"Vocês tem que aprender a respeitar aos outros! Esse boato que se espalhou e que chegou aos meus ouvidos não têm fundamento algum. Esqueçam isso. Vão estudar."

Estava em prantos na escada do colégio, não sei se ficava ali ou se criava coragem para caminhar sem rumo. Achei melhor a segunda opção, quanto mais longe melhor.

No caminho de casa, encontrei Bruno. Ele viu que eu estava chorando e veio me perguntar o que tinha de errado.

– Não quero falar agora, me deixa - empurrei-o.

Achei melhor ir para casa. Tomei um banho, sentei na janela liguei meu iPod e comecei a chorar todas as lágrimas acumuladas.

Parece que quando você está triste tudo conspira e te faz ficar mais triste ainda.

Lisa me ligou e brigamos. Me perguntei se ela não tinha o mínimo de consideração. Ela sabia que eu estava num momento ruim. Talvez durante a ligação eu tenha falado algumas palavras que a magoou, mas eu não estava bem e ela sabia disso.

Eu estava num tédio, não queria mais ficar em casa e chorar. Decidi pensar melhor em outro lugar, a praia me parecia uma boa. Me troquei e fui caminhar na areia, molhando os pés. Adorava ir na praia de tardinha, um horário tranquilo, sem muito movimento.

Senti que alguém vinha caminhando atrás de mim, com o medo não olhei para trás, mas caminhei mais rápido. Essa pessoa começou a andar no mesmo ritmo que eu e logo estávamos correndo.

– Tenho que admitir que você corre rápido, mas um macho alfa sempre alcança sua fêmea - era Pedro.

– Não precisava me assustar - sorri.

– Gosto de te ver assim, sorrindo.

– Só você pra me fazer sorrir agora - disse de cabeça baixa.

Ele levantou minha cabeça, me deu um beijo na testa e me abraçou.

– Tudo ficará bem Bella.

– Assim espero. Quer ir lá pra casa assistir um filme? Preciso de você do meu lado mais que nunca - fiz cara de "se você recusar te soco no saco".

– Como poderia recusar uma oferta dessas? Ainda mais quando ela vem com uma cara de "se você recusar te soco no saco"? - respondeu ele com gargalhadas.

– Mas como você adivinhou?

– Tá escrito na sua testa - ele não parava de rir.

Fomos para casa e subimos para o meu quarto. Coloquei Um Amor Para Recordar e desci pra pegar a pipoca que eu tinha esquecido.

Na metade do filme, estávamos abraçadinhos em baixo do cobertor quando Pedro começou a passar a mão na minha cintura subindo para os peitos enquanto me dava beijinhos no pescoço. Me deixei levar pelo momento até que ele me puxa para cima dele e tira minha blusa.

– E... Eu não sei se devo... - senti meu rosto ficar vermelho.

– Algo errado? Você não quer? Tudo bem por mim.

– É que... eu sou virgem.

Ele sorriu e passou a mão no cabelo, colocando-o para trás. Morro quando ele faz isso.

– Oh princesa, não tenha medo. Não farei nada sem que você queira.