This is not a fairy tale escrita por Lice Lutz
Notas iniciais do capítulo
Desejo a todos uma ótima leitura!
A escuridão assombra seus pensamentos. Ele pode senti-la tocando sua mente, brincando com suas certezas, recriando-o por inteiro.
Draco permanece sentado com o copo de uísque na mão durante toda madruga. Ele apenas observa Noriah dormir. E deseja que ela nunca acorde.
Como? Ele se pergunta. Como tudo aquilo podia estar acontecendo?
Desistira de entender o porquê; Noriah trazia em cada centímetro de seu ser todos os motivos para um homem desvirtuar-se de si mesmo apenas ao olhar para ela. E ela havia feito aquilo com ele.
Draco já não tinha mais certeza de quem era. Contestava tudo aquilo que acreditava e havia feito na vida. De repente, a marca negra que trazia em seu antebraço pareceu completamente despropositada e sem sentido. Ele não a queria mais, não queria aquela vida que, de fato, não escolhera.
Ele queria apenas estar com ela, a prisioneira trazida pelos lobos, que fincara uma varinha no coração de um bruxo, fora torturada por isso e ainda assim permanecia com seu caráter intacto, sua coragem inabalável, riso e sarcasmo na voz. Haviam feito da vida dela um inferno e ainda assim ela conseguia rir!
E mais notório que isso: fazia Draco sorrir também, apesar deles estarem ali, no meio do quartel general do bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos e de uma guerra estar acontecendo além dos muros da mansão. Mas quando ele estava com ela, era assim: apenas os dois. Mais ela, do que ele, é claro, porque a garota era infinitamente mais viva e presente do que ele; Draco era mero espectador do espetáculo que era estar com ela.
E ele queria tanto tanto tanto ficar com ela, como jamais quisera algo na vida.
E sabia que jamais poderia tê-lo.
Então ele se levanta da cadeira e caminha o mais rápido que pode até sua cama. E a observa. Agora, mais de perto, pode ver todos os detalhes que não havia notado antes: as pequenas cicatrizes que recobrem sua pele, o tecido levíssimo e macio perfeitamente ajustado às curvas do seu corpo, seu peito subindo e descendo tranquilamente no ritmo de sua respiração, os longos e curvados cílios fazendo sombra em sua bochecha e resguardando para si, de modo indesculpavelmente egoísta, aqueles olhos mais poderosos do que qualquer magia existente, capazes de mudar e tomar para si tudo o que ele era.
Draco permanece ali, sentado, a olhando, guardando o que pode dela para si, até os primeiros raios dourados de sol iluminar o quarto.
E junto com a luz, vem a determinação. Ele a toca. De imediato, ela acorda. Sorri, preguiçosa. Draco apenas a olha.
Então a beija.
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heeey!
Foi tão rapidinho né? Assim como toda a fic - esse já é o penultimo capítulo! mimimimi
E apenas uma dica (só pra preparar vcs para o final): "um" aqui significa número, não artigo HAHAH
Beijos e até o fiim ;*