A Bela e a Fera escrita por Natfrança


Capítulo 50
Capítulo 50




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dia estava lindo, o vento corria suave no ambiente, seria um dia feliz se meu pai não estivesse caído no chão desacordado perto da beira do farol.

— Pai. - Murmurei, apesar de tudo o que ele me fez, ele não poderia morrer agora.

— A Bella, esse seu pai não vale nada, você acredita que ele ia fugir e abandonar seus dois irmãos?

— O que? - Perguntei confusa, olhando em volta a procura dos meninos.

— Eles não estão aqui, estão seguros por enquanto. - Lizzie disse, se colocando a frente do corpo sem forças de meu pai.

— O que você fez com meu pai?

— Ensinei a ele uma pequena lição, mas já me cansei dele. - Ela afirmou, descendo de seus salto alto, e colocando seus pés no chão, após algum tempo ela simplesmente virou-se e chutou meu pai do farol, fechei meu olhos e encolhi-me em desespero, não havia nada que pudesse fazer, e perdi o equilíbrio quando ouvi o impacto de seu corpo no chão, o desespero tomou conta de mim, e perdi a consciência.

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Abri meus olhos, e vi a escuridão do lado fora, es estava amarrada há um dos encanamentos do farol, já era noite e tudo o que eu ouvia era o som do animais que andavam no bosque que se encontrava próximo ao farol, meus pensamentos foram para o corpo do meu pai, com toda a certeza, os animais já o acharam, não sobraria nada para sepultar, já se podia sentir o frio do outono. Respirei pesado, sentindo a temperatura do meu corpo cair.

— Você está bem? - Ouvi a voz vir de uma parte escura ao meu lado.

— Olliver? - Perguntei, a voz estava baixa, ele quase sussurrava.

— Eu. - Após uma pausa e um murmurar.- Estou aqui minha Bella.

— Olliver .- Murmurei esticando minhas mãos para alcança-lo sentindo seus dedos frios.

— Bella, sinto muito pelo seu pai. - Ele falou recolhendo as mãos, sabia que ele sentia-se culpado.

— Não foi sua culpa. - Eu disse tentando alcança-lo novamente, mas sem conseguir.

— Foi sim.

— Não foi.

— Foi, se eu não tivesse sido egoísta e te mantido perto de mim. - Ele lamentou-se.

— Eu quis ficar, essa decisão é minha também.

— Eu faço mal a você.

— Quem disse?

— O que nós temos não é saudável.

— Não, não é, mas é tudo o que temos.

— Mas e se der tudo errado.

— Vamos dar errado juntos Olliver. - Eu falei pra ele, e esperei um resposta.

—Olliver?

— Estou pensando em um jeito de sairmos daqui.

— Ótimo, Vai dar tudo certo. - Afirmei sem muita convicção.

— Encolha-se contra seu próprio corpo, a noite está fria.

Encolhi-me e tetei dormir, mas não conseguia.

— Olliver? 

— O que? - Sua voz estava rouca, ele estava dormindo.

— Eu te amo.

— Tem certeza? - Ele me perguntou fazendo-me lembrar de nossas conversas, não pude evitar sorrir, mesmo naquela situação, eu que nunca tinha amado agora queria sobreviver a tudo para dividir a  vida com ele.

— Tenho.

— Que bom, eu também tenho certeza Bella.

— Ollie já percebeu que a maior parte de nossas lembranças são brigas?- Após um tempo de pausa.

— É Verdade.

— Sinto falta.

— Eu também. - Olliver falou e logo pude ouvir sua risada, em um tom baixo, senti meu coração aquecer. - Somos uma bagunça. - Ele afirmou após alguns segundos.

— Sim, mas nós somos a melhor bagunça. - Eu afirmei convicta, deixando minha cabeça repousar em meus joelhos.

— Eu prometo te tirar daqui, eu vou te proteger.

Não respondi, tive medo, senti dentro de mim minha alma congelar, o que ele disse não soava como um consolo, mas sim como uma ameaça, como um pacto suicida, palavras de alguém que sabe que vai morrer. Lágrimas quentes inundaram meu rosto,e naquele momento eu queria de volta o que tempo que me foi tirado quando eu era jovem, porque eu já me sentia pesada demais, velha demais. 

Acordei com leves empurrões no ombro.

— Hey garota acorda. - O Homem negro gritou enquanto me acordava.

o Homem me estendeu as mãos para que eu me pusesse de pé, só assim percebi que estava desamarrada. Olhei ao redor procurando Olliver e lá estava ele de pé, sua pele encontrava-se o mais pálida que o usual e suas olheiras deixavam claro sua falta de descanso, parecia mais velho do que realmente era, sua barba já começava a crescer e seu cabelos loiras pareciam um caos misturado com sujeira, não parecia mas ele ainda era o meu Olliver, então me preocupei com algo que nem passou pela minha cabeça nos últimos dias, minha aparência devia estar doentia, meu cabelo devia estar quebradiço, sentia a necessidade de estar bonita perto dele.

Olhei em seus olhos e sorri, seus lábios abriram-se em um sorriso no mesmo instante, fomos guiados para dentro do farol novamente, descemos as escadas e fomos para a rua onde haviam carros esperando, olhei assustada para Olliver e ele estava com a expressão mais calma que havia visto nesse lugar, deu um leve aceno com a cabeça em minha direção dando um sinal, eu só não sabia para que servia o sinal. Olliver então atacou um do seguranças o jogando no chão, eu me joguei ao seu lado ao perceber que o homem estava desacordado.

— Olliver para, você vai mata-lo. - Gritei já ouvindo armas serem destravadas em nossas cabeças.

— Está tudo sobre controle. - Ele falou calmo colocando um celular em minhas mãos, então entendi, a intenção era só pegar o celular, peguei rapidamente guardando-o em meu sutiã, era tudo uma mera distração, observei Olliver colocar as duas mãos para o alto como reação a arma em sua cabeça, eu fiz o mesmo, respirei aliviada ao perceber que nenhum daqueles homens entendeu o que fizemos, fomos colocados nos carros que seguiam rápido subindo uma das colinas da cidade, se eu estivesse certa, estávamos indo para o Museu Memorial Lincoln, a única coisa que e conseguia pedir a Deus naquele momento era um minuto, eu só precisava de um minuto para fazer a ligação que salvaria nossas vidas


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