Quando o Nathaniel estava quase a beijar-me aparecer o Castiel. Felizmente o Nathaniel recuou. Mas quando olhei para o Castiel ele apenas falou:

–Desiludiste-me Cátia, eu amo-te e tu inventaste uma mentira qualquer e fugiste de mim.

O Castiel começou a sai da sala. Como assim aquela historia da namorada era falsa? Precisava de tirar esta historia a limpo com o Castiel, por isso foi atrás dele.

–Castiel espere!-pedi enquanto o tentava alcançar. Para meu azar ele andava muito mais depressa que eu.- Pará Castiel.

Castiel parou de repente de começou a falar:

–Parár? Achas que estás no direito de me pedir alguma coisa? Porque inventaste que eu namorava com alguém?

–Eu não inventei nada Castiel. Foi uma tal de Ambre que me disse.-falei nervosa.

–E preferiste acreditar nela? Eu pensei que eras diferente.- disse ele baixinho.

Não tive tempo de lhe responder em parte porque ainda estava a raciocinar e em parte porque ele começou a se afastar. Quando me virei dei de caras com Alexy. Não pode acreditar.

Alexy era um dos meus melhores amigos de infância. Eu, Alexy, Kentin e Armin eramos inseparáveis.

–Alexy és mesmo tu?- perguntei ao rapaz de cabelos azuis e ar descontraído.

–Cátia não mudaste nada. Continuas a mesma distraída, não reparas-te que eu e o Armin estamos sentados no fundo da sala?

–O que o Armin também está nesta escola? Sabes onde ele está agora Alexy?

Quando era mais nova e estava com o Kentin, o Alexy e o Armin sempre me divertia mais com Armin. Dos 3 ele era sem duvida o meu melhor amigo, nessa altura havia momentos em que pensava que ele seria sem duvida o meu príncipe.

Alexy acenou com a cabeça, pegou-me pela mão e começou a andar. Nesse momento Lúcia perguntou-me:

–Cátia está nervosa por ires reencontrar o Armin?

Sussurrei que não. Lúcia não precisava de sussurrar porque apenas o verdadeiro amor da rapariga pode ver a sua fada, quando estes começam a namorar. Lúcia sempre gostara muito de Armin, pois apesar deste não a conseguir ver ele sempre perguntava por ela e como ela era.

Pouco tempo depois parámos juntou da escadaria, Armin estava a jogar na sua consola. Ele sempre jogara muito, fora ele que me ensinara a jogar quando eramos pequenos. Agora que o via sentado nas escadas reparei que ele não mudara nada. O seu cabelo negro continuava igual a quando eramos crianças e a sua cara continuava a de um menino concentrado no seu jogo preferido. A única diferença era que estava mais alto.

Alexy suspirou e falou:

–Ei Armin, olhe quem está aqui.- Armin olhou e sorriu.

Alexy pegou nas minhas bochechas e fez uma careta com a minha cara como fazia quando eramos novos e enquanto se ri disse:

–A nossa cara de elástico voltou.

Armin suspirou também e pôs a sua consola sobre o ombro. Armin e Alexy tinham humores muito diferentes.

–Solta-la Alexy, isso nunca meteu piada.- disse Armin e assim que este lhe obedeceu ele sorriu e abraçou-me fortemente.

O meu coração bateu fortemente. Como era possível isso acontecer com apenas um abraço e porque Armin me abraçava fortemente?

Armin Pove on:

Assim que a via chegar com o Alexy o meu dia encheu-se de luz, como sempre acontecia quando eramos pequenos. Quando a abracei fi-lo fortemente porque eram uma enorme responsabilidade segurar o meu mundo todo num simples abraço.

Eu nunca lhe contei mas desde sempre que ela fora o meu mundo, mas não lhe podia contar, não podia ser egoísta a esse ponto. Se lhe contasse e ela sentisse o mesmo isso podia magoa-la se eu não fosse o seu verdadeiro amor, mas se ela não sentisse o mesmo ela acabaria por se sentir culpa ao ponto de se magoar a ela mesma. Eu nunca estive importado com o que me poderia acontecer mas enquanto respirasse não ia permitir que ela sofresse por nada nem ninguém.

–Como está a tua fada? Mudou muito em relação ao que me contavas quando eramos pequenos? – Perguntei-lhe. Eu sempre quis saber como era a sua fada e como estava, no fundo tinha esperança de algum dia a poder ver.

Ela sorriu-me com aquele seu sorriso lindo e começou a falar da sua fada Lúcia. Quando dei por nós o Alexy já se tinha ido embora ele sabia perfeitamente o que eu sentia pela Cátia e apoiara-me sempre. Não aguentei e tive de lhe pergunta:

– E neste momento tens namorado Cátia?

Ela olhou-me com o olhar mais triste que já tinha visto, um olhar que me atingiu como uma bala no coração. Não sabia o que se passava mas tinha de lhe ajudar naquilo que pudesse, mesmo se isso interferisse nos meus sentimentos por ela. Ela tinha de ser feliz.

Flash of…

Fiquei feliz por o Armin me perguntar pela Lúcia, era um sinal que ele ainda se lembrava da nossa infância mas quando me perguntou em relação a namorados não pode evitar ficar triste. Ele notou essa tristeza e era impossível tenta-lo engana-lo porque nós conhecíamo-nos como nos conhecíamo-nos a nós mesmos.

Decidi contar-lhe tudo do início. Como sempre ele ouviu-me do início ao fim com a maior atenção.

–Não te preocupes Cátia vai correr tudo bem, eu ajudo-te.- Disse-me o Armin com uma certa determinação e tristeza quando lhe acabei de contar tudo.

Quando dê-mos por nós já estava escuro. Armin decidiu acompanhar-me a casa. Como era possível ele ainda saber onde eu vivia? Sim eu nunca mudei de casa e ele e o irmão tinham lá ido várias vezes quando eramos pequenos, mas isso já fora á anos.

– Gostei muito de passar esta tarde contigo- disse-me o Armin seguido de um abraço.

Quando chegou a hora de ir para a cama fiquei um pouco a falar com a Lúcia. Falámos do Castiel e do Armin calmamente até que ela perguntou:

–Mas o que sentes pelo Castiel e pelo Armin?

Hesitei um pouco, mas depois respondi-lhe:

–É simples Lúcia. O Castiel é o rapaz de quem eu gosto e o Armin é o meu melhor amigo e o idiota do Nathaniel estragou tudo, pobre Mellody.

–Será assim tão simples como queres deixar parecer?- perguntou-me a Lúcia enquanto me olhava diretamente nos olhos.

Não disse-mos mais nada, mas durante toda a noite essa pergunta ficou a vaguear pela minha cabeça. O que é que ela queria dizer com isso?