sierra, Kayle e Candice, eu tinha me desculpando pela demora falando que estava com meu novo tutor James, e agora eu tinha desmentido tudo na frente do Trey.

– Ele perguntou sobre seu tutor? – Sierra enrugou a testa.

– Não era nada demais, Trey só estava sendo amigável. – eu disse para evitar perguntas, como se eu e Trey estávamos ficando juntos.

– Então por que mentiu para ele? – America me perguntou, ela estava desconfiada.

Eu não tinha pensado em contar para elas tão cedo que Landom era meu tutor, porque elas conheciam as regras da faculdade tão bem quanto eu. Mas, neste momento, não tinha como eu evitar, eu tinha que contá-las a verdade.

– Eu menti porque... – encarei os parafusos que sustentavam as peças da mesa enquanto preferia não encará-las. - Eu menti porque na verdade Landom é meu tutor.

– O quê? – elas disseram num coro, todas surpresas. – Como assim o Landom é o seu tutor? Ele não estava formado, já saindo da faculdade?

– Sim, ele estava, mas parece que mudou de idéia. – eu encarei Sierra.

– Você sabia disso quando saiu com ele? – America perguntou logo em seguida.

– Não, eu não sabia.

– Ainda bem, porque você sabe que a faculdade não permite funcionários e alunos tendo um relacionamento intimo,- Candice me olhou. – e isso envolve mesmo os tutores, os ex alunos.

Eu baixei minha cabeça, já não estava mais com fome.

– Eu sei.

– Mas isso não importa, não é? – America saiu do seu lugar e se arrastou para perto de mim. – Eu sei que você gosta dele.

Eu acenei para ela.

– Landom aceitou a tutoria por mim, America.

– Não é de se duvidar. Ele gosta de você também.

– E não vai ser por muito tempo, Bells, em algumas semanas vocês estarão livres. – Sierra me encorajou.

– Só tente manter segredo. – Candice ressaltou, falando um pouco mais baixo. – Sr. Forward é o professor dele, se souber de você e o Landom, ele pode tirar ele da tutoria sem remuneração.

Eu sabia de todos esses riscos, mas ouvindo delas, parecia que eram bem piores do que eu tinha imaginado. Eu sabia que Landom estava arriscando seu primeiro estagio e com certeza com a confiança do Sr. Forward, como eu também estaria, afinal, depois de tudo que ele havia me confessado antes de me dar uma segunda chance, eu não podia em circunstancia alguma quebrar sua confiança, porque graças a Forward, eu tinha a chance de não repetir na sua matéria.

– Eu vou falar com Landom, precisamos pensar nisso. – eu as confortei. – Nada de errado vai dar, eu prometo.

– Eu espero, você pode sair prejudicada, Bells, o que não queremos. – Sierra segurou minha mão livre na mesa e a apertou. – Qualquer coisa, não deixe de nos contar.

Elas estavam tão preocupadas comigo na faculdade, que eu não podia contar-lhes que Landom estava me esperando no estacionamento neste exato momento, mesmo que eu quisesse falar, elas certamente me fariam não ir e esse momento era perfeito para que eu pudesse conversar com Landom sobre estar saindo com ele ao mesmo tempo que ele era meu tutor.

– Fiquem tranqüilas. – eu disse novamente.

Elas acenaram para mim, mas suas expressões ainda estavam tensas.

– Que horas são? – eu perguntei tentando dissipar o ultimo assunto.

– Vai dar meio dia, por quê?

– Tenho que falar com meu pai sobre a tutoria, ele pediu para que eu ligasse para ele. E para a minha mãe. – eu menti descaradamente. – Tiara deve estar uma fera comigo.

– Não fale sobre o Landom pra ela, então. – Sierra avisou.

– Eu não vou. – eu me levantei. – Eu vou pro quarto ligar de lá, mais privacidade. Eu encontro vocês depois.

– Tudo bem. – Candice acenou. – Eu vou pra aula agora mesmo então vou deixar você mais a vontade no quarto.

Eu sabia que Candice tinha aula, por isso inventei a desculpa do quarto.

– Okay. Vejo vocês depois.

Deixei minha bandeja em cima da mesa e peguei minha bolsa, andando em direção a saída tranquilamente. Eu sabia que tudo era errado, mentir para as meninas, Landom ser o meu tutor e eu estar me apaixonando por ele, mas não podia evitar, eu estava caindo e tudo que eu esperava era que pelo menos a queda fosse macia. Respirei fundo e abri a porta do refeitório e quanto passei pelo primeiro corredor, eu não entrei a direita para os refeitórios, eu continuei reto em direção a saída.

Por sorte não encontrei Tate, Paul e nem Kayle, eu não queria inventar uma nova desculpa por estar pegando a direção da saída, eles certamente iriam me questionar e quanto mais eu me enrolasse nas mentiras, mais em pânico eu ficaria. Passei calmamente pelas ultimas salas até chegar na saída onde normalmente os novatos chegam e param para pedir informações a secretaria que fica logo perto. Saí pela porta e peguei a direita onde o estacionamento começava. Boa parte estaria saindo porque alguns tinham aula só no período da manhã, como eu. Minhas mãos estavam soando e parecia que eu estava voltando ao colegial, quando Scott me fazia cabular aula para assistirmos uma corrida de motos que tinha logo depois da escola, num campo desmatado. Era muito perigoso, mas eu já era apaixonada por ele, enquanto Scott... não preciso lembrar que ele só me via como amiga. Queria poder aceitar que meus problemas com ele foram apenas por Scott não ter se apaixonado por mim, e não pelo fato do que ele estava querendo de mim. Sierra tentou me esconder isso quando ficou sabendo por alguns de seus amigos, mas ela não pode evitar, eu também fiquei sabendo.

Scott realmente nunca me amou.

– Ei loirinha, para onde está indo? – uma voz grave suou atrás de mim e foi quando eu despertei.

Eu estava quase ultrapassando o estacionamento e entrando no campo de trás dele quando passei por Landom e sua moto preta. Ele estava encostado nela com o capacete nas mãos, seus olhos mais azuis que o normal por causa do sol, ele tinha um sorriso racionalmente encantador nos lábios e suas sobrancelhas apertadas protegendo seus olhos do sol. Ele era indiscutivelmente lindo.

– Eu, ahm, eu estava pensando. – eu me aproximei timidamente. – Não vi por onde andava.

– É, eu percebi, eu poderia estar na sua frente e você me atropelaria sem esforço algum.

Eu corei. Landom segurou minha mão e me puxou com força para perto dele, quase me fazendo esbarrar no seu peito.

– Eu coloco ele pra você. – ele pegou seu capacete e o destrancou levando-o para minha cabeça e o colocando delicadamente. – Eu teria beijado você, mas com certeza eu não iria querer te soltar.

Sua voz baixa fez meu corpo se arrepiar.

– Está pronta? – ele fez um sinal com a cabeça.

Eu fiz que sim com a cabeça. Landom montou na moto e ergueu sua mão para mim, ajudando-me a subir também e me ajeitar atrás. Minhas pernas estavam no alto da sua cintura e eu sabia que ele podia sentir a tensão do meu corpo. Landom tinha um sorriso maroto no rosto quando virou o rosto para o lado e vi parcialmente sua face.

– Se segure em mim, loirinha. – ele avisou, suas mãos segurando as minhas envolta da sua barriga contraída.

Antes que eu pudesse me acostumar com meu assento, Landom ligou a moto e acelerou para fora daqui, ficando alguns visões distorcidas do prédio da Universidade de Silsvilly do Norte.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?