Heart escrita por Mellanie


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Eu estava sentindo falta de fanfics UlquiHime por aqui, então escrevi essa.

Mas particularmente não gostei muito.

Enfim, espero que gostem.



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Estava completamente calmo e silencioso em Las Noches. Uma figura de estatura mediana estava parada perto de uma porta. Suas orbes esmeraldas zelavam o sono de uma mulher de longas madeixas ruivas.

Orihime respirava tranquilamente, estava em sono profundo. Embora a luz da lua focada em seu rosto lhe atrapalhasse um pouco. As vezes, das diversas noites que passara "presa", acordava assustada. E essa era uma delas. Lágrimas escorriam do rosto da ruiva, que conseguia ver Ulquiorra a observando, embora sem esboçar reação alguma.

Ficar presa estava lhe deixando maluca.

Ela sentia falta de seus amigos. Principalmente de "Kurosaki-kun".

Sentiu Ulquiorra se aproximar, seus olhos esmeralda lhe fitando profundamente, talvez esboçando uma leve curiosidade. Seus olhos acinzentados observaram as feições do homem. Cabelos negros como a noite que estava lá fora, olhos de uma imensidão incrivelmente verde. Mas inexpressivos. Marcas, como lágrimas estavam em seu rosto.

Mas Orihime não achava as marcas de Ulquiorra estranhas. Elas eram.. normais? Ela já havia se acostumado.

— Por quê está chorando, mulher? - A voz arrastada de Ulquiorra prencheu o local. Ele continuava com uma de suas mãos em seu bolso.

— Algum problema? - Continuava com sua expressão cotidiana. Melancólica e ao mesmo tempo séria.

— Não fale como se não soubesse. Eu.. - Orihime pareceu perder suas palavras. Talvez já tivesse perdido a esperança que tinha em Ichigo vir salvá-la.

— SE eles tentarem te salvar, — Ulquiorra fez questão de dar ênfase no "se" — eles irão morrer de qualquer jeito. - Ele continuava parado na frente da ruiva.

Inoue parou de chorar e começou de um modo inútil tentar socar Ulquiorra. Os punhos da garota eram frágeis. Assim como ela. Ela era frágil fisicamente e mentalmente. Por isso Ulquiorra nada fez. Continuava com sua expressão fria de sempre. Ele não poderia machucar aquela mulher. Precisava cuidá-la. Para Aizen-sama.

Deixou Orihime ficar lhe socando até desistir. Afinal, aquilo não lhe machucava.

Inoue bufou e então se sentou em sua cama, colocando suas mão sobre seu colo e as apertando forte. Ulquiorra já tinha se afastado, estava novamente ao lado da porta. Parecia levemente perdido pensando em alguma coisa.

— Ei, Ulquiorra. - Ela finalmente falou alguma coisa depois de ficar longos minutos encarando o chão.

Ele não lhe respondeu. Apenas olhou para a direção dela. Seu olhar parecia um pouco confuso.

— Se você tivesse um coração, para quem ele pertenceria? - Orihime fez sua pergunta. Talvez um pouco fora do comum.

Ulquiorra pareceu hesitar um pouco antes de responder.

— Qual o sentido desta pergunta, mulher? Ele pertenceria á mim. Você é burra? - Ele franziu o cenho, encarando-a.

Orihime riu. Ele realmente não tinha entendido? Passou sua mão pelos seus cabelos ruivos, tentando se distrair.

— Bem, — ela continuou, percebendo que o espada não continuaria a conversa — o meu pertence ao Kurosaki-kun. - Sorriu para o espada.

— Que idiotice. Seu coração pertence a ele? Então você está dizendo que faria qualquer coisa para ele? Morreria por ele? - Ulquiorra continuava parado, encostado na parede.

— Sim. - Orihime respondeu com rapidez.

— E se o coração dele não pertencer a você? Francamente, vocês humanos... a inteligência de vocês é muito fraca. Você é idiota, mulher.

— Não me importa. Eu farei tudo o que puder para salvá-lo.

As orbes esmeraldas encontraram-se com as cinzentas e Inoue sentiu suas bochechas corarem, mesmo que levemente.

Ela gostava de conversar com ele. Embora Ulquiorra fosse de poucas palavras, e, em quase todas as vezes, falasse coisas indelicadas. Ela aprendeu a conviver com aquele cuarto espada. No começo sua relação com ele era difícil, queria chorar toda hora, principalmente quando ele começava a falar de seus amigos. "Eu os destruirei." "Você não sairá viva daqui."

Talvez ela já estivesse convencida de que não sairia mesmo.

Até que, quando Inoue menos esperava, Las Noches entrou em caos.

Ichigo conseguira derrotar Ulquiorra com facilidade, e o mesmo já estava lentamente virando pó.

Inoue observou os olhos esmeraldas de Ulquiorra se encontrarem com os cinza dos dela. Ele lhe estendeu a mão, e sua expressão continuava a mesma de sempre. Afinal, não tinha mais o que ser feito.

— Eu não tenho medo. - Orihime murmurou, sua voz fraca, enquanto observava o espada de olhos melancólicos.

Ele virou a cabeça por alguns segundos.

— Entendo... - Ele disse sem tirar os olhos dela. Sua mão ainda estendida na direção de Orihime.

Inoue pareceu hesitar por alguns longos segundos, e então tentou tocar os dedos pálidos do cuarto espada.

Isso só fez com que ele desaparecesse mais rápido.

Ela se mostrou um pouco desesperada quando o viu desintegrar na sua frente. Ele continuava lhe observando, firme.

E antes de desaparecer, ele soube a resposta da pergunta idiota que ela lhe tinha feito uns dias atrás.

se tivesse um coração...

provavelmente já pertenceria a ela.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Muito chato? Fugi da personalidade de alguém? Espero que não.

Mereço comentários?

Obrigada por terem lido! ♥



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