A Vida Prega Peças escrita por Crow


Capítulo 2
Uma pequena coencidência


Notas iniciais do capítulo

Bom esse é o primeiro capitulo oficial da fic, espero que gostem. Sei que demorei e pesso desculpas. Aproveitem.



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   Alice mal chegou no escritório e já ouvia o tom de censura de seu chefe.

   - Que horas são no seu relógio?

   Respirando fundo, voltou-se para Jasper, que estava a examinando.

   - Quinze para as dez.

   - E qual seu horário aqui?

   O rosto de Alice se avermelhou no mesmo instante. Como ela podia ser tão idiota? Sentia-se em clara desvantagem perto de Jasper. Ele estava sempre impecável em seu terno caro... Parecia estar acima dos mortais. Seus olhos cor de mel mantinham sempre uma expressão indecifrável, e se comportava como se nada nem ninguem pudesse surpreendê-lo em qualquer erro ou deslize.

   Com ar de autoridade, fitava Alice inssistentimente.

   - Sei que estou atrasada e sinto muito. - ela justificou quase sem poder respirar, irritada com si própria por estar abalada. - Havia uma senhora no metrô... não sabia para onde ir, e o funcionário foi muito grosso com ela... eu não pude deixar de interferir. Ela mal conseguia andar... enfim, precisei lava-la ate a estação onde pegaria a condição certa... proxima a Brodway.

   - Eu não acredito que você foi para o lado contrario de seu trabalho...

   - Eu não podia deixar ela perdida...

   - Sabia que você não teria chances de chegar aqui no seu horário...

   - Tive que fazer isso. - Alice retrucou. - Ela estava triste. Não havia motivo para o funcinário ser grosso com ela daquele jeito. - ela lembrou-se indignada. - Como se sentiria se estivesse no lugar dela? Perdido e...

   Jasper estava prestes a explodir.

   - Preste atençãonão me enteressa o funcionário nem a tal senhora. A minha obrigação é manter essa empresa funcionando, e, acredite isso será difícil se tiver funcionários que fazem o que querem na hora que bem entenderem. Maria costuma chegar aqui dez minutos antes das nove horas, todos os dias. Nela sei que posso confiar.

   Alice quase perguntou como a destemivel Maria fora tão responsável a ponto de quebrar a perna numa estação de esqui, que nem fazia pate dos negócios..

   Alice estva cheia de ouvi-lo falar da sua querida secretária infálivel, que digitava documentos na velocidade da luz, Com certeza sabia ler a mente dele. Mas ficou quieta, pois não seria bom provoca-lo ainda mais. Já estva conseguindo se manter ali havia três semanas. Diferente das duas moças que a antecederam e que sairam de lá chorando, nos primeiros dias. Ela tinha que se controlar.

   - Eu disse que sentia muito. - Alice repitiu com firmeza. - claro que vou me desculpar por ter senso de solidariedade, cracteristica que torna as pessoas mais confiáveis. - ela continuou encapaz de se mostrar inferior quanto Maria mostraria.

   Jasper não parecia empressionado, apenas examinava, e Alice mentalmente pasou a imagem que ele deveria estar vendo: cabelo desarrumado, roupas desalinhadas, e spatos sujos. Será que conseguia ver a meia fina que desfiara?

   - Espero que meus empregados façam o que são pagos para faze. Você, no entanto, insiste em fazer seus próprios horários, distrair a todos durante o expediente...

   Alice ficou estatica. Ele tinha olhos de raio-X para vê-la conversando com alguém, ele ficava o tempo todotrancado em sua sala. Ela só queria se entrosar.

   - Eu não distraio ninguém! - retrucou ela.

   - Está sempre no corredor ou nas outra salas, conversando.

   - Isso se chama "viver em sociedade". É o que os humanos fazem. Claro, não os androides e aliens que você costuma viver. - Alice provocou esquecendo o quanto precisava daquele emprego. - Aqui, sinto que tenho sorte de ouvir um resmundo de "bom dia".

   Pronto, havia passado dos limites. As sobrancelhas de Jasper se ergueram em um olhar maligno.

   - Maria nunca reclama de nada.

   - Talvez Maria goste de ser usada como um objeto do escritório... mas certamente viveria muito feliz se soubesse que o chefe sabe algo a respeito dela e seus sentimentos...

   Jasper a encarou, mas Alice não consegui decifrar sua expressão. não deveria estar acostumado com funcionários que ousassem a responder.

   - Aqui não é um consutório de psicológos. - disse ele secamente.

   Alice não pretendia se calar até dar a ultima palavra, sabia diso. Mesmo se estivesse surpresa com si própria por deixar le afasta-la tanto.

   - Basta dizer " como você está?" ou "tenha um bom fim de semana". É simples, e depois que estiver acostumado pode arriscar um "obrigado pela ajuda".

   - Não com você por perto. Sei que não teria que te agrdecer. - disse Jasper asperamente. - Agora se não consegue trabalhar sem que a atenção seja voltada para si, é melhor que me fala já e eu me encarregarei pessoalmente de consiguir uma substituta para segunda.

   Aquela frase foi a gota d'água par Alice acordar. Não podia perder o emprego a agência já se mostrara relutante em envia-la, e se causace problemas não hesitariam em tira-la dos arquivos.

   - Poso perfeitamente suportar o trabalho aqui. - ela disse rapidamente. - Só não gosto do clima de tensão.

   - E quem disse que precisa? - disse Jasper finlizando o assunto. - Podemos trabalhar? Ja perdemos tempo de mais hoje.

   Alice mal teve tempo de tira o casaco e tomar um copo de água. Jasper rapidamente começou a falar oque deveria fazer naquela manhã.

   Ela queimava de raiva enquanto sua caneta deslizava no papel. Por sorte o toque do telefoneveio te dar um tempo de descanço. Segurou seu pulso com cuidado exagerado, desejando que Jasper percebesse que havia pasado dos limites. Mas as probapilidados que isso acontecesse eram muito pequenas, Alice pensou, examinando-o pelo canto dos olhos.

   Jasper respondi com monossilabos para a pessoa com quem falava, enquanto brincava distraidamente com uma caixinha preta que estava na sua mesa.

   Enfeites na sua mesa deveriam revelar alguma coisa de sua pessoa. O que significav aquelas caixinhas pretas? Talvez uma pessoa reprimida. Isso poderia explicar seu jeito reservado e fechado, embora fosse constratar com seu jeito forte. Alice observou a boca e o queixo bem feito, que lhe davam um ar de austeridade.

   Sem quere seus olhos pousaram no porta retrato em cima de sua mesa. A foto de uma mulher com os cabelos longos e ondulados, e seus olhos grandes e profundamentes sentimentais, que segurava um lindo bebê no colo.

   A mulher dele, Alice imaginou, surpresa com o fato que ele devia ter alguma habilidade social, ja que conseguira pedir alguém em casamento. Ainda mais uma linda mulher como aquela.

   Era difícil imagina-lo sorrindo ou beijando... ou segurando um bebê. E fazendo amor então? Isso era bizarro e muito estranho.

   Um arrepio etranho subiu pelas costas de Alice. E ela maneou a cabeça. De súbito percebeu que Jasper a encarava e olhava diretamente em seus olhos. Ele tinha desligado o telefone enquanto estava distrída, e mostrava uma irritação designada no rosto. O sangue novamente subiu ao rosto de Alice, enquanto se endireitava na cadeira e aprontava seu bloco pra continuar a escrever.

   - Releia o ultimo paragráfo.

   Não podia deixar de s irritar com o modo grosseiro dele, já bastavam de provocações em um dia. Quando ele terminou, Alice foi direto para ua sala descontar sua raiva no computador, digitando raivosamente até o telefone tocar.

   - Sim? - ela atendeu com um tom indelicado.

   - Sou eu, Bella!

   - Oi, Bella!

   - O que houve? Parece tão brava.

   - Meu chefe. - Alice desabafou. - Ele é tão rude e desagrádavel. Eu sei qu trbalhar para Caius, é pior, mas pode ter certeza que ele não é fácil.

   Alice torceu o nariz quando se lembrou de seu ultimo emprego, do diretor que nem mesmo quis ouvir sua versão dos fatos, só nas palavras de seu chefe.

   - Não posso falar que seja um crápula - ela disse mai calma - mas isso não o torna uma pessoa mais educada.

   - Atraente?

   - Bonito. - Alice admitiu. - Mas feito aço. Se você gost do tipo "minha vida é meu trabalho".

   - Não acredito que possa haver mais alguém como Edward!

   Ambas riram, e Alice se sentiu mais relachada. Era muito bom saber que Bella estava feliz de novo, depois que começou a namorar Edward meses atrás.

   - Eu liguei para lembra-la do jantar dessa noite, você vai viim, né?

   - Claro!

   Mas Bella percebeu seu tom de hesitação.

   - O que é agora?

   - Bem estive conversando com Rose... e fiquei sabendo que pretendm me apresentar alguém.

   - Rosalie não consegui mesmo ficar de boca fechada. Não vai parecer um "encontro". Alec também vai estar lá. Você precisa conhecer pessoas diferentes...

   - Por ue não me disse antes?

   - Porque eu queria que fosse uma coisa natural para os dois, eu sei que não será se você ficar preocupada se ela vai gostar de você ou não, e tudo mais.

   - Hummm - Alice não estava convencida. - E o que você disse sobre mim?

   - Foi o Edward que falou com ele. Ele disse que você era o braço direito de um executivo muito importante, que poderia facilmente ser verdade se estivesse nisso - disse Bella - Parece que ele tem uma empresa de consultoria. Com excessão disso dissemos só a verdade. - ela explicou num tom virtuoso.

   - Oh sim, eu sei a verdade... - Alice ironizou - E qual a verdade exatamente?

   - Que você é uma pesoa afetuosa, divertida, atraente e maravilhosa.

   Talvez ela devesse pedir para Bella conversar um pouco com Jasper Whitlock... provavelmente ela não incluiria o fato dela ser tola e romântica. As pessoas sempre falavam para enchergar o mundo tal como ele era. Mas isso não era fácil, Alice pensou, suspirando.

   - Ele não perguntou por que uma garot tão perfeita precisava que os amigos fiquem arrajando encontros? Não quis saber porque os homens não estão o tempo todo caindo aos meus pés?

   - Ainda bem que não, porque nem eu saberia responder. Por que não estão?

    Aquela era uma das qualidades de Bella. Ela realmente confiava em seus amigos. Alice resolveu mudar de assunto.

   - E como ele é?

   - Eu nunca vi ele. - Bella adimitiu. - Ele é um velho amigo de Edward.

   - E quão velho ele é, só para ter uma idéia sabe?

   - Perto dos trinta anos eu acho.

   - Em plena crise de meia idade.

   - E essa não é a sua primeira crise... - Bella disse seriamente - Ele é viúvo. A mulher dele morreu quando a filha nasceu, ele a criou sozinho desde então.

   - Deve ter sido bastante difícil para ele. - Alice ja estava se sentindo mal pelo comentário maldoso.

   - Bem acho que sim. Edward disse que ele adorava a esposa, mas já faz nove anos que ela faleceu, e ele nunca mais namorou. E já que você sempre reclama por não conhecer nenhum homem interessante, Edward sugeriu um pequeno jantar para que vocês se conhcessem. Nada de mais, apena pra se conhecerem melhor.

   - Não sei se consiguiria ser madastra, Bella. - Alice hesitou. - Não sei nada sobre crianças.

   - Crianças só presisam de sinceridade, e isso você tem de sobra.

   - Sim, mas não quero ser só uma senhora casada. Quero um homem charmoso, sexy... excitante!

   - Não, você não quer. Você que um homem gentil, cuidadoso...

   - Por que não posso ter um homem gentil, sexy, excitante, charmoso, e tudo mais?

   - Por que ja estou namorando com ele! -  disse Bella convencida. - Mas escute esse rapaz já passou por maus bocados por isso seja legal com ele.

   - Está bem, estarei lá. Qual é o nome dele afinal?

   Alice perguntou, mas não pode ouvir a resposta. Jasper abri-ra a porta de sua sala.

   - Oh, vem ai o Sr. Mal-humor... é melhor eu desligar, não poso fazer chamadas pessoais. Vejo você mais tarde. - ela colocou o telefone no gancho rapidamente.

   Jasper olhou para el desconfiado.

   - Quem era?

    Bastava ficar nervosa que a capacidade de Alice de criar histórias se manisfestava. Começou assim, com uma long narrativa sobre um rapaz que Maria havia conhecido na estação de esqui, e que ficou sabendo que ela havia sofrido um acidente, e se lembrou que ela trabalhava ali, então decidiu ligar para saber noticías e queria saber como lhe mandar um cartão e...

   - Eu lhe disse que mandasse par cá que nós teriamos o prazer de entrega-lo para ela. - Alice terminou por fim emendando tantos detlhes que pous um segundo chegou a acreditar em si mesma.

   Jasper olhou para ela desconsolado.

   - Perdi mais quinze minutos do meu tempo hoje. Preferia não ter perguntado.

   - Não somos neurocirurgiões. Então não fa diferenç quinze minutos a mais ou a menos.

   - Bom nesse caso não se importaria em pagar o atras dess manhã no final do expediente. Temos um projeto que precisa ser entregue o mais rapido possivel.

   - Receio não poder ficar essa noite. - ela disse tentando não se desculpar. - Vou sair...

   Jasper franziu a testa.

   - Não pode ligar e falar que irá se atrasar?

   Para qualquer um ela se ofereceria para fazer esse favor, mas algo em Jasper Whitlock a enevava. Afinal ele não fazia nem mensão de agrada-la. Por que deveria ser gentil?

   - Meu namorado iria odiar. - ela disse, tentando enconder o tom afetado ao dizer "meu namorado".

   - Você tem namorado?

   Jasper parecia surpreso, e Alice teve que se controlar par não se grosseira. Alem de ser grosso o dia todo, ainda incinuava que ela não era atraente o suficiente pra ter um namorado?

   - Tenho sim. - disse determinada a convencê-lo, que alguém no mundo gostava dela.

   - Na verdade ele vai me levar a um lugar, vamos comemorar o nosso noivado.

   - É mesmo? - Jasper ergueu as sombrancelhas sem nem tentar disfarçar que não acreditava.

   Era mesmo um bruto, Alice pensou indignada. Deixava claro que ela não era do tipo que um homem achar atraente, e ainda achava que não teria ninguém que quisece s casar com ela.

   Alice olhou friamente, disfarçando sua raiva com uma cena.

   - É só por isso que estou nesse emprego temporário. Quando conheci...

   Ela esforçou-se para lembram o nome do namorado de Rosalie. Ela não se importaria de empresta-lo mentalmente por algum tempo.

   - Emmett, nós descobrimos que fomos feitos um para o outro. Ele é analista financeiro... - ela se divertia com suas mentiras - ... e pode ser transferido a qualquer momento. Lógico que el diz que eu não preciso trabalhar, mas é bom manter uma independência financeira, não acha?

   - Na verdade não acho que seu salário faça muita diferença ja que logo vai viver com um nalista financeiro. - disse Jasper.

   - É uma questão de princípios. - ela disse gostando da idéia de trabalhar por eporte.

   Jasper voltou a sua sala.

   - Talvez amanhã você possa chegar no horário, por um questão de princípios.

   Era uma pena não ser tão sucedida na vida real quanto em suas histórias. Alice refletiu com diversão, enquanto sacolejava no ônibus de volta do trabalho. Seria ótimo voltar para casa e ouvir seu marido dizer que nunca mais trabalharia com Jasper Whitlock.

   Alice observou da janela a multidão que se apressava na chuva. Pareciam exatamente saber para ond iam. Por que ela era a unica que se metia numa confusão atrás da outra?

   Tinha vinte sete anos e o que consiguira? Nada. Não tinha uma carreira, casa própria, nem um relacionamento sério.

   Nos ultimos anos havia ganhado três quilos, nem a dieta adiantara. Claro! Depois de seu ultimo relacionamento, chocolate era o único conforto. Claro que os amigos tinham ajudado de mais sem eles nunca teria sobrevivido. Fora graças a Rose, Bella e o champanhe que decidira que coisas mudariam

 

no Ano-Novo. Seria mais fria e objetiva, conseguiria um emprego melhor e um namorado bonito. Perderia peso, faria ginástica e teria sua vida sob controle.

O único problema era que as coisas pareciam mais fáceis sob o efeito do champanhe. já estava em março e suas decisões de ano-novo  tardavam a se tornar realidade.

Tinha um emprego temporário, mas ainda não conseguira as contas que haviam ficado do final do ano no cartão de credito. Precisava continuar procurando um bom emprego, começar a fazer ginástica e cozinhar apenas alimentos saudáveis para o jantar.

Faria tudo isso no dia seguinte. No dia seguinte surgiria uma nova Alice.

Quando chegou em casa, Rosalie foi logo perguntando:

- Você vai ao jantar não é?

Rosalie, sim, era uma mulher de sorte. Sairia com o seu maravilhoso namorado, enquanto ela conheceria um pobre viúvo com o qual deveria ser leal, Alice suspirou.

- Vou sim...

E passou contar a amiga a história que inventara para o chefe, incluindo o empréstimo de Emmett.

- Não ia dizer que ia jantar com um pobre viúvo, não é?

- Viúvo?

Alice contou a ela um pouco que soubera de Bella.

- Esse encontro não promete ser dos mais festivos...

- Ora vamos!! Ele pode ser bonito, charmoso...

- Não com a minha sorte...

Apesar disso, Alice se esforçou ao máximo por pensar positivamente em relação ao encontro, enquanto se arrumava. Talvez Rosalie estivesse certa. Talvez um fabuloso exemplar de homem estivesse prestes a entrar em sua vida naquela noite e levantar seu ânimo. Algum dia teria que ser a vez dela, certo?

Apenas para o caso disso acontecer naquela noite, ela se vestiu cuidadosamente. Gostava muito do vestido estampado, cujo, não muito pequeno decote realçava seus atributos: a pele alva e os seios bem desenhados. Ao colocar as sandálias de salto alto, instantaneamente se sentiu mais alta e elegante. Sempre pensara que a vida seria mais fácil se tivesse pernas mais compridas e a cintura mais fina, mas estudando sua imagem no espelho começava a pensar que, na verdade, gostava de se arrumar.

Será que pareceria jovem demais para o viúvo? Pensou se deveria se apresentar de um jeito mais reservado e sério, mas também pensou em seguida que todos precisavam de alegria. O pobre viúvo já devia estar cansado de lamúrias.

Perdida em pensamentos, Alice só percebeu seu atraso quando Emmett chegou para apanhar Rosalie. Quando olhou no relógio, teve um calafrio. Como podia já ser oito horas?

Assim ficaria realmente atrasada...

 Pontualidade era uma de suas promessas para o ano-novo, mas essa realmente era muito difícil de ser cumprida.

- Oh, desculpem-me!!! – Alice foi logo dizendo quando finalmente chegou à casa de Bella. – Sei que estou atrasada, mas não queria estar... foi um dia daqueles...

- É sempre um dia daqueles para você Alice... – disse Bella tentando parecer severa enquanto abraçava afetuosamente a amiga.

Alice balançou a cabeça.

- Eu sei, eu sei... mas estou tentando melhorar. – ela baixou a voz como se conspirasse. – Ele já chegou? Como ele é?

- Um tanto formal... não. Reservado seria uma definição melhor – Bella se corrigiu. – Mas o sorriso é maravilhoso quando você consegue um. Ele é muito atraente.

- De verdade?

Quem diria, será que estava mesmo prestes a conhecer um viúvo excitante?

- Tem barba?

- Não...

- Barrigudo?

- Nem de longe...

As palavras de Bella pareciam promissoras.

- Dentadura?

Bella estava quase gargalhando.

- Vá ver você mesma...

Talvez sua sorte houvesse mudado. Endireitando os ombros e respirando fundo, Alice seguiu a amiga em direção a sala de estar.

- Ela chegou!

Alice ouviu-a dizer, já paralisada ao ver o homem que estava entre Edward e Alec.

Ele se virara ante as palavras de Bella, e Alice teve a estranha sensação de que sua expressão horrorizada apenas espelhava a dela.

Era Jasper Whitlock.

E então ele ficou temporariamente fora de sua vista, encoberto por Edward que se aproximava dela sorrindo.

- Alice! – ele chamou abraçando-a. – Atrasada como sempre.

- Já me ajoelhei aos pés de Bella – ela brincou, alimentando a esperança de que estivesse errada, e de que Jasper não estivesse por detrás de Edward afinal. Seria apenas alguém parecido com ele. Mas não. Edward se moveu, ainda com o braço em seus ombros, voltando-se para os demais... e não houve dúvidas.

Lá estava Jasper, transformado em pedra. Claramente odiando o fato de participar de um encontro com sua própria secretária.

Alice considerou suas opções. Desejar nunca haver nascido encabeçava a lista, seguida pelo velho desejo de que um buraco se abrisse no chão para engoli-la.

Se fingisse desmaiar tudo acabaria? Provavelmente não. E aquilo não fazia seu estilo, sempre fora um pouco mais atrevida.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capitulo, ele ficou muito parecido com o da história original, mas prometo mudar os proximos.

Mereço reviews estrelados? Espero que sim.

Beijos congelados e cerejinhas! Mudei que tal?