Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 38
Voltas que a vida da...


Notas iniciais do capítulo

Olha gente, vamos falar sério agora...
Nós estamos até o pescoço de coisas para fazer, praticamente só nos falamos uma vez por mês, e nessa uma vez por mês nós realmente tentamos escrever.
Por isso os capítulos demoram tanto. Porque nessa uma vez a gente conversa, temos que resolver o que por no capítulo, como terminar, como deixá-lo emocionante, como tirar coisas desnecessárias, corrigir e postar.
É muita coisa em muito pouco tempo.
Pra quem escreve fic, e muito de vocês eu sei (por que eu já li) que escrevem, sabem como é complicado resolver tudo isso em menos de 24 horas.
Não estamos tentando dar desculpas, nós só achamos justo que vocês tenham essa explicação.
Mil desculpas mesmo, estamos tentando resolver esses problemas.
Por tudo que é mais sagrado no mundo, não nos abandonem, vocês são o motivo para não pararmos de escrever. Tenham paciência conosco. Obrigada.
Beijos e boa leitura.



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Estava quente na cama, mas eu tinha certeza que não havia me coberto, foi quando reparei que o calor vinha apenas de um lado do meu corpo. Abri os olhos ainda grogues ao mesmo tempo em que tomei consciência de uma coisa comprida e dura me empurrava contra uma espécie de parede. Olhei para minha cintura e então comecei a engasgar.
Ele esta me abraçando. Respira. Respira. Respira. Respira Katherine, isso foi só um engano, vai ver que ele estava sonhando com a oxigenada. Não inventa moda.
Retirei cuidadosamente seu braço da minha cintura e desci da cama tremendo horrores. Meu coração palpitava como se eu estivesse acabado de sair de uma montanha russa, o que quer que eu tentasse fazer meu peito não parava de dar pontadas.
Corri para o banheiro hiperventilando e molhei o rosto, pus a cabeça pra fora do pequeno anexo só pra conferir se ele ainda dormia, ate roncava. Reprimi a vontade de filmá-lo e me concentrei em resolver o estrago que eu estava minha aparência naquele momento.
Entrei no chuveiro ignorando meu reflexo no espelho. Meu cabelo estava embaraçado como nunca, minha pele porosa e oleosa, eu estava pálida, mesmo não tendo um espelho pra confirmar. Estava obvio o quanto parecia horrenda.
O que aconteceu com você Katherine...? Era tão vaidosa... Sempre arrumada, nos melhores lugares, sempre com as melhores companhias, sempre com Leninha e Yve. Como você pode esquecê-las assim tão rápido. Elas eram suas melhores amigas! Como você pode fingir que não liga? Nem pensou em telefonar! Pra saber se elas estavam vivas! Que tipo de amiga é você?
Minha consciência me acusava brutalmente. Então me olhei no espelho e percebi que não era de minha aparência que estava fugindo. Era do peso da consciência. Da culpa de tê-las ignorado. Um peso brotou em meu peito e em seguida o choro me consumiu lentamente. Por fim acabei cedendo me enxuguei pouco a pouco e vesti um lingerie. Abri a porta esquecendo completamente da presença de Nicolas, fechei a porta do anexo e me virei encontrando um Nicolas boquiaberto com olhos vermelhos me olhando de cima a baixo.
Gritei pegando a toalha e enrolando o máximo de pele que pude.
– Feche os olhos Nicolas! –gritei dando pulando de puro ódio.
– Que? Oi? Onde? Ta ta. – falou voltando a si e fechando os olhos rindo.
– Para de rir NOCLAS. – chiei correndo ate a mala. – Eu vou trocar de roupa, só volte a me olhar quando eu mandar.
– Ta Katherine, calma. – falou rindo ainda mais alto.
Peguei uma camisa, uma calça e um par de meias. Vesti-me às pressas e prendi meu cabelo.
– Pode olhar.
Ele me encarou com uma expressão esquisita. Parecia em duvida, como se tentasse resolver uma equação difícil.
– Fale logo, o que você quer?
– Eu queria agradecer pelo que você fez...
– Como assim?
– Sei que não sou a pessoa mais fácil de conviver.
– Na verdade acho que sobrevivo a você.
– Sério? – ele riu
– É.
– Que bom. – ele levantou andando ate minha direção. Então como quem não quer nada parou a boca ao lado do meu ouvido e sussurrou: - A propósito, esse seu sutiã de barquinho é uma gracinha.
Fiquei encarando-o tentando não xinga-lo de todos os nomes conhecidos pela humanidade.
– Some da minha frente. – bufei e me sentei na cama discando o número do serviço de quarto.

***
Encarei a porta do banheiro, Katherine discava alguma coisa no telefone. Será que eu deveria contá-la? Resolvi que deveria esperar, era muito cedo pra contar sobre o sonho. Talvez a assustasse. Abri a porta do banheiro e olhei-me no espelho, a voz de Kora ecoava em meus pensamentos, como uma sentença. A deusa era cruel, ela cumpriria sua promessa. Eu não poderia evitar e a perderia. Tirando as lembranças da cabeça entrei no chuveiro e me concentrei em uma coisa de cada vez.
Por fim sai do chuveiro vestido com uma jaqueta, uma camiseta e uma calça. Sai do banheiro e encontrei Katherine sentada ereta com uma expressão estranha no rosto.
– Katherine? – falei ao mesmo tempo em que toda minha pele se arrepiou. – Tudo bem?
Ela contraiu a boca e seus olhos rolaram fazendo-a tombar ao mesmo tempo em que um vulto passou correndo em minha frente, me impulsionando para a porta.
Bati a cabeça fazendo minha visão ficar turva, rolei os olhos pelo cômodo, procurando o que quer que tenha me empurrado. Mas o quarto parecia vazio. Levantei-me cambaleante me arrastando ate a mata.
– Não, não, não, não. – falou uma voz rouca em minhas costas. – Você acha que pode me enganar? Ut laberetur in somnum.
E tudo escureceu.

Minha visão voltou junto com uma dor de cabeça e um arrepio na espinha. Eu estava na cama amarrado, alguma coisa estava encostada em mim e logo calculei que era Katherine, pela forma que sua cabeça estava em meu ombro ela também fora amarrada. O ar fedia a morto e a magia. Estava tudo muito turvo, mas pude localizar duas sombras no canto do quarto discutindo. Tentei focar em minha audição.
– Mais Gaia... – sibilou uma das sombras – Se deixarmos vivos eles podem fugir. Você sabe como esses guardiões são traiçoeiros. Principalmente o moreninho, ele tem fama.. Kora vai nos matar se eles fugirem!
– Henley relaxa... – falou a tal Gaia com uma voz cheia de alto confiança. – Eu posso controla-los são só duas criancinhas.
– Mas ela não é a filha de...
– Para de ser covarde sua sanguessuga estúpida! – gritou e uma bola branca surgiu no ar como uma explosão e dela saiu uma espécie de fantasma de Kora. – Mi Lady que prazer...
– Calem-se cadê os dois? – falou o espectro.
– Ali senhora... – falou voz de uma das sombras.
– Muito bom, quero eles ate o fim do dia, se não vocês duas vão ver. – rosnou e se desfez em pó.
– Muito bem bruxinha maravilha – Henley chiou mal humorada. – Como carregaremos dois pesos mortos ate Kora?
– Eles já devem estar acordando o feitiço não dura muito. – falou se aproximando. Fechei os olhos rápido ao mesmo tempo que uma mão pousou em meu rosto.
– Tão bonitinho, pena que teremos que mata-lo.
– Muito desperdiço né? – falou Henley
– Sim, já que os dois não acordam vou comer. – falou e senti-os se afastar, contei ate dez mentalmente e abri os olhos. Elas estavam de costas pra mim remexendo no carrinho da camareira era o momento perfeito para atacar.
Concentrei meu poder nos braços e esperei que as cordas queimassem, o cheiro de queimado ficava cada vez mais forte, mas a corda não se soltava..
– Na-na-ni-na-não meu bonitinho. – falou sorrindo diabólica. – Achou que seria tão fácil?
Olhei para a mulher, era loira aguada, com olhos pretos como carvão, pele branca como neve e o sorriso exibindo as presas laterais como troféus bem polidos.
– Nós não somos tão idiotas assim, meu benzinho. Sabemos do seu poderzinho de quinta. – falou a outra mulher. Ela estava encapuzada em um mato todo preto. Esperei ela tirar o capuz, mas ela não se deu o trabalho e continuou sibilando: - Que bom que acordou agora só falta sua namoradinha.
– O que vocês querem? – rosnei. Era uma pergunta idiota? Sim, mas considerando que estávamos indo para as mãos de Kora, não tinha tanto peso assim.
– Na verdade isso não é da sua conta amorzinho. Agora quietinho que estou com fome. – rosnou e estalou o dedo fazendo uma mordaça surgir em minha boca. Foi só quando ela ergueu a mão que eu entendi com quem lidava. As tatuagens no antebraço pareciam recentes, era uma recém criada muito fraca ainda, mas ela tinha confiança e era inteligente, seria difícil vencê-la, mas não impossível.
Fiquei imaginando possibilidades de tentar fugir quando Katherine começou a tossir ao meu lado.
– Que merda é essa? – rosnou baixinho olhando para os lados.
– Estamos presos, são capangas de Kora e a não ser que você tenha uma ideia antes que elas descubram que você acordou vamos morrer. – falei rudemente.
– Nossa animador você
– E quem disse que eu pretendia te animar?
– Achei que você já tinha parado de se comportar como uma criança mimada.
– Só sou realista Katherine.
– Não, você é só grosso mesmo.

***
O sonho ainda pairava em minha cabeça como um disco quebrado repetindo a mesma frase sem fim. Fechei os olhos tentando me concentrar, por algum motivo eu sabia o que fazer, mas não sabia como fazer. E aquele sonho não estava ajudando, como eu pude prever o que aconteceria? Ok, ok, era meio obvio que seriamos atacados, mas eu não esperava que fosse tão rápido. Tentei me concentrar no que Mayara falou.

“Eu estava no quarto do hotel sentada na cama. Como se nada tivesse acontecendo. Procurei as duas mulheres que me atacaram, procurei Nicolas, mas não os achei. Foi só quando uma fumaça surgiu ganhando forma de Mayara que saquei que estava sonhando... esperei pela bronca e o sermão, de ter sido tão estúpida por ter sido pega, mas Mayara apenas sorriu piedosa.
– Não estou aqui para brigar com você, vim lhe ajudar.
Eu estava tão desesperada que algo acontecesse no mundo real que dei pouca importância pelo fato de estar sonhando diretamente com Mayara. Deixaria essa pergunta pra depois de me livrar do perigo. No momento estava mais interessada no que ela me falaria.
– Viu você esta começando a priorizar coisas importantes, você esta amadurecendo Kat. Estou muito orgulhosa.
– Er... Desculpe Mayara, não querendo ser rude... Mas como você poderia me ajudar?
– Sim Katherine, muito bem lembrado. – falou – Você tem que acreditar em si mesma. Nicolas e você estão correndo um grava perigo nesse momento Henley e Gaia os levarão para Kora para que assim ela possa matá-la, e você precisa impedi-las.
– Mas como farei isso? – perguntei irada.
– Katherine você tem um grande poder dentro de você, não o despedisse. Concentre em suas emoções o coração sempre é o melhor caminho. Pense por ele e não ela cabeça. Ela pode ser enganada, mas seu coração sempre será mais esperto. Confie nele. Confie em você. Eu sei o seu potencial é incrível Kat nunca se esqueça. Haverá muitos perigos por essa viagem e muitos deles não poderei avisar, agora acorde e pense positivo. Você consegue.”


Repassei o sonho mais uma vez, mas nada no que ela falou fazia sentindo. Como eu poderia sair dali. Pensei em queimar as cordas, mas se fosse só isso Nicolas já teria feito...
– Já tentou queimar as cordas? – sussurrei para Nicolas.
– São enfeitiçadas.
– Que lindo... – rosnei
Concentre se Katherine...
Fechei os olhos com forca e tentei achar alguma ideia, algum incentivo. Lembrei das aulas com Nicolas. Quando ele estava começando a ser gentil comigo, lembrei de Valentim sendo tão paciente comigo, me ajudando com as aulas... e ate de Sarah lembrei, mas eles não tinham nada em comum. As aulas eram diferentes, os métodos de ensino também. Mas porque eu me concentrei nessas memórias? Tinha que ter um motivo. Tem que ser um sinal. O medo consumia meu interior fazendo meu raciocínio regressar. E foi ai que tudo fez sentindo. Todas as aulas eu concentrava meus sentimentos mais forte e o transformava em algum elemento. E naquele momento eu tinha um de sobra.
Respirei fundo e concentrei todo meu medo transformando-o em coragem (ou pelo menos tentando).
Senti o ar em minha vota as partículas se agitando, inspirei lentamente e então meu peito explodiu. As janelas quebraram a porta abriu num estrondo, o vento invadia o quarto como um tornado, abri os olhos e encarei Gaia e Henley presas no teto. Senti uma corrente passar pelo meu corpo raiva e amargura, medo e insegurança tudo ao mesmo tempo. Senti as cordas cederem e soltei meus membros do laço. Ao meu lado Nicolas me encarava com uma expressão indecifrável. Ignorei a distração e olhei para as duas que se debatiam nervosas.
– Nem tentem. Quando vocês descerem já estaremos em outro continente. – sorri venenosa para Gaia que agora mostrava se rosto cheio de cicatrizes e tatuagens vermelha-sangue em uma expressão de pleno pavor.
Outra corrente ardeu pelo meu corpo, só que de uma forma diferente eu estava confiante, saia que as duas estavam com medo. Ergui a mão esquerda e a empurrei em direção de Nicolas. Fazendo suas cordas derreterem facilmente.
– Vamos. - falei. Ele correu ate as mochilas e saiu do quarto. Dei uma ultima olhada nas duas e bati a porta ao mesmo tempo em que minhas pernas cederam e minha cabeça ardeu.
– Katherine! – falou Nicolas me erguendo do chão apoiando meu braço em seu ombro e pondo uma mão em minha cintura. Encostei a mão no nariz e senti um liquido grosso escorrer olhei para minhas mãos sujas de sangue com um misto de medo e pânico. – Venha você não esta nada bem esta ficando verde. Katherine... Katherine...
– Eu.. – não conseguiu completar.
Então tudo perdeu o foco e eu vomitei.
– Melhor?
– Siiiiim.... – choraminguei dolorosamente - mas temos que correr o que eu fiz... – parei de falar quando um estrondo respondeu... Olhei pra trás e as duas estavam paradas como tigresas esfomeadas. – Anda Nicolas.
Ele pegou minha mão e corremos a adrenalina pulsava em minhas veias, meus ouvidos gritavam, ou talvez fosse às pessoas que atropelávamos de acordo com que fugíamos das duas.
– Duratus. – gritou Gaia. Eu não sabia o que significava mais por algum motivo achei ruim. Esperei o ataque surtir efeito, mas nada aconteceu.
– O que foi isso? – perguntou Nicolas
– Não sei, mas o que quer que seja esta nos ajudando. – respondi e de repente tropecei em duas garotas caindo em cima delas. Uma delas levantou-se tirando os cabelos do rosto.
– VÊ PRA ONDE ANDA. – rosnou então tudo pareceu congelar. Minha garganta fechou e tudo pareceu estar errado. E estava. Eu tive tanto tempo para encontrá-las – Katherine... Leninha! Helen! É a Katherine.
– Oh não. Agora não.
– Katherine, temos um problema. Reencontro depois. – falou Nicolas ao mesmo tempo em que me virei. Gaia estava com a mão em seu pescoço e Henley a dois minutos de morder Yve.
– Então Katherine? Que você vai salvar? Lembre-se que não somos muito pacientes, principalmente agora que sabemos do que você é capaz...
– Kath? – ofegou Leninha ao meu lado se apoiando na parede. – O que esta havendo? Que brincadeira é essa? Katherine que palhaçada é essa?
Fiquei olhando para os três sem saber o que fazer. O que eu diria? Quem eu salvaria? Meu coração palpitava...
Kira... Se você realmente se importa comigo... Socorro!
Então tudo girou e um fogo ardeu dentro de mim explodindo todas as janelas, quadros nas paredes, fazendo voar tudo o que estivesse em minha frente.
– Você não vai machucá-los. Não enquanto eu estiver viva! – gritei então com um gesto simples Gaia voou para ou outro lado do corredor. Virei para Henley, mas já era tarde. Ela sorria com a boca contornada de vermelho e Yve chorava com a mão no pescoço.
– Filha da mãe! – gritei e como se eu tivesse jogado gasolina em Henley ela começou a queimar lentamente depois de pouco segundos ela virou apenas cinzas.
– Oh por Kira! – comecei a chorar indo ate Yve que abraçava Leninha soltando longos soluços. – Me desculpa Yve tudo culpa minha... Nicolas o que eu faço? NICOLAS!
– Aqui! – rosnou ao meu lado
– Deixa eu te examinar Yvana. – falou Nicolas encostando em seu rosto.
– Não me toque.- gritou Yve batendo na mão dele.
– Yve, assim não da, você corre perigo. - gemi
– Você me pos em perigo! Que tipo de aberração você é? Você tava morta. Agora não ta mais! Você levitou aquela mulher e por causa de você fui mordida...
– Me desculpaaaa – tentei não chorar. – Mas se você não ajudar Yve...
– Bom se você não me deixar ajudar você vai morrer. – falou Nicolas indiferente – O que me pouparia tempo, já que eu e Katherine estamos em uma missão.

– Cala boca Nicolas. – falei chorando. – É tudo culpa minha. Minha...
– Kath... – falou Leninha pela primeira vez. – O que esta acontecendo?
Eu nunca fiquei tão feliz por Leninha ser tão racional.
– Porque aquelas mulheres te perseguiram? O que são elas? Quem são vocês dois? Como não estão mortos? – falou tentando não vacilar, mas eu a conhecia melhor que todos. E o medo estampava a voz como nunca.
– Terão que confiar em nos dois e acreditar em tudo que eu disser, sem perguntas. – falei seria com lagrimas presas nos olhos.
– Nós vamos, mas nos ajude, te amamos Kat e queremos entender você. Sentimos falta da nossa amiga maluca.
Yve protestou.
– Yve, por favor, é pro seu bem. – falou Leninha grossa – E para de fingir que também não sente falta Katherine eu sei que você esta com medo, eu também, mas ela nossa amiga e não abandonamos nossos amigos.
– Bom agora que as três amiguinhas já se resolveram, vamos embora Katherine. – falou Nicolas irritado.
– Não posso Nicolas... Temos que ajuda-las. Por favor! – implorei acariciando o rosto de Yve que tremia muito.
– Não Katherine

– Sim!

– Escuta: estamos em uma missão Katherine. E não viajando a passeio.

– Escuta você Nicolas! Ela vai MORRER!

É UMA PENA, SENTIREMOS FALTA, mas não vamos ajudar. – rosnou

– Nicolas ela é como uma irmã.

– Pensa pelo lado bom você tem mais dois pra substituí-la...

– Eu te odeio. – e foi ai que todo meu autocontrole foi embora. – Você não vê que eu estou desesperada? Nicolas elas são minhas amigas. Não sei se você sabe o que significa isso! Já que você não tem absolutamente ninguém que goste de você. Mas eu tenho. E eu não vou deixá-la, nem que pra isso eu tenha que passar por cima de você.

Ele me encarou por um longo período com os olhos borbulhando de raiva, eu havia tocado na ferida aberta. Provavelmente ele me picaria em pequenos pedacinhos, mas eu permaneci firme.

A gente não vai ter muito tempo. – bufou – mas se acharmos um novo hotel... E continuarmos vivos até lá... Podemos tentar.

Suspirei aliviada e ele abaixou-se sem falar mais nada, analizou a ferida de Yve e levantou o rosto.

– Tem veneno na ferida ela vai se transformar, não vamos poder evitar.

O encarei, vi que ele ainda estava irado, mas ele pareceu sincero.

– E o que faremos?

– Os estágios de vampiro são semelhantes com os dos lobos.... Se ela chegar viva no ultimo estagio e escolher tornar-se vampira, vai virar uma sádica psicopata por sangue e só vai se saciar depois de umas quinze vitimas no mínimo. – respondeu de forma pratica e apática. – Só nos resta fazer com que ela chegue viva no estagio final e bom, se ela virar vampira, não saia matando geral.

– E se ela optar por não se transformar?

– Bem, ela morre.

Engoli em seco.

– Ahm... – pigarreou Leninha – Não quero interromper, mas ela esta desacordada... Isso é normal?

Olhei para Yve que agora com os olhos fechados respirando pesadamente.

– Sim, mas temos que sair daqui. - falou Nicolas com uma voz esquisita. – Antes que algum mortal nos encontre aqui.

– Eu estou de carro. – falou Leninha – Vamos para garagem.

– Oh... sim... – me apressei – E... hm... Obrigada Nicolas.

Ele não respondeu, nem me olhou, apenas pegou Yve no colo e eu ajudei Leninha a levantar.
– Nunca achei que viveria para ouvir você dizer ‘obrigada’ ao Nicolas. – sussurrou Leninha no meu ouvido enquanto andávamos.
– Nem eu. – admiti
Caminhamos pelo corredor em silencio eu queria que aquilo fosse um pesadelo, queria acordar. Mas eu sabia que não era. Sabia que era real e o desespero no meu peito, continuava me acusar como culpada.

– Hei, a gente não ta com raiva. – Leninha sussurrou.
– A Yve esta. – funguei – Da pra sentir.
– Não, não esta Kath, ela esta com medo e você também. O que quer que esteja acontecendo com você pode nos contar. Te amamos, te apoiaremos sempre


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Notas finais do capítulo

Gente obrigada mesmo.



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