Só Um Tapinha escrita por black rose


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!!! Espero que gostem desse especial de aniversário! *-* !!
Feliz níver, Ron!!!! >.< !!!



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PLAFT!

– Ron! – disse um aborrecido Harry, enquanto o ruivo ria da cara do amigo.

Desde o sétimo ano Ron tinha essa mania de “cumprimentar” seus amigos dando-lhes tapinhas no traseiro, quando ninguém estivesse olhando, claro, afinal, ele não era gay. Só gostava de dar tapas na bunda de outros homens... super normal.

– Relaxa, Harry! Foi só um tapinha!

– Só um tapinha... humpf! – resmungou o moreno, se sentando para tomar o café-da-manhã. Os dois dividiam um apartamento em Londres desde que começaram a trabalhar no Ministério, Ron como auror e Harry como inominável – Vai jantar n’A Toca hoje?

– Não vai dar. Acabei de receber uma coruja do chefe, dizendo que o Collins ficou doente e que eu vou ter que substituí-lo acompanhando o ministro em uma reunião com o ministro da Irlanda. Vou chegar muito tarde pra jantar lá.

– Justo hoje, no seu aniversário?!

– Belo presente, não?

Harry riu do amigo e foi até a geladeira buscar o leite que havia esquecido.

PLAFT!

– RON!

O ruivo correu para a lareira ainda rindo, e antes de sumir nas chamas, ouviu Harry dizer:

– Esses tapinhas ainda vão te causar problemas!

***

Ron não podia ter ficado mais contente quando soube que o ministro irlandês teve um imprevisto e não pôde comparecer a reunião. Chegaria em casa antes do previsto e teria tempo suficiente para tomar um banho e descansar um pouco antes de ir jantar n’A Toca.

Saiu da lareira limpando a fuligem das roupas, quando terminou, tirou o casaco e o jogou de qualquer jeito no sofá junto com a pasta. Foi até a cozinha tomar água e encontrou alguém praticamente enfiado dentro da geladeira, apenas com o traseiro a mostra.

Harry nunca aprende. Sorriu de forma maliciosa enquanto se aproximava sorrateiramente.

PLAFT!

Ron havia enchido a mão com gosto naquele traseiro, pegando o outro desprevenido e fazendo com que batesse a cabeça em alguma parte da geladeira e soltasse meia dúzia de palavrões. Ron gargalhou alto, mas seu riso morreu assim que uma cabeça loira se ergueu de dentro da geladeira e olhos cinzentos o encararam de forma assassina.

– M-Malfoy!? – Ron estava horrorizado e ficou ainda mais quando se viu na mira de uma varinha.

– Como você ousa tocar em mim? – falou de forma lenta e assustadora, fazendo Ron engolir em seco e dar um passo para trás.

– N-Não sabia que era você. Pensei que fosse o Harry.

Draco ergueu uma sobrancelha antes de sorrir com malícia.

– Então é assim que você cumprimenta o testa rachada? Sempre desconfiei dessa amizade de vocês.

– Eu não sou gay! – exclamou indignado.

– É claro que não. É realmente muito macho da sua parte ficar dando tapas na bunda de outros homens! – disse Draco. A fúria assassina dando lugar ao prazer de implicar com o outro.

– Eu não faço isso!

– Você acabou de fazer!

Ron fechou a cara e cruzou os braços.

– Já disse que achei que fosse o Harry!

– Esse argumento realmente afirma a sua masculinidade.

– O Harry é meu amigo!

– Sei... Imagina só a cara do seu “amigo” quando souber que você confundiu a bunda dele com a minha. Você deve ser mais cego que ele pra ter confundido a minha perfeita anatomia com aquela coisa que o Potter tem abaixo das costas!

Bem que eu achei que aquela bunda redondinha era perfeita demais pra ser a do Harry... – pensou consigo mesmo, mas ao ver a expressão de “eu sabia” estampada no rosto do loiro, percebeu que havia falado aquilo em voz alta. Ficou tão vermelho quanto os cabelos.

– Então reconhece que a minha bunda redondinha é perfeita?! – sorriu com escárnio. Ron ficou ainda mais vermelho, se é que era possível.

– Cale a boca, Malfoy! Aliás, o que você está fazendo aqui na minha casa? – a irritação dando lugar à desconfiança.

– Embora eu não lhe deva satisfações... Potter e eu tínhamos que terminar alguns relatórios para amanhã cedo.

– E não podiam fazer isso no Ministério? Por que você tinha que vir pra cá?

Draco revirou os olhos.

– Como se essa fosse a primeira vez que eu venho aqui.

Era verdade. Desde que se tornaram colegas de trabalho, a cerca de quatro anos, Harry e Draco tinham uma convivência civilizada – pelo menos na maior parte do tempo – e era comum o loiro ir até a casa de Harry quando precisavam terminar algo relacionado ao trabalho.

– E cadê o Harry?

– Saiu depois de receber uma coruja. – disse dando de ombros.

– E te deixou aqui sozinho?!

Um novo revirar de olhos foi sua resposta. Ron sabia que não era a primeira vez que Harry deixava Draco sozinho em sua casa, e por alguma razão absurda, Harry achava que o loiro era de confiança. Opinião essa que não era partilhada por Ron, é claro!

– Eu disse a ele que podia ir. O que faltava pra terminar eu poderia fazer sozinho. – fez um gesto de pouco caso.

– E o que ainda está fazendo aqui?

– Aguardando a confirmação de recebimento do último relatório que eu enviei.

– E precisa esperar aqui?

– Claro, imbecil! Se houver algum problema eu vou ter que refazer e os arquivos estão aqui e sob a responsabilidade do Potter. Não posso simplesmente levá-los pra casa! – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Draco foi até a geladeira novamente e examinou seu conteúdo por alguns instantes antes de praticamente sumir dentro dela, deixando uma única parte do seu corpo visível: sua bunda redondinha e perfeita. Ron acompanhou cada um dos movimentos do outro e simplesmente não conseguia desviar os olhos daquela parte da anatomia do loiro.

– Pare de olhar para a minha bunda, Weasley! – falou com sua voz tipicamente arrastada, tirando Ron do transe.

O loiro ergueu-se com duas cervejas amanteigadas, jogou uma para Ron e abriu a outra para si.

– Eu não estava olhando p-pra sua bunda. – disse de forma pouco convincente. Draco sorriu como se dissesse: “nem você acredita nisso!” – Tô falando sério, Malfoy!

– Admita, Weasley, você sempre teve uma queda por mim.

– Por você? Não me faça rir, Malfoy! Eu nunca encostaria um dedo em você!

– Ah, mas você já encostou... cinco dedos na verdade! – sorriu maliciosamente.

– Aquilo foi um engano! Eu nem teria chegado perto se soubesse que era você.

– Diga o que quiser, Weasley. Nós dois sabemos a verdade.

– Que verdade, Malfoy?

– Que você não resistiria à mim se eu quisesse. – Ron deu uma risadinha descrente – Está duvidando, Weasley? – arqueou uma sobrancelha.

– E você ainda pergunta? – o ruivo desdenhou.

Draco sorriu de forma enigmática e andou até Ron, parando bem próximo à ele. Próximo o suficiente para um sentir o calor do corpo do outro, mas sem realmente se tocarem. Aproximou seu rosto do de Ron, que era alguns centímetros mais alto, e sorriu satisfeito ao perceber as reações do outro.

– Pronto para admitir que tem uma queda por mim, Weasley? – Draco sussurrou em seu ouvido, para logo em seguida assoprar de leve o pescoço do ruivo e vê-lo se arrepiar.

***

Ron ficou apreensivo ao ver Draco sorrir de forma estranha e andar em sua direção, parando bem próximo a si. Próximo o suficiente para um sentir o calor do corpo do outro, mas sem realmente se tocarem. Havia uma vozinha em algum lugar de sua mente que gritava algo sobre empurrar... agarrar... beijar...? Ele não conseguia pensar direito. Não quando o rosto de Draco estava perigosamente perto do seu, mesmo ele sendo alguns centímetros mais alto que o loiro.

– Pronto para admitir que tem uma queda por mim, Weasley? – ele disse com aquela voz arrastada em seu ouvido.

Ron estava fazendo o possível para manter seu alto controle, mas o leve assopro que sentiu em seu pescoço, foi o golpe de misericórdia.

– Você é um bastardo cretino, Malfoy! – foi tudo o que Ron disse antes de capturar os lábios de Draco de forma quase desesperada e segurá-lo possessivamente pela cintura. O loiro sorriu de forma presunçosa em meio ao beijo e pôs os braços ao redor do pescoço do ruivo, correspondendo ao beijo com entusiasmo.

Logo os beijos não se restringiam apenas aos lábios, eram direcionados também ao pescoço, ombros, orelha, queixo... Não se desgrudaram um minuto sequer durante todo o percurso da cozinha até o quarto de Ron, onde travaram uma verdadeira batalha para ver quem tirava as roupas do outro mais rápido, derrubando vários objetos no processo. Os dois estavam tão concentrados na busca por mais contato que não perceberiam nem se a família Weasley em peso saísse da lareira e preenchesse a casa com sua espontaneidade costumeira.

***

– Agora que estamos todos aqui, acho que deveríamos apagar as luzes e esperar em silêncio enquanto o Harry vai lá dentro buscar o Ron, e quando ele chegar aqui, nós gritamos “surpresa!”. – disse Hermione para a pequena multidão de Weasleys e agregados que lotava a pequena sala de Harry e Ron naquele momento.

– Acho que deveríamos surpreendê-lo no quarto. – sugeriu Fred.

– De preferência quando ele estiver em uma situação bastante comprometedora. – completou George.

– E vocês, obviamente, nunca o deixariam esquecer disso, não é? – Seamus falou divertido enquanto abraçava a namorada, Hermione, pelos ombros.

– Obviamente! – os gêmeos disseram em uníssono.

– Ei, Harry, você não disse que o Malfoy estava por aqui? – perguntou Charlie.

– Ele estava. Mas como o Ron chegou mais cedo... acho que todo mundo sabe o que acontece quando aqueles dois se encontram.

– Acho que um dia eles ainda acabam se matando! – Neville comentou, ganhando muitos acenos em concordância.

– Ou casando! – devaneou Luna, com seu típico ar sonhador.

Todos olharam pra ela como se Voldemort tivesse acabado de ressuscitar e estivesse dançando a macarena encima da mesinha de centro.

– E se ele estiver dormindo? – perguntou Molly Weasley, voltando ao assunto principal.

– Bem lembrado, querida. Ele pode estar descansando. – Arthur concordou com a esposa.

– Pra não ter ouvido essa algazarra toda, ele só pode estar desmaiado! – Bill comentou.

– Não está não! Acabei de ouvir um barulho no quarto dele. – disse Gina, a ruiva mais nova havia acabado de voltar para a sala.

– Então o que estamos esperando? – Molly, com um enorme bolo nas mãos, seguiu para o quarto do filho com todos os outros em seu encalço. Abriram a porta de supetão e já entraram no quarto gritando:

– SURPRESA!

E realmente foi uma surpresa a cena que viram: um Ronald Weasley pelado se esfregando loucamente em um Draco Melfoy igualmente nu. Os dois se separaram com o susto, buscando desesperadamente se cobrirem com um lençol.

Foram quinze segundos de profundo silêncio, quebrado apenas quando o bolo nas mãos de Molly Weasley se espatifou no chão, seguido pelo desmaio da mesma. O que seguiu depois disso foi uma verdadeira confusão, Arthur, Bill, Charlie, Hermione e Harry correram para socorrer a matriarca dos Weasley; Percy distribuía sermões à torto e à direito; Fred e George faziam piadinhas maliciosas, arrancando gargalhadas de Seamus e Gina, que também contribuíam com alguns comentários irônicos e sarcásticos.

Ron não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha que estava sentindo e as risadinhas do loiro cretino e gostoso ao seu lado, só tornavam a situação ainda pior! E a única coisa que lhe vinha à mente eram as palavras de Harry:

Esses tapinhas ainda vão te trazer problemas!


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Notas finais do capítulo

E então??? Gostaram??? O.O !? Espero que sim!!!Bom, essa oneshot está concluída, maaaasss... tem uma segunda parte que será postada no aniversário do Draco, o título é : "De Novo Não!" ^-^ Bjs a todos que leram!! Comentários são bem-vindos, ok!!?



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