The Four Players escrita por Rayssa


Capítulo 10
Something weird


Notas iniciais do capítulo

Chegou chap chap sz Espero que gostem sz



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“E ai?”

Encarou as letras, na tentativa de entender o motivo daquilo estar escrito ali e daquela forma. Ainda tentou ver se havia algo escrito de forma oculta. Colocou sobre o sol, na tentativa que estivesse escrito muito claro. Olhou o verso. E quase pediu a Rose para que ela revelasse os segredos do papel, quando teve a ideia de usar uma abordagem mais direta.

“E ai?”

Escreveu enquanto contestava sua própria sanidade, já que falava com um pedaço de papel.

“Finalmente! Achei que nunca iria me responder.”

Mal terminou de escrever, e as palavras surgiram, fazendo o sonserino pular para trás.

“O que é você?”

Pensou que essa seria a forma mais sábia de saber mais sobre um pergaminho, mas, não tinha certeza, nunca havia falado com um.

“Que tipo de pergunta é essa? Eu tenho cara de quê? Parede?”

Dos lábios do loiro, saíram uma gargalhada alta.

“Tem um feitiço no pergaminho, não é? Com qual função?”

O garoto escreveu com um sorriso nos olhos.

“Estou falando com a Weasley? Ou com o Malfoy? Estou realmente em dúvida agora”

Antes que Scorpius pudesse responder, mais palavras surgiram.

“Sim, há um feitiço sim. E a minha função é te direcionar para o caminho certo.”

Se Scorpius estava ficando insano, ou não, decidiu ignorar isso, e apenas deixar a conversa fluir.

“Scorpius Malfoy, não tenha dúvida! Hum, entendo. No caso, vai responder as minha perguntas, é isso?”

“Pode reenrolar o seu pergaminho de perguntas. Desculpe, essa não é minha função. Digamos que serei como um tutor. Apenas vou apontar o que está errado, e você vai descobrir por si só.”

“Agora eu entendi.”

“Muito bem, alguma teoria maluca?”

O loiro pensou um pouco antes de responder.

“Tenho várias, contudo, tenho uma pergunta que acho que você pode me responder.”

Houve uma pausa, antes que as letras voltassem a aparecer.

“E qual seria?”

“Como é essa história do limbo que a Rose falou?”

“Hum, você não é o Alvoado, então, acho que consigo te explicar.”

A gargalhada de Scorpius fora mais alta do deveria.

“Droga, acho que acordei alguém.”

“Se quiser, posso te explicar depois, tenho muito tempo livre.”

Mais uma gargalhada saiu dos lábios do garoto. Claro que ele tinha muito tempo livre, era um pergaminho!

“Prefiro assim, o Zabine já está me olhando com cara feia.”

O loiro não esperou uma despedida, apenas enrolou o papel e jogou embaixo do travesseiro. Bem a tempo que Lorcan Scamander jogasse um travesseiro na cabeça dele.

– Malfoy! Para de rir, tem gente tentando dormir. – a voz dele soou irritada, ao mesmo tempo que Scorpius massageava a cabeça.

– Valeu pelo travesseiro Scamander. – exclamou, agarrando se ao travesseiro do colega de dormitório, fazendo Zabine gargalhar.

– Pode devolver! – exclamou o garoto, e os outros começaram a acordar.

– Qual o problema de vocês? Vão dormir! – anunciou Nott em tom mais irritado que o Scamander.

– Nem com toda essa barulheira o Cauldwell acordar, ele que é feliz! – a voz de Zabine mostrava toda a inveja que ele sentia no momento.

De repente, Scorpius sentiu algo puxar o travesseiro de seus braços e deu de cara com Isaac Wood com uma cara de sono emburrada.

– Toma esse travesseiro, e fiquem quietos! – exclamou, jogando o travesseiro para Scamander e se arrastando de volta para cama.

– Ui estressadinho! – Lorcan brincou, Noah Zabine e Scorpius gargalharam, enquanto voltavam a se deitar, para enfim, dormirem em paz.

{...}

“Aula de transfiguração, acho que podemos terminar aquela conversa agora, o que acha?”

“Parece que você gosta de quebrar as regras... GOSTEI DE VOCÊ!”

Scorpius riu baixinho, chamando a atenção de Lanna, que estava ao seu lado. A garota olhou de canto para o pergaminho, e quase bufou, pensando que ele não deveria manter muita proximidade com essa coisa, não depois do que aconteceu com Rose. Mas, o que estava escrito chamou sua atenção.

“Deixe-me contar a história de Betsy. Ela tinha exatamente 17 anos quando descobriu que o seu irmão era um bruxo das trevas e era ele quem assombrava as redondezas de sua casa. Apesar dele ser um homem de caráter terrível, ela o amava, então, quando soube que seu irmão estava recebendo o beijo do dementador, ela tomou uma decisão que mudou toda a sua vida. Ela fez usou um feitiço repleto de magia negra, e conectou a sua alma a uma pata, então, quando ela cometeu suicídio, as duas almas se misturaram, fazendo com que uma parte de si e da pata fossem para o limbo, ao ponto que a outra parte, ficou dentro do corpo da pata.

Betsy era para ter sido uma grande bruxa, pois, descobriu muito cedo como impedir que a alma de seu irmão fosse para o limbo. Precisava da morte de uma alma tão pura e humana, que conseguiria "limpar" a alma de seu irmão, por isso misturou as duas almas, pois sabia que ela não era pura o suficiente para que pudesse substituir o homem. Contudo, como teve sua alma fragmentada, Betsy se tornou uma bruxa das trevas.

O que vai acontecer é que, quatro pessoas muito boas e inocentes, que vocês amam, iram morrer no dia em que faz 19 anos que Voldemort morreu, se você não descobrirem quem são as pessoas que usaram as vidas de seus amados para que possam limpar as suas e descansar em paz.”

Scorpius e Lanna encaravam o papel com expressões chocadas.

“Você sabe mais que isso?”

“Sim, mas é tudo que posso falar, desculpe.”

“O quão mais você sabe?”

“Tudo. Mas, não posso falar, não é que não devo, realmente, não posso.”

A letra tinha ficado mais trêmula, observou o garoto, como se algo tivesse acontecido. O menino suspirou pesadamente.

– Sr. Malfoy, você poderia me dizer como faço para pintar meu pássaro de vermelho? – o loiro arregalou os olhos, e levantou a cabeça imediatamente, percebendo que todos o olhavam.

– Desculpe-me Sra. Branstone, não sei... – ela sorriu gentilmente para o garoto.

– Oh querido, não tem problema, mas, por favor, preste atenção na aula, sim? – o loiro assentiu e começou a guardar o pergaminho, e foi por isso que ele não viu que duas palavras haviam surgido em seu pergaminho.

Mas Lanna viu, e aquelas duas palavras tiraram totalmente sua concentração na aula.

{...}

– Rose... – sussurrou a lufana.

– Lanna, a não ser que seja muito importante, não acho uma boa você conversar na aula de seu pai... – a ruiva sussurrou de volta, e a morena deu de ombros.

– Só escuta, o que significa Cardeus Cardeal? – a ravina abriu um sorriso de canto. Pegou a pena e melou no tinteiro antes de escrever com delicadeza no pergaminho que fazia anotações sobre a aula de Herbologia. – Rose... – chamou mais uma vez. Ao invés de responder, passou o pergaminho para a lufana.

“Cardeus Cardeal, tem a pronuncia Caerdius Cardéia, é um feitiço que transforma pessoas em um pássaro Cardeal macho, que tem a tonalidade de suas penas em vermelha vibrante, porém, se usada em qualquer outro pássaro, esse apenas muda sua cor para o mesmo vermelho do pássaro.”

Aquelas palavras deixaram a morena ainda mais intrigada. Por que aquele pergaminho havia dado a resposta da pergunta?

{...}

Lanna sabia que o professor falava algo sobre Bezoar, mas ela não fazia ideia do que era, estava com a mente longe, tentando juntar pedaços de uma quebra-cabeça incompleto. Queria, de todo jeito, conseguir descobrir aquilo, porque não aguentava mais ser tão... Burra. Nunca conseguia responder as perguntas corretamente, e raramente entendia o que Rose falava.

Até mesmo Albus, que nunca prestava atenção a nada, era mais inteligente que ela.

Após um longo suspiro de frustração, uma mão tocou seu ombro. A menina virou o olhar para o amigo de cabelos negros, que sorria gentilmente para ela.

– Tudo bem Lanna? – a menina assentiu, porém, o garoto revirou os olhos. – O que houve? – ignorou a assentida, sabia que ela não estava bem, nem ele era tão lerdo para não perceber.

– Nada, só... – respirou fundo. – não gosto de ser burra. – sussurrou ainda mais baixo.

– Não te acho burra. – ele franziu o nariz, e passou a alisar o cabelo da amiga que estava com a cabeça escorada sobre os braços, em cima da mesa.

– Mas eu sou. – afirmou.

– Não é, acredite em mim. – um sorriso leve surgiu em seus lábios. – Você é brilhante, só não sabe disso ainda. – ela mordeu o lábio, e assentiu.

– Espero que você esteja certo. – sussurrou, voltando a encarar o professor. Apesar de Zabine ser um excelente professor, ela não conseguia prestar atenção em nada.

Por fim, deixou que sua mente continuasse a procurar a solução para o quebra-cabeça, quem sabe, assim, não conseguiria?

*


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Notas finais do capítulo

Que vocês acharam? Curtiram? Odiaram? E o mais importante, entenderam o que o enigma dizia? :x