The drunk game, is on! escrita por WeepingAngeldb


Capítulo 1
One shot.


Notas iniciais do capítulo

Gente! As letrinhas em azul são legais, cliquem nelas.



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Era uma noite especial. Era o aniversário de Sherlock Holmes.
Ele não se importava muito com isso. Na verdade não se importava com nenhuma data comemorativa.
Mas seu amigo, John Watson, acha que deve ter uma comemoração.
'Aniversários são divertidos. Deve ser lembrado com alegria', John pensava. E não ia se aquietar enquanto não levasse seu amigo para uma noite divertida. Ele estava confiante de que ia conseguir levar Sherlock para a farra e estava animado.
Uma vez, Sherlock comentou com John que sabia dançar. Estava na hora de ele provar.
–Se ajeite! –John ordenou.
–O que?
–Tire esse roupão e coloque uma roupa, uma que, pelo menos, não traga constrangimento na rua.
–Pra que?
–É seu aniversário e você está deitado á horas. Isso está me irritando.
–Aonde pretende me levar? É bom ser convincente se quiser me ver de pé.
–Vamos comer fora.
–Eu não estou com fome.
–Vamos roubar um banco.
–Hum, me parece interessante, só que e depois? O dinheiro me trás tédio.
–Levante e coloque uma roupa! –John aumentou a voz. Estava quase estapeando Sherlock por causa da sua falta de vontade. –Anda Sherlock!
–É bom valer à pena. –ele levantou com muita preguiça.
–Melhor eu escolher sua roupa. Pra onde vamos não vão te deixar entrar com aquele sobretudo. –riu.
John começou á tirar todas as roupas, jogava-as na cama e selecionava as mais adequadas para a ocasião. No fundo do guarda-roupa, avistou a perfeita.
–Use esta. Ah, ah, sem reclamar –falou quando o aniversariante ia contestar.

O doutor que já estava arrumado á horas, saiu do quarto deixando Sherlock se arrumar, e se sentou na poltrona.
O moreno demorou para se arrumar, depois de minutos ele abriu a porta e saiu lentamente. Estava com uma roupa diferente das quais usa no dia-a-dia. Era uma calça colada, uma camisa branca e um coturno de cano baixo. Bem despojado.
–Isso é ridículo! Onde encontraram essa calça? Na seção de crianças bem dotadas? Deve ter sido minha mãe que me deu. Esqueceu que eu passei da puberdade. –ele arrumava a gola da camisa na frente do espelho na sala.
John ria alto.
–E esse sapato? É sapato isso? Eu me lembro quando ganhei. “Sherl, pare de se vestir como um careta todos os dias”, pai. –revirou os olhos.
–Pare de reclamar, pelo menos por hoje. Você está bem. Vamos!
–John...
–Fala.
–Essa calça faz meu bumbum coçar.
–Cala essa boca, Sherlock. –John ria enquanto falava.

Eles, então, saíram. A noite estava com uma cara boa. Não estava tão frio.
A primeira parada seria um pub qualquer. John só queria bater uma boquinha antes da diversão.
Sherlock estava se sentindo estranho com as novas-velhas roupas. Ele até andava um pouco desengonçado. Mas, apesar de tudo, qualquer roupa caia bem nele, e essa não seria diferente. Estava bem atraente nela.


Entraram em um pub lotado de mulheres. E sexta feira á noite elas estão a mil.
Se sentaram à mesa mais isolada do ambiente e logo chegou uma garçonete bem charmosa para anotar o pedido.
–Vamos querer dois chopps e pra mim um prato de bife e fritas. Sherlock? Vai comer?
–O mesmo que ele, por favor.
–Certo garotos. –a garçonete saiu toda assanhada.
–Quando vou ter ver com uma mulher, Sherlock?
O aniversariante riu, debochando.
–Quando aparecer uma que preencha todos os meus requisitos.
–E quais são eles?
–Muitos.
–Ok, e que tal aquela garçonete? Eu a vi olhando para suas cochas nessa calça. –gargalhou.
–Ela tem namorado. E não, não quero mulher nenhuma, John, agora sossegue que nosso pedido está chegando.
–Seu pedido, e o seu. –a garçonete encarou Sherlock.
–Obrigado.
–Qualquer coisa é só chamar, garotos.
–Lembrarei disso. –John sorriu.
A moça saiu e encostada no balcão ficou encarando Holmes enquanto fazia gestos esquisitos com a goma de mascar na boca.
–Vamos! É pra ser divertido, serão só uns beijos.
–Se aquiete John. –ele revirou os olhos e começou a comer.

As mulheres do local não disfarçavam pra olhar os meninos.

–Por que eu não estou surpreso? –Sherlock tirou um pequeno papel debaixo do prato, com um numero de telefone.
–Kate. Nome bonito.
–Vamos terminar isso logo. Essas mulheres estão me deixando desconfortável, ou é essa calça?

Terminaram de comer e já era um copo de chopp na noite. Enquanto saiam, ouviram alguns elogios relacionados ao bumbum de Sherlock.
A rua parecia mais quente. A multidão de pessoas indo pra lá e pra cá, gritando, rindo, era novidades para Holmes.

–Próxima para, Pub2. Mais alguns copos de chopp.
–Eu não quero acordar deitado no próprio vomito, John.
–Não, mas que tal acordar sem saber onde está?
–Você me paga.
O pub que dessa vez entraram era mais animado. A música I’m a man tocava numa altura agradável. Os assentos eram pequenos sofás e a luz era quase ausente.
As pessoas não notaram eles entrando, estavam mais preocupados com a competição de quem bebe mais disso ou daquilo.
Sentaram e John já pedia quatro copos de chopp, dois pra cada.
–Eu realmente não quero vomitar, mas se acontecer tentarei mirar em você. –Holmes começou a tomar a bebida.
–Você é um maldito. Mas me diz seu traseiro ainda coça? –John ria, parece que a bebida já estava trabalhando lentamente.
–E você John? Quando vou te ver com uma mulher?
–Do que está falando? Você me vê com mulheres.
–Exatamente. Mas quando vou te ver com uma mulher.
–Quando achar uma que preencha todos os meus requisitos.
–Mas e hoje? Vai querer diversão?
–Veremos.
–Diversão é deduzir. Isso aí é falta do que fazer.
–É? E o que exatamente estava fazendo em casa?
–Relaxando. Mas confesso que uma bebida dessa era bem vinda.
–Então tome mais.
Nesse bar 2 copos de bebida para cada. O total eram 3 copos no sangue.
–Vou pedir mais um pra cada Holmes, estou gostando daqui, as músicas são boas.
–Que tal partirmos para algo mais forte? –Holmes propôs.
–Tipo o que?
–Vodca!
–Eu não gosto muito de vodca.
–Então que tal Whisky?
–Pode ser! –disse animado.
Pediram um pouco mais do que a medida ideal. O sangue começava a ferver e as vistas já estavam se enganando.
–Sherlóck –John falou com a voz lenta –você é uma máquina! Duvido que saiba dançar tão bem como diz.
–Okay! Vou lhe provar que sei dançar –Holmes também estava com a voz lenta.
–Vamos sair daqui e entrar na primeira balada que tiver no caminho, e independente da música você vai ter que dançar. É um desafio!
–Está certo! –terminou a bebida que restava no copo em um só gole. –Vamos!
Normalmente, Sherlock não aceitaria dançar, assim, tão facilmente, mas a bebida já tinha tomado o controle das coisas e um desafio era irresistível.
Terminaram a bebida mais forte e saíram animados.
Logo na frente havia uma balada que parecia muito animada e acabaram por entrar nela mesmo.
Entraram e a música The growl tocava em um som altíssimo.
Sherlock nunca tinha visto tanta gente dançando, rindo, bebendo e pirando juntas. Mas uma coisa que notou era estranha. Na balada só tinha homens.
–Baladas são dividas por sexo, John?
–Provavelmente não.
–E por que nessa só tem homens? E por que diabos eles estão sem camisa? Mostrando... esses...
–Sherlock... –John não sabia se ria ou saia correndo.
–John, acho que alguém acabou de apalpar meu bumbum. –Sherlock olhava pra frente meio constrangido.
O doutor começou a rir sem parar.
–Sherlock, acho que entramos numa balada gay. –ria mais ainda.
–O que? Isso existe?
–Aparentemente sim.
–Vamos sair daqui, se não daqui a pouco estou sem roupas. –Holmes começou a andar pra saída.
–Nem pensar! –John o impediu –Te desafiei a dançar qualquer música no próximo lugar que estivéssemos. A pista é sua, querido. –John empurrou Sherlock para a pista e ria sem parar.
–Lindo dia pra vestir essa calça. –revirou os olhos.
O moreno começou a andar lentamente entre a multidão dançante pra encontrar o local com menos pessoas. Pra sua tristeza, ele não conseguia encontrar local nenhum com mais privacidade e parou perto de alguns homens sem camisa dançando a todo vapor.
Começou a mexer lentamente os pés, os arrastando de um lado pro outro, e então os braços começaram a se movimentar também. John se aproximou e Sherlock perdeu totalmente a timidez quando o amigo viera dançar junto. A bebida já tinha feito todo seu trabalho.
O detetive, que agora já esquecia o que era lá fora, já se remexia totalmente desajeitado e John acompanhava seus passos.
Um dos homens do grupo dos sem camisa, chegou perto de Holmes.
–Tire a camisa! –ele gritou.
–O que? –Sherlock aproximou o ouvido.
–Tire a camisa, garotão!
–Nem pensar. –riu com deboche e parou de dançar.
–Qual é? Tire! Mostre seus nenéns.
–Mas o que? –John se aproximou.
–Ah! Me desculpe, não sabia que estava acompanhado.
–O que? John? Não! Ele é meu amigo.
–Não é o que parece. –O homem saiu de perto.
–Só porque se está numa balada gay, você é gay?
–Parece que sim, John, é pra ser assim na verdade. Mas devo admitir que é bem animado. –Sherlock voltou aos passos sem sincronia por causa do álcool.
–Vou te esperar sentado ali, estou me sentindo um pouco zonzo.
–Você está ficando velho, Sr. Watson.
–Velho você vai ver. –John começou a requebrar na pista.
–Quer saber de uma coisa?
–Que?
–Eu sei sobre venenos.
–Ãn?
–Eu sei sobre venenos! -gritou.
–E eu sei sobre próstata.
–Ok, melhor parar de falar agora.
Passaram meia hora dançando e rindo dos passos sem sincronia que faziam e também das cantadas do homens-sem-camisa.
Quando resolveram ir pro bar beber mais algumas, um homem com uma roupa do Super-Man apareceu os convidando para uma brincadeira.
–É tipo uma competição.
–Como? –Sherlock forçou a audição.
–Dois homens fazem o trabalho, um vira a garrafa de vodca na sua boca e o outro vira uma bebida energética. Quem aguentar mais, ganha 500 pratas da casa. Por enquanto temos 6 pessoas, aceitem.
–Podemos ver uma demonstração, Sr?
–Jake! Só Jake. Sim, venham.
–Você acha isso legal, John? –Sherlock cochichou.
–Eu quero ver, fiquei curioso. Mas eu não gosto de vodca.
Os três foram para uma parte mais isolada da balada, como um camarote, e os homens estavam gritando “vai, vai, vai”, tinha um homem sugando a bebida da forma que Jake explicou, esse que chegou pulando e gritando “Bryan, seu safado” pro homem que estava bebendo.
–Isso é estranho. –John falou só pra Sherlock ouvir.
–Nunca vi cena mais aterrorizante.
–Como é seu nome? –Jake perguntou.
–É Sherlock –disse soltando um sorriso falso.
–Certo, Sherly, você é o próximo, garotão. Aliás, adorei sua calça. –ele saiu pulando depois de dar um tapa no bumbum de Sherlock.
–Vamos sair daqui, John.
–Ok, saímos correndo no 3.
–Ok.
–1... 2... 3.
Saíram correndo e de longe escutaram Jake os xingando de galinha ou algo assim.
Chegaram ofegantes e rindo na rua.
–Em todos esses anos como detetive nunca vi cena mais chocante.
–Não tem isso na guerra.
Enquanto andavam em ziguezague soltavam gargalhadas.
–Você aceita ir pra mais uma balada?
–Sim, mas temos que conferir se haverá mulheres.
–Claro.
Passaram na frente de uma que parecia mais ‘normal’ e entraram. A música Rebel Rebel tocava numa altura boa.
Antes de irem para a pista de dança pararam pra beber mais um pouco. Ficaram curiosos para saber o gosto que tinha vodca com esse tal de energético e pediram isso pra provar.
–Eu me sinto queimando de dentro pra fora! –Sherlock falou, arregalando os olhos.
–Eu passei a noite toda falando que não gostava de vodca, mas UAL! Isso é extasiante. Eu quero dançar. –John puxou Sherlock pelos braços até a pista e começaram a dançar com mais pique do que antes.
...
Depois de várias músicas, as pessoas começaram a ir embora. Quando John e Sherlock perceberam só estavam eles e as sujeiras na pista.
–Ai meu deus! –John ria.
–Como não percebemos? Vamos embora! –gargalhou e puxou o amigo.
–Mas ainda são 05:00 da manhã.
–Está querendo voltar para a balada gay?
–Não! De jeito nenhum. Mas podemos pegar uma saideira. Hun?
–O que propõe?
–Vamos assistir o nascer do sol de cima do museu? Sei de uma escada que os funcionários usam.
–Vamos passar pra comprar vinho?
–Fica cada vez melhor.
Eles já notavam menos pessoas na rua, e as que ainda estavam era porque esperavam táxis e caronas para irem embora.
Conseguiram comprar uma garrafa de vinho mas logo que saíram, o lugar fechou.
Já no museu, John mostrou a escada e subiram bem rápido pra sentarem na beirada, com os pés balançando. Dava pra ver quase toda Londres de cima. A brisa da manhã já fazia com que os cabelos dos meninos mexessem, e um friozinho era presente.
A rolha do vinho pulou e sumiu por algum lugar a baixo.
Uma luz no horizonte começava a aparecer e iluminava os telhados das casas e prédios mais baixos.
–Então Sherlock, se divertiu?
–Sim. Não posso dizer que faltou algo, mas poderíamos ter feito mais coisas.
–Pra quem nem queria sair de casa... Mas podemos repetir isso mais vezes.
–Não creio que seja possível.
–Você acreditava que um dia entraria e dançaria numa balada gay?
–Ta bom, feche a boca.
O sol já se mostrava ao todo e os aquecia de uma forma maravilhosa.
–Posso falar uma coisa, Sherly? –John riu lembrando de Jake.
–Sim. –Sherlock revirou os olhos.
–Você ficou bem nessa calça. –riu.
–E eu nunca mais quero vê-la.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? >< Comentem! Obrigado por ler! ♥