— O Liam, a gente só precisa gravar ele dizendo que matou aquelas pessoas. -Falei empolgada, só assim Olliver estaria livre, minha ansiedade foi substituída assim que vi Olliver com aquele olhar, que o fazia aparacer mais velho.

— E como você pretende fazer isso? - Ele perguntou cansado.

— Ele com toda certeza vai vir te matar, você só precisa arranjar uma maneira de fazê-lo falar.

— Faze-lo Falar? Você acha que é simples assim.

— Ele é orgulhoso, com toda certeza vai falar. - Vi Olliver se levantar de seu lugar.

— Não acho que vá funcionar, eu já chamei todos os reforços possíveis, o que me resta é me defender. - Ele falou parando em minha frente, passando a mão em meu rosto, indo até minha nuca, me fazendo fechar os olhos, a tanto tempo eu não sentia seu toque, que única coisa que eu desejava, era que todo aquele inferno acabasse, e que pudêssemos ficar juntos por um tempo, sem mentiras, sem mortes, sem preocupações. 

— Eu quero que tudo isso acabe, eu quero que você fique comigo. - Falei triste.

— Desde de o momento que eu te conheci eu sabia que você seria meu ponto fraco Bella. - Olliver disse olhando em meus olhos.

— Quando eu te vi, de alguma forma eu percebi que seria sua. - Falei tentando segurar minhas lágrimas, meu coração ainda era dele, mas ainda havia a ferida que ele deixou aberta com sua mentira.

— Você é minha mesmo? - Ele perguntou.

— Mesmo que eu não queira, eu pertenço a você. 

— Então saia daqui, eu não posso te perder. - Ele pediu.

— Isso não está em discussão, eu vou ficar. - Ele se afastou respirando fundo.

— Ok, e se esse seu plano de o filmar der certo, como nós vamos nos livrar dos seus homens, que com toda certeza virão fortemente armados? - Ele me perguntou, voltando a sua postura séria. 

— A policia, se avisarmos a policia que haverá um confronto de facções que patrocinam a guerra, eles virão e trarão reforços.

— É muito arriscado, eu serei preso também.

— Mas com toda certeza conseguirá um acordo, por entregar Liam.

— E você vai ficar no meio da troca de tiros? 

— Não, eu prometo que fico no andar de cima até tudo acabar.

— Vou pensar, mas caso eu considere essa sua ideia louca, só saia de lá se eu for te buscar, ou algum policial for.

— Eu prometo. - Falei, acalmando-me mentalmente, dizendo para mim mesma que nada aconteceria com ele, e que o Olliver viria me buscar.

— Então vamos tentar esse seu plano. - Ele afirmou, sentando-se novamente em sua mesa, então fui invadida por uma onda de desespero.

— E se não der nada certo? - Perguntei desesperada, passando minhas mãos em meu rosto.

— Nós não temos nada a perder. - Ele disse apontando para cortina, dei alguns passos, e afastei a cortina o minimo que pude, vendo um carro estacionado em frente.

— Eu vou pegar o celular e ligar para a policia.

— E eu vou esperar meus homens chegarem. 

Sai da sala em disparada, peguei o celular que estava no sofá, levei minhas coisas para meus quarto, as arrumei no lugar, tentando manter a calma, e fingindo ser forte. Esse era meu maior erro, eu nunca demostrava o que sentia, fingia ser forte, quando estava quebrada por dentro.

"Vai ficar tudo bem", eu dizia para mim mesma, mas não sentia isso.

desci para a cozinha a tempo de ver, alguns homens entrando no escritório de Olliver, fui para a cozinha e obriguei-me a comer o meu café da manhã, os homens saíram da sala com armas em mão e se dividiram, pela sala corredores e atém mesmo na cozinha, Estava escorada no balcão com o celular em mãos decidindo se seria uma boa ideia chamar a policia agora, fixei meu olhar no faqueiro, puxei uma faca afiada, enrolei com um pano de prato, coloquei em minha cintura. O clima na casa, era o amais parecido com uma preparação de guerra o possível.

Andei nervosa, logo alguns homens chegaram espalhando câmeras pela casa, ouvi um carro acelerando, e olhei rapidamente pela janela, vendo o carro azul que antes estava estacionado em frente a casa, indo embora, tive a certeza que era alguém que trabalhava para o Liam, eles estavam nos investigando.

Andava com o celular, impaciente esperando o momento certo para telefonar para a policia, andei pela casa, sai rapidamente para fora da casa, olhei em redor, via a cidade, a grande mansão ficava em um dos lugares mais elevados da cidade, eu podia ver a grande cidade dos famosos. Mas após algum tempo vendo a acidade, e meio a organização dos homens de Olliver, vi o mato perto da casa se mover, e ouvi folhas se quebrando. 

— Hey. - Gritei para o homem armado que passava.

— Sim? 

— Eu ouvi alguma coisa ali. - O homem olhou desconfiado.

— Eu vou conferir, meu nome é Sam, se acontecer qualquer coisa pode nos chamar, mas eu peço que você entre, para que possamos manter sua segurança. entrei desconfiada, fui para sala de Olliver, mas ele não estava lá, sai da sala desesperada, e subi as escadas, e abriu a porta do quarto de Olli apressadamente. Vendo-o fazer uma movimento rápido guardando algum objeto no bolso da jaqueta de couro que usava.

— O que você está escondendo? - Perguntei, desconfiada.

— Nada com que você tenha que se preocupar.

— Eu estou com medo Olliver, eu sinto que eles estão perto. - Eu falei o puxando para um abraço.

— Não se preocupe, segundo minhas informações, os homens de Olliver foram rastreados há algumas horas daqui, você pode descansar. - Ele falou depositando um beijo em minha testa.

 - Eu não consigo.

— Então vá para a biblioteca.

— Está bem, talvez eu consiga me distrair lá.

Me despedi de Olliver, e desci as escadas entrando no corredor da biblioteca, aquele corredor sempre me pareceu muito sombrio, mas com a ameaça de um ataque a casa, ele parecia ainda pior, entrei na biblioteca. Tentei ler alguns livros, mas o nervosismo não deixava, após algumas tentativas parei de ler, e me concentrei na movimentação fora da casa, desliguei minha mente, até não ouvir mais nada.

Assustei-me, porque realmente eu não ouvia mais nada do lado de fora, levantei-me da poltrona que estava, abri a porta cuidadosamente, vendo a cena que jamais imaginei ver em minha vida. Um homem passava a faca no pescoço do segurança que se encontrava no corredor da biblioteca, após cortar a garganta de um dos homens de Olliver, ele depositou o corpo imóvel no chão, ainda prestando a atenção na outra extremidade do corredor, e eu para lizada o olhava, eu queria correr mas não consegui.

Meu coração disparou quando o olhar do homem encontrou o meu, nos encaramos por alguns segundos, até que o vi limpar a faca em sua calça, cuidadosamente, exatamente como uma caçador faz tentando não fastar a caça. "Esse é o meu fim" esse foi meu primeiro pensamento.