Receita de Amor - OneShot escrita por Juffss


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoal!

Como vão?
Curtindo o Carnaval?

Espero que sim, mas mesmo assim enquanto ainda não estão festejando ou assistindo escolas de samba deem um tempinho para mim e mais uma das minhas Ones, e depois me digam o que acham!

Obrigada!

Juuh



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Sentado sobre um balcão olhava para a cara do meu melhor garçom. Estávamos presos. Não no sentindo literal da palavra, é claro. Olhei na direção da porta como se quisesse enxergar através dela. Suspirei pesado.

O relógio já marcava mais de três da manhã. Mesmo sendo sexta-feira, estava tarde. O movimento tinha sido intenso e o cansaço já repousava sobre nossos ombros. E ainda por cima tínhamos que aguentar a crítica. Como amava críticos. Revirei os olhos.

— Vai lá Jasper – disse meio ríspido sem querer. – Vê se ela já se deu por vencida.

Ele grunhiu com raiva enquanto pulava do balcão e ultrapassava a porta da cozinha. Minha filha olhava atenta para ver se conseguia enxergar a mulher teimosa. Já passava da hora dela dormir. Era fato.

— Papai, ela ainda está ali – minha filha avisou o obvio.

— Mas que... – segurei minha língua para não falar algum palavrão perto da menina de 10 anos.

— Ela não vai embora enquanto não falar com o chef – Jazz já começou a esbravejar mesmo fora da cozinha.

Soquei o balcão me levantando. Ela provavelmente é uma dondoca que não faz nada mais durante o dia, só pode. Os meus nervos já estavam na flor da pele, se ela não fosse embora rápido eu iria explodir. Ah, como eu iria!

— Vai pra minha casa com Emily, eu resolvo isso com ela. – disse para meu amigo.

— Mas você...

— É capaz dela dormir aqui se não for lá.

— Papai – minha filha choramingou.

— Eu vou ficar bem – sorri a beijando – vai pra casa com o Tio Jazz, está bem?

Ela apenas concordou colocando o casaco. O olhei com cara de mal e ele entendeu o que quis dizer. Se algo acontecesse com minha filha cabeças iriam rolar. A dele seria a primeira.

— Eu já sei, já sei – resmungou.

— Ótimo! – disse amarrando meu avental novamente.

Assim que a porta se fechou remexi as gavetas da geladeira procurando algo que pudesse fazer rapidamente. Mas, no estado que estava, mal conseguia pensar nas receitas que conhecia. Optei por alguma coisa mais simples do que um prato de saideira.

Ri mentalmente lembrando que minha filha amaria estar ali e esperar o meu famoso chocolate quente ficar pronto. Não negaria uma xícara bem grande para ela na hora que acordássemos.

Preparei o mais rápido que pude e servi uma porção bem caprichada. Sai da cozinha menos de meio segundo depois que terminei de ajeitar o que precisava.

— Espero que tenha em mente que isso é uma bebida para a saída – falei com o melhor tom de chef.

Ela não falou nada. Me encarou de cima a baixo por alguns minutos depois de ter colocado a bebida a sua frente. Quando finalmente se mexeu foi para buscar a garrafa de vinho no balde de gelo. Ela a avaliou por alguns longos segundos e devolveu a bebida para o seu descanso.

Não pude deixar de perceber que apesar de teimosa ela tinha traços angelicais. Como se fosse realmente um anjo caído do céu. Seu fino cabelo loiro dourado caia docemente em um belo penteado. Nada de maquiagem excessiva. Mas, mesmo assim, seu batom vermelho chamava a atenção, de um bom jeito. Era uma boca bem desenhada e muito... Céus porque estava pensando daquele jeito?

Não deveria agir assim. Ela era casada. E eu... Cortei meus pensamentos. Bastava por aquela noite.

— Achei que me esperaria beber mais do que meia garrafa sozinha para então ficar bêbada e você vir falar comigo – finalmente concluiu.

— Não sou tão desprezível. – avisei.

— Mas demorou para aparecer senhor Chef! – ela lembrou me olhando novamente.

Minha garganta secou e pareceu se embolar quase dando um nó. O olhar parecia me atravessar por inteiro e não estava acostumado com aquilo. Era ridículo como estava me comportando.

— Não costumo aparecer para clientes – avisei.

— Então devo me sentir honrada? – ela deu um meio sorriso. – Não vai se sentar?

— Esperava que entendesse que está tarde o suficiente para fecharmos.

— Eu não sairei daqui sem conseguir o que quero Chef McCarty.

— Senhora Hale... – comecei.

Ela mal deixou que terminasse minha frase. Espalmou a mesa levantando e me encarou ferozmente. O liquido que tinha dentro da xícara se moveu em ondas derramando um bocado. Eu estremeci. Nenhum homem conseguira fazer isso comigo antes, mas aquela mulher com feições angelicais... Ao mesmo tempo que ela era um anjo podia ser o oposto.

— Não sou senhora – praticamente rosnou.

— Achei que a marca em seu anular s...

— Calado – ela falou dando a volta na mesa. – Já cansei de conversar! Você vai me ensinar a cozinhar AGORA.

— Olha aqui – a encarei. Meu sangue ferveu. – Eu não sou nenhum idiota e muito menos pau mandado. Sou Chef culinário, e esse é meu restaurante. Caso não tenha se dado conta, quem manda aqui sou eu. E por mais que seja uma crítica renomada, aqui não terá o que bem quiser!

— Pagarei muito bem!

— Não me interessa seu dinheiro.

— Então me dê aula de graça!

O clima estava bem quente. No mal sentido. Por mais que tivesse quase o dobro de sua largura e fosse mais alto, ela não parecia se intimidar. Quanta teimosia! Sempre gostei de mulheres de atitude, mas aquele temperamento estava me incomodando. E muito.

— Você não tem escolha – ela passou ao meu lado.

Fechei meus olhos tentando conter a raiva. Mas naquele mesmo instante seu perfume invadiu minhas entranhas me preenchendo por inteiro. Abri lentamente minhas pálpebras e ainda pude ver aquele quadril, docemente desenhado pelo pano do vestido vermelho, balançando de um lado para o outro em um sutil rebolado.

Aquele movimento deixaria qualquer homem louco. Qualquer um.

— Vai ficar parado ai? – ela falou me encarando.

Me movi. Lentamente. Eu estava com raiva há alguns segundos e agora estava a obedecendo? Balancei a cabeça bravo comigo mesmo. Tentei me frear mas quando dei por mim já estava na cozinha com ela.

A observei prender o cabelo em um coque sexy. Não estava nem ai pro penteado que emoldurava seu rosto e provavelmente havia demorado horas para ser feito. Ela me olhou novamente e aqueles olhos azuis violeta vibraram em sua face.

— O que vai me ensinar chefe?

— Por que quer tanto aprender a cozinhar? – eu a olhei cruzando os braços.

— Não vai sair daí enquanto não falar, não é? – Ela suspirou vencida – Meu ex-marido deu uma entrevista na qual falou que “não poderia ser crítica culinária, pois não sabia nem fazer gelo!” – ela falou o imitando – Então vim no melhor restaurante da cidade pra pedir pro melhor chefe que me ajudasse. – continuei a fitando. Ela não achava que elogios baratos me comprariam, não é? – E se ele não parar de me olhar assim vou ficar desconcertada – ela concluiu corando.

Eu não podia acreditar que aquela mulher tinha o dom de corar. E céus, ela ficava milhões de vezes mais vulnerável assim. Era como se a máscara de durona tivesse caído e agora sim a verdadeira Hale estava a minha frente. E ela era linda.

Senti uma movimentação estranha no meu corpo e tentei me controlar. O que estava tentando arrumar?

— Ok, te ajudo – respirei fundo – só que não tinha um dia melhor?

— Marquei a imprensa pra amanhã de tarde. – ela deu um sorriso amarelo. Revirei os olhos.

— O que quer fazer? – perguntei me sentando na banqueta perto da ilha.

— Algo complicado... pra provar meus dotes culinários. – ela avisou.

— Não se prova dotes com o número de ingredientes ou a dificuldade do prato, mas sim com a excelência no preparo de algo simples.

Ela murchou. Seus ombros caíram e ela me encarou com uma feição no mínimo... divertida. Não me contive e gargalhei. Uma gargalhada profunda que fez estremecer o ambiente.

— Do que gosta? – perguntei por fim.

— De tudo um pouco...

Revirei o meu estoque. As compras chegariam pela manhã, não restara quase nada da noitada. Somente um pouco de frango congelado e o filet mignon que não havia preparado na geladeira.

— Carne Bovina você... talvez um prato russo...

— Estrogonofe no máximo... – a olhei com um tom divertido – AH fala sério! Você não...

— Sim, eu sei que estrogonofe é russo, mas a maioria das pessoas acham que é um prato francês.

— Sou crítica culinária... Não uma pessoa normal...

— Ok, ok... – falei terminando o seu discurso – Gosta de batatas? – peguei algumas a mostrando.

— Não como fritura – ela falou prontamente. – Tenho que manter meu corpo. – passou a mão em sua cintura e a parou quase no quadril. Ela não havia feito para me provocar.

Mas... Que corpo... Passei meus olhos por cada centímetro daquele maravilhoso paraíso. Eu já tinha falado que ela deixaria qualquer homem beirando a loucura? Pois é... E eu estava quase entrando nessa lista. Limpei a garganta.

— Sabe ao menos cortar alguma coisa? – perguntei na dúvida.

Ela pegou a faca e a tábua. Me encarou seriamente sem saber onde ficar. Apontei algum canto de minha cozinha e entreguei algumas gramas de filet mignon para ela. Ela me olhou perdida e a mostrei como faria cortando algumas tiras de demonstração.

Com muito cuidado ela tentou repetir meu gesto, mas de uma forma totalmente sem jeito. Eu ri. Ela me olhou com um olhar se fúria. Me posicionei atrás dela segurando suas mãos e mostrando como ela deveria segurar a carne e a faca. Eu não havia maliciado. Seu perfume era doce mas não enjoativo e seu pescoço praticamente atraia minha boca. Tive que me segurar ao máximo.

— Nunca... nunca deixe o dedo perto da faca... – avisei tentando fazer minha voz sair sem falhar – a menos que queira perder algum...

— Eu não quero – disse com a voz tremula.

— Eu suspeitei... suas mão são muitos bonitas...

— Você é muito bonito – respondeu sem perceber. A encarei, ela fechou os olhos negando – Fala que não falei alto.

— Tudo bem... você não falou – menti.

— Desculpa...

— Está tudo bem – repeti.

Ela largou a faca subitamente e se virou para mim. Meu corpo congelou a olhando, meus braços praticamente a envolviam. Fui pego desprevenido.

— É que faz tempo que não estou com um... – ela falou me encarando de novo. Me senti um coelhinho desprotegido. – homem...

— Você era casada – a lembrei.

— Royce é gay! – ela soltou de uma vez só e se culpou por isso – Era mais um casamento de fachada... Eu estava apaixonada e quando descobri... – ela fez uma pausa olhando nos meus olhos. Ela estava totalmente desequilibrada — Olha não quero falar disso ok?

— Tudo bem... – murmurei me afastando. Ela segurou meu braço.

— Desculpa por isso... eu juro que não fiz por mal... Eu não quero abalar seu casamento. – avisou. Soltei um riso pelo nariz. – O que foi? – me perguntou subitamente.

— Sou viúvo senhorita informação. – disse de costas.

— Eu...

— Você não sabia, eu já percebi.

— É que vi sua filha atrás da porta dezenas de vezes... Quer dizer... Se ela não for sua... Ela parece muito com você.

— Emily estava curiosa.

— Hm... – murmurou voltando a cortar as fatias de carne.

A cada passo que a mostrava, eu beirava a loucura. Eu nunca tinha me sentido assim, nem mesmo com Ashley. Ela se empenhava e tentava não encostar em mim. Eu podia sentir que ela também estava agitada com a minha presença. Quando terminamos suspirei agradecido. Havia conseguido me controlar.

— Batata recheada com estrogonofe – ela olhava o prato a sua frente.

— Já sabe o que fazer... – avisei sentando no balcão. Ela saiu da cozinha e voltou em seguida com um casaco de pele.

— Obrigada – disse o vestindo.

— Então pronto? – falei ficando novamente em pé a sua frente.

— Pronto – confirmou.

Eu não sei o que aconteceu. Mas nossos olhos não conseguiam se desviar. Ela fez menção em sair. Mas antes que isso acontecesse, minhas mãos agarraram seus braços. O olhar se intensificou. E eu não precisei fazer mais nada.

Seus lábios tocaram o meu. E eu senti a necessidade de tomá-la. No início tentei ser o mais doce que podia, mas ela me pedia mais. Nossas línguas pareciam disputar o espaço quando o beijo se transformava em algo mais selvagem, mais carnal.

Minha mão percorreu sua coxa. Ela estremeceu com o toque e senti suas pernas bambearem. Não precisou pedir para que a sentasse no mesmo lugar que estava antes. Eu sentia meu corpo a ponto de bala.

Suas mãos tremulas tentavam desabotoar o meu uniforme de chefe. Eu não queria saber de parar de beijá-la. Não me importava que o ar estava começando a faltar. Minha boca resistia em não se afastar.

Suas pernas me envolviam e me apertavam praticamente colando nossas virilhas. Minhas mãos percorriam suas costas por debaixo do casaco. Senti a necessidade de jogá-lo longe em seguida.

Ela se afastou um pouco me olhando. Seus lábios estavam vermelhos. Não sabia ao certo se era o batom borrado ou consequência do beijo. Nós estávamos ofegantes e mesmo assim nos olhávamos com a mesma magnitude.

Senti seus dedos dedilharem minha barriga percorrendo a trilha feita pelos músculos. Seu olhar ela de desejo e eu agradeci todas as horas na academia que passei quando era mais novo. Por um momento deixei que ela fizesse o que quiser.

Sua mão subiu pelo meu peito e abraçou meu pescoço. Ela me deu um beijo rápido e eu me perdi em seus olhos.

— Você tem certeza? – perguntei com a voz cortada.

— Eu preciso te contar uma coisa – ela avisou. A olhei apreensivo – Eu... tem muito tempo que eu não faço... E também eu quase nunca pratiquei...

— Você consegue falar sexo? – a desafiei. Ela sorriu. – Eu também Rose.

Ela não quis falar mais nada apenas retirou o resto do pano que cobria meu tronco e beijou meu peito me olhando. Eu estremeci. Estava prestes a explodir. Ela me olhava como se tivesse dúvida se poderia realmente fazer isso. Eu a incentivei com o olhar. Ela sorriu prosseguindo. Minhas mãos acariciavam e apertavam suas pernas ao redor do meu corpo.

Soltei um gemido baixo e ela pareceu gostar e se sentir mais confiante no que fazia. Voltei minhas mãos para suas costas e procurei com certo desespero o fecho de seu vestido. Eu não me importaria de rasgá-lo se tivéssemos em um quarto.

Quando finalmente consegui o abri, tive que a carregar no meu colo para arrancá-lo de seu corpo de vez. Não que fosse difícil segurá-la em meus braços. Coloquei-a em pé e meu coração parou olhando tamanha formosura. Ela tinha um corpo de modelo escondido e tudo na medida certa. Sua lingerie a aperfeiçoava mais. Talvez ela tivesse alguma fixação por vermelho. Mas não me importava, pelo contrário, estava amando.

Segurei seus seios com a minha mão e os beijei. Ela se arrepiou totalmente. Segui distribuindo beijos, mordidas e as vezes lambidas por todo o seu colo. A pressionei contra a parede voltando a beijá-la. Minhas mãos agarravam sua cintura com força a puxando para mim. Elas tinham uma leve tendência a descerem e acolherem o volume que ela tinha atrás.

Eu meio que assustei quando sua mão envolveu o meu membro por cima da calça. Não que eu não tivesse gostado, só me surpreendi.

(...)

Quando minha filha pulou na minha cama de tarde é que consegui acordar. Ela me encheu de beijos e eu sorri. Estava mais feliz do que em muitos dias. Emy pareceu perceber e ficou me olhando querendo saber o motivo. Só murmurei um bom dia. Fechei meus olhos a abraçando para curtir a preguiça de sábado.

— Pai... – me chamou com o jeitinho meigo dela.

— Diga princesa.

— A crítica vai lá hoje de novo?

— Não sei... – respondi sincero. Como queria ela fosse.

— Você não está mais bravo, não é?

— Não bebê... Estou feliz.

— Ah – pude senti-la sorrir – ela é bonita. – foi minha vez de sorrir e abrir os olhos para encarar minha filha.

— Como é?

— Quando crescer quero ser que nem ela – ela falou corando. Eu a beijei.

— Que bom que disse quando crescer. – disse limpando seu lábio vermelho. Teria uma seria conversa com a esposa de Jasper sobre o batom. – até lá você é só minha garotinha, ok?

— Ah papai – resmungou.

— O que foi?

— Pai... Você gostou dela não foi?

— Não é a pior crítica que conheci... – sorri maleando a cabeça. Sem dúvidas foi a melhor.

— Vocês vão casar?

— Que?! – me exaltei. Minha filha corou mais.

— É que seria legal ter uma mamãe... de novo...

A abracei forte. Não queria minha filha sofrendo. Sabia que ela sentia falta da mãe, mas não sabia que sentia falta de uma mãe. Aquilo me machucou. Foram tantos anos só eu e ela... Eu era um idiota por não ter percebido o que minha filha ansiava. Devo ter permanecido abraçado a ela por um bom tempo.

— Pai – ela me chamou me tirando dos devaneios. – É uma boa hora pra falar que a crítica está lá embaixo?

— Emily!

— Eu liguei pra ela de manhã... Tia Alice conseguiu o telefone pra mim, e falou que hoje seria a noite francesa no restaurante e que te queria longe da cozinha dela.

— A cozinha é minha!

— Sabe que não é bom discutir com a titia... e eu chamei a Rose pra passar a noite com a gente. – ela deu de ombros – ela chegou tem umas 2 horas e a gente estava conversando lá embaixo. A gente ia te esperar acordar sozinho, mas você é pior que uma pedra!

Ouvi uma risada que não era a da minha filha. Olhei em direção a porta e pude ver a curva da loira com quem tive a melhor noite da minha vida na porta. Sorri abobalhado. Emily me cutucou. Olhei para ela fingindo raiva e seus olhos fizeram menção para que chamasse Rosalie para perto de nós. Fechei os olhos brevemente soltando uma risada pelo nariz. A chamei com a mão e ela pareceu meio receosa de chegar perto.

— Achei que tinha compromisso...

— Cancelei...

— Por que? – perguntei curioso.

— A proposta da sua filha pareceu mais interessante – ela murmurou olhando Emily.

— Pai... – minha filha chamou e aproximou da minha orelha confidenciando algumas palavras. Eu ri. Rosalie pareceu confusa.

— Tudo bem... seu pedido é uma ordem. – pisquei para minha filha. Joguei as cobertas para o lado levantando de uma vez só. Rose pareceu assustar, mas ela não teve tempo suficiente para demonstrar qualquer reação.

Em um instante apenas a joguei na minha cama preparado para fazer cócegas até ela perder completamente o ar. É claro que minha fiel companheira estaria me ajudando em tudo. Sorri ao ver a felicidade dos olhos de Emy. Não me contive dessa vez.

Meus lábios necessitavam dos dela.

Ela arregalou os olhos, não esperava por isso. Pude ver, de relance, minha filha rir tampando os olhos enquanto a loira passava as mãos nos meus braços se acostumando com carícia de minha língua na dela, e fechava os olhos.

Afastei um pouco. Sua boca tinha a mesma vermelhidão de outrora. A olhei nos olhos enquanto a segurava bem próxima a mim. Ela por sua vez tinha a respiração ofegante. Eu sorri acariciando sua bochecha levemente corada.

— Só tem uma coisa Rose, da próxima vez que emprestar o seu batom para a minha filha... eu sinto muito, mas terei que cozinhar Rose no espeto. – Ela riu e eu voltei a toma-la contra meus lábios.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Até hoje permanece certa confusão sobre a morte de Rosalie Hale. Dúvidas por se explicar, detalhes absurdos, contradições nos depoimentos das não-testemunhas, lacunas diversas. Eu? Eu sei exatamente como ela morreu, mas não sei como o seu corpo desapareceu.

http://fanfiction.com.br/historia/126771/Evil_Angel_-_One_Shot/

Espero vocês lá!