Finalmente a festa tinha acabado... Eu não me encontrava naquela sala estranha, estava agora no quarto que disseram ser meu, que Marcus disse.

Olhei para o quarto novamente, eu estava ali sentada na cadeira pensando... Pensar foi o que sempre fiz.

Então abri uma das gavetas da escrivaninha, uma caixa...

A Curiosidade tocou meus cabelos e sussurrou em meus ouvidos para abrir a tal caixa misteriosa. Então a tomei em minhas mãos, abri-a cuidadosamente...

Uma doce melodia surgiu, era uma caixinha de musica, melodia suave e calmante. Dentro tinha uma menina pequenina abraçando um urso.

Cada detalhe da caixa me encantou, pelo ser formato quadrado parecendo um baú antigo, com lados irregulares, sua pintura marrom, com detalhes em dourado. Ela era simplesmente maravilhosa.

Escutei batidas na porta, deixei a caixa em cima da mesa e observei a porta.

- Com licença

A porta se abriu, lentamente, vi um rosto com traços femininos, era uma menina e aparentemente não era muito mais velha que eu, diria que tinha a mesma idade até.

Seus cabelos eram ruivos e lisos, seus olhos castanhos escuros. Ela sorriu timidamente pra mim. Seu corpo não tinha muitas curvas, era quase totalmente reto.

Seus olhos tinham certa leveza e muita timidez.

- Pode entrar.

Ela entrou no quarto, me senti estranha por estar de pijama, mas ela também estava então não tinha muito problema.

- Meu nome é Belinda.

- Prazer eu sou Sofhia.

- Eu sou do Canadá... Mas moro desde pequena aqui na Inglaterra, sabe, fico pensando como seria o clima de lá, do Canadá...

Ela foi gentil comigo, fiquei apenas analisando ela, e tentando entender o que ela queria, então por um momento eu vi infelicidade em seus olhos.

- Eu sou da Inglaterra mesmo, sou de Londres.

- Nossa, se passou tanto tempo dês da ultima que ele trouxe pra cá.

- Quanto tempo exatamente?

- 4 anos, eu acho, Sabe Sofhia... Eu fui a ultima a ser trazida pra cá\t\t  

- Nossa, faz muito tempo...

Olhei para ela, ela estava triste não sorria mais, ela olhou para baixo.

Seu cabelo caiu sobre seu rosto...

- Sente-se...

Ela se sentou em minha cama e então eu me sentei ao seu lado, prestei atenção em cada movimento seu, esperando que ela disse-se algo... Enfim, que ela diga algo.

Ela soltou um logo suspiro, um suspiro pesado, ela iria dizer algo, uma coisa que a deixava triste e a machucava...

- Sabe Sofhia, minha mãe morreu a 4 anos, eu tinha 11 anos quando isso aconteceu, eu fui parar em um orfanato,  o senhor Marcus me adotou, como filha dele, eu sofri muito no Orfanato, todos me desprezavam lá, derramei muitas lagrimas. Então senhor Marcus me adotou, eu achei que iria ficar tudo bem, ele me tratou igual uma filha, só que com menos proximidade, mas ai depois ele foi mudando, e agora eu vivo aqui longe da luz e de todos, ele me da livre acesso pra casa toda, mas eu fico mai aqui... Parece que todos os amigos se esqueceram de que sou filha adotiva dele.

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- Nossa! Você tem uma historia difícil...

O Clima estava muito pesado... Não sabia o que dizer a ela.

- O mais difícil foi saber que ele leiloava meninas, eu já vi tantas irem embora... Muitas se deram bem, encontraram garotos gentis e amáveis, mais outras... Caíram em mãos de crápulas e pervertidos...