Eu estava com medo da resposta para minha pergunta.

– Não, ele está tentando atingir meu pai, ele trabalha pra um concorrente, eu só entreguei ele para os capangas do meu pai.- Levei minhas mão boca.

– Ele ja deve estar morto né?

– Com toda certeza.- ele disse demonstrando um sorriso, que logo se desfez.

– o que foi? Perguntei temerosa.

– Como você me achou?

– Eu... hum eu ia ir embora.- Ao ouvir isso ele se levantou bruscamente da cama, e deu um murro da parede.

– Eu já te disse que você não pode sair de casa, isso é muito importante, me obedeça... ou ...

– Ou o que, você vai me matar?Ele me olhou de uma forma sombria, e subitamente lembrei de onde aquele rosto era conhecido, lembrei-me da foto que haviam mostrado no jornal, eu não acreditava era ele o suspeito de matar 6 pessoas levei minhas mão a boca, e me afastei rapidamente de perto dele, ele tentou se aproximar.

– O que foi Bella? Você está bem? Ele tentou tocar em min mas eu me afastei.

– Sai de perto de mim seu assassino!! Foi você, você matou aquelas pessoas.

– Não, escute eu posso explicar.

– Não, você é um monstro!! eu quero ir embora.

Eu sai correndo do meu quarto, em direção a entrada da casa, eu ouvia os passos de Olliver se aproximarem corri até a rua e me deparei com um carro vermelho parado em frente a casa, os vidros do carro abaixaram, dando espaço para uma pistola que disparou contra min, fechei os olhos pensando que não os abriria nunca mais, mas quando abri meus olhos vi o carro vermelho arrancando em alta velocidade, mas me assustei ao ver Olliver caído em minha frente com um tiro tórax.

Fiz um esforço, mas contei com a ajuda de Rodes para carregar ele para dentro da casa, verifiquei se a bala havia saído, e agradeci a Deus ao verificar que não havia sido nada grave que só precisava de uns curativos, e remédios e antibióticos para a cicatrização não só da ferida causada pelo tiro mas como es feridas causadas pelas facadas da noite anterior. Eu e Rodes cuidamos de Olliver até anoitecer e Rodes se oferecer para comprar medicamentos, me arrepiei com o pensamento de ficar sozinho com Olliver, mas ele desacordado a tantas horas que eu assenti, vendo Rodes partir, me deixando sozinha, pois a Meg havia tirado uma folga depois do susto que levou ontem.

...

Eu estava nervosa, Rodes estava demorando e mesmo que o ferimento não tenha sido muito graves, eu estava ficando preocupada pois Olliver ainda estava desacordado, e começava a ficar com febre, ele não podia piorar.

Sentei no chão ao lado da minha cama onde ele estava deitado mais uma vez, esperei um pouco mas assustei com uma pergunta.

– Quantos tiros?

– 1, e de raspão.

Depois de minha resposta um breve silêncio, então fui refazer seus curativos, ele gemeu um pouco e depois se afastou dando um grito.

– Pare quieto, ninguém mandou levar um tiro.

– Foi você que tentou fugir, talvez eu não teria levado um tiro se você me obedecesse.

– Não é verdade, você se mete fácil em qualquer problema.

Passei mais uma vez o pano limpando o sangue que saia, depois fiz um curativo, depois ficamos nos olhando por um tempo, eu não acreditava ou não queria acreditar que ele era um assassino.

– Você acha que eu sou monstro?

– Na TV falaram que você era um assassino.

– E o que você acha?

– Eu Acho que você não seria capaz de matar ninguém.

– Eu também achava isso, mas eu não lembro de nada, eu só lembro de acordar cheio de sangue nos locais dos assassinatos.

– Você ja foi em um médico?

– Sim eles falaram que eu sou um psicopata.- Ele disse como se concordasse.

– Você acha que matou aquelas pessoas?

– Sim, quer dizer tudo indica, até meu comportamento agressivo.

Rodes chegou com os remédios, e depois de tratarmos eu me ofereci para levar Olliver até seu quarto mas ele negou, eu achei estranho mas resolvi não comentar, Rodes o levou, fiquei me perguntando pelo resto da semana o que havia naquele quarto.