A maldição de Górki escrita por Luigi rhiter


Capítulo 2
1- Sem medo do temido


Notas iniciais do capítulo

Vamos à guerra então...



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Górki não aguentava mais, queria voltar pra base, mas não tinha como, tinha que sair da batalha vivo para tal feito. Estava quase no fim, mas ele já tinha levado dois tiros: na coxa esquerda e na parte lateral do abdômen, estava completamente esgotado, só que fazendo seus esforços para continuar, sentindo cada vez mais exaustante o peso daquela carta em seu bolso, sentia-a ficando fria, e em seguida lembrava da razão de ainda estar vivo, resistindo. Ele tinha que continuar, era uma obrigação. Um dever.

A sorte de Górki é que depois de algumas horas o inimigo foi obrigado a fazer uma retirada. Seus aliados continuaram lá por mais uma ou duas horas, só para prevenir uma possível volta ou armadilha inimiga. E depois disso eles finalmente caminharam de volta à base, deixando alguns soldados de plantão, para, caso algo acontecesse, mantivesse contato. Górki finalmente se aliviou.

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Dois dias. Dois dias dormindo naquela cama fedida da enfermaria, sem poder sair de lá por conta dos ferimentos e regras. A notícia da promoção deixou-o muito indeciso em relação à como ele se sentia com a mesma: poderia estar feliz, pois ficaria superior e teria mais "voz"; mas por outro lado, ele teria que liderar e ser o mais exposto em todas as batalhas, tendo o perigo tenebroso de não voltar para casa... Nesse pensamento ele sentiu a carta em seu bolso pesar mais que o coração dele: algo que parecia impossível.

O general Rodoióvski apareceu na enfermaria no final da madrugada para liberá-lo e informá-lo de uma invasão em um dos territórios inimigos, mas não de qualquer um, porém o exército liderado por Cronos, o líder de exércitos mais dominador e vencedor até ali. Poderia ser uma viajem só de ida. Mas, infelizmente, era a sua obrigação. Górki foi logo se aprontar e chamar os seus homens. Tinha que sair logo.

O sol já estava se pondo quando ele e seu exército já estavam prontos para sair em batalha... Uma brisa leve, fria e suave, percorria a trincheira, a tensão envolve a todos, e, no momento que iriam partir, Górki recebe um envelope do general. Sua respiração falha e seus batimentos aumentam à uma maneira catastrófica: era Madalène mandando notícias. Desesperado, Górki se apressa em abrir a carta e lê-la o quanto antes. Nela, encontrava-se, em maiúsculo, no meio do papel:

ESTOU GRÁVIDA.

Górki ficou paralisado por alguns minutos, passando turbilhões de pensamentos diversos em sua cabeça, mas decidido em uma coisa: ele Ia voltar para casa. Ele tinha que ver o filho nascendo, tinha que ver seu sorriso percorrendo sua vista, tinha que voltar dessa. Um ódio ardente invadiu seu corpo, um ódio repentino e cruel, de que tinha que trucidar cada inimigo que aparecesse na sua frente e voltar dizendo que foi fácil. Górki olhou para frente e deu seu maior grito:

_AVANTE SOLDADOS!!!!!!!!

Os valentes soldados gritaram em resposta e bateram suas armas em manifesto. Estavam indo numa batalha que poderia não ter volta. Eram cerca de 2000 soldados, míseros 2000 soldados, mas partiram. Partiram sem medo do temido Cronos!

_ Adeus Górki - disse o coronel Rodoióvski, sabendo que ele não iria voltar.


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Notas finais do capítulo

Estão gostando?
O próximo só no domingo...



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