Sobreviventes escrita por Akemi Hatagashi


Capítulo 4
Horda


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas espero que gostem! :3



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P.O.V Kimberly

— Hey, Kimberly, Aline. Acordem. — ouvi uma voz distante e pisquei os olhos, acordando. Será que aquilo tudo havia sido um sonho e Miah estava me chamando? Mas por que chamaria por "Aline" também? Com um susto me levantei, chocando minha cabeça com algo duro. Soltei o ar com uma baforada e coloquei as mãos sobre a testa, estava doendo um pouco. — Ei! Calma! — abri totalmente os olhos e vi uma garota com a pele morena e cabelo castanhos presos em um rabo de cavalo a minha frente. Jennifer.

— Não foi um sonho... — abaixei a cabeça, já choramingando. — Eu quero meus pais de volta! Eles... eles... viraram aquilo... e eu... eu...

Fui surpreendida por um abraço, Jennifer estava me abraçando.

— Jennifer? — estava com os olhos arregalados, por que Jennifer estava me abraçando?

— Eu sei o que você tá passando. — se separou do abraço, mas mantinha as mãos em meus ombros e olhava nos meus olhos — Quando tudo isso começou, eu e o resto do grupo estávamos no cinema, minha tia e minha prima estavam nos acompanhando, elas foram atacadas enquanto tentavam nos proteger. Então nós fugimos. Elas são como eles agora. — ela suspirou e se afastou. — Nós paramos num posto de gasolina. — apontou ao redor e eu me levantei um pouco, logo sentindo uma dormência no meu braço esquerdo e um peso sobre o mesmo, olhei e vi que era Aline que ainda dormia solenemente. Como era dormir sem ter pesadelos? Coloquei-a delicadamente encostada na porta e me afastei, esfregando o braço que começava a formigar. — Eles vão pegar vários galões para dar para a "viagem".

— Viagem? Mas Matt e Aline não moram aqui em Nova York? — perguntei, levantando uma sobrancelha.

— Haha, não, não. O pai deles não gosta de lugares muito... como posso dizer? "Cheios" e "famosinhos". E agradeço à ele por isso, agora. — ela dá uma risada fraca. — Eles moram na Carolina do Norte.

— Você tá brincando?! Carolina do Norte?! É muito longe! — exclamei, perplexa.

— Não, não estou brincando. Sim, Carolina do Norte. Vamos levar por volta de 8 horas para chegar lá e mais meia hora para chegar à casa deles. — Jennifer se senta corretamente ao meu lado, encostando-se no assento. — Sorte que ainda é de manhã, certo? — antes que eu pudesse responder, alguém abre a porta do lado de Jennifer e instintivamente eu saco minha pistola e miro. Dan levanta as mãos em rendição.

— Hey, calma, garota. Não sou um zumbi. — abaixei a pistola suspirando e a guardei, ele entrou e tive que arrumar Aline para não ficarmos esmagados uns contra os outros, ela se remexeu um pouco, mas logo voltou a dormir.

— Marina e Matt estão aonde? — perguntou Jennifer.

— Estão vendo se na loja de conveniência tem algum alimento. — respondeu dando de ombros.

— Não é perigoso? Eles estão sem nenhuma arma e pode ter algum zumbi aqui.

— Sem nenhuma arma? — Dan riu — Matt é uma arma ambulante. — parou de rir e me olhou de lado — Ele luta karatê e jiu jitsu, sabe usar várias armas e é inteligente. Não se preocupe, caso ele fique... "nervoso" demais, Marina está com ele, ela também é muito inteligente.

Apenas assenti e esperei. Neste meio tempo, Aline acabou acordando, mas não falou com ninguém e nem me agradeceu por ter dormido em cima do meu braço. Que gracinha.

Ouvi algo batendo no vidro à minha esquerda e ouvi o grito de Aline. Olhei e vi que era um zumbi batendo no vidro, ele manchava o vidro com seu sangue putrefato e sua baba nojenta. Saquei minha arma e tentei passar por Jennifer e Dan, mas Jennifer segurou meu braço, impedindo-me de avançar.

— O que pensa que vai fazer? — perguntou.

— Se tem um zumbi aqui, podem ter outros. E este pode quebrar o vidro! Me largue! — puxei meu braço violentamente e ouvi um baque mais forte, o zumbi estava se jogando contra o vidro, daqui a pouco poderia quebrá-lo, se quebrasse, talvez Aline não pudesse se defender.

Saí do carro e mirei para o zumbi e antes dele atingir mais uma vez o vidro, atirei. Ele caiu e eu me virei, olhando para os lados. Limpo.

Olhei para a loja de conveniência e percebi que nem Matt e nem Marina estavam lá. Estranhei e fui até lá, logo entrando na loja. Olhei para os lados para ver se não tinha nenhum zumbi e fui passando pelas sessões. Quando cheguei em uma e olhei para meu lado direito, senti uma mão forte tampando minha boca, tentei gritar e me soltar, mas outra mão agarrou minha arma e a tirou de mim. Eu já estava choramingando, será que iria morrer?

A pessoa me virou para trás e quase choraminguei de felicidade: era Matt. Ele fez um sinal de silêncio, retirou a mão da minha boca e me entregou a arma novamente. Se abaixou e segui seus gestos.

— Olhe por esse vidro. — o sussurro saiu tão inaudível que quase não o ouvi, mas apenas fiz o que ele mandou e olhei pelo vidro. Quase vomitando em seguida. Quase uma horda inteira estava em cima de uma carniça, eram mais de vinte zumbis. — Vamos ter que sair daqui correndo. — olhou para mim e assenti. — Está pronta, Marina? — ela assentiu, preparando-se. — No três. — concordei, também me preparando. — Um... dois... três!

Saímos correndo e consequentemente fazendo barulho. A horda se voltou para nós e começou a correr, e posso afirmar: eles não eram assim tão lentos.

Marina acabou tropeçando e se segurando em mim, perdemos o equilíbrio e caímos. Matt se virou e nos ajudou, bem no momento que um zumbi pulou em cima de mim. Ele pegou o zumbi e quebrou seu pescoço. Voltamos a correr e conseguimos chegar no carro. Eu apenas pulei no banco de trás e Dan fechou a porta violentamente. Pela segunda vez no dia, os zumbis estavam se chocando por todas as direções e poderiam quebrar os vidros.

Marina ligou o carro e acelerou, atropelando os zumbis. Suspirei e percebi que estava deitada em cima de Jennifer e Dan. Ruborizei violentamente e saí de cima deles, me sentando no lugar de antes.

— Parece que os zumbis se organizam em grupos, hordas. — Marina falou assim que os zumbis e o posto de gasolina saiu de vista, desacelerando e mantendo uma velocidade tranquila na pista vazia. — Isso só ferra conosco.

— É. — Matt falou. — Mas não se preocupem. — sorriu e olhou para trás — Nós vamos conseguir.


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Notas finais do capítulo

Bye ;3



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