– Então seu pai disse que tinha uma filha antes de morrer e mandou que vocês me procurassem? Como ele sabia onde eu estava? Por que ele nunca procurou saber de mim?... Como ele morreu?

Cris se inclinou para perto dos irmãos no fundo do carro. Não se via sinal de tristeza em seu rosto; apenas confusão.

– Um demônio.

– Vocês o mataram?

Sam confirmou e Cristina assentiu.

– Nós confirmamos a informação no diário do papai, onde estava escrito como tudo aconteceu, com direito a fotos recentes.

Fez-se silêncio por algum tempo finalmente Sam virou-se para o banco de trás.

– Pode acreditar: você nunca teria uma relação normal de pai e filha. Ele só quis te proteger desta vida louca que nós levamos.

– Mas se os Winchester não vão às assombrações, as assombrações vêm até os Winchester - Dean comentou ao volante e Cris riu, como nunca mais os irmãos ouviram alguém rir.

– O que acha que nos espera em Seatle?

– Bem, acho que vamos descobrir daqui a trinta minutos.

– A tal chave... - Sam comentou enquanto ele e Dean enchiam o tanque do carro. - Já ouvi alguns demônios falando nela. Parece mais importante do que podemos pensar que é.

– Vamos encontrá-la antes deles. O que me preocupa é que se nossa irmazinha sabe mesmo da localização da chave, talvez o demônio não estivesse lá por acaso.

– Você acha que...

– Eu não sei, Sam. - Dean passou a mão na testa - Mas o que parece é que demônio ficou por lá alguns dias para descobrir quem é a Winchester com serviço especial de premonições, mas não deu muita sorte pois, quando atacou, ela já estava preparada.

Dean parou ao ver Cris se aproximar com o saco de papel nas mãos.

– Estão de segredos agora? - perguntou desconfiada.

– Bem vinda à família. Trouxe o que eu pedi?

Ela tirou seu próprio sanduiche e estendeu o saco ao irmão. Sam rolou os olhos.

– Vocês bem que se combinam. - e, pela primeira vez em algum tempo, pegou o volante do carro. Rumo à Seatle.