“ Damon: Estão soltando lanternas no céu. Acredita nisso? Lanternas japonesas são símbolos para se desprender do passado. Outra novidade... Não somos japoneses.
Sabe o que eles são? Crianças. Como se acender uma vela fizesse tudo ficar bem. Ou fazer uma oração, ou fingir que Elena não vai acabar como o resto de nós, vampiros assassinos. Crianças estúpidas, iludidas e irritantes.
Sei o que irá dizer.
''Faz eles se sentirem melhor, Damon.''
E daí? Por quanto tempo? Um minuto? Um dia? Que diferença isso faz? Porque no final, quando perdemos alguém, cada vela, cada oração, não compensarão o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida onde aquela pessoa que você gostava costumava estar. E uma pedra... Com a data de nascimento gravada, que tenho certeza que está errada.
Então, obrigado, amigo. Obrigado por me deixar aqui de babá. Porque eu deveria esta bem longe daqui, agora.
Não consegui a garota. Lembra? Estou preso aqui, brigando com meu irmão e cuidando das crianças. Você me deve muito.
Alaric: Também sinto sua falta, parceiro.”

Damon tenho estado com você todos os dias. Eu vejo tudo que você faz, amigo. Eu queria que nada disso tivesse acontecido. Vi o que aconteceu com Elena, eu sei que foi inevitável, e eu estou aqui agora.

Sabe, aqui não tem ninguém da minha família, tenho estado sozinho a maior parte do tempo, porque ninguém da minha família virou um vampiro, claro. Eu apenas fico ao seu lado, acompanhando seus passos, acompanhando os passos da Elena, do Jeremy e de todos os outros. Eu faço o que posso para cuidar de vocês. Eu queria estar com vocês. Queria poder ajudar com as crianças.

Desculpe-me amigo, eu não queria ter ido embora. Não queria ter me tornado aquele vampiro doidão que tentou acabar com todos vocês, mas eu não tive escolha. A culpa foi da mãe original maluca, Esther. Eu acabaria com ela se estivéssemos vivos, mas não estamos. A culpa também foi do anel criado pelo Jonathan Gilbert. Eu não tive escolha, amigo.

Amigo, acho que mesmo com o fato de sermos dois bêbados, somos os menos doidos nisso tudo, você não acha? Você não pode me ouvir, eu sei.

Sabe, minha data de nascimento não está errada, eu queria que soubesse. Não tenho quase duzentos anos. Você ainda é o mais velho. Então me desculpe por não estar ai, mas você terá de cuidar das crianças sozinho, e seja o babá boazinha, eu estarei de ajudando daqui.

Você ainda não conseguiu a garota, sua vida ainda não acabou. Mas se você continuar bebendo desse jeito, isso vai acabar matando você... Espere, você está tecnicamente morto. Aliás, agradeço pelas garrafas que você deixa no meu túmulo, eu gostaria muito de poder beber, gostaria muito de pode beber com você.

Você tem razão Damon, nada substitui o buraco que a saudade de vocês ocupa no meu peito, mas pelo menos eu posso vê-los. Queria que vocês também pudessem me ver todos vocês. E sim, não somos japoneses.

Queria que você pudesse me ouvir também, porque isso é um saco! Eu só fico aqui vendo tudo, e não posso interferir. Vejo as besteiras, vejo as vitórias, e não posso estar ai.

Eu venho aqui todas as noites conversar com você, queria que você soubesse disso também, e vou vir para sempre. Dou-te conselhos, esporos e até abraços, na esperança de que você escute ou sinta em forma de sonha.

Olha só para mim, um ex-professor de história, caçador de vampiro, que tem a maior parte da família de consideração vampira, que tem um amigo vampiro, que virou um vampiro caçador de vampiros e agora está morto, e chorando, com a esperança de que você possa me ouvir. Ah Damon, eu sinto tanta falta de vocês!

Você é meu melhor amigo Damon, eu amo você, parceiro. Não faça besteira. Fique com a garota. Durma bem. Até mais.